De uma breve resposta sobre a
liberdade, surgiram uma série de controvérsias, as quais são transcritas
abaixo; mantém-se em oculto a identidade do outro interlocutor por motivos
óbvios, e no diálogo as minhas asseverações vem designadas com a letra J, e as
asseverações do outro interlocutor que questionou a proposição sobre a
liberdade, vem designadas com a letra H. Portanto, a partir
do referido escrito, fora feito as seguintes controvérsias, que se iniciaram
com a seguinte “observação” do outro interlocutor.
1. H: Liberdade de expressão termina
no momento que você fere o direito do próximo.
J: Ferir o “direito” do próximo
com liberdade de expressão? Isto é contradição de termos; não existe ferir
direito do próximo com liberdade de expressão. O direito é o mesmo para todos;
se ferir o “direito” do próximo é confrontar ideias e concepções antirracionais,
e por isso prejudiciais, então não existe nem liberdade de expressão e nem
“direito” para ninguém. Se não há a Razão, não há “direito” de ninguém; agora,
a confrontação racional, é ferrenha para os que se baseiam em mentiras e
princípios anti-racionais, como os que ferem e tiram a liberdade de expressão
sob o mote de “ferir o direito do próximo”.
2. H: no momento que você com sua
liberdade de expressão faz apologia a tortura ou só máximo ou ameaça mesmo que
verbalmente a vida de uma pessoa ou de seu filho você está ferindo o direito do
outro e não é contraditório punir essa pessoa. Ser Homofóbico ou Racista em uma
fala ou discurso é ferir o direito do outro e deve ser punido sim vivemos em
sociedade e temos leis, temos liberdade para pensar mas expressar todas as
opiniões temos que tomar cuidado pois não vivemos em uma bolha as leis surgem
justamente para impor limites ao homem não somos totalmente livres para
praticar qualquer ato então não é contraditório punir quem passa dos limites.
J: Primeiro, este “você com sua
liberdade” é sofisma; só existe liberdade no sentido pleno, não liberdade
“minha” ou “tua”; porque, esta expressão que o senhor utiliza, torna-se culposa
daquilo que o senhor critica em sua expressão; porque falar “você com sua
liberdade de expressão faz apologia a tortura”, pressupõe, que eu fiz esta
apologia, o que, é inverdade e calúnia, e se fosse levada a sério, seria crime,
o qual o senhor acusa que outros fazem; e querendo ou não, também acabou de
cometer. Além disso, uma coisa é liberdade de expressão, outra é calúnia
(difamar a honra ou a moral de alguém sem que este tenha cometido erro moral),
e ainda outra coisa é “fake-news” (elucidações que não são baseadas em fatos e
argumentos racionais); todavia, a liberdade de expressão não é medida pelo
desrespeito e a infâmia com ninguém; liberdade de expressão é poder falar, e se
expressar sem cometer calúnia ou “fake-news”. E ainda outro problema, porque o
“ser homofóbico”, é bater e/ou maltratar fisicamente alguém por conta da
orientação sexual - isto é crime; todavia, “ser homofóbico” não é criticar e a
apontar a homossexualidade como pecado, o que, o artigo 5 da constituição
permite absolutamente. Outra questão é que, todos os homens, indistintamente,
são livres para fazer o que quiserem, inclusive se for errado; não existe lei
para ferir a liberdade, existe leis para manter a ordem. Agora, se alguns,
imbuídos de alguma ideologia nefasta, como o marxismo-comunismo, vivem em uma
bolha, porque tudo o que advêm do marxismo-comunismo faz com que os marxistas
não possam reclamar de nada, nem de desrespeito ou de “ferir o direito do
próximo”, pois, é o próprio marxismo quem tira o direito primeiro e inalienável
do ser humano, a saber, a inteligência.
As leis existem para proteger a
verdade na esfera jurídica da vida humana; não existem leis para punir aqueles
que se expressam, até mesmo porque, se a expressão por calúnia ou “fake-news”
já não é expressão, mas sim, submissão cega a alguma ideologia. Aliás, o
primeiro princípio dos “direitos humanos” é que somos totalmente livres para
tudo, independente do que for. Novamente, questiono totalmente qualquer
elucidação marxista sobre o “fazer apologia a tortura”; o que os marxistas
acusam de fulano ou ciclano de “fazer apologia a tortura”, na verdade, são
motes desfiguradores para designar o que os próprios marxistas-comunistas mais
fizeram fisicamente ao longo da história, com Lenin, Stalin, Mao e cia., além
do que, na última geração, na “apologia” a destruição da família e da Igreja;
como quem apoia o marxismo quer criticar quem quer que seja que defenda ou não
“apologia a tortura”, se o próprio marxismo é quem mais tortura a existência
humana nos últimos 200 anos; ora para os senhores querer destruir a família e a
Igreja é viável, agora criticar as práticas marxistas e comunistas tem de ser
punido com prisão e coisas similares? A hipocrisia está aonde? Está nos
marxistas, que são donos das expressões odiosas e depois, se ressentem como se
fossem isentos; mas o marxismo não é isento dos males da sociedade; na verdade,
o marxismo-comunismo, é insuperável na catalogação de torturas e crimes
horrendos; o senhor é professor de história e sabe muito bem disso; o comunismo
supera muito o nazismo e o fascismo juntos em relação a crimes horrendos.
E por isso, a crítica ao
marxismo-comunismo é mais do que válida, até é necessária; porque, se uma
pessoa adora alguma filosofia, por exemplo, a filosofia de Kant, se torna um
“kantiano”, ou se adota a filosofia de Platão, torna-se um “platônico”, ou se adota
uma religião, por exemplo, o Islã, torna-se “islâmico”, etc., e quando alguém
adota esta filosofia ou religião, logo, torna-se participante de tudo de bom e
tudo de ruim que esta filosofia ou religião oferece; quem se torna
marxista-comunista é culpado de todos os erros imbuídos no comunismo; e nisto,
digo novamente, o marxismo-comunismo é insuperável; no longo catálogo das
maldades humanas, o comunismo é o primeiro colocado de maneira unívoca. Por
isso, é de se estranhar que haja tanta “defesa” e/ou “protecionismo” para com
críticas ao marxismo-comunismo, quando estas não são caluniosas e
“desinformadoras”; e a maior parte das críticas para com o marxismo-comunismo
não são calúnias e/ou desinformação, e são punidas como crimes hediondos; o
problema está na crítica ou na atitude ditatorial daqueles que vergonhosamente
defendem o marxismo-comunismo; como dizia o filósofo Olavo de Carvalho, se
algum comunista realmente lesse os autores comunistas, sem dúvida nenhuma,
deixaria de ser comunista.
3. H: em nenhum momento citei
marxismo ou defendi só fiz uma crítica a liberdade de expressão a qualquer
custo que encobre todos os preconceitos só ser humano e citei esses exemplos
pois está acontecendo no Brasil atual, como intolerância religiosa partindo de
algumas igrejas, homofobia, racismo, machismo, sexismo entre outras coisas
esquece o marxismo um pouco você está obcecado vamos para ótica prática
qualquer opinião ofensiva não é liberdade de expressão e sim uma tentativa de
oprimir as maiorias.
J: Mas nem precisa citar o
marxismo; só existe “critica” a liberdade sob o pano de fundo do marxismo; quem
tem por cosmovisão o marxismo e é dominado culturalmente pelo marxismo é quem
critica a liberdade; isto é fato incontestável; na história das ideias na
modernidade, a crítica a liberdade se funda na revolução francesa ou na
revolução marxista-comunista somente; em nenhum outro ramo do saber na
modernidade, existe critica a liberdade; então, se houve critica a liberdade,
por consequência lógica, há o marxismo. Outra questão, é que concordo
plenamente com a questão de que a liberdade de expressão a qualquer custo, não
se torna liberdade, mas “intolerância”; mas, lembro-lhe que “intolerância” não
é expressar a crítica e a condenação de heresias; a Igreja, no caso, que é
muito criticada na questão da intolerância religiosa; não somos “intolerantes”,
apenas não aceito, em hipótese nenhuma, e diante de quem quer que seja,
afirmarem valores que são contrários a razão e a revelação (a Bíblia), e
afirmarem que estes princípios desvirtuados coadunam-se com o “ser cristão”, ou
por aqueles que aceitando práticas e doutrinas errôneas, quererem afirmarem-se
sem serem criticados e condenados como hereges (isto é, que estão contra a
Revelação) e/ou “imbecis” (isto é, que estão contra a Razão). O fanatismo é
fruto de uma crença religiosa ou ideológica que não é fundada na razão e em
alguma revelação; agora, nenhuma das críticas que teço ao marxismo, e são
centenas, é fundada em fanatismo, porque todas são fundamentadas, primeiro na
Revelação, na história e na tradição, e segundo são fundamentadas na Razão.
Portanto, apoiado pela razão e pela Revelação, não há nada de fanatismo em
condenar e demonstrar o desvario de tais doutrinas e/ou práticas. O que só não
se pode fazer é violentar fisicamente, ou obrigar fulano ou ciclano a fazer
alguma coisa, o que não significa que, por parte dos cristãos, que tenham de
aceitar práticas erradas em nome da “tolerância”.
4. H: o cristianismo ao dizer que as
práticas são erradas estão justamente acabando com a liberdade quem na verdade
quer controlar a liberdade é a própria religião pois o que é errado para
religião não necessariamente é errado juridicamente. Repito não estou
discutindo marxismo e sim a Liberdade de expressão sobre a ótica das ideias
Iluministas.
J: Dizer que práticas são erradas
não é acabar com a liberdade; acabar com a liberdade é obrigar ou não a
praticar alguma coisa; se todos são livres para praticar o que quer que seja,
logo, todos são livres para criticar; que liberdade é essa que os senhores
marxistas defendem que existe para praticar o erro, mas não existe para
criticar o erro. Em relação a questão do que é “errado” para a religião não ser
errado juridicamente, é questão de distorção do fundamento racional do Direito;
o Direito não propugna matéria em questões religiosas, mas o Direito é
fundamentado na Razão e na Natureza; e nisto a ciência jurídica se coaduna com
o cristianismo; o Direito tem de preservar a ordem da Natureza e seguir a linha
da Razão, pois, do contrário, não se saberá o que produz juridicamente, e
precisará de que a religião, no caso o cristianismo, intervenha e demonstre os
desvarios do Direito, não religiosamente, mas racionalmente; a fonte do Direito
é a lei moral natural e a razão, e não a Revelação; e as críticas que teci a
ordenações jurídicas, não provêm da Revelação, conquanto sejam sempre a luz
desta, mas sim críticas racionais; e nisto, estou apoditicamente correto.
E ainda, o senhor dizer que está
discutindo liberdade por ideias iluministas, é dizer que está discutindo ideias
a partir da descrença e da revolução ateísta; a revolução francesa, e o
iluminismo, são o pregão da descrença, e sobre isso, o historiador holandês,
Groen van Prinsterer, como um dos fundadores mais notáveis da ciência histórica
moderna, atestou de maneira inconfundível; aliás, tudo o que o iluminismo
produziu, o marxismo acoplou e sublimou; portanto, após o marxismo, não existe
iluminismo em si, mas o iluminismo a partir da leitura marxista; e tanto um
quanto o outro, estão totalmente errados. O iluminismo é a destruição do
pensamento racional, o que se observa em Rousseau, Voltaire e Kant, e nos
teóricos iluministas (e faço exposição de qualquer um dos filósofos iluministas
ou idealistas demonstrando isso); além disso, apesar do lema da revolução
francesa ser “liberdade, igualdade e fraternidade”, nada do que o iluminismo
proporcionou tem isso; não existe liberdade sem a verdade, e não estou falando
de verdade revelada, mas sim de verdade racional; e no iluminismo e nem no
marxismo, não existe liberdade; portanto, qualquer defesa da verdade sob ótica
iluminista é errônea e inepta.
Além disso, é claro que o
cristianismo está correto; é a única religião revelada por Deus, o que se
comprova por milagres confirmados e atestados pela ciência; nenhuma outra
religião tem milagres confirmados pela ciência. Agora, primeiro, o cristianismo
não é “intolerante”; se quem quer que seja se preocupa com o cristianismo e os
cristãos “condenarem” moralmente práticas que estão contrárias a Bíblia, isto
não é ser intolerante; ser intolerante é não tolerar os cristãos criticarem os
erros contrários as Escrituras. E dizer que uma “forma de amor” é errada, não é
intolerância; as pessoas não tem liberdade para dizer que existem “formas de
amor”, e exercem esta liberdade; se os cristãos são taxados de intolerantes por
criticarem estas “formas de amor”, então, quem, as pratica também são
intolerantes, porque desrespeitam a moral cristã. Que “tolerância” é esta que
aceita tudo menos ser criticado. Outra coisa, quando digo que o iluminismo é
ateísta em sua gênese e frutos, estou, evidentemente, afirmando um princípio
cristão; todavia, ao afirmá-lo não cometo “fideísmo” que é fé por fé, mas
afirmo tal assertiva partindo do pressuposto da fé, mas comprovo com argumentos
racionais e históricos o que afirmo a partir de minha fé. E estabelecer um
debate não é difícil, pois, todo pensamento humano, goste ou não, tem um fundamento
religioso, seja até mesmo o pensamento anti-religioso; não existe neutralidade
religiosa no pensamento e na intelecção humana; por isso, partir de fundamento
religioso não é o problema; o problema é a sustentação do argumento racional, e
isto, já apontei pelo simples fato de mencionar Groen Van Prinsterer, e poderia
citar outros tantos com argumentos racionais, sejam filosóficos sejam
históricos.
Portanto, qualquer discussão que
o senhor queira fazer, estou as ordens, pois, apesar de sempre citar e
mencionar textos bíblicos e textos teológicos, não troco o argumento teológico
pelo racional ou vice-versa; primeiro está a proposição teológica, o iluminismo
é ateísta, depois, está a proposição racional, confirmando tal assertiva, que
esta revolução é descrença e descrença não somente no sentido “cristão”, mas
descrença no sentido racional, de negação a tudo o que existe, e da destruição
da inteligência; como alguma ideia do iluminismo pode trazer algum benefício se
tais ideias destroem e obnubilam a inteligência; a irracionalidade não é dos
cristãos, mas sim dos iluministas, cegos pela deificação da razão. Portanto, se
não se aceita os argumentos teológicos, que se combata os argumentos racionais,
pois, apresentei, apresento e apresentarei, tanto argumentos teológicos quanto
argumentos filosóficos. E a “condenação” cristã, diz respeito a práticas
imorais e contrárias ao Livro Sagrado; agora, com respeito a Razão humana, o
que dificulta o debate não é a condenação ao erro moral ou mesmo a completa
depravação, mas sim a falta de argumentos racionais.
O senhor diz que ao me utilizar
da ótica cristã, dificulto o debate; mas, o senhor não desautorizou nenhum
argumento racional que utilizei, e foram argumentos breves e simples, que se
estivessem errados, seria a coisa mais fácil de se fazer; quem dificultou o
debate foi o senhor, que ao me criticar por me basear no fundamento de minha fé
- aliás, o fundamento do Ocidente -, disse que dificulto o debate; mas, digo
novamente, não me utilizei de nenhum argumento anti-científico e anti-racional;
agora, os que, sob os enganos do iluminismo e do marxismo-comunismo, criticam e
taxam de intolerantes aqueles que criticam as “loucuras” do iluminismo ou as
loucuras do marxismo, são os que dificultam os debates; outrossim, é que, ao
afirmar que “sob a ótica cristã” condene qualquer um que pense diferente,
dificulta um debate científico, na verdade é outro sofisma; pois, conquanto o
cristianismo condene práticas errôneas, as condena não somente por causa da
revelação, mas também por causa da razão; e aqueles, que ainda cegos não
acreditam na revelação, podem apelar a Razão; mas os que estão errados na
Razão, ainda que taxem os cristãos de intolerantes, são ainda mais
intolerantes, porque não toleram os cristãos por condenarem erros, mas aceitam
estarem sobre a anti-razão; aliás, é um axioma da vida humana: tudo o que está
contra a Revelação, seja no sentido moral, seja no sentido intelectual, está
contra a Razão.
Portanto, a dificuldade do debate
não está do meu lado, mas do lado do senhor, que ao afirmar as ideias
iluministas as defende, sem delas prescindir algum erro ou a possibilidade de
crítica. Se o senhor não aceite os princípios teológicos e bíblicos que me
utilizo, o respeito por isso; mas, se não demonstrar algum erro racional
naquilo que disse, o senhor só atesta o que afirmei, pois, ao falar que
dificulto o debate por condenar práticas errôneas, o senhor está fugindo do
debate racional, seja histórico, seja filosófico, seja jurídico, porque, apesar
de afirmar proposições teológicas, também afirmei, e foram as que mais afirmei,
proposições filosóficas, históricas e jurídicas. E como corolário, uma frase
para meditação: o cristianismo é religião racional por excelência; todas as
outras religiões e crenças são irracionais, a única religião racional e
totalmente explicável e demonstrável é o cristianismo.
5. H: rapaz o iluminismo prega a
liberdade de expressão e opinião e o uso da razão para resolver os problemas da
sociedade e em nenhum momento ele quer o fim da religião ele faz críticas;
agora você com certeza veio com alguns filósofos e historiadores que criticam o
Iluminismo mas isso não desqualifica as ideias iluministas; eu repito o
cristianismo é dogmático e essa questão de certo ou errado é muito mais ampla
que uma religião que perseguiu por anos aquele que pensa diferente; por isso
que acho difícil debater com ideias racionais as críticas que o cristianismo
faz a sociedade, eu poderia dizer também as “loucuras” do cristianismo durante
a História que matou em nome de Deus. O Iluminismo é exatamente o contrário do
que você disse em seus comentários enfim prefiro debater pessoalmente um dia
vamos tomar um café ali na padaria.
J: O iluminismo “prega” liberdade
de expressão, todavia, sem a verdade; e isto se prova nos escritos de todos os
filósofos iluministas, seja os pseudo-cristãos iluministas ou seja nos “não-religiosos”
iluministas; o iluminismo fala de liberdade, mas trouxe aprisionamento; e
agora, o senhor falar em “loucuras” do cristianismo está errado; o cristianismo
errou sim, foi imperfeito e pecador em muitas épocas; mas tudo aquilo que
errado que o cristianismo fez, perseguir pessoas, como o caso de Galileu,
todavia, não se compara a nem 10% do que o iluminismo e depois o marxismo
trouxeram de calamidade e destruição ao mundo; a inquisição, ainda que
criticada, e em alguns aspectos com razão, isso não nego, é bem menos perigosa
para a vida humana do que as revoluções que se criaram sob os princípios
iluministas. Todavia, é bom lembrar, que os iluministas, que se dizem
iluminados, fizeram mais coisas erradas do que o que criticam nos cristãos;
lembre-se de um fato histórico: o cristianismo esteve basicamente com a hegemonia
do poder temporal, por volta de mil anos, do século VI d.C., até o século XVI
d.C.; o iluminismo surgiu no século XVIII; e nós estamos no século XXI;
portanto, a hegemonia cristã, que tantos falam mal e criticam trouxe menos
destruição e problemas em mil anos do que o iluminismo em trezentos anos. Olhe
os frutos do iluminismo: kantismo, hegelianismo, positivismo,
marxismo-comunismo, existencialismo; só filosofia tropega e desfiguradora;
agora observe os frutos do cristianismo: a ciência, a educação, a teologia como
maior monumento do saber humano, a filosofia interpretada de maneira correta e
isto nenhum “iluminado” iluminista jamais fez.
As atrocidades provenientes do
iluminismo, que como o senhor diz afirmar que resolve as questões por meio da
Razão, é outro sofisma; pois, se o iluminismo diz que procura resolver as
coisas pela Razão, porque nenhum filósofo iluminista, seja qualquer um deles,
possui uma grande obra de valor e com unidade sistêmica que quase não contenha
erros racionais; nem Voltaire, que muito escreveu, nem Rousseau, que também foi
escritor prolífico, ou mesmo Kant, que era protestante, possuem em suas
filosofias um sistema racional que não tenha defeitos racionais; que Razão é
esta que possui deficiências racionais; se comparar qualquer filósofo
iluminista com Aristóteles, perdem de maneira continental; o iluminismo engana
as pessoas com o mote da Razão, como se a Razão tivesse sido desprezada
anteriormente; a escolástica medieval tem muito mais pensamento racional do que
o iluminismo inteiro; por exemplo, Alberto Magno, e que fora bispo e teólogo, é
muito mais filósofo do que Voltaire, Kant e cia.; e isto se comprova pelos
argumentos racionais tecidos a partir da substância dos escritos de cada um
destes filósofos em comparação com substância dos escritos de Alberto Magno.
Isto apenas para citar um exemplo. Após o iluminismo veja bem, o único filósofo
badalado e conhecido que realmente construiu um sistema filosófico e um saber
digno do nome, sem que seja aporético e prejudicial a Razão humana, foi Edmund
Husserl; que Razão é esta que o iluminismo defende.
O iluminismo não é o contrário do
que afirmei anteriormente; o senhor está cego intelectualmente pelas loucuras
do iluminismo, e ao contrário do que afirmei, que conheço os erros do
cristianismo, o senhor sequer analisou as monstruosidades racionais e intelectuais
do iluminismo; pois, o iluminismo diz que é racional, mas destrói a Razão; é
como se alguém se dissesse cristão e afirmasse que não acredita em Deus; é
contradição de termos. Agora, observe os frutos do iluminismo enquanto saber
racional: o que Rousseau produziu de bom num todo? Nada; apenas considerações
soltas. O que Voltaire produziu de bom num todo? Nada; apenas obras de valor
literário, mas filosoficamente, nada de que merecesse o título de filósofo. O
que Kant produziu de bom? Apesar de ser um gênio, a filosofia de Kant é
aporética, e torna tudo aquilo que o iluminismo diz ser o contrário daquilo que
afirma. E isso afirmo a partir de uma pura análise racional. Portanto, quem
defende o iluminismo é tão “imbecil” (isto é, são anti-racionais) como qualquer
dos filósofos iluministas.
6. H: quando você começa com o
cristianismo está correto...
J: O cristianismo está correto
tanto no sentido do pensamento religioso quanto do pensamento racional; e até
agora, ninguém provou o contrário, nem em relação ao pensamento religioso nem
em relação ao pensamento racional; nem os iluministas, nem Kant, nem Hegel, nem
Marx ou Lenin, ou qualquer outro filósofo marxista-comunista, conseguiu
desautorizar o cristianismo como religião e como saber racional. Portanto, o
cristianismo está correto; a não ser que o senhor consiga provar que o mesmo
está errado tanto no pensamento religioso quanto no pensamento racional.
7. H: Você cismou com o Iluminismo.
E eu com o Cristianismo.
J: Cismar não; eu tenho
argumentos suficientes para dizer que o iluminismo está errado e que corrompe a
Razão; isto não é cismar, mas sim demonstrar que o iluminismo está errado.
Agora cismar com o cristianismo é mais por questão de fé destoada do que com argumentos
racionais. Todos têm o direito de discordar, mas dizer que o cristianismo é
irracional, até podem, mas somente por fé, porque não existem argumentos
racionais para tal; então desacreditar o cristianismo é ter mais fé do que os
cristãos, porque é desacreditar aquilo que é racionalmente estabelecido,
demonstrado e confirmado por testemunhos infalíveis e científicos.
E cismar, é opinar; eu não
opinei; mas demonstrei, em resumo é claro, que o iluminismo é um dos males da
modernidade; senão for o mal maior; enquanto o cristianismo, é um dos pilares
da sociedade, sem o qual, a mesma se desintegra.
E os pilares são a filosofia
grega, o direito romano e a religião cristã.
8. H: Com certeza não o Iluminismo
vem abrir os olhos do obscurantismo do cristianismo e do islamismo.
J: Não, o iluminismo não abriu os
olhos de ninguém; e nem o cristianismo está no obscurantismo nem mesmo o
islamismo; quem mais contribuiu com a Razão humana foram cristãos e
muçulmanos. Me responde uma coisa, porque nenhum filósofo iluminista é maior do
que os filósofos árabes medievais, como Al-Farabi, Avicena ou Averróis? E
porque nenhum filósofo iluminista é maior do que os teólogos-filósofos
medievais, como Alberto, Tomás ou Scotus? Que luz é essa, que é inferior ao “obscurantismo”
que dizem provir do cristianismo ou do islamismo. Contra isso, não existem
argumentos. Se os filósofos iluministas não conseguem sequer serem maiores
filósofos dos que os teólogos, então no que o iluminismo pode contribuir com a
Razão? Simples, em nada; tanto que, ao se fazer uma breve análise, uma breve
análise, das ideias surgidas filosóficas surgidas do iluminismo, um simples
opúsculo de quarenta páginas de São Tomás, como “O Ente e a Essência” é
suficiente para desmontar toda a panaceia iluminista.
Ou para falar no islamismo, o
opúsculo de Averróis, o “Discurso Decisivo”, também é suficiente para desmontar
o iluminismo inteiro como tentativa de ser saber racional. E, só lembrando o
opúsculo de São Tomás foi escrito em 1252-1256 e o opúsculo de Averróis no séc.
XII.
Qual dos iluministas tinha algum
conhecimento da filosofia como os mulçumanos e os cristãos tinham? Nenhum;
ninguém que se dissera iluminista e que estivera influenciado por este
movimento dominou tão grandemente a filosofia como árabes e cristãos.
9. H: Todos ignorantes? Voltaire,
Rousseau, Montesquieu, Diderot? Esses caras não tinham conhecimento? Rapaz?
J: Não, e provo isso, pelos
escritos dos mesmos; não pelo que opino, mas por aquilo que eles escreveram.
Uma coisa é ter talento literário, outra é o domínio da técnica filosófica e
outra ainda é a edificação de uma filosofia; e a edificação de uma filosofia
plena, pelos escritos destes que o senhor mencionou, salvo alguns aspectos em
Montesquieu, nenhum destes tinham. Um que tinha talento literário é Voltaire, e
tinha algum conhecimento filosófico, mas não tinha domínio da técnica
filosófica, não como os escolásticos medievais cristãos ou árabes. Rousseau,
tinha algum talento literário e aguda percepção filosófica, mas não tinha o
domínio pleno da técnica filosófico, e nem edificou uma filosofia plena.
Diderot, tinha o talento enciclopédico, mas de organização de informação, não
de edificação de uma filosofia. Portanto, comparado estes com os escolásticos
medievais cristãos ou árabes, não chegam nem perto.
E se quiser comparação real e
total, estes que o senhor mencionou, são “imbecis” perto de Averróis; e isso
para não citar os escolásticos medievais cristãos, para não humilhar os
iluministas.
Vou fazer uma breve comparação; a
enciclopédia de Diderot não chega nem perto da enciclopédia de Alsted, e este é
bem mais antigo do que Diderot. A obra filosófica de Voltaire e Rousseau, não
chega nem perto da obra filosófica de Averróis ou da de Santo Alberto Magno ou da de Santo Tomás.
Deo Gratias!
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