Prólogo.
1. “Conforme tudo o que ordenaste, tudo se mantém
até hoje; porque todas as coisas te obedecem” (Sl 119.91); ora, a expressão
do salmista demonstra a base e o fundamento da ordem cósmica, da ordem no
cosmos; pois, o Criador estabelece tudo com ordem, e as coisas naturais cumprem
especificamente sua ordem e sua ordenação; portanto, se observa que no cosmos
há uma ordem estabelecida pelo Criador, a qual é mantida e preservada pelo
próprio Criador.
2. Ora, a compreensão sobre a ordem cósmica, abaliza a
compreensão sobre qual deve ser a base da ordem nas coisas humanas; pois, o
bondoso Deus ao conceder aos homens o domínio sobre a terra (cf. Gn 1.28; Sl
115.16), concedeu a estes o domínio com relação aos assuntos humanos, os quais,
só se desenvolve em consonância com a ordem estabelecida na natureza pelo
próprio Deus; pois, tudo o que é necessário para o ser humano com relação as
coisas naturais, bem como tudo o que é necessário para a própria natureza, está
na própria natureza; logo, a ordem cósmica, toma expressão na ordenação
terrestre das coisas humanas, pois, do contrário, a desordem toma conta das
coisas humanas.
Portanto, compete compreender o que concerne a ordem cósmica, e entender o modo como as coisas humanas devem estar em ordem a esta ordenação estabelecida pelo próprio Criador.
Capítulo I: A ordem cósmica.
3. A ordem cósmica faz parte da vida humana, pois, a
vida humana é parte desta ordem, tal como diz Olavo de Carvalho: “no céu
vemos o drama humano inserido no drama cósmico, e o drama cósmico inserido no
drama humano”; logo, a ordem cósmica é um grande drama, tanto no sentido
dos corpos celestes, ou a perspectiva heliocêntrica, quanto no sentido da vida
humana, ou a perspectiva geocêntrica; o drama é justamente a inter-relação
entre estes aspectos, já que a ordem cósmica, no movimento natural dos corpos
físicos, celestes e terrestres, é compreendida corretamente sob a luz deste
drama.
4. Com isso, se pode falar na hierarquia cósmica;
logo, se pergunta sobre a ordem da hierarquia cósmica; e um modo de se entender
isso, provêm das artes que demonstraram de maneira correta o drama cósmico, tal
como consta nas catedrais góticas, que encarnaram de maneira plena a expressão
artística deste drama; um exemplo é uma conhecida e famosa rosácea da Igreja de
Saint-Denis na França, com o tema da criação, no qual se estabelece a ordem
cósmica: no centro, está Deus; em orbita a Deus, os seis dias da criação,
demonstrando a Criação e a natureza como um todo; depois, se tem o círculo do
Zodíaco (no sentido científico e não preditivo), demonstrando a harmonia
cósmica, entre a obra da criação de Deus a partir do nada e a preservação desta
criação; e, por fim, o círculo do trabalho dos homens, o que demonstra a ordem
terrestre; logo, se tem um esquema bem adequado para designar a ordem cósmica,
e seus sentidos básicos, e do modo se compreender as esferas e a hierarquia
desta ordem.
5. Portanto, a ordem cósmica se estabelece da seguinte
maneira: primeiro, Deus no centro; segundo, a ordem da natureza tal como
estabelecida pelo Criador na criação; terceiro, a ordem das coisas celestes,
simbolizada pelo Zodíaco (tomado no sentido científico e não preditivo), o que
é o símbolo mais adequado e único até hoje feito para designar a harmonia
cósmica, isto é, a harmonia dos corpos celestes; quarto, a ordem na vida
humana, o mais importante aspecto da ordem cósmica, donde ser tida em mais alta
estima, já que toda consideração sobre o cosmos e sobre a própria vida humana,
é feita nonde ocorre a ordem terrestre, pois, assim, a vida humana demonstra o
lugar central no cosmos, ou como afirmara filosoficamente Max Scheler, sobre a
posição do homem no cosmos, que ocupa um lugar central em relação as outras
criaturas e ao restante da criação, ficando abaixo apenas de Deus.
6. Deste modo, a ordem cósmica estabelece de maneira adequada e ordenada, o grau de importância das coisas; primeiro, evidentemente, Deus, que como dissera Pseudo-Dionísio, “Aquele que é super-principal a todo princípio” (Epist. II); depois, o ser humano; e depois, a harmonia celeste e a harmonia terrestre que se inter-relacionam nas coisas naturais. Ora, em suma, este é o entendimento sobre a ordem cósmica, que por ser ordem, se estabelece somente nesta ordem.
Capítulo II: O universo como sistema total das latências.
7. Assim, surge a pergunta sobre o que é cosmos? E,
esta pergunta se estabelece não no sentido de uma definição natural e/ou
científica, mas no sentido da compreensão da ordem; logo, o que é o cosmos
segundo a própria ordem do qual faz parte? A resposta é simples: o cosmos, o
universo, como diz Olavo de Carvalho, “é o sistema total das latências”;
e esta definição açambarca os aspectos concernentes a designação da ordem
cósmica, pois, como o próprio Olavo de Carvalho afirma, “todos os objetos,
até os ideais, se apresentam como latências”; portanto, todos os objetos do
cosmos, se apresentam como latências, pois, estes objetos enquanto existentes,
só são compreendidos a medida que se os percebe e que se compreende que em dado
momentos eles foram percebidos.
8. Deste modo, perceber um objeto, seja ele qual for
em todo o universo, é a latência; mas, não somente isso, pois, perceber um
objeto, é ao mesmo tempo, compreender que se percebeu este objeto e haurir
algum conhecimento desta percepção a partir de outros conhecimentos; por isso,
Olavo de Carvalho afirma: “perceber um objeto é perceber o seu círculo de
latência”; ora, perceber um objeto em suma é isso, é ao mesmo tempo
perceber seu círculo de latência; portanto, o universo é o sistema total das
latências, porque o mesmo deve ser compreendido, e a compreensão sobre o mesmo
se dá na percepção dos objetos que o compõem, o que primeiro demonstra o
círculo de latência de determinado objeto e sua relação com o sistema total das
latências.
9. Por isso, ao se compreender sobre a ordem cósmica, há de se compreender que o universo é o sistema total das latências; pois, esta ordem cósmica, demonstra não somente os objetos que compõem o universo, mas que existe uma hierarquia natural, na qual estes objetos se movem e a qual é fundamental para a correta compreensão dos próprios objetos; e, nesta hierarquia, se compreende os aspectos simbólicos que são caractere inerentes dos objetos existentes (mesmo os ideais), e os quais, ao serem entendidos como parte do círculo de latência, perfazem o conhecimento inerente a compreensão destes objetos. Portanto, o universo como sistema total das latências, demonstra a ordem cósmica, de maneira hierárquica, bem como evoca e demonstra o sistema simbólico que é haurido da própria realidade ao que se entender a ordem da mesma.
Capítulo III: Os símbolos naturais.
10. Ora, sendo o universo, o sistema total das
latências, do próprio universo será haurido os símbolos sobre o mesmo; estes
são chamados de símbolos naturais; pois, o ser humano é um animal racional,
isto é, tem uma animalidade enquanto criatura, mas é uma criatura racional, que
existe para compreender a realidade; e ao compreendê-la, apreende as proporções
reais das coisas reais, ou pelo menos, como animal racional isto deveria fazer;
no entanto, ao se entender este aspecto concernente ao ser humano, se percebe
que ao compreender a realidade, o ser humano haure da própria realidade os
símbolos que da mesma emerge ao procurar compreendê-la.
11. Por isso, os símbolos naturais, partem da própria
ordem da natureza; por exemplo, os elementos que primeiro o ser humano percebe
ao tentar compreender a realidade, são aqueles que lhe estão diretamente
ligados com a própria vida, como a luz e quatro os elementos naturais; ora, a
luz é o primeiro aspecto do que concerne a compreensão sobre a realidade, até
mesmo porque fora a primeira coisa criada por Deus (cf. Gn 1.3s); depois, se
tem os elementos naturais imprescindíveis para a vida humana, como o ar e a
água; etc.
Portanto, se compreende a razão de muitos dos povos
antigos, tomarem estes elementos como alguma divindade, tamanha a importância
dos mesmos e tamanha a força simbólica dos mesmos. Em relação a força simbólica
se percebe deste o início do mundo, o que em si é algo corretíssimo; todavia,
também se percebe a desfiguração desta força simbólica ao querer deificar
elementos naturais, tornando o simbolismo em religião naturalista, ou
xamanismo, o que perverte o sentido natural do simbolismo.
12. No entanto, se compreende que os símbolos naturais
emergem de maneira cristalina da própria realidade; e, as mais das vezes, em
ordem e importância a partir da ordem que o próprio Criador estabeleceu ao
criar todas as coisas, como se observa nos seis dias da criação em Gênesis 1;
logo, os símbolos naturais seguem uma ordem criacional; e isto é algo de suma
importância, pois, se observa que a própria abstração dos símbolos naturais
segue a estrutura da ordem cósmica; por isso, estes símbolos representam esta
ordem, de modo ordenado e bem explicado, a fim de conduzir ao entendimento a
partir da representação simbólica; pois, ao se ver e observar um símbolo
natural, necessariamente, se deve perceber o objeto que o mesmo representa, e
com isso, levar a percepção do círculo de latência deste objeto, e deste à
compreensão do universo como sistema total das latências.
13. Deste modo, os símbolos naturais são fundamentais não somente à ordem do conhecimento, mas também para a própria ordenação da vida, sem a qual, não se alcança o próprio conhecimento; a simbologia natural não somente é uma forma de compreender o universo ou questões científicas sobre a natureza, mas é parte da própria vida e do modo como a vida deve se desenvolver, ou pelo menos, do modo como deveria se desenvolver, a saber, em ordem em relação com a própria ordem da realidade estabelecida pelo Criador.
Capítulo IV: A simbologia celeste e a simbologia terrestre.
14. A simbologia natural é algo inescapável; ou, se
apreende de maneira correta a partir da própria realidade, e, com isso, se
desenvolve o senso das proporções a partir da própria realidade; ou, então se
apreende de maneira errônea e desfigurada esta simbologia e evoca-se outra
realidade, e, com isso, se desenvolve um senso das proporções emburrecedor;
portanto, ou a simbologia natural contribui com o conhecimento, ao se hauri-la
da própria realidade, ou então a simbologia natural evoca outra realidade (a Segunda
Realidade) a partir de um grimório de algum “sonhador” que sempre é algo
anti-realidade.
15. Deste modo, se deve compreender a ordem da própria
simbologia natural; ora, se o universo possui uma ordem, a simbologia natural
também deve refletir esta ordem; e, assim se estabelece a ordem da simbologia
natural a partir da seguinte proposição: primeiro, a ordem simbólica; segundo,
a ordenação da ordem simbólica.
16. Primeiro, a ordem simbólica; a ordem simbólica
deve refletir a ordem da realidade; como fora afirmado anteriormente como
exemplo, a rosácea da Igreja de Saint-Denis, reflete muito bem esta ordem
simbólica, a saber: primeiro, Deus, o Criador; segundo, a ordem da natureza tal
como disposta na Criação; terceiro, a ordem das coisas celestes; quarto, a
ordem da vida humana. Ora, esta ordem demonstra o esteio da ordem simbólica, a
qual, por sua vez, reflete a ordem da realidade, tanto em eminência, quanto na ordem
essencial.
17. Segundo, a ordenação da ordem simbólica; ora,
tendo a ordem simbólica uma ordenação essencial, isto designa, por sua vez, o
modo da ordenação da própria ordem simbólica; pois, assim se estabelece dois
aspectos pelo qual se deve compreender a ordenação da ordem simbólica:
primeiro, a ordem celeste; a ordem de acordo com o ordem dos corpos celestes e
a partir de suas grandezas e propriedades no sistema cósmico. Segundo, a ordem
terrestre; a ordem de acordo com a vida terrestre, a partir do domínio do ser humano
sobre a natureza e no desenvolvimento do todo da vida humana (cf. Gn 1.28), o
que atesta a questão da ordem essencial da criatura (ser humano) com relação ao
restante da criação.
18. Ora, a ordem essencial da ordem simbólica fora
desenvolvida de maneira indiscutível, desde os tempos antigos através da
simbologia astrológica; desde o crescente fértil, se tem aspectos do que
concerne a simbologia astrológica, que fora desenvolvida pelos povos antigos,
entre os quais, os mais famosos neste quesito, os babilônicos, o povo que
também desenvolveu de maneira significativa a matemática, a astronomia, etc.;
mas, a simbologia astrológica desenvolvida por estes povos estava amalgamada
com a questão preditiva ou religiosa, o que a Sagrada Escritura condena
veementemente, inclusive em relação a própria Babilônica (cf. Is 47.13).
19. No entanto, esta simbologia astrológica fora desenvolvida por outros povos, e ganhou uma forma mais adequada durante os séculos, sem com isso perder sua forma fundamental, e que se desenvolveu também em outro sentido além do sentido preditivo, a saber, o sentido cientifico; a astrologia científica, acoplou de maneira plena a ordenação da simbologia natural de forma eficaz de tal modo, que até os tempos atuais, é a única forma simbólica adequada e correta para compreender a simbologia natural que emerge da própria realidade; e, esta simbologia astrológica, tanto na astrologia preditiva quanto na astrologia científica, é chamada de Zodíaco; o Zodíaco é a forma básica e elementar, e a única que consegue acoplar, todo o amplo escopo da simbologia natural, ao ponto de acoplar corretamente a ordem cósmica de maneira inter-relacionada no que concerne as coisas naturais através dos próprios símbolos naturais (o que constitui-se de uma tarefa da astrologia científica, mas que infelizmente desde a ascensão da modernidade se emprega apenas no sentido preditivo, o que tornara este simbolismo desfigurado e quase que totalmente rejeitado).
Capítulo V: A imagem de mundo.
20. A simbologia natural, ao se desenvolver, seja do
modo correto, seja de maneira desfigurada, sempre gera uma imagem de mundo
simbólica; se se desenvolve de maneira desfigurada, permanece apenas uma imagem
de mundo, que se torna ou imagem de mundo ideal ou desemboca num sonho doentio;
no entanto, se se desenvolve de maneira correta, a partir da abstração da
simbologia natural, então, se desenvolve em uma visão de mundo.
21. Deste modo, a imagem de mundo, é a base donde
emana a visão de mundo; pois, toda visão de mundo é, em seu fundamento, uma
imagem de mundo, só que designada de maneira mais bem desenvolvida; mas, em
suma são basicamente a mesma coisa; por isso, a imagem de mundo ou é reflexo da
realidade, ou do sonho que recusa a própria realidade; portanto, nisto também
se observa a maneira de compreender se a imagem de mundo realmente é a que
emerge do simbolismo natural, ou se surge da corrupção da percepção deste simbolismo,
seja por qual fator for; logo, a imagem de mundo é uma maneira de aferir o
estado da percepção natural e da compreensão sobre a ordem cósmica.
22. Portanto, se a imagem de mundo reflete a ordem cósmica, logo, a cosmovisão tende a ser ordenada nas coisas naturais de maneira correta; no entanto, se a imagem de mundo não reflete a ordem cósmica, mas busca se orientar por algum “ismo”, a cosmovisão não será ordenada nas coisas naturais de maneira correta, e já nisto se pode desmontar qualquer pretensão de uma cosmovisão de ser a verdadeira. Logo, a imagem de mundo é o que naturalmente surge do simbolismo natural, sendo necessário apenas o entendimento da regra básica, do axioma fundamental, para ordenar esta imagem de mundo de acordo com a própria ordenação da simbologia natural.
Capítulo VI: Os dois tipos de imagem de mundo.
23. Neste sentido, surgem dois tipos de imagem de
mundo: uma que se conforma com a ordem dos corpos celestes, pois como dissera
Tomás de Aquino, que Deus move os corpos inferiores pelos corpos superiores; e
a imagem de mundo que surge desta perspectiva, é o heliocentrismo; mas o
heliocentrismo, refere-se apenas a grande dos corpos em relação ao movimento; a
perspectiva heliocêntrica não contempla o centro do cosmos a partir da
importância do mordomo da criação, mas a partir da grandeza dos corpos físicos.
24. Logo, tem-se outra imagem de mundo que se conforma
com a realidade da importância do ser humano no cosmos; no que Scheler afirmava
sobre a importância do homem no cosmos; por isso, o cosmos se orienta não
somente de acordo com a grandeza dos corpos celestes, o que reflete caractere
físico do universo; mas, principalmente, o cosmos reflete a importância da
ordem moral, sublimada no âmbito da vida, através do ser humano, a mais
importantes criatura de todo o universo; o ser humano e onde se desenvolve sua
vida, é mais importante do que os corpos celestes e os outros animais; por
isso, a imagem de mundo que contempla este aspecto, é o geocentrismo; a
perspectiva que coloca a terra no centro do universo não por conta da grandeza
dos corpos, mas pela grandeza do ser humano, mais excelente do que todos os
outros animais (cf. Sl 8.3ss).
25. Deste modo, se compreende que as duas imagens de
mundo que existem são o geocentrismo e o heliocentrismo; no entanto, a
inter-relação entre estes dois aspectos, tem gerado inúmeras aporias; pois,
geralmente, após o advento da modernidade se coloca quase que de maneira
absoluta a imagem de mundo heliocêntrica para ordenar a vida humana, o que, em
si, é algo sumamente aporético; mas, goste-se ou não, isto se estabeleceu como
o fundamento da modernidade, e, em parte se compreende a razão das confusões de
princípios que tomou conta da modernidade e da contemporaneidade. E, diante
disso, se faz necessário se organizar a ordem destas duas imagens de mundo, de
maneira sóbria e de acordo com a ordem que convém as mesmas, a saber: a imagem
de mundo heliocêntrica diz respeito a grandeza dos corpos celestes e ao
movimento dos corpos celestes, enquanto que a imagem de mundo geocêntrica diz
respeito a posição humana no cosmos.
26. Pois, como afirma Olavo de Carvalho: “descrever
o sistema solar é uma coisa, e descrever a posição humana no cosmos é outra
completamente diferente”; logo, se deve compreender o lugar e a necessidade
de descrever o sistema solar, o que o heliocentrismo faz, e se deve compreender
o lugar e a necessidade de descrever a posição humana no cosmos, o que o
geocentrismo faz; assim, quando se trata do entendimento sobre as coisas
naturais, sobre a natureza, e do que concerna a filosofia da natureza, se deve
evocar a perspectiva heliocêntrica; agora, quando se trata do entendimento
sobre a posição humana no cosmos, sobre a centralidade da vida humana em todo o
cosmos, se deve evocar a perspectiva geocêntrica.
27. Deste modo, nesta ordem, se consegue relacionar
corretamente as duas imagens de mundo, e colocar cada uma em seu devido lugar
para melhor contribuir com o entendimento sobre a ordem cósmica, que deve
fundamentalmente ser compreendida a partir destes dois aspectos: no que
concerne a ordem da grandeza dos corpos celestes e de seus movimentos, e o que
concerne a posição do homem no cosmos.
28. Nestes aspectos também estão delineados o que
concerne ao entendimento sobre a ordem cósmica, e sobre a própria ordem que se
estabelece a partir da mesma; logo, a ordenação da vida humana, tanto em
relação ao saber quanto em relação a própria vida, é compreendida a partir
desta ordem e da simbologia natural, pois, tudo que é necessário o ser humano
conhecer sobre o universo no que diz respeito a ordem é delineado na simbologia
natural ou simbologia astrológica. Logo, a ordem cósmica é disposta nestes termos
e de acordo com estas pressuposições. E, por enquanto, basta o que fora dito e
elucubrado sobre a ordem cósmica.
29. Termina aqui a explicação sobre a ordem cósmica.
Bendito seja Deus por todas as coisas. Amém.
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