24/12/2025

Explicação de “O Violinista” de Karl Marx

Proêmio

 

A poesia “O Violinista” (1837) é um dos textos mais impressionantes de Karl Marx[1] (mesmo que seja uma de suas obras de juventude); pois, Marx descreve a si mesmo, quem é e o que procurará fazer, através da alegoria com um violinista; Marx compara sua vida, suas capacidades, seus labores, ao laborar de um violinista; não porque não pudesse falar de si mesmo de maneira aberta e desvelada, mas porque através dos símbolos concernentes a atividade do violinista, ele poderia descrever melhor o ímpeto que o moveria em tudo o que procuraria fazer e as consequências de seus labores. E a procura por tais símbolos é evidência cabal de sujeição a Hegel.

Assim, o “violinista” neste poema é um signo que se refere, em primeiro lugar, ao próprio Marx, mas que, em segundo lugar e de maneira derivada, também diz respeito a todos os marxistas. O violinista mor, Marx, e os violinistas acompanhantes, os marxistas; a orquestra do marxismo só comporta violinos, não só pela falta de pluralidade na verdade do pensamento marxista, mas principalmente por causa do propósito que os move de maneira indivisa e inconcussa, tal como é assustadoramente desvelado nesta poesia.

Expliquemos, pois, alguns aspectos desse poema, o qual é a base para a exegese do pensamento marxiano, do qual se origina o pensamento marxista. Então, a compreensão desse poema (e de outros poemas de Marx) é o fundamento para quem busca entender e compreender o marxismo como um todo; pois, quem quer compreender filosoficamente e espiritualmente o propósito de Marx e do marxismo, deve iniciar pela análise e estudo das obras poéticas de Marx.

 

§ 1

 

O símbolo do violinista. A busca por símbolos, seja através de metáforas seja através de alegorias, demonstra ou a necessidade de encontrar meios de expressar sentimentos difíceis de serem descritos em prosa narrativa, ou então demonstra a tentativa de desvelar algo que está oculto, que se for expresso de maneira direta, descortinará o propósito real de quem escreve; por isso, alguns autores, movidos por propósitos hediondos, escondem seus verdadeiros propósitos através de metáforas e figuras em obras poéticas.

No caso de Marx, ele descortina quem é e o que faz através da figura do violinista. O violinista é aquele que serra as cordas, isto é, quem exerce uma arte com maestria: do mesmo modo é com Marx, é alguém que quer exercer sua arte com maestria (a arte de Marx é a eficácia em estabelecer seus propósitos, os propósitos do marxismo); pois, o violinista ao exercer sua arte com maestria, torna a mesma um hábito pelo qual ele é reconhecido; do mesmo modo é com aqueles que sabem exercer a arte a qual se dedicam de maneira maestrina.

Assim, se Marx conseguir exercer sua arte com maestria, ele conseguirá colocar todos aqueles a que influencia, de maneira direta ou indireta, conscientemente ou não, sujeitos aos propósitos do marxismo; ao serrar as cordas do marxismo, aqueles que são dominados pelos sons do violino da doutrina marxista, são por este sujeitados ao propósito marxista.

Por isso, o símbolo do violinista é para descrever alguém que exerce uma arte com maestria, bem como para descrever aas consequências que este exercer uma arte com maestria traz àquele que assim faz.

Mas, por que Marx se utiliza da alegoria do violinista? Simples, assim como muitos de sua época, alegorias com instrumentos musicais servia para demonstrar o que concerne a execução da arte praticada e seus efeitos naqueles a quem é direcionada.

Marx não é o único que se utiliza desta alegoria, vários no séc. XIX também o fizeram, mas Marx é o único que o faz com outros propósitos do que aqueles que também se utilizaram da mesma alegoria; outros autores utilizam desta alegoria apenas com propósitos poéticos, Marx além dos propósitos poéticos também a utiliza com propósitos descritivos tanto de si mesmo quanto de seus labores.

Pois, através da alegoria do violinista, Marx descreve a si mesmo e explica as consequências de seus labores.

 

§ 2

 

O frenesi na música, expressão de alma em desordem. A primeira descrição é sobre o frenesi da música; a indagação de Marx, “por que esse som frenético?”, não é tanto em relação a um som dissonante; mas, é a indagação sobre a raiz do frenesi; pois, se Marx se descreve como um violinista (e de fato, ele entendia realmente de música), ele não indaga sobre a razão harmônica do som frenético, mas sim sobre sua causa; por isso, Marx indaga: “por que você olha tão descontroladamente em volta?”, isto é, indaga a causa do descontrole e da inquietação; depois, indaga ainda: “por que salta seu sangue, como o mar agitado?”, isto é, indaga a causa da ansiedade psíquica (música frenética causa ansiedade na alma); e, por fim, indaga: “o que impulsiona seu arco tão desesperadamente?”, isto é, indaga a causa do desespero.

Ou seja, através da música frenética, o próprio Marx constatou os efeitos deste tipo de música no indivíduo, a saber: descontrole, inquietação, ansiedade, desespero. Por isso, o frenesi na música e o frenesi ocasionado pela música é expressão de alma em desordem; assim, através da música frenética se consegue colocar as massas populares em desordem, isto é, em inquietação, ansiedade, desespero e similares.

Portanto, Marx constata uma coisa através da alegoria do violinista, dos efeitos da música frenética, isto é, da música ideologizada, da música utilizada com propósitos ideológicos; com isso, ele se compara ao violinista não somente para constatar isso, como de fato em poucos versos constatou de maneira magistral e de modo muito mais apurado do que os mais eruditos críticos musicais, mas principalmente para poder efetuar o mesmo através da impregnação ideológica nas mais variadas artes, isto é, em todas as manifestações culturais (em suma, o marxismo cultural é isso).

E, com isso, se descortina outro propósito de Marx, a saber, o de propagar cabalmente o que parece que ele na verdade critica; isso é fruto do sistema hegeliano, apresentar algo com aparência de “crítica”, mas na verdade propagar justamente este algo sob as máscaras da “crítica”; é isso que Marx descortina sobre si nesta poesia, ao ponderar sobre o frenesi na música; pois, parece que Marx critica ferrenhamente este frenesi, quando na verdade o próprio Marx desvela que é isso o que ele pretende fazer, não somente na música e nas artes, mas em toda a sociedade.

Por isso, os efeitos do marxismo na vida sócio-cultural são da mesma espécie que os efeitos do frenesi na música.

 

§ 3

 

A alma em desordem é ordenada ao inferno. A alma em desordem, pelo frenesi da música, tem um destino; pois, o frenesi, ao ocasionar desordem, traz consigo as consequências desta desordem; por esta razão, Marx indaga a razão dele tocar violino: “por que eu toco violino?”, isto é, indaga a razão do porque utiliza deste ofício, ou seja, a razão de seu laborar; e, na verdade, Marx não toca apenas o violino, ele produz ondas selvagem; por isso, indaga: “ou as ondas selvagens rugem?”, isto é, Marx compara o seu ofício como violinista, uma alegoria, como o rugir de ondas selvagens; ou seja, as consequências do frenesi musical produzido pelo Marx violinista é o rugir das “ondas selvagens”. O frenesi do pensamento marxista é uma tsunâmi contra os fundamentos da ordem social.

Ora, e por que Marx faz isso? Simples, ele mesmo responde: “para que eles possam bater na costa rochosa”, ou seja, Marx toca o violino para levar as embarcações – no caso aqui, alegoria para representa os seres humanos - a bater nas costas rochosas, a naufragar na vida; o frenesi propagado por Marx tem dois modos de levar as pessoas a naufragar na vida, como o próprio Marx assevera: “que o olho fique cego, que o peito inche”, isto é, que cegue a visão, ou seja, que cegue a capacidade de discernir racionalmente, e que seja inchado pela soberba; o propósito de Marx ao executar sua arte é fazer com que as pessoas naufraguem na vida através da cegueira da razão e da soberba no coração. E estes são os efeitos do pensamento marxista: cegueira da razão e soberba no coração.

Por isso, ao frenesi da música causar desordem na alma, ele causa desordem em todo o ser; e alma em desordem é alma gritante, é alma que ao ser dominada pela desordem, tem por consequência ser dominada pelo reino da desordem (aliás, pode-se explicar este grito aqui através de uma comparação com a explicação da obra “O Grito” de Edvard Munch); assim, alma em desordem é alma ordenada ao inferno, tal como Marx afirma: “o grito dessa alma desce para o inferno”; ora, a alma que desce ao inferno é a alma que entrou em desordem pelo frenesi propagado, seja por qual meio for (na alegoria de Marx neste poema, através da música).

E a guisa de complemento a explicação da sentença desta estrofe, se entende que tudo no pensamento marxiano tem dois sentidos: um literal e outro alegórico (um sentido além da letra); e isso, que não é mera coincidência, se assemelha muito com a exegese das coisas sagradas; por isso, o pensamento marxista busca substituir a religião e os dogmas religiosos; na verdade, o pensamento marxista busca substituir a Sagrada Escritura pelos textos de Marx; os sentidos do pensamento marxista buscam transmogrifar os sentidos da exegese religiosa; e embora não façam isso de jure, de facto conseguem açambarcar muitos nesta invectiva, até aqueles que se dizem “cristãos”.

Além do que, é por esta razão que é de ínvia dificuldade compreender o marxismo, já que não se entende o que está por detrás do texto escrito, isto é, não se entende as entrelinhas (os alegorismos marxianos); e nisso Marx segue a risca o que Hegel fizera, a saber, esconder seu real propósito através de figuras, alegorias, símbolos, signos, etc.

Outrossim, é que Marx compreende o que concerne ao destino eterno das almas; no entanto, o que ele propugna em seu laborar é para colocar uma desordem tal nas almas dos indivíduos que os leve para o inferno. Isso é o próprio Marx quem afirma de maneira direta e sem dubiedades. Portanto, o pensamento marxista tem por propósito encaminhar as almas para o inferno.

 

§ 4

 

O desprezo aos dons divinos. Após ter designado seu propósito, Marx passa a indagar a si mesmo como violinista; na verdade, não uma indagação do eu para com o próprio eu, mas utiliza-se da função do narrador, para indagar ao próprio violinista (no caso o próprio Marx indagando a si mesmo); por isso, Marx afirma: “violinista, com desprezo você rasga seu coração”, isto é, o violinista desvela a si mesmo, rasga o próprio coração, mas o faz com desprezo; não desprezo por si, mas desprezo por Deus. Marx despreza a Deus. Este é o sentido deste verso.

Ora, desprezar a si mesmo no “rasgar” do coração é o que Nietzsche chamara de niilismo, ou o que Dostoiévski chama de doença em “O Homem do Subsolo”; e essa doença é algo grave, pois, se “um Deus radiante emprestou-te a tua arte”, ou seja, se suas capacidades provém da bondade divina, então rejeitá-las é o mesmo que rejeitar a si mesmo; e Deus outorga tais capacidades para conduzir à beleza: “para deslumbrar com ondas de melodia”, isto é, para comover e deleitar, e também “para voar para a dança das estrelas no céu”, isto é, para encantar. Por isso, rejeitar estas capacidades é o mesmo que rejeitar a comoção, a deleição e a admiração.

Na verdade, nestes versos Marx descortina o propósito dos dons e capacidades de cada um, e num sentido geral, acerta; pois, Deus outorga os dons para as artes, a fim de que os homens conheçam a verdade, e conduzam os homens a comoção, a deleição e ao encantamento.

No entanto, Marx o faz não somente para designar no que consiste isso; se assim fosse, seria uma definição assaz útil; Marx delineia esta concepção para demonstrar não o que ele de fato busca fazer, mas para mostrar que vai fazer completamente o contrário.

Nesta concepção, Marx propugna outra forma da encarnação do “espírito dialético”, isto é, aquele estado de alma que ao compreender algo da verdade, por ter compreendido este algo, passa a se portar contra este algo. E o “espírito dialético” é a pior forma de descaro já instituída entre os seres humanos.

Assim sendo, se compreende que Marx indaga a si mesmo enquanto violinista, não para mostrar que a arte que executa provém das capacidades que Deus lhe outorgou, mas sim para mostrar que a maestria que ele possui não provém do “Deus radiante”, mas de outro alguém.

Por isso, Marx descortinará o que está por detrás dele enquanto violinista, ou sem a alegoria, o que o conduz no que ele faz e labora. Assim, Marx não somente demonstra seu total desprezo para com os dons divinos, mas também seu total desprezo aos transcendentais; por isso, o pensamento marxista é um pensamento anti-transcendental.

 

§ 5

 

O que está por detrás do violinista, o Demônio. Ao indagar a si mesmo, Marx então passa a resposta pessoal a esta indagação com uma sentença exclamativa: “como assim!”, isto é, como se pode perguntar algo deste tipo, como se pode fazer tal indagação, pois o que ele faz está mais do que evidente do porque faz e para quem faz; Marx diz: “Eu mergulho, mergulho sem falhar”, isto é, ele exerce sua arte sem falha, pelo menos no que ele se propõe a fazer; no entanto, ele não diz que toca as cordas do violino, mas que mergulha; ou seja, no exercício de sua arte, o violinista Marx não o faz a fim de tirar os sons belos do violino, mas de mergulhar algo.

Mas o que é este algo? O próprio Marx afirma: “Meu sabre de sangue negro em sua alma”; Marx não toca as cordas do violino apenas, isto é, ele não apenas executa sua arte, mas mergulha o sabre negro dele (sabre negro é específico para ser usado em rituais de bruxaria, ainda mais sendo sabre de sangue), na alma de outrem, ou seja, este é o real propósito de Marx; ou dito de outro modo, Marx executa sua arte para colocar um sabre de sangue negro na alma dos indivíduos.

Por isso, ele mesmo constata: “Essa arte Deus não quer nem deseja”, ou seja, este tipo de arte Deus abomina (a arte imbuída de feitiçaria); pois, não é uma arte que cumpre seu propósito natural, mas a arte que Marx executa é a arte em função da bruxaria, com o sabre de sangue negro em suas mãos para adentrar as almas das pessoas.

Portanto, aquele que assim o faz não vai deslumbrar ou encantar; mas, antes, como o próprio Marx assevera: “Salta para o cérebro das névoas negras do Inferno”, isto é, aquele que exerce sua arte com o sabre de sangue negro para mergulhá-lo na alma de outrem, salta para a as névoas negras do inferno; ou seja, o destino da arte que não cumpre seu propósito é o inferno.

A arte que é anti-arte é permeada pelas névoas negras do inferno, pois estas névoas já dominaram o cérebro, a mente daquele que executa a arte deste modo. E é esta espécie de arte que Marx propaga; então, o pensamento marxista tem a mente permeada pelas névoas negras do inferno.

 

§ 6

 

O acordo do violinista com Satanás. E Marx assim o faz não somente tal como o mergulhar, isto é, como algo rápido e feroz, mas “até que o coração esteja enfeitiçado”, ou seja, até que o coração seja dominado pela bruxaria do sabre de sangue negro; e mais: “até os sentidos cambalearem”, isto é, até os sentido serem corrompidos de seu propósito natural; ora, em suma este é o linguajar da magia, da feitiçaria; por isso, quando Marx diz que ele usa o sabre de sangue negro para mergulhar nas almas, ele dá a entender que o propósito real é outro, e assim a alegoria com o violino desvela-se em seu real significado, a saber: evidenciar a feitiçaria que Marx propaga.

Por isso, o próprio Marx afirma: “Com Satanás eu fiz meu acordo”, isto é, Marx descreve em rodeios e sem metáforas, em meio a uma alegoria, que ele faz um acordo com Satanás; por isso, ao invés de usar o arco de violinista, ele usa o sabre negro dos rituais de bruxaria. O Marx violinista não é aquele que toca o violino, mas aquele que usa o sabre de sangue negro para os propósitos da bruxaria. E nisto o pensamento marxista se engendra: propaga bruxaria e impregna bruxaria não só nas artes, mas em todo o ímpeto das manifestações culturais.

Portanto, ao fazer seu acordo com Satanás, ao fazer seu pacto com Satanás, Marx desvela que é Satanás quem o conduz em sua arte, ao afirmar: “Ele risca os sinais, marca o tempo para mim”, isto é, Marx afirma que é Satanás quem o conduz em sua arte, ou seja, é Satanás quem o conduz no que ele faz e labora.

Assim, a arte que Marx propaga, e as artes que são influenciadas pelo marxismo, produzem um efeito terrível, tal como o próprio Marx afirma: “Eu toco a marcha da morte rápido e grátis”, isto é, ao ter Satanás como seu condutor, Marx afirma que o exercício de sua arte é a marcha da morte, ou seja, é o que conduz a morte, e isto de maneira “rápida e grátis”; por isso, o pensamento marxista é uma orquestra em função da marcha da morte, isto é, em função da propagação da morte e do inferno.

E Marx o faz totalmente consciente disso; por isso, o próprio Marx evoca a contradição hegeliana: “Devo jogar escuro, devo jogar luz”, isto é, ao mesmo tempo em que desvela o que concerne ao exercício da arte, também desvela que seu propósito está além disso, a saber, ao mostrar no que concerne a arte na verdade vela o que faz através da arte. E, ao ter feito diametralmente o oposto nos versos anteriormente, ao evocar esta contradição hegeliana, demonstra sua total sujeição a Hegel.

Além do que, Marx faz isso até que todo o seu ser seja dominado completamente: “Até que as cordas do arco partam meu coração completamente”, isto é, até que ele não tenha mais sentimentos, até que ele morra; Marx propugna ser um serviçal de Satanás enquanto viver, até a hora de sua morte, ou seja, até que seu coração seja partido pelo próprio sabre que ele se utiliza como arco.

Outrossim, é que esta última sentença evoca uma síntese com o sistema hegeliano; assim como em Hegel, a meta (Ziel), só é alcançada na morte; por isso, no último capítulo do sistema da ciência de Hegel, morre-se a própria determinação individual, ou seja, morre o homem para Deus, e Deus morre para o homem; esta é a dialógica hegeliana; e Marx a segue a risca: não que Deus de fato tenha morrido, mas ao propugnar a própria morte para Deus e a morte de Deus para o homem, o homem pode partir seu coração completamente, isto é, pode ser completamente despessoalizado e despersonalizado.

E Marx faz isso: propugna a própria morte, e a morte de Deus para ele, para pode ser totalmente um serviçal de Satanás. Pois, tal como Hegel, somente assim Marx alcança seus reais objetivos, tal como já fora descrito. Mas, Marx não propugna a própria morte através de figuras fúnebres, mas através da alegoria do coração completamente partido.

E a guisa de conclusão, se deve explicar que a morte de Deus descrita por Nietzsche, fora propugna e sistematizada por Hegel, e vivenciada plenamente por Marx e pelos marxistas.

 

***

 

Ora, não se fizera uma explicação muito aprofundada deste poema, mas apenas explicou-se os principais aspectos alegóricos que servem para entender o real propósito de Marx e do marxismo; pois, Marx, na alegoria do violinista, um tipo de alegoria corriqueira em sua época, desvelou o real propósito de seus labores; por isso, compreender as nuances deste poema é o fundamento para a interpretação e compreensão do marxismo, dos fenômenos inerentes ao marxismo, já que neste poema é desvelado o motivo-base de todo o pensamento de Marx e, por consequência, de todos os marxistas. 

E termina aqui esta explicação. θεῷ χάρις



[1] In: Karl Marx e Friedrich Engels, Marx-Engels Collected Works Vol. 1: Karl Marx 1835-1843 [Lawrence & Wishart, 1975], pág. 22-23. 


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