Prólogo
1. O que é liberdade? Esta pergunta
tão simples, por evocar uma palavra tão conhecida, pode aos olhos de muitos ser
desnecessária; mas elucubrar e falar sobre a liberdade nunca é demais; na
verdade, falar e elucubrar sobre a liberdade sempre é necessário, útil e
benéfico; principalmente em tempos onde o comunismo domina e em tempos onde o
conservadorismo está perdido e desfigurado.
Pois, a penúltima barreira para a
destruição da liberdade é o conservadorismo; portanto, quando o conservadorismo
é enfraquecido e dominado pelo comunismo, se faz necessário revirar o baú de
tesouros da filosofia conservadora e reviver a importância inegável e indelével
da liberdade, a joia mais preciosa do baú de tesouros do conservadorismo, e o
atavio mais importante da vida em sociedade.
2. Mas a reflexão sobre a liberdade
se faz ainda mais necessária em tempos atuais devido a tentativa de dominação
do comunismo-globalismo, que açambarca tudo, desde as mídias sociais a
impressa, as informações e notícias, etc.; Bauman descreve esta situação a
partir do Panopticon de Jeremy Bentham, como uma espécie de máquina de
controle universal; esta máquina é mais conhecida como globalismo e seus
similares; ou indo na raiz no problema, esta máquina de controle universal é
fruto do comunismo; logo, onde há as invectivas do globalismo há a “mão
invisível” do comunismo, e estes sempre se colocam contra a liberdade.
3. Por isso, é necessário se
elucubrar sobre a liberdade; pois, a liberdade plenamente estabelecida,
plenamente conhecida, e responsavelmente vivida, constitui-se a maior arma
contra este infame globalismo e contra a nefasta doutrina comunista, pois, já asseverara
Pio XI: “o comunismo despoja o homem da sua liberdade na qual consiste a
norma da sua vida espiritual; e ao mesmo tempo priva a pessoa humana da sua
dignidade”.
Portanto, levantar a voz em defesa
da liberdade, é levantar a voz contra o comunismo, em defesa da vida e em
defesa da dignidade humana. E, assim, fazer com que as palavras imorredouras de
Sir Winston Churchill ecoem novamente: “Vida longa a causa da liberdade!”.
4. Assim, se põe a questão: o que é liberdade? Ao que se
responde a esta questão com vinte proposições, as quais são:
Em primeiro lugar, a liberdade
pertence a Deus.
Em segundo lugar, a liberdade é
dádiva divina.
Em terceiro lugar, a liberdade é
nexo constitutivo da ordem da realidade.
Em quarto lugar, a liberdade é
princípio relacional da vida humana.
Em quinto lugar, a liberdade é
estabelecida para o desenvolvimento do mandato cultural.
Em sexto lugar, a liberdade é
fundamento para o encargo do ato cultural.
Em sétimo lugar, a liberdade é
fundamentada na Razão.
Em oitavo lugar, a liberdade é
apriorisma da vida humana.
Em nono lugar, a liberdade é
proposição inquestionável.
Em décimo lugar, a liberdade é
fundamento da pólis.
Em décimo-primeiro lugar, a liberdade
é princípio impreterível da Política.
Em décimo-segundo lugar, a liberdade
é princípio irrevogável para o desenvolvimento do saber.
Em décimo-terceiro lugar, a
liberdade é princípio imutável da sobriedade racional.
Em décimo-quarto lugar, a liberdade
é sublimada pela compreensão do que é a não-liberdade.
Em décimo-quinto lugar, a liberdade
é princípio para o desenvolvimento da ciência.
Em décimo-sexto lugar, a liberdade é
fundamento da vida na Natureza.
Em décimo-sétimo lugar, a liberdade
é atestada pela estrutura biológica da Natureza.
Em décimo-oitavo lugar, a liberdade
é comprovada pelas relações entre os seres humanos e a natureza.
Em décimo-nono lugar, a liberdade é
um fundamento da sobriedade psíquica.
Em vigésimo lugar, a liberdade é fio
indivisível pelo qual se constrói a civilização.
Resposta I
O que é Liberdade?
Em primeiro lugar, a liberdade
pertence a Deus.
1. A liberdade, este “excelente
bem da natureza”, tal como afirma Leão XIII, por ser excelente e por ser
bem, pressupõem uma fonte donde provêm; a liberdade, portanto, mais do que
apenas um princípio, é uma realidade que está inserida no todo da vida humana;
onde existe um ser humano, ali há a liberdade pressuposta como bem da natureza;
o preâmbulo da “Declaração Universal dos Direitos Humanos”, afirma que o
reconhecimento da dignidade inerente de cada ser humano, e de seus direitos
inalienáveis, constitui o fundamento da liberdade no mundo; verdadeiramente, a
existência da liberdade pressupõem a existência e o respeito pelos direitos
humanos, e os direitos humanos pressupõem a liberdade como excelente bem da
natureza.
2. Deste modo, a liberdade é base
para os direitos humanos; sem liberdade não há direitos humanos; e isto se
evidencia a partir da fonte donde a liberdade provêm, a única fonte donde pode
emanar este excelente bem da natureza. Se a liberdade é um excelente bem da
natureza, então, provêm de uma fonte de um bem ainda maior; a liberdade provêm
do Sumo-Bem, o próprio Deus; a liberdade humana fora outorgada por Deus aos
seres humanos, criados a Sua imagem e semelhança; além disso, a liberdade
humana é reflexo imperfeito da liberdade soberana de Deus; o Deus soberano que
cria livremente, outorga a sua criação a liberdade como excelente bem da
natureza para o desenvolvimento da vida humana; pois, onde há liberdade, há
desenvolvimento.
3. Além disso, Tertuliano assevera
que a liberdade pertence a Deus (cf. Adver. Herm., cap. XVI). A
liberdade pertence a Deus, pois fora Ele quem a outorgara aos homens; além
disso, o Deus soberanamente livre prescreve como os homens livres devem agir;
por isso, segundo Karl Barth, fala-se da liberdade do Deus soberano e da
liberdade do homem responsável; o Deus soberano, outorga a liberdade aos homens
que Ele criou para viverem responsavelmente como mordomos da criação. Portanto,
a liberdade, excelente bem da natureza, existe para que os seres humanos cuidem
da própria natureza; o cuidado com a criação pressupõe a liberdade.
Por isso, onde há não-liberdade sempre há
destruição da natureza; é caractere qualificador da não-liberdade a violência
no coração, e, consequentemente, a destruição da natureza.
4. A liberdade, portanto, pertence a
Deus; e, por isso, é um excelente bem da natureza; e sendo um excelente bem da
natureza, é de fundamental importância que se preserve a liberdade do mesmo
modo como se preserva a natureza; que se cuide da liberdade como se cuida da
natureza; o ímpeto pelo cuidado com a natureza deve ser medido pelo zelo para
com a liberdade.
Pois, se a liberdade pertence a
Deus, quem infere a liberdade, quer se tornar como Deus; é um simples
raciocínio, mas que demonstra a real importância de se zelar pela liberdade
para se compreender o perigo inominável de se inferir a liberdade, já que quem
infere a liberdade quer usurpar o que pertence a Deus, e quem quer usurpar o
que pertence a Deus é precipitado ao abismo e a ruína (cf. Pv 16.18; Is
14.12-15).
Resposta II
O que é Liberdade?
Em segundo lugar, a liberdade é
dádiva divina.
1. A liberdade, embora pertença a
Deus, como Senhor Soberano, é uma dádiva que o próprio Deus outorga aos seres
humanos; a liberdade é uma dádiva divina; pois, a liberdade é “exclusivo
apanágio dos seres dotados de inteligência ou de razão” (Leão XIII); a
liberdade, é uma dádiva exclusiva dos seres humanos, mordomos da criação; sendo
a liberdade esta dádiva outorgada por Deus, é outorgada com um propósito, a
saber, ajudar o ser humano no cuidado e na relação com a natureza.
2. A liberdade como dádiva divina, “confere
ao homem uma dignidade” (Leão XIII), dignidade essa atestada e confirmada
nos códigos de leis a partir da designação de direitos fundamentais, os quais
possuem o qualificativo positivo da inviolabilidade; além disso, a liberdade,
que confere ao ser humano uma dignidade, é evidenciada neste mundo a partir do
reconhecimento e do respeito absoluto pelos direitos fundamentais e
inalienáveis do ser humano. Com isso, a liberdade é confirmada como dádiva
divina ao gênero humano: primeiro ao individuo, a pessoa, e, depois à sociedade,
à polis.
3. Esta designação básica é de suma
importância; pois, a correta compreensão da liberdade impede que o ser humano
seja coisificado ou objetificado; a dignidade inerente ao ser humano,
demonstrada pela liberdade e atestada pelos direitos fundamentais inalienáveis
da pessoa humana, constitui-se um dos fundamentos da justiça e da paz no mundo;
onde há inferência da liberdade, a dádiva divina é usurpada e então tal como “efeito
borboleta”, ocorre paulatinamente a desordem e a destruição. Nunca houve um
ato de inferência de liberdade que ficasse sem castigo e sem que ocasionasse
desordem e destruição; e nesta regra não há exceção, como testemunham a
Escritura Sagrada e a reta razão.
4. Deste modo, a liberdade como
dádiva divina é uma bênção que Deus outorga para o ser humano individualmente e
para a sociedade como um todo; e, sendo uma dádiva divina, não pode se violada;
já que toda dádiva divina tem por propósito valorar a dignidade humana e
proporcionar o desenvolvimento da vida humana; se uma dádiva divina é usurpada,
logo, ocasionará em maldição naqueles que a usurparam e trará desordem e
destruição para a alma da sociedade.
Sendo, pois, a liberdade uma dádiva
divina, deve ser valorada e usufruída com responsabilidade, para que esta
bênção de Deus seja preservada e conservada em honra aquele que a conferiu.
Resposta III
O que é Liberdade?
Em terceiro lugar, a liberdade é nexo
constitutivo da ordem realidade.
1. A liberdade, segundo Leão XIII, “confere
ao homem uma dignidade em virtude da qual ele é colocado entre as mãos do seu
conselho e se torna senhor de seus atos”; o ser humano, portanto, com esta
dádiva outorgada por Deus, tem em suas mãos a liberdade; e, como bem atesta
Leão XIII, o importante é como o homem exerce esta liberdade; pois, a liberdade
é um elo entre os nexos constitutivos da realidade; já que, pela liberdade, o
homem exerce suas ações de maneira racional, cuidando da natureza, do seu
semelhante e preservando a ordem estabelecida por Deus.
2. Estes nexos constitutivos da
realidade, são uma forma de entender os modos como o ser humano deve viver e
agir para que a realidade não se desintegre; e a liberdade, é o elo destes
nexos no que tange ao ser humano agir como senhor de seus atos, em sua esfera
de soberania, como mordomo da criação; por isso, Leão XIII afirma: “Sem
dúvida, está no poder do homem obedecer à razão, praticar o bem, caminhar
direito ao seu fim supremo”.
Com isso, o ser humano enquanto
responsável por seus atos, deve exercer a liberdade de maneira sóbria, pois,
tal como afirmara Leão XIII: “do uso da liberdade nascem os maiores males,
assim como os maiores bens”. Estes maiores bens, constituem-se dos nexos
constitutivos básicos referentes a ação humana para a ordem da realidade seja
preservada através os atos dos homens e não por eles destruída; e estes maiores
males é a própria destruição da ordem da realidade.
3. Assim sendo, a liberdade
demonstra que está no poder do homem obedecer à razão; o ser humano é racional,
e o é de maneira livre; a racionalidade humana confirma e atesta a liberdade, e
a liberdade é evidência e testemunha da razão. E também, a liberdade demonstra
que está no poder do homem praticar o bem; o ser humano, naturalmente, tende a
prática do bem natural, a si mesmo e ao próximo, no convívio social e na
solicitude da existência humana como base para a existência harmoniosa e
respeitosa.
E ainda, a liberdade demonstra que
está no poder do homem caminhar direito ao seu fim supremo; sem a liberdade
estes nexos preservadores não seriam possíveis; e, através da liberdade, tais
nexos preservadores se tornam instrumentos eficazes para que a partir da
própria liberdade, este excelente bem da natureza, possam surgir ainda maiores
bens, para o próprio benefício da humanidade.
4. Por isso, do bom uso da liberdade
nascem os maiores bens; mas do mal uso da liberdade nascem os piores males;
pois, a inferência da liberdade ocasiona destruição e desordem, já que a
inferência da liberdade é a cristalização do mal uso da liberdade pelo
indivíduo e que depois ocasiona as hecatombes morais e sociais que destroem a
ordem da sociedade e que desfiguram os bens inerentes necessários à vida
humana.
Sempre que os seres humanos, movidos
pela influência demoníaca, ou pela apostasia ou pela inveja, ou por qualquer
outro sentimento fatal e medonho, inferem a liberdade, os nexos constitutivos
preservadores da ordem da realidade são destruídos e a sociedade se desintegra
em ruína, desordem e a destruição horrenda que disto decorre.
Resposta IV
O que é Liberdade?
Em quarto lugar, a liberdade é
princípio relacional da vida humana.
1. A liberdade, esta dádiva divina,
é outorgada por Deus aos homens não somente enquanto indivíduos, mas enquanto
seres relacionais; o ser humano vive em sociedade, e a liberdade é a dádiva,
que salvaguardada pela lei, se estabelece para que a vida em sociedade seja
permeada pelo respeito mútuo e pela cordialidade; deste modo, a liberdade,
amparada pela razão e protegida pela lei natural, preserva o bem inerente da
pessoa humana; mas ao mesmo tempo, gesta este excelente bem da natureza para a
vida em sociedade; sobre isso, Leão XIII assevera: “porque o que a razão e a
lei natural fazem para os indivíduos, a lei humana, promulgada para o bem comum
dos cidadãos, o realiza para os homens que vivem em sociedade”.
2. A vida em sociedade é permeada
por desafios individuais e coletivos; tais desafios são cotidianos e açambarcam
a tudo e a todos; pois, o ser humano ao agir racionalmente e responsavelmente,
o faz tendo diante de si a própria dignidade e a dignidade de seu próximo;
tanto o é, que o Senhor Jesus afirma sobre o segundo grande mandamento: “Amarás
o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.39).
Com isso, nas ações humanas existe
por parâmetro este mandamento; todavia, na vivência social, que seria bom que
fosse efetuada pela fraternidade social, existem inúmeros perigos relacionais,
os quais, são mantidos em controle pela lei humana, que preserva a liberdade do
indivíduo diante da sociedade, e que conserva a liberdade nas relações sociais.
3. A liberdade, portanto, é um
princípio relacional da vida humana; por isso, as nações que prezam e protegem
a liberdade, tendem a crescer, pois, suas sociedades se fortificam e se
fortalecem no respeito mútuo para com esta dádiva divina; pois, um dos aspectos
fundamentais para a preservação da ordem da realidade, é a correta harmonia
racional na vida em sociedade; assim sendo, as relações humanas, só se
desenvolvem com vista ao verdadeiro diálogo a partir daqueles que respeitam e
honram plenamente a liberdade como dádiva divina.
Por isso, sem liberdade, o diálogo
social, parte inerente da vida humana, se transmogrifa em calcificação
ideológica; com a liberdade o diálogo social se torna frutífero e tende a se
tornar em fraternidade social.
4. Deste modo, a liberdade, enquanto
princípio relacional, é fundamental para as nuances das relações humanas; das
relações humanas entre si, de um ser humano como o outro; das relações humanas
no âmbito do código social, no respeito mútuo de um para com o outro diante do
corpo da sociedade; das relações entre uma nação com outra nação, no respeito
para com a liberdade inerente a outro povo, outra cultura, no respeito pleno
pela dignidade humana.
Portanto, a liberdade, é princípio
relacional individual, social e nacional; sem a liberdade, o indivíduo, a
sociedade, a nação se tornam em “imagens” da realidade, a qual, as mais
das vezes, se torna em arma de dominação das ideologias totalitárias; mas com a
liberdade, o indivíduo, a sociedade, a nação se tornam em cultores da realidade
a partir das relações humanas.
Resposta V
O que é Liberdade?
Em quinto lugar, a liberdade é
estabelecida para o desenvolvimento do mandato cultural.
1. A liberdade, principio relacional
da vida humana, existe e é usada da maneira correta, pois, fora estabelecida
por Deus para o desenvolvimento do mandato cultural; desenvolver a cultura é
parte inerente da vida humana, tal como procriar e viver; e, tudo aquilo que o
ser humano faz de maneira racional e consciente contribui com o desenvolvimento
da cultura; desde simples atos de serviço, as manifestações de bondade, aos
escritores e artífices das artes, tudo o que o ser humano produz enquanto ser
racional é parte da cultura; e o ser humano só produz cultura, quando em suas
ações manifesta a racionalidade que lhe é intrínseca e assim age, na esfera
humana, como “senhor” de seus atos; e, o ser humano só age como “senhor” de
seus atos a partir da liberdade; sem liberdade, não há ação humana racional, e
sem ação humana racional não se desenvolve a cultura.
2. Com isso, a liberdade é base preponderante
para o desenvolvimento do mandato cultural; pois, o mandato cultural, isto é,
cuidar da natureza, procriar, desenvolver a filosofia e a ciência, etc., só é
efetivado a partir das ações humanas permeadas pela liberdade e na liberdade; a
liberdade é o qualificativo que assegura o desenvolvimento cultural, e que
delineia a qualidade do ato cultural; portanto, somente na liberdade, é que o
ser humano desenvolve o mandato cultural, através de ações responsáveis e que
visam o bem comum; como Leão XIII asseverara: “Esta liberdade, que
certamente é para nós a voz da natureza, o juízo e senso comum de todos os
homens não a reconhecem senão aos seres que têm o uso da inteligência ou da
razão, e é nela que consiste manifestamente a causa que nos faz considerar o
homem responsável pelos seus atos”. Pois, na liberdade, a voz da natureza,
do juízo e do bom senso, é que os seres humanos reconhecem que são seres
dotados de razão, e faz com que os homens se tornem conscientes da
responsabilidade de seus atos.
3. O mandato cultural fora outorgado
para ser desenvolvido; e o caractere primordial do desenvolvimento do mandato
cultural é o respeito pelas ordenanças divinas estabelecidas na criação;
depois, a conscientização da liberdade como dádiva divina; depois, o uso
correto da liberdade, em ações racionais, sóbrias e que frutifiquem a liberdade
na sociedade, ao ponto de torná-la em fundamento que semeia, rega e protege a
fraternidade social; a fraternidade social é um modo se de aferir o estado de
alma da cultura; quando esta fraternidade se desenvolve a partir da liberdade,
o estado de alma da cultura é saudável; quando esta fraternidade não se
desenvolve a partir da liberdade, o estado de alma da cultura é doentio; é
devido ao desrespeito pela liberdade que as doenças sociais se avolumam e assim
ocorre a corrupção do mandato cultural.
4. Deste modo, a liberdade é fator
indissolvível do mandato cultural; o próprio mandato cultural pressupõe a
existência da liberdade como dádiva divina; por isso, o mandato cultural é
expressão do encargo conferido aos seres humanos como mordomos da criação, como
senhores de seus atos, na esfera de soberania dos homens para com os animais,
bem como o mandato cultural é testemunha da existência da liberdade enquanto
fator preponderante que ajuíza as ações humanas de maneira sóbria, racional e
que é efetuada em virtude do bem comum.
Resposta VI
O que é Liberdade?
Em sexto lugar, a liberdade é
fundamento para o encargo do ato cultural.
1. A liberdade é fundamento para o
encargo inerente imbuído ao ser humano sobre o ato cultural; o Criador, ao
designar o ser humano como “mordomo da criação” (cf. Gn 1.28), designou a este
o encargo do ato cultural; e no encargo do ato cultural é que se desenvolvem
tanto a filosofia, como a ciência e todo o saber humano; embora o
desenvolvimento do ato cultural seja guiado pelo Espírito Santo (cf. Is 40.14),
o ator do ato cultural é que produz a cultura, a saber, o ser humano; este é o
aspecto dramático em relação ao desenvolvimento do saber; por isso, existe uma
estrutura básica intrínseca ao mandato cultural, que influência diretamente o
ato cultural.
2. O ato cultural é expressão da
racionalidade e da inteligência humana; pois, a liberdade, como diz Leão XIII,
é a “herança daqueles que receberam a razão ou a inteligência em partilha”;
somente os seres humanos receberam a razão e a inteligência como parte da
imagem e semelhança divina com que foram criados; portanto, o ato cultural é
expressão desta racionalidade e inteligência, a fim de que todo o ato cultural
reflita esta racionalidade; e tudo o que é feito de maneira racional, é prova
da existência da liberdade; por isso, sem liberdade não há racionalidade; e a
liberdade é outorgada justamente para que a racionalidade e para que tudo na
vida humana possa se desenvolver; a liberdade é esteio para o desenvolvimento
humano.
3. E, novamente, como assevera Leão
XIII: “esta liberdade, examinando-se a sua natureza, outra coisa não é senão
a faculdade de escolher entre os meios que conduzem a um fim determinado”;
logo, na liberdade se demonstra a existência do ato cultural, que é a ação
humana racional que conduz a um fim determinado; este fim determinado só é
possível graças ao mandato cultural; portanto, somente na liberdade, o encargo
intrínseco ao ato cultural é talhado de maneira direta e clarividente.
O ato cultural é expressão da ação
humana, do ser humano enquanto “senhor de seus atos”; assim sendo, a liberdade
é o nexo do exercício dos seres humanos da mordomia que lhes fora outorgada por
Deus de maneira que esta mordomia seja expressa com ações racionais e livres, e
assim, o núcleo do desenvolvimento cultural seja germinado e cada vez mais se
desenvolva.
4. A proposição básica do ato
cultural pressupõe a liberdade; deste modo, somente na liberdade é que o ato
cultural é desenvolvido e frutifica; sem liberdade, o ato cultural perde o
ímpeto e se torna esclerosado, ou pelas ideologias ou pela deificação do ser
humano; pois, a liberdade, permeia todo o ato cultural, independente da
religiosidade ou não do indivíduo; com liberdade todo ato cultural é talhado
com vista ao bem comum; sem liberdade todo ato cultural é talhado com vista ao
benefício sectário das ideologias totalitárias, seja o comunismo seja o “falso
conservadorismo”; as ideologias, destruidoras do encargo cultural, sempre
rejeitam e minam a liberdade; e, pela liberdade, se demonstra a falsidade
destas ideologias, do comunismo se evidencia por si, e do falso conservadorismo
se demonstra por atos que desfiguram a liberdade; por isso, pelo encargo do ato
cultural se apercebe das ideologias que trabalham contra a liberdade.
Resposta VII
O que é Liberdade?
Em sétimo lugar, a liberdade é
comprovada pela razão.
1. A liberdade, como dádiva divina,
é comprovada pela razão humana; pois, a liberdade, só é corretamente usufruída
como dom de Deus, a partir da racionalidade humana; pois, a liberdade, segundo
Leão XIII, é “exclusivo apanágio dos seres dotados de inteligência ou de
razão”; os seres humanos, por serem dotados de razão, possuem a liberdade,
e tem a possibilidade de viverem esta liberdade de maneira sóbria e
responsável.
2. O ser humano é um ser racional;
fora criado por Deus assim; a racionalidade é parte da imagem e semelhança de
Deus no ser humano; o ser humano também fora criado para raciocinar; portanto,
a razão humana, é um testemunho da liberdade; pois, provar que a alma é dotada
da faculdade de pensar, segundo Leão XIII, “é estabelecer ao mesmo tempo a
liberdade natural sobre o seu mais sólido fundamento”. O mais sólido
fundamento da liberdade é a racionalidade humana; sem liberdade, não há
intelecção sóbria e frutífera; a racionalidade se desenvolve a partir da
liberdade; por isso, o próprio Deus outorgou a liberdade como dádiva aos seres
humanos, para que estes pudessem desenvolver sua racionalidade em contato com a
realidade.
3. E é algo singular; o próprio Deus
que criara o ser humano com a racionalidade, outorga os meios para desenvolver
esta racionalidade; a realidade, para o desenvolvimento da inteligência no
contato do intelecto com a verdade; e a liberdade, para o desenvolvimento da
racionalidade a medida da experiência com a realidade; portanto, a liberdade
atesta a razão e a razão comprova a liberdade; a razão é como um pássaro que
deve alçar voos altaneiros; mas um pássaro só voa quando não está preso; do
mesmo modo é com a razão, só se desenvolve quando há liberdade; sem liberdade,
a racionalidade humana fica como que presa numa gaiola; e os mais vis
vilipêndios cometidos contra a dignidade humana iniciam-se pela derrocada da
liberdade; pois, se a racionalidade humana está presa, logo, o ser humano se
torna manipulável por qualquer tipo de ideologia totalitária.
4. Assim sendo, a liberdade é
comprovada pela razão; pois, a própria razão depende da liberdade para se
desenvolver, e a liberdade só é usufruída de maneira sóbria e responsável a
partir da racionalidade humana; razão e liberdade, duas dádivas outorgadas por
Deus aos seres humanos; a razão, como parte da imago Dei, para que o ser
humano consciente de sua posição no cosmos, viva de maneira responsável como
senhor de seus atos; a liberdade, como meio disponibilizado por Deus, para que
o ser humano viva e exerça o mandato cultural como “mordomo da criação” e como
senhor de seus atos.
Resposta VIII
O que é Liberdade?
Em oitavo lugar, a liberdade é
apriorisma da vida humana.
1. A liberdade, é um apriorisma da
vida humana; pois, pela liberdade, se é conferido uma dignidade ao ser humano,
através da qual a vida humana se desenvolve de maneira sóbria e racional; pois,
a liberdade confere esta dignidade através da qual o ser humano, segundo Leão
XIII, “é colocado entre as mãos do seu conselho e se torna senhor de seus
atos”. Somente com a compreensão de que o ser humano, na esfera de
soberania humana, é “senhor de seus atos”, é que a vida humana cresce e se
desenvolve. E o ser humano só é “senhor de seus atos”, a medida que usufrui da
liberdade.
2. A liberdade é apriorisma, porque
sem a liberdade, não existe vida; a vida existe e é confirmada pela liberdade;
tanto que, na declaração dos direitos humanos, a vida, a liberdade e a
segurança são apresentadas conjuntamente: “todo ser humano tem direito à
vida, à liberdade e à segurança pessoal” (Declaração Universal dos
Direitos Humanos, art. 3). Com isso, a liberdade, é fundamento para que a
vida seja vivida e usufruída de maneira responsável; por isso, é apriorisma da
vida humana, sem o qual, a própria vida se torna difícil de ser vivida nas
coisas básicas e fundamentais; sem a liberdade, a vida se torna enviesada, e a
própria dignidade humana é destroçada.
3. A liberdade é apriorisma da vida,
não somente porque é fundamento para a vida humana e para o desenvolvimento
humano; a liberdade é apriorisma da vida porque Deus criou o ser humano para
viver em liberdade, o que, pela razão natural os homens atestaram nos códigos
de leis acoplando a liberdade como um dos “direitos fundamentais”; deste modo,
a liberdade como apriorisma da vida, é confirmada pela revelação e pela razão;
e particularmente, em relação a razão, o é ainda mais nas coisas eminentemente
humanas, já que é comprovado através das leis com o preceito da inviolabilidade
da liberdade. Se a liberdade é inviolável, e a razão natural assim o confirma,
então, a liberdade é apriorisma da vida.
4. Na verdade, em se tratando da
ordem dos apriorismas da vida em relação as coisas humanas, a liberdade aparece
logo após a própria vida; evidentemente, em se tratando de apriorismas da vida
em relação as coisas humanas, o mais importante é a própria vida; depois, a
liberdade, sem a qual a vida não é vivida e se torna sufocada; a liberdade é o
ar fresco da existência que a vida respira ao ser vivida; por isso, sem
liberdade nada se desenvolve; por isso, desde os atos intelectivos aos maiores
projetos humanos sem liberdade se tornam ressequidos e desfigurados.
A liberdade, portanto, é aprorisma
da vida, porque a própria vida deve ser vivida em liberdade; porque é
qualificativo irrevogável da vida que a mesma seja vivida em liberdade; onde há
vida, deve haver a liberdade, e liberdade de maneira plena e total.
Resposta IX
O que é Liberdade?
Em nono lugar, a liberdade é
proposição humanística inquestionável.
1. A liberdade, por ser apriorisma
da vida humana, é proposição humanística inquestionável; pois, tudo o que é
humano, se valorado e exercido com responsabilidade, é uma forma de se
evidenciar as proposições humanísticas da existência humana; no que tange a
liberdade, que dignifica o ser humano demonstrando que o mesmo é “senhor de
seus atos”, a mesma é aferida como proposição humanística inquestionável, pois,
sem a liberdade não há verdadeiro humanismo; o verdadeiro humanismo, pressupõe
a liberdade como algo inalienável e como algo inquestionável para a vida
humana.
2. A liberdade é um axioma do
verdadeiro humanismo; conquanto o verdadeiro humanismo tenha sua base em Deus,
o primeiro princípio do verdadeiro humanismo, em se tratando das coisas
humanas, é a liberdade, um dos axiomas do verdadeiro humanismo; portanto, sendo
a liberdade proposição humanística inquestionável, onde o ser humano cresce e
se desenvolve de maneira sóbria, é porque há liberdade; é por isso também, que
a liberdade é a base na qual se fundamenta os direitos humanos, já que a
dignidade humana é respeitada e evidenciada onde há liberdade; por isso, a
não-liberdade é a porta para a destruição dos direitos humanos.
3. A vida humana, para ser vivida em
sua totalidade, requer a liberdade; por isso, em relação a alguns aspectos da
vida, fala-se sobre os princípios invioláveis e inalienáveis da vida. Nos
códigos de leis, estes princípios são chamados de direitos fundamentais; na
declaração dos direitos humanos, são a base pela qual se pode falar de direitos
humanos, e pela qual se preserva e mantém os direitos humanos; por isso, em
relação a vida humana, nas esferas da vida humana, a liberdade é tida como
proposição humanística inquestionável; pois, a liberdade é transcendental da
existência humana; portanto, a liberdade além de ser proposição humanística,
sem a qual não há verdadeiro humanismo, é proposição inquestionável.
4. A inquestionabilidade da
liberdade, é em função do verdadeiro humanismo; o verdadeiro humanismo
pressupõe a liberdade como princípio inquestionável; os valores mais caros da
vida humana, são abalizados conjuntamente com a liberdade; os mais significativos
desenvolvimentos intelectuais da humanidade, foram talhados com a liberdade; o
encargo do desenvolvimento humano fora estabelecido para se desenvolver com a
liberdade e a partir da liberdade; portanto, em tudo o que diz respeito a vida
humana, da esfera biótica a esfera jurídica da vida, é açambarcado pela
liberdade; logo, a liberdade, em tudo o que é humano, demasiadamente humano, é
proposição inquestionável.
Resposta X
O que é Liberdade?
Em décimo lugar, a liberdade é
fundamento da polis.
1. A liberdade, sendo proposição
humanística inquestionável, é o fundamento da polis; pois, sendo o ser humano
um “animal político” (Aristóteles), ao viver na cidade, na polis, além de ter a
liberdade como dádiva divina para o desenvolvimento pessoal, se tem a liberdade
como fundamento da polis; a polis, a cidade, signo para se referir as relações
humanas em sociedade, só cresce e se desenvolve racionalmente com a liberdade.
2. A liberdade é fundamento da
polis, porque tudo na polis, desde as simples relações sociais, até as relações
governamentais, deve ser abalizado pela liberdade; liberdade em tudo, mas
liberdade com responsabilidade; a figura da polis, e toda filosofia política
que vem imbuída na ideia de polis, pressupõe a liberdade; e uma vez a liberdade
pressuposta, a mesma se estabelece como pressuposto inescapável da vida na
polis; tudo o que é feito em respeito a dignidade humana e em função da
democracia, deve ter imbuído a liberdade; sem liberdade morre a democracia e
destrói-se a polis. Por isso, a liberdade é fundamento da polis, já que é
princípio inquestionável da vida humana, e as relações humanas ao serem
vivenciadas, são construídas com liberdade.
3. A existência da polis, com tudo
aquilo que é necessário, prefigura a existência da democracia moderna; na
verdade, o vocábulo polis é a melhor maneira de entender o que é e qual a
natureza da verdadeira democracia; sendo, pois, a liberdade, fundamento da
polis, logo, a liberdade é fundamento da democracia; portanto, qualquer forma
de não-liberdade, destrói e corrompe a democracia; e, pior, algumas formas de
não-liberdade, tais como regulamentação das liberdades, e outros sinônimos,
viciam a democracia, e tornam-na a pior caricatura de si mesma; deste modo, a
liberdade é fundamento da polis, porque a própria liberdade é pilar
constitutivo para as relações da vida em sociedade.
4. O ser humano, como é um ser
relacional, necessariamente e fundamentalmente se relaciona com outros seres
humanos; nestas relações, além do bom senso reinante, isto é, a reta razão
ordenadora, existe como princípio relacional a liberdade; pois, sem a reta
razão, os seres humanos irracionalizam-se; e sem liberdade, bestializam-se; sem
a razão, os homens tornam-se como “animais irracionais”; sem a liberdade, os
homens tornam-se como “animais selvagens”; por isso, a razão dignifica os seres
humanos demonstrando que estes são superiores aos animais; e a liberdade,
demonstra que o ser humano é “senhor de seus atos”; portanto, do mesmo modo
como a razão é fundamental para o ser humano, a liberdade também é; e tanto a
razão quanto a liberdade, são pressupostos indiscutíveis das relações humanas,
e, por consequência, fundamento da polis e base da democracia.
Resposta XI
O que é Liberdade?
Em décimo-primeiro lugar, a
liberdade é princípio impreterível da Política.
1. A liberdade, por ser fundamento
da polis, e por isso, base da democracia, é princípio impreterível da Política;
a vida na polis, a organização da vida em sociedade como base na lei e na
ordem, passa pela Política; e a Política só é exercida e vivida de maneira
plena e racional, a medida que há o respeito pleno pela liberdade; a Política
que não respeita a liberdade, é Política tropega e que não respeita o preceito
fundante da vida em sociedade; por isso, se observa que os representantes
políticos, quando não respeitam a liberdade, são na verdade ou ditadores ou
demagogos, ou então, instrumentos de manipulação, etc.; políticos que não
respeitam a liberdade, são, na verdade, instrumentos do globalismo e/ou do
comunismo para destruir a sociedade.
2. A Política, tem muitos princípios
racionais; Platão falou sobre a Política, Aristóteles também; e muitos outros
filósofos também o fizeram; e a partir destas análises se estabelece os
princípios fundamentais da Política; entre estes princípios, existem os
princípios fundamentais, e existem os princípios impreteríveis; os princípios
fundamentais são aqueles que são importantes; os princípios impreteríveis são
aqueles que são irrevogáveis, isto é, a Política não existe sem eles; e a
liberdade é princípio impreterível da Política; onde há Política, e políticos,
que valoram e respeitam a liberdade de maneira plena e absoluta, há
verdadeiramente pessoas vocacionadas para a vida pública, que procuram servir
ao povo que os elegeram; onde há Política, e políticos, que não valoram e não
respeitam a liberdade de maneira plena e absoluta, é porque estes não foram
vocacionados para a vida pública e são apenas oportunistas e instrumentos de
manipulação e da revolução comunista.
3. Se reconhece o valor da Política,
e a dignidade dos políticos, a partir da liberdade; a liberdade é a aferidora
de medida da Política e dos políticos; a Política que se estabelece sob a
liberdade, é uma Política sóbria e que honra a sociedade; os políticos que se
estabelecem sob a liberdade e que tem a liberdade por ideal, são políticos que
honram a função para a qual foram eleitos; todavia, a Política que não se
estabelece sob a liberdade, é uma Política que tende a se tornar em “Política
Total”, ou dito em outros termos, em Política que se envereda pelos
caminhos do Estado Total; e os políticos que não se estabelecem sob a liberdade
e que não tem a liberdade por ideal, são políticos que desonram a função para a
qual foram eleitos e que vituperam a alma da sociedade com a podridão da
indignidade pública. Quem não respeita a liberdade, arrola para si a
indignidade e os malefícios da não-liberdade.
Resposta XII
O que é Liberdade?
Em décimo-segundo lugar, a liberdade
é princípio irrevogável para o desenvolvimento do saber.
1. A liberdade, sendo fundamento
para o desenvolvimento da vida em sociedade, é princípio irrevogável para o
desenvolvimento do saber; na verdade, o saber só se desenvolve a partir da vida
vivida em liberdade; pois, a liberdade, é o instrumento que proporciona a razão
alçar voo rumo a contemplação da verdade; sem liberdade a razão fica engaiolada
para não voar a fim de contemplar a verdade.
2. Aristóteles dissera que os homens
tendem naturalmente ao saber; logo, também tendem para desenvolverem o saber; e
como se desenvolve o saber sob a liberdade, o próprio saber demonstra a
liberdade como princípio irrevogável; deste modo, a liberdade se coaduna com o
saber, pois proporciona os meios adequados para que o saber se desenvolva, sob
o respeito pleno para com esta dádiva divina; com isso, compreende-se que a
liberdade, por ser uma dádiva divina, e por ser “exclusivo apanágio dos
seres dotados de razão” (Leão XIII), constitui-se de um indiscutível
instrumento que proporciona o desenvolvimento do saber.
3. E, como a vida humana só se
desenvolve a medida que há o desenvolvimento do saber, então, este
desenvolvimento é imprescindível para que a vida humana se desenvolva; deste
modo, é clarividente o porquê a liberdade é princípio irrevogável para o desenvolvimento
do saber; logo, somente sob a liberdade, a vida se desenvolve, e somente sob a
liberdade, o saber se desenvolve; portanto, a liberdade é princípio irrevogável
para o desenvolvimento do saber.
Resposta XIII
O que é Liberdade?
Em décimo-terceiro lugar, a
liberdade é princípio imutável da sobriedade racional.
1. A liberdade, por ser princípio
irrevogável e imutável para o desenvolvimento do saber, se cristaliza como
princípio imutável da sobriedade racional; somente sob a liberdade a
racionalidade humana permanece sóbria; onde impera a não-liberdade, logo, se
tem a esquizofrenização sócio-cultura, que por fim, se torna em
esquizofrenização psíquica; por isso, a liberdade existe para proteger a
sobriedade da razão humana, a qual as mais das vezes se torna fragilizada pelos
ataques das ideologias; a sobriedade, caractere imprescindível da imago Dei,
é protegida e mantida no respeito pleno pela liberdade.
2. Deste modo, a liberdade, se
estabelece como princípio imutável da sobriedade racional, porque sem a
liberdade, a razão se torna desfigurada; e a razão desfigurada, desconfigura o
pensamento e obnubila a inteligência; com a razão desfigurada, o ser humano em
sua dignidade intrínseca, se torna bestializado em si mesmo e pelos inimigos da
liberdade; com a razão desfigurada, o ser humano se torna menos do que um
animal irracional, ou seja, se torna embrutecido; com isso, somente sob a
liberdade a razão permanece sob sua sobriedade, para que o ser humano não seja
nem bestializado nem tornado em animal irracional.
3. A dignidade humana, amparada pela
racionalidade intrínseca ao ser humano, é protegida pela liberdade, pois, onde
há liberdade há sobriedade racional; e onde há sobriedade racional o ser humano
consegue crescer e se desenvolver tal como fora instituído na Criação; a
própria natureza é dignificada e sublimada pela liberdade; portanto, a
sobriedade racional é imprescindível para o desenvolvimento da vida e para o
mantenimento e a preservação da dignidade da pessoa humana; sem liberdade, a
sobriedade racional é desfigurada, e assim, a dignidade da pessoa humana se
torna corrompível, e, logo, é corrompida pelos inimigos da liberdade; somente
sob a liberdade é que a sobriedade racional permanece com os gérmens do
desenvolvimento, e assim, com as sementes da racionalidade salutífera - o
propósito singular do ser humano enquanto ser racional, tal como diz o Teólogo:
“O bem do homem, enquanto é homem, consiste que a razão seja perfeita no
conhecimento da verdade” (De Virt. q. 1, a. 9, co.). E a razão só é
perfeita no conhecimento da verdade, enquanto bem do homem enquanto é homem,
sob a liberdade.
Resposta XIV
O que é Liberdade?
Em décimo quarto-lugar, a liberdade
é sublimada pela compreensão do que é a não-liberdade.
1. A liberdade, princípio imutável
para o desenvolvimento do saber e o desenvolvimento da própria vida, é
sublimada em sua importância inconcussa, e em sua realidade impreterível, pela
compreensão da não-liberdade; enquanto a liberdade é um excelente bem da
natureza, a não-liberdade é a destruição de todo bem e da própria natureza;
portanto, a não-liberdade não somente é o oposto da liberdade, mas
principalmente qualquer forma de não-liberdade, é um atentado contra a
liberdade, e, por consequência, contra aquilo que a liberdade sustenta, a
saber, os direitos humanos; a não-liberdade, em suas mais variadas formas, é um
atentado contra os direitos humanos.
2. A não-liberdade existe onde a
liberdade é deixada de lado e/ou preterida por qualquer conceito; por isso,
onde há a não-liberdade todos os bens e todas as bênçãos provenientes da
liberdade são destruídas e/ou engessadas; a não-liberdade é a castificação (castificação é
um neologismo para designar a formação de uma barreira, tal como um sistema de
castas que impede o desenvolvimento) do
desenvolvimento, e a castificação de toda e qualquer forma de crescimento que a
vida humana pode experienciar; onde há não-liberdade não existe o voo do
desenvolvimento; onde há não-liberdade os gérmens do crescimento são asfixiados
pela jaula da imbecilidade; por isso, a não-liberdade, é o antônimo moral,
intelectual e produtivo de tudo aquilo que a liberdade é em relação a moral, o
intelecto e a produtividade humana.
3. Deste modo, a liberdade, sendo
compreendida e contraposta a não-liberdade, é sublimada de maneira inestimável;
pois, quem compreende pelo menos de raspão o que é a não-liberdade e os
malefícios inomináveis provenientes da mesma, se apercebe da importância de
velar pela liberdade e de respeitar plenamente a liberdade; com isso, a
liberdade, sendo excelente bem da natureza, ao ser sublimada pela compreensão
do que é a não-liberdade, é tida não somente como excelente bem da natureza,
mas como dádiva máxima para a vida em sociedade, e como princípio e axioma
imutável para o desenvolvimento da vida em todas as suas esferas.
Resposta XV
O que é Liberdade?
Em décimo-quinto lugar, a liberdade
é princípio para o desenvolvimento da ciência.
1. A liberdade, por ser princípio
imutável do saber, se torna um instrumento para o desenvolvimento da ciência; a
ciência, como responsabilidade humana, só cresce e se desenvolve sob a
liberdade; na verdade, a ciência tem por caractere intrínseco a liberdade como
base para a busca pelas leis que Deus outorgou na natureza; a natureza
pressupõe a liberdade e a liberdade dignifica a natureza; logo, a ciência, como
busca pelas leis da natureza e como estudo sobre a natureza, tem imbuída em seu
encargo o ser conduzida e desenvolvida sob a liberdade.
2. O Dr. Abraham Kuyper diz que o
temor do Senhor é a flor da ciência; e a liberdade, por sua vez, é parte desta
flor; pois, quem teme ao Senhor respeita a liberdade; quem não teme ao Senhor
não respeita a liberdade; com isso, a ciência, se desenvolve de maneira mais
flórea a partir do temor do Senhor; pois, no temor do Senhor está imbuído o
respeito pela liberdade; portanto, a ciência, se desenvolve sob a liberdade,
porque onde há liberdade há o temor do Senhor nas coisas humanas.
3. Assim sendo, a ciência possui em
sua própria natureza, os gérmens para ser desenvolvida; a ciência não nega a
Deus, pois busca as leis que Ele deu na natureza; e por isso, para compreender
estas leis precisa ser edificada sob o temor do Senhor, em relação ao autor da
criação e imbuída pela liberdade, em relação ao propósito do autor da criação;
pois, com o temor do Senhor e a liberdade, se condiciona as duas asas pelas
quais a ciência alça voos altaneiros na compreensão das leis da natureza em
benefício da vida humana.
Resposta XVI
O que é Liberdade?
Em décimo-sexto lugar, a liberdade é
fundamento da vida na Natureza.
1. A liberdade, não somente é
princípio para o desenvolvimento da ciência, mas por sê-lo, o é, porque é
fundamento da vida na natureza; a liberdade está imbuída de maneira
indissolúvel na natureza; a vida em natureza, em todas suas esferas, do reino
animal ao reino vegetal, do leão ao rato, do elefante a uma formiga,
absolutamente tudo na natureza, segue a lei da liberdade; embora, de modos e de
formas diferentes de que na vida humana; mas, independentemente disso, a
liberdade é fundamento da vida na natureza, onde o transcurso das coisas ocorre
de maneira livre e sem impedimentos.
2. A vida na natureza, é imbuída
pela liberdade e é vivenciada na liberdade; pois, os animais, as plantas,
existem e vivem na natureza sob a liberdade; a natureza não impede a planta de
ser planta, ou os animais de serem animais; eles vivem em liberdade, a
liberdade a qual lhes é intrínseca enquanto parte da criação; a própria lei
natural pressupõem a liberdade na vida na natureza; a natureza, em suas esferas
particulares, e em suas nuances peculiares, existe e é aperfeiçoada pela
liberdade; pois, a cadeia alimentar, ou dito de modo mais específico, a seleção
natural, só existe e é parte da experiência da vida em natureza pelo fato de
existir sob a liberdade. Sem liberdade, a vida na natureza é asfixiada e a
própria natureza adoece e morre.
3. Deste modo, a liberdade é
fundamento da vida na natureza, e fundamento para o desenvolvimento das coisas
necessárias da própria natureza; pois, a natureza produz as coisas necessárias
para a vida, ou proporciona meios e ou matérias-primas para que as coisas
necessárias à vida sejam buscadas e obtidas; pois, a vida na natureza, em
consonância com seu desenvolvimento e realidades intrínsecas, possui um
encargo, de desenvolvimento cíclico, tanto pela cadeia alimentar quanto pelo
ciclo da vida natural; logo, em tudo isso, existe a liberdade que serve de
proteção para que este desenvolvimento cíclico seja efetivado e permaneça
incólume enquanto processo natural da própria natureza.
Resposta XVII
O que é Liberdade?
Em décimo-sétimo lugar, a liberdade
é atestada pela estrutura biológica da Natureza.
1. A liberdade, ao ser fundamento da
vida na natureza, é confirmada e atestada pela estrutura biológica da natureza;
e a estrutura biológica da natureza é como que uma máquina, que funciona e se
mantém nas coisas necessárias; a estrutura biótica da natureza funciona a
medida que a mesma se desenvolve e exerce as coisas necessárias; esta
estrutura, prescrita por Deus na Criação, permanece inalterada, mesmo após a
corrupção do Pecado, e se mantém através daquilo que teologicamente se chama de
Providência de Deus, e através daquilo que filosoficamente se pode evocar a
partir da proposição de “geração e corrupção”.
2. E, a estrutura biológica da natureza,
ao subsistir na esfera biótica da vida, é uma prova incontestável da liberdade;
pois, se a estrutura biológica da natureza existe, existe em liberdade; ninguém
pode alterar esta estrutura, já que a natureza existe e se mantém sob a
liberdade; a vida se desenvolve e tem seu fim, em liberdade, e isto, deste o
mais pequeno animal até o ser humano; a vida das árvores e das plantas, dos
animais terrestres e dos aquáticos, se desenvolvem sob a liberdade; a natureza
existe para um determinado fim, e ninguém altera este fim, senão incorre em
práticas anti-natureza, em práticas anti-naturais; e, mesmo que os homens
tentem alterar ou mudar a natureza, a natureza sempre ganha esta batalha, pois
fora criada para existir em liberdade. O poder humano, que as mais das vezes
procura destruir a liberdade, não pode contra o poder da natureza em relação as
coisas naturais.
3. Deste modo, a estrutura biológica
da natureza, existe para este propósito, viver em liberdade; portanto, se a
natureza existe para viver em liberdade, quanto mais o ser humano, que como
mordomo da criação, deve ainda mais valorizar e valorar este excelente bem da
natureza; se a natureza vive em liberdade, ainda mais o ser humano deve viver
em liberdade; se a natureza respeita a liberdade de maneira plena, o ser humano
deve respeitar a liberdade ainda mais; se a natureza em sua estrutura confirma
e atesta a liberdade, o ser humano em tudo o que faz também deve atestar e
testemunhar da liberdade, pois, sem liberdade não há vida; e a própria vida, a
esfera biótica da vida, pressupõe a liberdade como excelente bem da natureza
para que a vida, nas coisas necessárias, seja vivida com sobriedade e respeito
para consigo mesmo, para com o próximo e no cuidado para com a natureza.
Resposta XVIII
O que é Liberdade?
Em décimo-oitavo lugar, a liberdade
é comprovada pelas relações entre os seres humanos e a natureza.
1. A liberdade, bem da natureza, é
comprovada, atestada e roborada pelas relações entre os seres humanos e a
natureza; pois, sendo o ser humano parte da natureza se relaciona com toda a
natureza; e, como a natureza está disposta em liberdade, tanto no reino vegetal
quanto no reino animal, então, o ser humano é abarcado nesta relação, e só se
inter-relaciona de modo sóbrio e adequado com a natureza, em seu benefício e no
cuidado com a natureza, quando exerce corretamente a liberdade; sem liberdade
sem relação adequada com a natureza; portanto, a liberdade estabelece o
parâmetro fundamental das relações do ser humano com a natureza.
2. Ora, neste sentido, se sabe que
para que o ser humano exerça corretamente o mandato cultural, há de o fazê-lo
em liberdade; pois, a liberdade abaliza o que concerne a sobriedade do cuidado
com a criação, do velar pela criação; a instituição do mandato cultural pelo
Criador está em ordem a liberdade como bem da natureza; por isso, para que o
homem cuide da terra (cf. Gn 2.15), há de o fazer em liberdade e para a
liberdade; assim sendo, tudo quanto concerne a tarefa do ser humano para com a
criação, tal como estabelecido por Deus, dispõe-se de o ser humano estar em
liberdade e seu laborar ser feito em liberdade. A via da liberdade é a única
que convém no relacionamento do ser humano com a natureza.
3. Por isso, como fora dito, a
liberdade é a base para que os axiomas da ciência sejam cultivados; pois, a
ciência, como responsabilidade humana só é corretamente cultivada em liberdade;
e também a liberdade é coluna que preserva o caminho da ciência; e estes dois
aspectos estão em sintonia com o propósito do ser humano de cuidar e velar pela
criação; com isso, fora designado pelo Criador também para desenvolver a
ciência; e a ciência só se desenvolve a medida do modo como a mesma é
cultivada; e, como a ciência deve ser cultivada na liberdade, então, os axiomas
da ciência só são cultivados em liberdade, e isto, por sua vez, é a coluna que
preserva o caminho da ciência.
Resposta XIX
O que é Liberdade?
Em décimo-nono lugar, a liberdade é
um fundamento da sobriedade psíquica.
1. A liberdade é um fundamento da
sobriedade psíquica; o aparelho psíquico do ser humano funciona de um modo que
requer a liberdade para seu funcionamento pleno e adequado; liberdade tem a ver
com a alma; pois, a liberdade diz respeito a um bem da natureza, mas um bem que
não somente abarca a vida corpórea, mas também a vida psíquica e a vida
espiritual; portanto, a liberdade é preceito físico-psíquico-espiritual; por
isso, se afirma que a psique funciona de modo adequado somente em liberdade e
na liberdade já que a glória da vida interior está na conformidade com a
liberdade na vida exterior.
2. Por isso, neste mesmo sentido, se
pode afirmar que a liberdade é preceito irrenunciável para o desenvolvimento da
personalidade; não há desenvolvimento da personalidade sem liberdade; e como a
dignidade do indivíduo é burilada e evidenciada em seu fulgor a medida do
desenvolvimento da personalidade, então, quando não há desenvolvimento da
personalidade, o que ocorre é a vituperação da dignidade do indivíduo; pois,
como Goethe dizia, a maior força humana é a personalidade; logo, desenvolver a
personalidade é o mesmo que burilar a força humana, e isto em ordem ao proveito
e ao crescimento da própria vida humana; e isso só feito na liberdade e através
da liberdade.
3. Portanto, a liberdade é
fundamental para a sobriedade psíquica, tanto para a própria psique funcionar
em ordem e de modo saudável, quanto para o desenvolvimento da personalidade, e,
em consequência, o fortalecimento da vida o indivíduo em seu todo, em seu
corpo, alma e espírito; pois, a consciência do indivíduo de si e do mundo que o
rodeia, só é alcançada efetivamente na liberdade e pela liberdade; assim sendo,
tudo quanto convém a sobriedade psíquica tem a ver com a liberdade; pois, a
não-liberdade adoece e fragmenta a psique, gerando várias morbidades psíquicas
e mesmo tornando a alma sujeita aos efeitos da morbus animi. Deste modo,
a liberdade protege a psique dos nefastos efeitos que a não-liberdade causa na
alma; por isso, a liberdade é corretamente definida como um fundamento da
sobriedade psíquica.
Resposta XX
O que é Liberdade?
Em vigésimo lugar, a liberdade é fio
indivisível pelo qual se constrói a civilização.
1. A liberdade é fio indivisível
pelo qual se constrói a civilização; sem liberdade não há civilização; sem
liberdade não há civilidade, propriedade irrevogável de uma civilização sóbria;
pois, pela liberdade se constrói efetivamente e dignamente uma civilização;
logo, se pode afirmar que a liberdade é um fio que perpassa a existência das
grandes nações, que as permeias, as dignifica humanamente e as enche de suas
benesses; assim, a liberdade é fio pelo qual se constrói e se mantém a
civilização em ordem a dignidade humana e a civilidade.
2. Por isso, a liberdade é pilar das
grandes democracias; as grandes democracias são estabelecidas em liberdade e na
liberdade; é por esta razão que as grandes democracias descrevem a liberdade,
embasadas na lei natural, como um direito inviolável; logo, para a existência
de um Estado Democrático de Direito, a liberdade é imprescindível, já que a
liberdade é um dos transcendentais dos direitos humanos, nos quais fundam-se as
grandes democracias; com isso, a liberdade é um pilar estrutural das grandes democracias,
sem o qual as mesmas acabam por ruir e definhar. Portanto, a liberdade é um
pilar imovível e inalterável das grandes democracias.
3. Deste modo, se pode afirmar de
maneira resoluta que a liberdade é atavio das grandes nações; ora, as grandes
nações são grandes porque honram este “excelente bem da natureza”
outorgado pelo Criador; e ao honrarem-no, honram Aquele que o concedeu; por
isso, as grandes nações possuem como atavio exuberante a liberdade, a vida em
liberdade; este atavio é o que melhor apresenta a dignidade e o valor de uma
nação diante de todo o mundo.
Assim sendo, a liberdade é o atavio
das grandes nações, pois fora o pilar pelo qual estas nações se ergueram e se
construíram; pois, a glória de uma pátria é o modo como seus cidadãos honram a
liberdade em suas crenças e ações; do mesmo modo, a desonra e a infâmia de uma
pátria é talhada sob tábuas de bronze quando seus cidadãos desonram e inferem a
liberdade.
Epílogo
Assim, respondeu-se de forma simples
e sintética, a questão posta, “O que é Liberdade?”; e foram respostas
que açambarcaram vários aspectos e esferas do que concerne a liberdade, tanto
em relação a religião, quanto em relação a vida humana, principalmente em
relação a vida humana; pois, o ser humano necessita da liberdade para poder
viver, se desenvolver e construir um mundo fraterno e economicamente forte;
pois, a liberdade, como bem afirmara Leão XIII é um “excelente bem da
natureza”; na verdade, entre os bens da natureza é um dos mais importantes,
já que está em ordem a basicamente tudo quanto diz respeito a vida humana; e
nunca é demais relembrar que este “excelente bem da natureza” fora nos
outorgado pelo Deus Altíssimo, “que é bendito eternamente. Amém!”.
Laudate Deo!
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