05/11/2022

Por Que o Cristão Não Pode Ser Marxista?

Preâmbulo

A questão põe-se assim: por que o cristão não pode ser marxista? Ao que se responde evidentemente que o cristão não pode ser marxista; e as razões para tal afirmação são apresentadas com vinte e sete proposições.

Então, pergunta-se: por que o cristão não pode ser marxista? Ao que se responde:

Em primeiro lugar, responde-se porque o marxismo é uma filosofia ateísta.

Em segundo lugar, porque o marxismo é uma filosofia da revolução contra Deus.

Em terceiro lugar, porque o marxismo tem bases religiosas satânicas.

Em quarto lugar, porque o marxismo quer destruir a família e a Igreja.

Em quinto lugar, porque o marxismo tem uma teoria econômica defasada e inútil.

Em sexto lugar, porque o marxismo torna a vida sócio-cultural esquizofrênica.

Em sétimo lugar, porque o marxismo contamina e destrói a inteligência humana.

Em oitavo lugar, porque quem é marxista não é cristão; e quem é cristão não é marxista.

Em nono lugar, porque o marxismo possui um falso ideal.

Em décimo lugar, porque o marxismo tira a liberdade natural inerente ao ser humano.

Em décimo-primeiro lugar, porque o marxismo resseca o vigor do desenvolvimento científico.

Em décimo-segundo lugar, porque quem apoia o marxismo não tem honra moral para falar da Igreja e da religião.

Em décimo-terceiro lugar, porque quem apoia o marxismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja e da Religião.

Em décimo-quarto lugar, porque quem apoia o marxismo não tem princípios teológicos para falar da Igreja e da Religião.

Em décimo-quinto lugar, porque o marxismo muda a verdade em mentira e a mentira em verdade.

Em décimo-sexto lugar, porque o marxismo destrói o múnus da verdadeira arte.

Em décimo-sétimo lugar, porque o marxismo embrutece e emburrece as pessoas para perceberem a verdadeira face das atrocidades que provêm do marxismo.

Em décimo-oitavo lugar, porque o marxismo aniquila a lógica.

Em décimo-nono lugar, porque o marxismo devasta a linguagem.

Em vigésimo lugar, porque o marxismo mata a metafísica.

Em vigésimo-primeiro lugar, porque o marxismo corrompe a lei moral natural.

Em vigésimo-segundo lugar, porque o marxismo contamina o direito natural.

Em vigésimo-terceiro lugar, porque o marxismo desvirtua o direito positivo.

Em vigésimo-quarto lugar, porque o marxismo abole a filosofia do direito.

Em vigésimo-quinto lugar, porque o marxismo desfigura o verdadeiro propósito do Estado laico.

Em vigésimo-sexto lugar, porque o marxismo estabelece leis que corrompem a dignidade humana.

Em vigésimo-sétimo lugar, porque o marxismo denigre a honra que convém a potestade política.


Resposta I

Por que o cristão não pode ser marxista? 

Em primeiro lugar, porque o marxismo é uma filosofia ateísta.

Nenhuma filosofia ateísta contribui para a construção da vida humana; o ateísmo é uma filosofia desfigurada, porque coloca a fé em algo que não seja em Deus; ainda que o “ateísmo” defina-se como a crença que Deus não existe, todavia, esta pressuposição ateísta é uma crença; e o ateísmo não tem força de construção moral, intelectual, social e cultural, tal como a religião, o cristianismo tem; na verdade, o ateísmo é uma tentativa frustrada da negação da existência de Deus. Mas como dissera Anselmo: “Existe, portanto, um ser acima do qual não podemos erigir outro, e de tal sorte que nem sequer pode ser pensado como não-existente” (Prosl., 3). Se existe a possibilidade de se pensar um ser acima de todos (Deus), e este ser é pensado por todos os homens, inclusive por aqueles que o negam, então, se existe a possibilidade de se pensar tal ser, não existe a possibilidade de negá-lo, salvo por única e exclusivamente atitude de fé.

Por isso, o cristão não pode ser marxista; porque o marxismo é uma filosofia ateísta, que tira Deus de cena, na negação da existência de Deus, para então colocar outro Deus, o deus de Marx, o deus a qual Marx adorara; e só existe um outro que quer a adoração de Deus, que quer usurpar a glória que pertence somente a Deus, o qual é Satanás (cf. Is 14.12-15; Ez 28.11-17); se Marx nega a Deus, então o deus que Marx adora, ou é algo ao qual ele põe a fé, o que é idolatria, ou então, o deus de Marx é Satanás, o que é satanismo. Em ambas as hipóteses, o marxismo é totalmente inepto e tolo.

Com isso, o cristão jamais pode ser marxista sem incorrer na completa negação da fé cristã; marxismo e cristianismo são incompatíveis, pois, o marxismo é ateísmo que nega a Deus, e é impossível logicamente se negar o algo maior a respeito do qual se pode pensar, portanto, se se pensar na inexistência de Deus, a ordenação lógica da linguagem, da cultura, da sociedade, da economia, da educação, é totalmente corrompida, o que gera desgraça em todas as esferas da vida humana; já o cristianismo é fé em Deus, o que é logicamente aceitável e plausível, pois, se existe algo maior a respeito do qual se pode pensar, então, este é o único digno de adoração e reverência, e é o fundamento lógico a partir do qual se constrói a linguagem, a cultura, a sociedade, a economia, a educação, etc. Por isso, como o cristão não pode ser ateísta, logo, o cristão não pode ser marxista.

Além disso, prova-se também que o cristão não pode ser marxista, com o fato de que, nenhum ateu, por mais capacidade e habilidades intelectivas que tenha tido, conseguira construir algo de valor duradouro na esfera moral-intelectual-social-cultural; tudo o que o ateísmo, o marxismo, produzira foi destruição e corrupção. Por isso, de maneira inconcussa afirma-se: o cristão não pode ser marxista.

 

Resposta II

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em segundo lugar, porque o marxismo é uma filosofia da revolução contra Deus.

O marxismo abole as verdades eternas; tal como declaram Marx e Engels no cap. 2 do “Manifesto do Partido Comunista” (1848): “o comunismo abole as verdades eternas, abole a religião e a moral[1]. Se Marx pretende abolir as verdades eternas, então, ele está em guerra contra Deus; pois, a abolição do que é eterno, como não é possível, forma uma “luta” contra Aquele que é eterno; na Escritura diz que Satanás lutara contra Deus, e fora precipitado no mais profundo abismo (cf. Is 14.14-15).

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo é uma filosofia da revolução contra Deus. E tudo aquilo que se revolta contra Deus acaba em destruição. Nos passos daqueles que se revoltam contra Deus sempre há destruição e morte.

Ainda, Marx, na conhecida poesia sobre Hegel diz: “Desde que encontrei o mais alto das coisas e as profundezas delas também, Rude sou eu como um Deus, envolto pela escuridão como um Deus[2].

Esta expressão de Marx demonstra duas coisas: primeiro, Marx se coloca (juntamente com Hegel) como conhecedor do bem (o mais alto das coisas) e do mal (as profundezas delas também); isto, a partir de um breve olhar sobre o texto de Gn 1-2, relembra aquilo que está descrito como a árvore do conhecimento do bem e do mal, a qual Deus proibira Adão de comer o fruto, sob a pena da morte e da maldição; por isso, quando Marx diz que encontrou o mais alto das coisas e as profundezas delas também, a estrutura da poesia (o jogo de palavras de Marx) remete ao significado daquilo que o próprio Deus proibira sob a pena da morte e da maldição. É como se Marx dissesse que é conhecedor do bem e do mal tal como somente Deus é.

Segundo, Marx, por se colocar como conhecedor do bem e do mal, torna-se então um “deus”; a tentação de Satanás para com Eva foi que se ela comesse o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, seria como “deus” (cf. Gn 3.4-5); é o desejo maligno implantado no coração dos homens soberbos, dizendo que estes podem se tornar deuses. O próprio Marx diz que é “rude” como um “deus”, e está envolto pela “escuridão” como um “deus”; se Marx se diz “deus” então ele deveria habitar em luz, tal como o Deus verdadeiro; mas, o “deus” a que Marx se refere, o qual ele mesmo diz que se tornara, é o deus deste século (cf. 2Co 4.4), o qual, é aquele que engana os homens dizendo-lhes que podem ser “deus”, a saber: o próprio Satanás.

Deste modo, se Marx se coloca como um “deus” e procura destruir a verdade eterna de Deus, então, a revolução comunista é uma revolução contra Deus, porque Marx se coloca como deus; e todo aquele que tenta ser Deus é precipitado ao mais profundo abismo. Já que toda revolução que abole Deus e abole as verdades eternas é uma revolução ateística, e esta sempre é a proclamação da incredulidade, então, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo é uma filosofia que está em revolução contra Deus; e o marxismo sendo uma revolução contra Deus, é uma revolução satânica; pois, a guerra contra Deus, a deificação da incredulidade, é obra maligna, como já atesta a Escritura que Satanás acusa os servos de Deus e a Igreja de dia e de noite, procurando destruí-los (cf. Ap 12.10).

 

Resposta III

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em terceiro lugar, porque o marxismo tem bases religiosas satânicas.

Quando um pensamento, ou uma ideologia, se coloca como possibilidade de diretriz para a vida humana, a primeira coisa a se fazer é identificar o motivo-base de tal pensamento; ou seja, identificar o motivo religioso de tal pensamento, para saber se o mesmo se enquadra a partir dos ensinamentos bíblicos ou não.

O marxismo tem por motivo religioso o satanismo; Karl Marx era satanista. E, antes que alguma pessoa possa dizer que isto é invenção, loucura ou julgamento sem fundamentos, mostrar-vos-ei, pelo menos três aspectos (entre as centenas de aspectos presentes em toda a obra de Marx), que demonstram que Marx era satanista e por isso, o marxismo tem bases religiosas satânicas. E por isso, tudo o que provêm do marxismo deve ser veementemente rejeitado. Vejamos estes três aspectos que dão um norte geral do satanismo em Karl Marx:

1- Na conhecida poesia “Invocação de um Desesperado”, Marx diz: 

Nada além de vingança me resta!...

Construirei meu trono no alto,

Frio, tremendo será seu cume.

Por seu baluarte - pavor supersticioso,

Por seu marechal - a mais negra agonia[3].

Novamente, Marx, tal qual Satanás, querendo subir acima de Deus e construir o trono no alto. A Escritura afirma o que Satanás dissera: “Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14.13-14).

Se Marx, pronuncia-se assim, do mesmo modo como Satanás, então, fica clarividente que Marx quer se tornar igual a quem ele adora. É um princípio fundamental da vida humana: o ser humano se torna parecido com aquilo que adora; se Marx diz querer construir um trono, que terá por baluarte o pavor supersticioso, e por seu marechal a mais negra agonia, então Marx não adora a Deus, que tem Seu trono firmado em justiça, luz e verdade, mas Marx adora a Satanás, aquele que pelo medo e pavor, prende as almas dos homens a fim de levá-los ao inferno.

2- E na poesia “Orgulho Humano”, Marx diz:

Como a um Deus eu me atrevo

Por aquele reino arruinado em triunfo triunfante.

Cada palavra é Ação e Fogo,

E meu peito como o do próprio Criador[4].

É o mesmo caso da poesia “Invocação de um Desesperado”: Marx dizendo ser deus; é a mesma questão, na qual, fica clarividente o satanismo patente de Marx e, por consequência, do satanismo latente do marxismo. Marx apresenta-se como o Criador; como aquele que tem em seu peito, isto é, em seu coração, mente e vontade, a mesma qualificação do Criador: “E meu peito como o do próprio Criador”; é como se Marx dissesse que ele tem a mesma autoridade e o mesmo obrar do Criador, se colocando então, como o Criador de uma nova realidade.

Ou Marx é louco, ou então é satanista; somente a loucura é que proporciona um ser humano se colocar como o Criador, ou então, o satanismo que quer entronizar a Satanás como “deus”; especificamente no caso de Marx, é o satanismo latente que procura deificar e entronizar Marx como o Criador de uma nova realidade, a realidade paralela comunista. Além, evidentemente, das doenças da alma que provêm do satanismo e do marxismo; sobre o que o psicólogo polonês Andrew Lobaczewski, e outros estudiosos, já tão bem descreveram, as doenças na personalidade dos líderes comunistas e daqueles que apoiam o comunismo.

3- E um fato entre os mais contundentes provêm de uma peça de teatro, de uma tragédia escrita por Marx; aliás, tragédia escrita no melhor estilo das tragédias gregas; todavia, as tragédias gregas eram baseadas na mitologia grega; a tragédia de Marx é baseada no satanismo; tanto, que o título da tragédia é: “Oulanem[5]; o interessante é que esta obra, “Oulanem”, além de ser um texto escrito quando Marx era jovem, também representa o ideal de toda uma vida; ninguém que escreve uma tragédia neste estilo apenas a escreve por escrever, mas transcreve através da mesma os valores religiosos mais profundos que estão entranhados na alma de quem escreve.

O pastor Richard Wumbrandt em “Marx e Satã” fala que “Oulanem” é “uma inversão de um santo nome. É um anagrama de Emanuel”; na magia negra, a inversão de nome, serve para inverter o significado do nome original, e com isso blasfemar do nome original; se Emanuel significa Deus conosco, então “Oulanem”, por se tratar de magia negra, significa o contrário de Emanuel; Oulanem é aquele que quer ser “deus”, a saber, Satanás; portanto, no satanismo, Oulanem significa Satanás com aqueles que o adoram; Oulanem é a declaração da presença de Satanás nos círculos que o adoram.

Por isso, em dado momento da tragédia, Marx coloca os personagens principais na seguinte conversa: “Isso é excelente! Agora vou trocar minha consciência; / Ele será daqui em diante, sim, ele, Oulanem. / Então, consciência, agora pode ir bem com você [...] / Eles são Oulanem também, também Oulanem! Há anéis de morte com esse nome [...] / Seu juramento se ergue em braços diante dos meus olhos / Eu encontrei, e vou fazer com que ele encontre também! / Meu plano está feito - você é sua própria alma, / Sim, você, Oulanem, é sua própria vida. / Você trabalharia em Destiny como se fosse uma marionete? / Fazer do céu um brinquedo para seus cálculos? / Fabricar deuses de seus velhos lombos gastos? / Agora, desempenhe sua parte, meu pequeno Deus[6].

A confissão do personagem Pertini é em relação a Oulanem, e uma confissão de entregar a consciência, de entregar a alma a Oulanem, tal como as nuances da parte da tragédia de Marx demonstram logo na primeira cena; é magia negra, é um ritual de consagração; é satanismo; somente no satanismo, na magia negra, há o ritual de entrega da alma a Satanás.

Estes três aspectos, são apenas alguns entre tantos textos escritos e confessados pelo próprio Marx e por aqueles que estavam próximos a ele, que demonstram que o marxismo tem bases religiosas satânicas; deste modo, o cristão não pode ser marxista, pois, quem apoia práticas marxistas torna-se também conveniente com aquilo que o marxismo adora e tem por práxis; até mesmo porque muitos cristãos sabem os frutos do marxismo ao longo da história, e ainda continuam apoiando o marxismo; a respeito de apoiar práticas contrárias a Deus, o texto bíblico adverte: “os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem” (Rm 1.32). *

 * Apêndice (resposta em 30/09/2022).

Esta resposta se deve a uma crítica feita por uma senhora a respeito de uma resposta na série de perguntas “Por que o cristão não pode ser marxista?”, mais precisamente de quando da resposta n. 3, a partir da qual uma senhora (omite-se aqui o nome verdadeiro), questionou-me e tentou me confutar na rede social, ao passo que a respondi. Eis o questionamento desta senhora (identificada pela letra S), e a minha respectiva resposta (identificada pela letra J).

S:  Vocês são muito sem noção... raízes satânicas são o machismo, o nazismo, o racismo, a escravidão, a eugenia, a tortura, a morte de mulheres, e nenhuma dessas coisas é promovido pelo marxismo. Você já leu mesmo Marx? Ou leu esse bando de glorificador do capitalismo escravista? É muita pretensão... herege inculto... [.]

J: Prezada sra. S, claro que já li Marx, e quase a obra completa que está publicada; agora, todos que leem realmente Marx sabem o que estou falando, os que são partidários do marxismo e não leem Marx e os autores comunistas é que falam estas baboseiras que a senhora disse; agora, me chamar de herege porque critico o marxismo, é tornar o marxismo uma religião; só existe heresia em relação a pensamento religioso (uma procura básica num dicionário simples informaria isso a senhora); além disso, na contextura do pensamento cristão, da Igreja Cristã, heresia é a doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja em matéria de fé.

Se a senhora me chama de “herege” por demonstrar algo que está visivelmente latente em Marx, no marxismo, no nazismo que a senhora menciona - aliás, o nazismo, é filho do comunismo! -, então a senhora apenas comprova e atesta aquilo que descrevi: que o marxismo tem bases religiosas satânicas. Pois, tanto a doutrina da Igreja Católica quanto a doutrina da Igreja Protestante rejeitam completamente o marxismo e o comunismo, afirmando que o marxismo-comunismo é heresia diabólica.

E ainda, a senhora me chama de “sem noção” e “inculto; estou demonstrando a partir do Marx escreveu nas obras completas dele; se tem alguém inculto é a resposta da senhora, pois, critiquei e demonstrei o que estou falando; a senhora apenas respondeu como que uma “religiosa” do marxismo, mas não desautorizou nada do que falei brevemente num pequeno post, o que se estivesse errado, seria fácil de fazer.

E outra coisa: a palavra pretensão, é usada para designar alguém que almeja algo sem ter condições; não estou almejando nada, ao contrário, diferentemente daqueles que se dizem marxista, eu pelo menos li a obra de Marx, o que, posso afirmar com certeza absoluta que a senhora não fez, porque quem realmente estuda, critica o posicionamento com argumentos, e não “esperneando” e “acusando”; os argumentos estão postos, e existem dezenas de outros, se a senhora quiser debater contra estes argumentos por escrito, estou a disposição, se não, a expressão da senhora apenas corrobora de maneira inconcussa aquilo que disse.

Além disso, após descrever estes fatos posso chamar a senhora de imbecil e analfabeta.


Resposta IV

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em quarto lugar, porque o marxismo quer destruir toda a ordem da realidade.

O marxismo não somente tem bases religiosas satânicas, e por isso, é totalmente contrário ao cristianismo, mas o marxismo é a filosofia da revolução contra Deus e contra a Criação de Deus; o marxismo quer destruir toda a ordem da realidade; não somente abolir a religião, as verdades eternas e a moral, tal como Marx e Engels dizem no Manifesto do Partido Comunista; mas o marxismo quer destruir toda a ordem da Criação tal como estabelecida por Deus. O marxismo na revolução contra Deus, procura destruir tudo aquilo que Deus estabeleceu. Marx assevera no 18° Brumário de Luís Bonaparte: “O sufrágio universal parece ter sobrevivido apenas por um momento, para que com sua própria mão possa fazer sua última vontade e testamento diante dos olhos de todo o mundo e declarar em nome do próprio povo: tudo o que existe deve ser destruído[7].

Estas palavras que Marx anuncia: “tudo o que existe deve ser destruído”, ele a estabelece a partir daquilo que dissera Mefistófeles: “O espírito sou que sempre nega! Em com razão: pois tudo quanto nasce De extermínio total somente é digno[8].

A expressão de Mefistófeles, e a de Marx por retomar esta expressão, é uma declaração de guerra contra tudo o que existe: é uma declaração de guerra contra a própria realidade.

Por isso, os cristãos não podem ser marxistas, pois, o marxismo quer destruir toda a realidade, toda a Criação. E como é responsabilidade dos cristãos também velarem pela realidade, pela Criação, pois, é a Igreja Coluna e Firmeza da Verdade (cf. 1Tm 3.15), então, os cristãos tem de rejeitar tudo aquilo que provêm do marxismo. Se houver a destruição da realidade, haverá por consequência a destruição da inteligência; sem a realidade não existe a possibilidade de pensamento racional, sem pensamento racional a vida humana enfraquece e passa a ser governada por princípios destruidores. Pois, como Marx disse, o sufrágio universal, iniciado pela revolução francesa, e propagado pelo marxismo, é declarar em nome do povo (aqueles que falam isso em nome do povo, se colocam como representantes das ideias do povo não o sendo): “tudo quanto nasce, de extermínio total é digno”. Então, quem apoia o marxismo está na marcha pela destruição de todas as coisas. Logo, é evidente o porque o cristão não pode ser marxista.

 

Resposta V

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em quinto lugar, porque o marxismo tem uma teoria econômica defasada e inútil.

O marxismo, transforma-se em comunismo; na verdade, marxismo e comunismo são a mesma coisa: o marxismo é a teoria filosófica, enquanto o comunismo é aplicação do marxismo a vida sociocultural; e as duas, no marxismo-comunismo são indissolúveis, onde há marxismo há comunismo, e onde há o comunismo está o marxismo; embora possa haver dissonância entre o pensamento marxiano e o pensamento marxista-comunista.

Deste modo, assim como qualquer outro sistema, o marxismo-comunismo possui uma teoria econômica; e tal teoria, é desenvolvida de dois modos: primeiro, o marxismo amalgama elementos da economia clássica; segundo, o marxismo acopla o socialismo utópico; o que parece a primeira vista contraditório; só que o problema da teoria econômica do marxismo está justamente neste quesito.

O comunismo usa a teoria do socialismo para enganar aqueles que estão com a inteligência dopada pelos grimórios do próprio marxismo ou do hegelianismo, ou do positivismo, etc.; pois, se existe uma coisa que é “atraente” economicamente e socialmente é o socialismo; mas tal como o conceito diz, socialismo é utopia; o socialismo nunca funcionou e nem nunca funcionará; pois, o socialismo conquanto apresente-se como um sonho lindo, não consegue levar adiante o que é necessário para o desenvolvimento da vida econômica; o socialismo critica os excessos do capitalismo, mas o socialismo nunca apresenta a solução para estes excessos; pois, o socialismo é a destruição do senso econômico inerente ao ser humano.

O socialismo é a teoria econômica do desastre; o que se comprova pelo exemplo histórico: nenhuma das nações que deixaram se enfeitiçar pelo socialismo cresceram e se desenvolveram, pelo contrário, todas elas minguaram e ficaram miseráveis.

Uma das estratégias básicas do comunismo é enganar as massas com o socialismo e se utilizar do capital privado para financiar seus esquemas, a fim de sustentar as crueldades e ditaduras ateísticas ao redor do mundo.

A teoria econômica do marxismo é baseada principalmente a partir do livro “O Capital” de Marx; e uma teoria econômica que segue a linha do raciocínio econômico de Marx torna-se defasada e inútil. “O Capital” de Marx mais do que apenas um livro de teoria econômica, é um grimório que procura pelo pensamento mágico dominar a economia com os tentáculos da destruição. “O Capital” de Marx é uma teoria econômica elaborada a partir do materialismo (a deificação da matéria), bem como pela dialética hegeliana (o endeusamento do pensamento daquele que usa desta dialética circular ou dialética triangular); por isso, “O Capital”, não se estabelece como um livro de princípios para o desenvolvimento econômico, mas como um livro de magia que procura desestruturar a economia e torná-la vassala do marxismo.

A luta marxista, da classe proletária contra a classe burguesa, é evidenciada na teoria econômica elaborada por Marx, e por isso, o marxismo torna-se a destruição da economia. Conquanto Marx tente dizer que procura elaborar um capital a partir do proletariado, na verdade, destrói a possibilidade de renda digna do próprio proletariado; assim, o marxismo incorre no mesmo erro que critica, a saber: não proporciona dignidade aos trabalhadores assalariados, e pior, o marxismo causa terrores piores aos trabalhadores do que os “excessos” do capitalismo. Enquanto o marxismo evoca que os trabalhadores devem ser unir contra a classe burguesa, os líderes do marxismo, tomam destes trabalhadores a própria liberdade, e depois, tira-lhes a dignidade, destruindo-os e tirando a fonte de renda destes através do trabalho.

E, tem uma verdade que o cristão sempre deve ter em mente: nenhum político, por melhor que seja, luta pelos “pobres”; a política não é meio de lutar por esta ou aquela classe: nem por pobres nem por ricos. A política é a administração e a busca pelo bem comum num Estado Democrático de Direito, bem como a conversação e a preservação dos valores fundamentais da vida humana.

O bom político, o político digno de confiança para governar, deve ser aquele que busca melhorar as condições de emprego, de sustentabilidade, de desenvolvimento, para que a economia cresça, se fortifique e se estabeleça, e, com isto haja oportunidades de emprego e de qualidade de vida para todos - o bom político também é aquele que preserva os valores fundamentais da vida humana; e isto, o marxismo-comunismo nunca fez, e nem nunca vai fazer; pois, não existe um político marxista que entenda de desenvolvimento econômico - até mesmo porque os marxistas querem é destruir a economia; por isso, o marxismo-comunismo deve ser rejeitado, pois, o marxismo além de procurar destruir a ordem da realidade, também quer destruir os meios de subsistência e desenvolvimento que o Criador concedeu aos homens, e, pior, o marxismo faz isso dizendo que protege os pobres e os oprimidos. O marxismo diz lutar por estes, quando na verdade, são estes que o comunismo quer realmente destruir.

Marx diz que quer destruir tudo o que existe (cf. 18° Brumário de Luís Bonaparte); se Marx quer destruir tudo o que existe, então o marxismo também segue o mesmo caminho. Quem quer destruir tudo a todo custo, não pode construir nada nem desenvolver nada. Rejeitamos, portanto, o marxismo, pois além de possuir bases religiosas no satanismo, tem uma filosofia econômica defasada, inútil, inepta, grimórica e que impossibilita o crescimento: o que se demonstra não apenas por estas simples colocações, mas também a história e a própria economia. Portanto, o cristão não pode ser marxista porque senão acaba por apoiar uma teoria econômica que impede e destrói o desenvolvimento necessário à vida humana.

 

Resposta VI

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em sexto lugar, porque o marxismo torna a vida sócio-cultural esquizofrênica.

O marxismo é uma filosofia dualista; toda filosofia dualista torna a vida cultural esquizofrênica; a esquizofrenia é uma doença psíquica; mas também existe esquizofrenia cultural; pois, quando uma cultura que tem valores cristãos e conservadores, e a maior parte desta se coloca favorável a valores que contradizem os valores naturais da vida humana, então isto significa que esta cultura fora esquizofrenizada.

O problema do marxismo é que distorce o propósito de Deus ao criar o homem como um ser cultural: um ser que produz cultura na cultura; o marxismo destrói isso e as pessoas não percebem.

Mas, eis um exemplo apodítico que demonstra que o marxismo torna a vida sociocultural esquizofrênica: a questão sobre classes.

O marxismo germina a semente errada de que existe uma luta de classes, e deifica esta luta; mas o que o marxismo gera é uma estrutura de castas; e não há nada mais perigoso para a vida cultural de um país que preza pela liberdade do que a filosofia das castas.

Os marxistas estabelecem padrões de comportamento pré-definidos, pois, estabelecem partidos e políticos que representam esta ou aquela classe de maneira absoluta e inoculam estas mentiras na sociedade; a função dos partidos e dos políticos não é representar esta ou aquela classe mas sim o bem comum em função do crescimento do Estado Democrático de Direito; quando um político ou partido coloca-se como representantes de classes, eles dividem a sociedade em dois grupos; e é isto que o marxismo faz, pois, ao deificar a luta de classes, tornam as pessoas sujeitas a partidos ou esquemas que supostamente representam esta ou aquela classe; e isto também se evidencia que muitos que estão coligados com esta filosofia das classes sequer investigam se o marxismo realmente luta de modo digno pela classe que diz representar; na verdade, o marxismo destrói a classe pela qual diz lutar, pois, dá com uma mão, e depois, toma como duas mãos e com “juros” altíssimos e impagáveis; a Venezuela é um exemplo disso: os pais que votaram em Hugo Chávez e nos políticos marxistas, hoje veem seus filhos comerem lixo nas ruas.

Mas o interessante é que o próprio Marx, ainda que tenha falado desta luta no “Manifesto do Partido Comunista”, jamais definiu o que que queria dizer por classes; em nenhum de seus numerosos escritos Marx definira o que realmente é classe; então, é de assustar que o marxismo-comunismo se fixe tanto em uma coisa que o próprio Marx não definira mas apenas estabeleceu como mote para engano e obnubilação das inteligências das pessoas.

Deste modo, esta deificação da luta de classes, é um símbolo da esquizofrenização cultural operada pelo marxismo; ademais, esta questão, torna as pessoas das próprias classes sujeitas ao marxismo como uma casta; como então os marxistas dizem lutar pelos pobres, se colocam estes debaixo de jugo de castas; os partidos políticos, e a própria política, que proclamam-se como defensores desta ou daquela classe colocam-se no lugar da religião; e quem se coloca no lugar da religião, das duas uma: ou quer substituir a religião predominante, ou então, quer ser a nova religião; nos dois casos o perigo é gravíssimo; e se observa que o marxismo ou outra ideologia, quando isso ocorre, buscar se apresentar como uma religião.

Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque o marxismo esquizofreniza a esfera cultural da vida humana, e uma vez que esta está esquizofrenizada, a vida moral-intelectual-social do ser humano é afetada, gerando inúmeras doenças morais e intelectuais no seio da sociedade; e isto torna o marxismo totalmente contrário ao cristianismo; e tudo o que mina a dignidade humana, tal como o marxismo, deve ser totalmente rejeitado pelos cristãos.

 

 

Resposta VII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em sétimo lugar, porque o marxismo contamina e destrói a inteligência humana.

O marxismo, por ser uma filosofia que abole Deus, e as verdades eternas, contamina e destrói a inteligência humana. A inteligência, foi dada aos homens, com a função de captar a verdade (a expressão é de Tutea!); como o marxismo abole a verdade primeira, como o marxismo abole o primeiro princípio, o princípio fundamental para toda e qualquer intelecção, então, tudo aquilo que o marxismo produz serve para obnubilar a inteligência e torná-la escrava da doutrina marxista. A inteligência que se rende ao marxismo torna-se trôpega, inepta e no mais das vezes, seca o múnus intelectivo, isto é, no marxismo a inteligência humana não flui como a mesma foi criada por Deus para se desenvolver.

Por exemplo, em todos os países que foram dominados pelo marxismo cultural, a educação sempre é a mais afetada; a educação não se dá bem com ateísmo; o ateísmo é a destruição da educação; porque a educação, é formar os seres humanos para que exerçam sua inteligência no desenvolvimento de suas vidas; e, como o marxismo contamina a inteligência, então destrói a possibilidade de desenvolvimento; aliás, onde há marxismo o propósito singular da educação torna-se obnubilado; o que se confirma pela constatação de que as pessoas não tem mais o interesse genuíno pelo estudo, fato esse somado a falta de valorização dos professores, aqueles que tem a responsabilidade de ensinar; e no marxismo isto sempre é evidente. A destruição da educação é fruto do marxismo.

Quando a inteligência é destruída, os principais valores da vida humana são escarnecidos e deixados de lado; no marxismo, palavras como piedade, esperança, justiça, verdade, liberdade, tornam-se obsoletas; e não é para menos, que nos países dominados pelo marxismo, as pessoas tornam-se mais doentes emocionalmente; se a inteligência está contaminada, toda a alma também será contaminada; os valores principais da vida humana são o que dão base e sustentação para a vida humana natural; sem piedade, sem esperança, sem justiça, sem a verdade, sem liberdade, a vida humana não prospera e não há desenvolvimento.

Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque o marxismo destrói a inteligência, este dom singular que Deus deu aos seres humanos; e sem inteligência não há conhecimento flóreo, nem o desenvolvimento das faculdades inerentes ao ser humano; sem inteligência não há desenvolvimento das virtudes cardeais; sem a inteligência a dignidade do ser humano é jogada no lixo, e a coroa da criação de Deus é subjugada por uma filosofia da destruição e da morte; o marxismo nunca contribuiu nem nunca contribuirá para o desenvolvimento da inteligência humana; por isso, o marxismo deve ser rejeitado veemente, pelo menos, se os homens quiserem ter um desenvolvimento adequado e frutuoso para a vida humana.

 

Resposta VIII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em oitavo lugar, porque quem é marxista não é cristão; e quem é cristão não é marxista. 

O marxismo e o cristianismo são auto-excludentes (a expressão é de Herman Bavinck!); onde há marxismo não há cristianismo, e onde há cristianismo não há marxismo; e, tanto a doutrina da Igreja Católica, quanto a doutrina da Igreja Protestante, em suas principais confissões e catecismos, condenam veementemente o marxismo-comunismo.

Em relação a doutrina Católica, o papa Pio XII promulgou um decreto em 1949, apoiado por toda a Igreja, e depois reafirmado com louvor por João XXIII no Dubium (documento do Santo Ofício) em 1959, que todo católico que apoia o comunismo está automaticamente excomungado; se há excomunhão, não há comunhão com a Igreja e na doutrina Católica já que “extra ecclesia nullis salis” (fora da Igreja não há salvação). Então, quem é católico e apoia o marxismo está excomungado, e se há excomunhão não há cristianismo; portanto, quem for marxista não é cristão.

Em relação a doutrina Protestante, além de inúmeros documentos e críticas, há a conhecida declaração de Barmen, que se promulga não só contra o nazismo, mas também contra o marxismo-comunismo; a declaração de Barmen conquanto tenha sido feita no contexto do nazismo na Alemanha, todavia, é válida diante de qualquer movimento totalitário, seja o nazismo, seja o fascismo ou seja o marxismo-comunismo. Além disso, o mais importante teólogo reformado holandês dos últimos 200 anos, o Dr. Herman Bavinck, num breve opúsculo manuscrito de 1903, intitulado “Het marxisme” (O marxismo), dissera que marxismo e cristianismo são incompatíveis e auto-excludentes.

Por isso, vale relembrar o “Decreto contra o Comunismo” (1949), mencionando apenas a primeira pergunta: “Pergunta 1: Se é permitido [ao cristão] aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira? Resposta: Não; o comunismo é de facto materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de facto, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo”.

 

Resposta IX

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em nono lugar, porque o marxismo possui um falso ideal.

O cristão não pode ser marxista porque o marxismo apresenta um falso ideal; e um falso ideal é usado para enganar e manipular muitas pessoas. E o marxismo possui um falso ideal devido as máscaras que possui. Vejamos duas delas:

A primeira máscara do marxismo-comunismo é a “redenção” dos humildes; quando o marxismo se diz do lado dos pobres, o marxismo-comunismo se coloca como uma religião; é função da religião cuidar dos pobres, não do marxismo-comunismo; por isso, não existe “redenção” dos humildes ou “redenção” dos pobres no marxismo; nunca o marxismo-comunismo produziu algum benefício durável aos menos favorecidos, aos pobres; sempre que o marxismo-comunismo “deu” alguma coisa para os pobres, foi para tirar destes a dignidade da liberdade inerente ao ser humano; no marxismo-comunismo os pobres ficam cada vez mais pobres, enquanto os líderes e figurões do partido comunista ficam cada vez mais ricos a fim de financiarem as loucuras comunistas ao redor do mundo; o marxismo-comunismo não é a “redenção” dos humildes, mas sim a força motriz para impedir que os pobres cresçam na vida e se desenvolvam com trabalhos dignos e honrados, e, respectivamente, com salários adequados a cada trabalho.

A segunda máscara do marxismo-comunismo é o pseudo-ideal de justiça, de igualdade e de fraternidade universal; o pseudo-ideal do marxismo-comunismo é aproveitar-se da ânsia de justiça dos homens, e torná-los presos dentro do grimório de que o marxismo-comunismo é que apregoa a justiça, a igualdade e a fraternidade; com isso, o marxismo proclama de forma feroz que o progresso econômico é proveniente do pseudo-ideal de justiça, igualdade e de fraternidade universal proveniente do comunismo. Mas, é evidente que o marxismo-comunismo não contribui com o progresso de nada, já que, onde há pseudo-ideal não pode haver desenvolvimento.

Mas, na verdade, o comunismo agrava enormemente os excessos do capitalismo, pois, onde o comunismo promete riquezas igualitárias e progresso econômico, mas traz apenas imensos lucros para os grandes capitais privados, aqueles capitais que financiam as ditaduras comunistas, sem o respeito a dignidade humana, e colocando os trabalhadores que lutaram no pseudo-ideal comunista para cada vez mais serem chicoteados com trabalhos pesados e desumanos; quem mais agrava os excessos do capitalismo não são os capitalistas, mas sim o comunismo com o pseudo-ideal de justiça.

E todo falso ideal conduz a manipulação e a destruição dos verdadeiros ideais da vida humana; onde o marxismo-comunismo se apresenta com seu pseudo-ideal, os valores fundamentais da vida humana, expressos pelos vocábulos, piedade, esperança, justiça, verdade, honra, liberdade, são destruídos e a sociedade fica desencantada e desesperançada. Onde há pseudo-ideal, há sempre desencanto e desesperança; portanto, onde há marxismo-comunismo há sempre desencanto e desesperança.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo possui um falso ideal.

 

Resposta X

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo lugar, porque o marxismo tira a liberdade natural inerente ao ser humano.

O ser humano é por natureza livre; livre em sua consciência e inteligência para o exercício das coisas que são humanas; as ideologias culturais tentam minar e roubar esta liberdade.

O marxismo-comunismo rouba, aprisiona e destrói a liberdade humana; pois, já que o marxismo-comunismo abole a religião, abole as verdades eternas e a moral, e tira a liberdade dos seres humanos; só existe liberdade com a religião, com a verdade e com a moral natural sendo comuns e indispensáveis a todos os homens; qualquer ideologia que tente tirar esta liberdade, deve ser rejeitada; pois, a religião, a verdade e a moral estabelecem propriamente aquilo que chama-se de a dignidade do ser humano, dignidade esta que é evidenciada pela liberdade; sem estas, a dignidade humana é retirada e deixada de lado, quando não, destruída totalmente.

Na verdade, o marxismo-comunismo é a filosofia da anti-liberdade, onde os meios de comunicação, as artes, e a sociedade, tornam-se presas pela asfixia da falta de liberdade; onde há tentativa de minar a liberdade, de tentar enquadrar a liberdade seja por coerção, seja pela falta de espaço público para o exercício da liberdade, sempre há o marxismo-comunismo por detrás; o marxismo-comunismo é o pregão da anti-liberdade. E toda filosofia de anti-liberdade, é uma filosofia aprisionadora, é uma filosofia grimórica; quando não aprisiona os inimigos políticos em prisões físicas, para torturas e coisas similares (como acontecera em todos os países dominados pelo marxismo-comunismo), os aprisionam pela destruição da inteligência.

Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque o marxismo-comunismo é uma filosofia que procura destruir a liberdade dos seres humanos; onde há falta de liberdade, há a doença do “igualitarismo”; igualitarismo é um neologismo para designar aquilo que as ideologias prometem em relação aos homens, mas que na verdade, fazem o inverso: onde o marxismo-comunismo fala de igualitarismo, traz é intervencionismo, ditadura do relativismo e revolução ateística; o marxismo-comunismo apregoa o “igualitarismo” que ao invés de demonstrar a igualdade dos homens, na verdade, acentua a desigualdade onde esta não deve existir. 

Os seres humanos são diferentes uns dos outros; isso é evidente; todavia, todos os seres humanos partilham de algo em comum, a liberdade; o marxismo-comunismo ao proclamar o “igualitarismo”, apregoa que todos os homens são iguais e tiram aquilo que os faz diferentes - que é a beleza singular da vida humana, a diversidade; e enquanto isso, o marxismo-comunismo tira aquilo que os seres humanos tem em comum, a liberdade - que é o fundamento principal da vida humana em sociedade; assim sendo, o marxismo-comunismo proclama “igualitarismo” e traz destruição, e proclama o pseudo-ideal de justiça, e tira a liberdade; o marxismo-comunismo acusa a suposta “desigualdade”, mas é o que mais traz desigualdade; o marxismo-comunismo corrompe o verdadeiro sentido e o verdadeiro entendimento do valor das diferenças entre os seres humanos; o marxismo-comunismo corrompe e destrói aquilo que os seres humanos tem em comum, a liberdade.

Portanto, o marxismo-comunismo se utiliza do jargão do “igualitarismo” para tirar a liberdade dos seres humanos: tirar a liberdade religiosa, e tirar a liberdade “da” e “na” verdade. Deste modo, o marxismo-comunismo tira a liberdade natural inerente a todos os homens; sem a Verdade - a verdade revelada (religião) e a verdade natural (razão) -, não há liberdade. Só há liberdade na Verdade; só há amor na Verdade; só há esperança na verdade; só há desenvolvimento “na” e “a partir” da Verdade.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo tira a liberdade do ser humano.

 

Resposta XI

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-primeiro lugar, porque o marxismo resseca o vigor do desenvolvimento científico.

O marxismo-comunismo resseca o vigor do desenvolvimento científico; conquanto o marxismo-comunismo procure cientistas e a ciência para desenvolver armas e coisas similares para ajudar na implementação e mantenimento da ditadura comunista, a ciência propriamente se resseca sob o comunismo; os cientistas que conseguem se desenvolver sob o marxismo-comunismo o fazem sob muita dificuldade e com uma ousadia heroica. Pois, se o marxismo-comunismo procura destruir a verdade e abolir a religião, então, não há possibilidade de desenvolvimento científico; a ciência só floresce sobre o temor do Senhor; o marxismo-comunismo abomina o temor do Senhor, ao ponto de Marx, em várias de suas poesias, ter se declarado contra Deus e blasfemado contra Deus. 

A destruição da verdade e a abolição da religião, tornam o marxismo-comunismo uma filosofia anti-científica; e toda filosofia anti-científica atrapalha o verdadeiro desenvolvimento científico; para a ciência se desenvolver há necessidade de se ter liberdade; se o marxismo-comunismo tira a liberdade, logo, sufoca a ciência; e ciência sem liberdade é como um pássaro engaiolado que não pode voar.

Deste modo, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo-comunismo resseca o vigor do desenvolvimento científico, seja procurando enquadrar a ciência sob alguma utilidade política ou propagandística do comunismo, seja procurando dissolver a ciência em ideologia, ou a ciência em instrumento da ideologia, tornando assim a ciência uma caricatura de si mesma, pois, quando a ciência se rende aos propósitos da ideologia torna-se caricata e burlesca; ou ainda, quando o marxismo-comunismo tenta dissolver as descobertas científicas que “supostamente” atrapalham o pseudo-ideal marxista ou que se sobrelevam aos desvarios do comunismo.

Por isso, o cristão deve rejeitar veementemente o marxismo-comunismo, já que o temor do Senhor é um pressuposto apodítico do desenvolvimento científico; “o temor do Senhor é a flor da ciência” (a expressão é de Abraham Kuyper!); portanto, qualquer ideologia que tente negar o temor do Senhor ou que procure tirar Deus de cena tem de ser rejeitada, já que o princípio fundamental para o desenvolvimento científico, parte do mandato cultural singular e necessário para a vida humana, é o temor do Senhor. No marxismo-comunismo não há temor do Senhor; e onde não há temor do Senhor não há liberdade, não há paz, não há desenvolvimento científico, não há sabedoria.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo resseca o vigor do desenvolvimento científico.

 

Resposta XII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-segundo lugar, porque quem apoia o marxismo não tem honra moral, intelectual e teológica para falar da Igreja e da religião.

O marxismo-comunismo não tem honra moral para falar da Igreja e da religião; pois, como Marx e Engels disseram no “Manifesto do Partido Comunista” que procuram destruir a religião, abolir a verdade e a moral, quem apoia o marxismo-comunismo não tem hombridade moral para falar da Igreja; pois, se Marx quer destruir a religião e a verdade, não há motivo para nenhum marxista-comunista falar ou mencionar a Igreja ou a religião.

A Igreja é coluna e firmeza da verdade (cf. 1Tm 3.15), e quem tenta destruí-la e destruir a Verdade, coloca-se contra Deus; pois, a destruição da verdade é a destruição da inteligência, a destruição da esperança, a destruição da vida e a destruição da ordem. Ninguém que queira destruir tudo o que existe, como Marx diz no “18° Brumário de Luís Bonaparte”, pode falar da Igreja, que é coluna e firmeza da verdade.

Na verdade, toda moral e todo senso de justiça se tornam nulas em quem apoia o marxismo-comunismo já que quem quer destruir a Igreja quer destruir a própria mãe, só que a mãe que cuida e ordena a vida cultural; a Igreja é “mater et magistra” (mãe e mestra); se o marxismo-comunismo quer destruir a Igreja e a verdade, então os marxistas não tem honra moral, porque quem quer destruir a própria mãe tem alguma honra? É evidente que não.

E, sendo a Igreja a mãe e mestra dos povos, que serve de coluna, de sustentáculo à verdade para que o templo da sociedade não venha a ruir, não pode jamais ser destruída; e aqueles que querem destruí-la, de forma apodítica, sobre estes pode-se afirmar: estes não têm honra nem hombridade moral para falar em Igreja e em religião.

Pois, querer abolir a verdade, é querer abolir o fundamento da ordem social; e ao abolir a verdade, também se abole o bom e o belo; e sem a verdade, sem o bom e sem o belo não há fundamentação para construção da vida humana; e ainda, o marxismo-comunismo quer destruir a Igreja, que serve de sustentáculo da verdade na sociedade; e já que não há moral sem a verdade, não pode haver moral no marxismo-comunismo; e uma filosofia sem uma moral fundada na verdade, sempre é uma filosofia da destruição e da desordem na sociedade.

Não é para menos que quando o marxismo-comunismo toma conta de uma sociedade, os valores morais tornam obnubilados e por fim acabam por deixar de existir; uma sociedade comunista é uma sociedade sem valores morais, e uma sociedade sem valores morais é uma sociedade sem Deus, e como já dizia Dostoiévski, “se Deus não existe tudo é permitido”. Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque o marxismo-comunismo não tem honra moral para falar da Igreja e da religião; e aqueles que seguem o marxismo-comunismo também não tem honra moral para falar da Igreja e da religião, já que, quem apoia o erro se faz tanto errado como quem pratica o erro (cf. Rm 1.32): quem apoia o marxismo-comunismo se faz digno de culpa dos erros do marxismo-comunismo.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque quem apoia o marxismo não tem honra moral, intelectual e teológica para falar da Igreja e da religião.

 

Resposta XIII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-terceiro lugar, porque quem apoia o marxismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja e da Religião.

O marxismo-comunismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja e da religião; pois, como o marxismo-comunismo abole a verdade, o próprio marxismo se estabelece como verdade; e quem se estabelece como verdade, arrola para si o caminho da religião; por isso o marxismo-comunismo quer se tornar uma nova religião; e não é se de estranhar que os que seguem o marxismo-comunismo queiram criticar alguma coisa da Igreja e da religião; mas a questão é que, quem apoia o marxismo-comunismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja e da religião.

A autoridade intelectual, é princípio que, para se falar de algo há de se ter o mínimo de conhecimento necessário sobre este algo; e não somente o conhecimento necessário, mas também o entendimento de como este algo é e existe, isto é, a essência e a existência deste algo; para se falar da Igreja e da religião, há de se ter o conhecimento sobre a mesma, da razão de ser da mesma; por isso, quando o marxismo-comunismo fala da Igreja e da religião, distorce o verdadeiro significado desta; pois, o marxismo-comunismo julga heresia quando se fala contra o mesmo; e é interessante, pois, só há heresia em pensamento religioso; e heresia é o que contradiz o pensamento doutrinário e teológico da Igreja; deste modo, a heresia quem sanciona e demonstra são a Palavra de Deus e a doutrina, não o marxismo-comunismo; por isso, quando aqueles influenciados pelo marxismo-comunismo falam ou desprezam quem critica os erros grimóricos do marxismo estão incorrendo em “falácias” e heresias hediondas; pois, o marxismo-comunismo não apenas é contrário ao cristianismo, e por isso, deve ser rejeitado, mas o marxismo-comunismo é contrário a tudo o que existe.

Assim, a autoridade intelectual do marxismo-comunismo é nula ao se falar da Igreja e da religião; até mesmo porque, ao se analisar questões introdutórias e necessárias ao entendimento do pensamento religioso o marxismo-comunismo é pego em contradição fatal.

Quando se pergunta ao marxismo-comunismo se a religião é necessária? O próprio Marx responde; na análise da filosofia do direito de Hegel, Marx diz que a religião (o cristianismo) é o ópio do povo; quem considera o cristianismo o ópio do povo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja.

Quando se pergunta ao marxismo-comunismo se a religião deve ser edificada? O próprio Marx responde; no manifesto do partido comunista Marx diz que a religião (o cristianismo) tem de ser abolida; quem quer abolir o cristianismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja.

Quando se pergunta ao marxismo-comunismo qual é o fim da vida humana? O próprio Marx responde; numa de suas poesias, Marx diz que é destruir e arruinar tudo o que Deus criou, e como um “deus” nas trevas, ele se assentará no trono para governar; quem quer destruir tudo o que Deus criou, e pior, que quer se colocar como “deus”, para no final destruir tudo, não tem autoridade intelectual para falar da Igreja, pois, o fim da vida humana é a vida feliz, e onde há o marxismo-comunismo querendo destruir tudo não pode haver vida feliz.

Portanto, quem apoia o marxismo-comunismo se coloca nos mesmos princípios de Marx; pois, se querem criticar a Igreja sem autoridade intelectual para tal empreitada, então, quem se coloca em tal critica apoia os grimórios do marxismo; e quem apoia estes grimórios incorre nas mesmas consequências e pensamentos de Marx; um sistema filosófico é uma forma de ver o mundo e a vida; por isso, quem apoia o marxismo-comunismo se torna marxista e comunista, e isso, coloca-os contra a Igreja, o que por sua vez, coloca o marxismo como religião destes; se o marxismo-comunismo é a religião destes, então, estes não podem falar da Igreja, a não ser quem tenham a hombridade intelectual de falar como marxistas que abertamente querem destruir a Igreja; isso nenhum marxista faz abertamente; por isso, quem apoia o marxismo-comunismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja e da religião, pois, falta ao marxismo-comunismo sinceridade, verdade, justiça e honra; coisas essas, aliás, que o marxismo-comunismo nunca terá já que é filosofia da destruição e do emburrecimento.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque quem apoia o marxismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja e da Religião.

 

Resposta XIV

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-quarto lugar, porque quem apoia o marxismo não tem princípios teológicos para falar da Igreja e da Religião.

O marxismo-comunismo quer abolir o cristianismo; portanto, o marxismo-comunismo não tem princípios teológicos; e princípios teológicos, são aqueles que permitem alguém a entender alguma coisa a respeito dos assuntos eclesiais; deste modo, quem apoia o marxismo-comunismo não tem princípios teológicos para falar da Igreja e da religião; até mesmo porque, como o marxismo é uma filosofia ateística, não pode haver teologia; não há teologia onde há ateísmo; portanto, onde há marxismo-comunismo não há cristianismo, nem teologia cristã.

A noção básica de qualquer crítica e/ou elucidação a respeito da Igreja e da religião, requer um mínimo de participação teológica, isto é, uma conduta e disciplina que se adeque aos padrões eclesiais estabelecidos pela Escritura Sagrada, e que a Igreja ensina aos cristãos; no marxismo-comunismo não há respeito a Escritura Sagrada, e nem a Deus, e nem a Igreja; por esta razão evidente, quem apoia o marxismo-comunismo não tem princípios teológicos para falar da Igreja e da religião. Pois, sendo o marxismo-comunismo uma filosofia contrária a Deus e a Igreja, o mesmo se estabelece como um substituto a Igreja, de modo que, o marxismo-comunismo e o cristianismo são auto-excludentes: onde há o marxismo-comunismo não há cristianismo; e onde há o cristianismo não há marxismo-comunismo.

O marxismo-comunismo é uma filosofia com cosmovisão anti-teologia cristã; por isso, o marxismo-comunismo quando se infiltra na sociedade, e então, procura destruir a Igreja, a primeira coisa que o marxismo-comunismo procura minar é a existência teológica da Igreja; pois, onde há a teologia da Igreja de forma sólida e forte, o marxismo-comunismo não consegue vencer esta barreira; mas onde há uma teologia fraca e imprecisa, o marxismo-comunismo consegue se infiltrar para destruir a Igreja em suas bases.

Deste modo, se o marxismo-comunismo quer destruir a teologia e a Igreja, logo, o marxismo-comunismo tem uma filosofia anti-teológica e anti-eclesial. Se a teologia, a rainha das ciências, é desfigurada, logo, todas as ciências, que participam no banquete da verdadeira sabedoria, também o são; quando o marxismo-comunismo procura destruir a teologia, na verdade, o marxismo-comunismo está procurando destruir não somente a Igreja, mas também a toda a ciência.

E quem apoia o marxismo-comunismo também incorre neste mesmo erro, o de querer destruir a Igreja e a religião; e quem quer destruir o lugar da teologia, como pode falar da Igreja e da religião? É impossível para quem apoia o marxismo-comunismo querer falar algo qualquer da Igreja, pois, ao apoiar uma filosofia anti-eclesial e anti-teológica, não há possibilidade qualquer de qualquer afirmação teológica; só pode haver afirmação teológica onde não há o marxismo-comunismo.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque quem apoia o marxismo não tem princípios teológicos para falar da Igreja e da Religião.

 

Resposta XV

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-quinto lugar, porque o marxismo muda a verdade em mentira e a mentira em verdade.

O marxismo-comunismo muda a verdade em mentira e a mentira em verdade; se o marxismo-comunismo abole a verdade, como Marx e Engels dizem no “Manifesto do Partido Comunista”, então, só pode haver mentira no marxismo-comunismo; onde não há a verdade, só há a mentira.

Isto se demonstra assim: o marxismo-comunismo acusa de mentira e “fake-news” tudo aquilo que acusa e demonstra os erros e desvarios conceituais, filosóficos e morais do marxismo-comunismo; aliás, isso é exatamente as “fake-news” que esses alegam; todas as acusações contra o marxismo-comunismo são feitas com base nas próprias obras dos filósofos e teóricos do comunismo; se são baseadas nas próprias declarações destes, então não há “fake-news”, mas se afirmar que é “fake-news” o que não é, então, o que há é a inteligência obnubilada daqueles que se colocam a defender as práticas do marxismo-comunismo sem conhecer as obras de Marx, Engels, Lênin, Stalin e cia.

Na verdade, a máquina de propaganda comunista, em meados de 1920, que criou o mecanismo de transformar a mentira em verdade, através das propagandas e do jornalismo partidário; o que, por sua vez, foi utilizado grandemente pelo ministério da propagada do nazismo, na figura sombria de Joseph Goebbels.

Na verdade, só existe “fake-news” quando algum argumento não se comprova por fatos ou por argumentos fundamentados; se os argumentos são fundamentados, e principalmente os argumentos contrários ao marxismo-comunismo, pelos motivos estabelecidos pelas próprias fontes do marxismo-comunismo, então, as “fake-news” provêm do próprio comunismo e não de quem os critica. Aliás, qualquer crítica ao marxismo-comunismo, ainda que seja sensacionalista, é pouco pelas maldades e crueldades feitas pelo comunismo ao longo da história; o que, evidentemente é comprovado por fatos históricos bem estabelecidos e que só não percebe quem não quer; o discurso de ódio, da mentira, provém, única e simplesmente do marxismo-comunismo, que são os mestres do ódio, da mentira e das “fake-news”.

Além disso, o marxismo-comunismo é propagador de “desinformação”; é um termo correlato a “fake-news”; “desinformação” é aquilo que é o contrário de informação, isto é, ou tirar a informação ou dar informação errada; o marxismo-comunismo se apropriou plenamente deste termo; na verdade, se uma informação é dada com bases e fundamentação, é uma informação válida; o problema é que, toda informação válida e conhecida contra o marxismo-comunismo é taxada ou de “fake-news” ou de “desinformação”; por isso, o marxismo-comunismo muda a verdade em mentira, porque procura destruir a verdade, e torna a mentira em verdade, procurando destruir o senso das proporções entre o que é verdadeira informação da que não é; por isso, todo marxista-comunista é “mentiroso”, e ainda que afirmem que não vão fazer nada contra a religião ou a Igreja, ou contra os valores tradicionais, sempre é mentira, o que atesta não somente a verdade mas também a própria história.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque senão torna-se culpado de mudar a verdade em mentira e a mentira em verdade.

 

Resposta XVI

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-sexto lugar, porque o marxismo destrói o múnus da verdadeira arte.

O marxismo-comunismo destrói o múnus da verdadeira arte; há alguns desenvolvimentos dito artísticos sob o marxismo-comunismo, mas de “artistas” propriamente dito, de gênios da arte, sejam músicos, escritores, etc., o marxismo nunca produziu nenhum que tenha sido plenamente comunista; pois, o múnus, o encargo, a razão de ser da arte, torna-se obscurecida sob o marxismo-comunismo; e mesmo entre aqueles que foram marxistas, ao desenvolverem a arte, não militaram ideologicamente, isto é, foram meio que “esquizofrênicos” naquilo que produziam porque não militaram pelo comunismo. Como dizia a escritora Raquel de Queiroz, a arte que milita ideologicamente se abastarda.

O marxismo-comunismo nunca produziu um Bach, ou um Mozart, ou um Beethoven, ou um Dante, ou um Camões, ou um Aristóteles, ou um Husserl; ou mesmo aqueles que herculeamente produziram arte sob o domínio marxista-comunista, como Shostakovitch, e outros, nunca foram marxistas-comunistas enquanto produziam obras de arte; pois, quando aqueles que produzem “arte” se rendem ao marxismo-comunismo, então, a própria arte deixa de ser arte e torna-se “anti-arte”, isto é, a pseudo-arte que se volta contra a verdadeira arte.

Mas porque o marxismo não produz arte? Porque o marxismo-comunismo abole a verdade, e sem a verdade, não há beleza; e sem beleza, não há arte; o múnus da arte, é expressar a beleza, através de expressões artísticas, e expressá-las sob liberdade; no marxismo-comunismo não há liberdade, e toda expressão artística que por natureza é livre, torna-se “neutralizada” ou por coerção ou por manipulação ideológica. A arte quando se torna “ideologizada”, torna-se arte sem múnus, sem força, sem seiva.

E, ao destruir o múnus da verdadeira arte, o marxismo-comunismo destrói uma das principais características da vida humana, a liberdade por meio da expressão artística; sem a liberdade por meio da expressão artística, o ser humano torna-se imbecilizado, além do que, toda geração que não tem liberdade por meio da expressão artística perde a noção do lugar e da posição do ser humano na sociedade e na época em que vive. Por isso, quando o marxismo-comunismo domina, entre os que apoiam o marxismo-comunismo, nunca há expressão de conhecimento ou de entendimento da própria situação causada pelo marxismo. O marxismo-comunismo cega o entendimento, e sem entendimento, não há conhecimento da beleza, e sem este, não há arte.

Entre os marxistas, muitos dizem-se que não são marxistas, enquanto têm a liberdade destruída pelo próprio marxismo. Isto gera casta cultural e social; mas uma casta que funciona como destruidora da liberdade e da inteligência humana. Onde há marxismo-comunismo não há expressão de inteligência perceptiva - a percepção de fenômenos simples -, e por isso, os males do próprio marxismo tornam-se imperceptíveis. Isso tudo é ocasionado pela falta de liberdade, e pela destruição do múnus da verdadeira arte.

O cristão não pode ser marxista-comunista, porque o cristão é chamado a adorar somente a Deus; agora, se a arte está presa pelos tentáculos do marxismo-comunismo, como que o cristão através da arte vai adorar a Deus; no marxismo-comunismo, toda expressão de adoração torna-se anti-bíblica e herética; não existe a possibilidade de adoração cristã no marxismo-comunismo, pois, o marxismo-comunismo além de destruir o múnus da arte, também corrompe o senso artístico dos cristãos.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo destrói o múnus da verdadeira arte.

 

Resposta XVII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-sétimo lugar, porque o marxismo embrutece e emburrece as pessoas para perceberem a verdadeira face das atrocidades que provêm do marxismo.

O marxismo-comunismo, como é uma filosofia grimórica, embrutece e emburrece as pessoas; um grimório na magia antiga, é um feitiço feito como vista a obscurecer alguém para destruir esse alguém; e um grimório na filosofia, é enquadrar as pessoas para que sigam esta ou aquela filosofia de modo que estas não percebam o que fazem, ou que pelo menos entendam os perigos e as consequências de tal filosofia.

O marxismo-comunismo possui um grimório dialético, que torna as pessoas presas no sistema da dialética hegeliana somado ao materialismo; e assim, o sistema filosófico do marxismo-comunismo cria um grimório de pensamento dialético circular enfeitiçador, pois, quando instaurado o marxismo-comunismo, logo, o mesmo torna-se o padrão de pensamento absoluto e a base das ações, o que gera uma impregnação passiva de hábitos; e nenhum sistema filosófico que atribui-se para si um padrão absoluto é somente um sistema filosófico, mas quer se tornar uma religião, donde, o pressuposto de que o marxismo é um grimório ser um pressuposto apodítico.

Mas, a consequência de todo e qualquer sistema filosófico que procure ser absoluto, é que causa catástrofes na vida humana; por isso, o marxismo-comunismo só produz catástrofes na vida humana, desgraças, vícios, maledicências excessivas, a destruição da inteligência, o enfeitiçamento e a castração da criatividade, etc. Mas o marxismo-comunismo, não somente faz isso em relação a algumas coisas, mas embrutece e emburrece as pessoas para entenderem as próprias atrocidades do comunismo.

Quem, por dádiva divina, ou por algum outro motivo, consegue escapar do círculo infernal da dialética circular hegeliana-marxiana, do sistema dialético-hegeliano-marxiano-materialista, consegue perceber e entender o quão devastador e destruidor o marxismo-comunismo é para vida humana. E não apenas no sentido da religião, mas para o desenvolvimento da vida humana como um todo.

Oxalá, todos percebessem quão ruim é o marxismo-comunismo, que ninguém jamais apoiaria o marxismo-comunismo; não para tornar a sociedade padronizada, ou “direitista” como alguns dizem; mas para livrar a sociedade do pior dos males da modernidade, a saber, o marxismo-comunismo, a heresia infernal que assola a Igreja, a ideologia do mal que quer destruir a família, o sistema filosófico de Satanás que deixa os seres humanos embrutecidos e emburrecidos. E tais afirmações não são provenientes de algum sensacionalista religioso, mas a partir dos próprios escritos de Marx, e dos escritos de outros teóricos comunistas, os quais, são a fonte do pensamento fundante de toda a esquerda.

Deste modo, o cristão não pode ser marxista, porque senão torna-se conivente com uma filosofia que embrutece e emburrece os seres humanos; e com a inteligência embrutecida e emburrecida, logo, qualquer mal que sobrevier aos homens, não será sequer percebido, como acontece na maioria dos países marxistas-comunistas; isto é exemplificado pela grande gama de pessoas que chama de “louco” ou de “maluco” qualquer um que pelo menos fale das atrocidades do marxismo-comunismo; loucura existe em apoiar o marxismo-comunismo, pois, apoiar a filosofia da destruição, da desordem e da mentira, é que realmente pode ser definido como loucura teórica e social.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo embrutece e emburrece as pessoas para perceberem a verdadeira face das atrocidades que provêm do marxismo.

 

Resposta XVIII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-oitavo lugar, porque o marxismo aniquila a lógica.

O marxismo-comunismo aniquila a lógica; e sem a lógica não há regras para o pensamento correto ou para o entendimento da verdade; e a aniquilação da lógica pelo marxismo é feita de modo tal que impossibilite que as pessoas cheguem ao conhecimento correto, ou ao conhecimento válido. Por isso, quando o marxismo-comunismo domina as pessoas, estas discutem opiniões (razão provável) como se fossem argumentos válidos (razão estabelecida), e já que todos os argumentos do marxismo-comunismo são argumentos não-válidos, o mesmo se baseia numa filosofia aporética que destrói a lógica e o senso da realidade.

A destruição da lógica tem consequência não somente para o pensamento correto e bem estabelecido, mas para a própria ordem necessária a vida humana; sem ordenação do pensamento, não há ordenação da vida; sem ordenação dos argumentos, não há ordenação da inteligência; sem ordenação da inteligência não há ordenação social; sem ordenação social, não há ordenação política; etc.

Deste modo, o marxismo-comunismo não apenas destrói a lógica formal, mas estabelece com isso a lógica hegeliana-marxiana, a fim de estabelecer o pensamento do materialismo dialético como norma da sociedade; e toda sociedade que se torna subserviente ao materialismo dialético, é uma sociedade que se torna sem ordem e sem ordenação; é próprio do materialismo dialético gerar desordem, e como consequência desta, o desencanto e a desesperança.

Ademais, o marxismo-comunismo aniquila a lógica para que as mentiras do comunismo possam circular livremente sem que a maior parte das pessoas se apercebam; por exemplo, quando um marxista-comunista é perguntado sobre a liberdade, dizem que são favoráveis a liberdade, mas é uma mentira, pois, a própria constituição do marxismo-comunismo como tal, é ser uma filosofia de anti-liberdade; ou quando algum marxista-comunista é perguntado sobre o desenvolvimento, dizem que são a favor do desenvolvimento, mas também é uma mentira, pois, comprova-se pelo fato histórico indissolúvel que nenhum país onde o marxismo-comunismo reinou se tornou desenvolvido, pelo contrário, todos os países onde o marxismo-comunismo reinou, tornaram-se países miseráveis.

Deste modo, o cristão não pode ser marxista, porque o marxismo-comunismo aniquila a lógica, e ao aniquilar a lógica eles blasfemam deste dom singular de Deus aos homens; lógica provêm do termo grego logos (Palavra, Verbo); e Logos, na Escritura é como Jesus Cristo é apresentado no evangelho de João (cf. Jo 1.1-3); se o marxismo-comunismo quer aniquilar a lógica, o marxismo-comunismo quer entrar em guerra contra o Logos divino, fundamento de toda a ordem da realidade e fundamento da existência da lógica como estrutura do pensamento racional.

Rejeitamos, portanto, todo o marxismo-comunismo, porque senão ficamos sem ordenação e sem ordem para pode viver e pensar livremente; pois, quando o marxismo-comunismo impera, e aniquila a lógica, então, o próprio marxismo-comunismo se coloca como substituto da lógica; e ao fazer isso o marxismo-comunismo tira a liberdade das consciências de pensar livremente, criando uma casta teorética que aprisiona a criatividade e mata a possibilidade da inteligência estabelecer livremente questões e argumentos bem ordenados e válidos.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo aniquila a lógica.

 

Resposta XIX

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-nono lugar, porque o marxismo devasta a linguagem.

O marxismo-comunismo não somente aniquila a lógica, mas, por conta disso, também devasta a linguagem. A devastação da linguagem é o segundo passo na implementação da ditadura cultural; a mudança de pronomes, a desvalorização dos clássicos fundadores da língua portuguesa, o desprezo pelos nossos grandes autores, tornam a devastação da linguagem algo comum e que é feito sem que quase ninguém se importe. 

A devastação da linguagem começa com a mudança de foco no aprendizado pleno da língua portuguesa, para o aprendizado de apenas formas ocas da língua; a mudança nos termos corretos, para neologismos criados para destruir a linguagem; o problema não são neologismos, pois, se houver algum gênio, evidentemente os poderá criar; todavia, não há nenhum gênio criando neologismos para alguma filosofia ou literatura, mas sim, o marxismo-comunismo se infiltrando para dominar e distorcer a linguagem; e a devastação da linguagem, é devastação da identidade de uma nação.

A linguagem é o que identifica uma nação, tanto culturalmente, quanto geograficamente, quanto historicamente; e por isso, a linguagem é edificada e elevada por aqueles que a ensinam como ela é, e principalmente pelos grandes escritores; todavia, quando surge alguém que procura mudar a linguagem, das duas uma: ou é a genialidade que procura elevar ainda mais a linguagem, ou é a ideologia devastando a linguagem para emburrecer as pessoas; no caso do marxismo-comunismo é com vista a emburrecer as pessoas; pois, sem a linguagem ensinada de forma plena, não há ordenação na fala e nem ordenação de ideias; pelo marxismo-comunismo aniquilar a lógica, logo, prepara o caminho a largos passos para a devastação da linguagem.

Sem linguagem não há literatura; sem linguagem não há desenvolvimento; sem linguagem não há história; sem linguagem não há identidade; sem linguagem não há criatividade; sem linguagem não há distinção entre este ou esta; sem linguagem não há posicionamento racional; pois, a devastação da linguagem gera uma neutralidade que não pode existir em se tratando da língua portuguesa; o mais rico idioma do mundo, está sofrendo ataques do marxismo-comunismo; urge, levantarmos a voz para falarmos contra esta devastação e assim, preservar a língua de Camões e a língua do Pe. Vieira, de toda corrupção marxista-comunista.

Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque o marxismo devasta a linguagem; e como cristãos, enquanto cidadãos do céu, temos nossa pátria junto de Deus; mas como cidadãos da terra, temos nossa pátria brasileira, com tão rica história e cultura; e preservar a nossa linguagem é também responsabilidade nossa como cristãos em solo brasileiro; pois, a língua portuguesa é um dos mais belos tesouros da humanidade, e uma glória singular de nossa pátria, e por isso, deve ser respeitada, honrada, preservada e ensinada tal como ela é, não com neutralidade de pronomes ou com redução ideológica da linguagem, ocasionadas pela manipulação marxista-comunista.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo devasta a linguagem.

 

Resposta XX

Por que o cristão não pode ser marxista? 

Em vigésimo lugar, porque o marxismo mata a metafísica.

O marxismo-comunismo mata a metafísica; sem a metafísica, não há fundamentação para o conhecimento; pois, não existe pressuposição de conhecimento sem a filosofia primeira. O marxismo-comunismo, ao abolir a metafísica, destrói qualquer possibilidade de pensamento e de intelecção racional sobre a realidade, principalmente naqueles que seguem o marxismo-comunismo; por isso, não é de se admirar que, aqueles que são adeptos de tais práticas defendam o marxismo-comunismo sem realmente terem lido ou conhecerem o que é o marxismo e o comunismo.

A morte da metafísica conduz os homens a pensarem sobre coisas erradas e aporéticas; pois, sem a filosofia primeira (ou metafísica), ninguém pode falar de nenhuma coisa referente a razão, a verdade, a intelecção e a inteligência; e muitos marxistas-comunistas querem falar de inteligência, de saber, de conhecimento, mas não conhecem que, sob o marxismo-comunismo, não existe filosofia primeira; então do que estes falam? Simples, eles falam daquilo que o marxismo-comunismo os engana para falar; o engano teorético do marxismo-comunismo torna as pessoas de esquerda “emburrecidas” para entenderem os verdadeiros e sorrateiros propósitos do marxismo-comunismo. 

Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque a filosofia primeira do cristão está orientada pela Sagrada Escritura, enquanto o marxismo-comunismo despreza a Bíblia, mata a metafísica, e edifica para si uma “filosofia primeira”, que modo abole as verdades eternas; como quem abole as verdades eternas pode ter honra e moral para que falar de pensamento e de verdade? Os esquerdistas devem saber que, ao matar a metafísica, o marxismo-comunismo tira a possibilidade de pensamento racional sóbrio; além disso, ao matar a metafísica, o marxismo-comunismo tira qualquer possibilidade de reflexão racional sobre Deus; e também, ao matar a metafísica, o marxismo-comunismo elimina qualquer possibilidade dos esquerdistas de quererem pensar racionalmente. Por esta razão, não existe esquerdista com condição racional para falar sobre conhecimento. 

Deste modo, o marxismo-comunismo cria sofismas quase que insolúveis, e que são “adorados” qual religião pelos marxistas-comunistas; o marxismo-comunismo é a religião dos sofismas. Isto também demonstra a completa desfuncionalidade das “pautas” marxistas-comunistas; dizem que defendem a vida, mas secretamente querem implantar o aborto; dizem que defendem os pobres, mas em todos os países marxistas-comunistas, os pobres ficam cada vez mais pobres; dizem que são favoráveis a liberdade, mas não suportam ouvir as próprias loucuras teoréticas que o marxismo possui imbuído em si, e querem, seja por que meios for, tirar a liberdade das outras pessoas; isso demonstra que o marxismo-comunismo cega o entendimento, e para que tal cegueira seja implantada, eles começam aniquilando a lógica, para não haver ordenação de pensamento, e depois devastando a linguagem, para não haver herança, identidade e tradição cultural; e, por fim matando a metafísica, para não haver fundamentação para o conhecimento. Sem ordem, sem identidade cultural e sem fundamentação para o conhecimento, o marxismo-comunismo implanta a ditadura ateística sem que quase ninguém perceba e sem que ninguém tenha conscientização para a compreensão de tais fenômenos.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo mata a metafísica.

 

Resposta XXI

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em vigésimo-primeiro lugar, porque o marxismo corrompe a lei moral natural.

O marxismo-comunismo corrompe a lei moral natural; no marxismo-comunismo a lei moral natural não tem expressão, porque o homem não tem liberdade; sem liberdade, não há lei; sem liberdade, a lei moral natural - intrínseca a todo ser humano -, torna-se obnubilada.

A lei moral natural é a consciência que se tem do que é certo ou errado, pela simples razão natural; quando o marxismo-comunismo toma conta de uma cultura, esta lei natural é corrompida; e o exemplo que confirma esta asseveração é que, muitos apoiam o marxismo-comunismo sem conhecer os fundamentos e as bases do comunismo; pois, qualquer pingo de lei moral natural presente no ser humano, já é suficiente para a percepção e consciência dos erros e desvarios do marxismo-comunismo; mas, o que se observa é que aqueles que advogam as causas nefandas do marxismo-comunismo, não conhecem o pensamento marxiano nem a doutrina comunista; isto se deve devido a corrupção da lei natural no ser humano, do senso de certo e errado, da cauterização da consciência.

O marxismo é a filosofia da destruição da consciência; no comunismo, a filosofia marxista tenta tornar-se a “senhora” das consciências; e sempre que uma filosofia ou ideologia toma conta dos princípios e pressupostos da cultura e tentam dominar as consciências, a própria lei moral natural é corrompida, e a pessoas adoecem na consciência, e em muitos casos, como consequência óbvia, adoecem psiquicamente. Tudo isso, porque o marxismo-comunismo corrompe a lei moral natural; a corrupção da lei natural é a corrupção da natureza humana tal como criada por Deus, para a transmutação da mesma de acordo com os diabólicos parâmetros marxistas. Por isso, onde há marxismo-comunismo não há respeito a propriedade privada, não há respeito a família, não há dignidade do matrimônio; onde há o marxismo-comunismo não há homem e mulher, mas qualquer outra coisa. Isto ocorre por causa da corrupção da lei moral natural, efetuada engenhosamente pela filosofia marxista-comunista.

Nada ou ninguém que queira dominar as consciências deve ser aceito pelos cristãos; o marxismo-comunismo é a cultura de dominação das consciências, e para isso, estes efetuam a destruição da lei moral natural, a fim de implementar a ditadura cultural marxista; os cristãos, pelo contrário, tem suas consciências sujeitas a verdade, a Deus e a lei de Deus, como expressas na Sagrada Escritura, a Bíblia; pelos cristãos estarem diante de Deus, e por terem esta consciência, e assim viverem de acordo com a Lei de Deus, os cristãos não podem ser marxistas. Ou se é marxista, ou se é cristão; sendo marxista-comunista, há a abolição da lei moral natural, e por isso o cristão jamais pode ser marxista, pois, o cristão, luta pela preservação da lei moral natural e da Criação tal como estabelecida por Deus; e o marxismo, procura surrupiar a lei moral natural e destruir a Criação.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo corrompe a lei moral natural.

 

Resposta XXII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em vigésimo-segundo lugar, porque o marxismo contamina o direito natural.

O marxismo-comunismo não somente corrompe a lei moral natural, mas também contamina o direito natural; e a contaminação do direito natural, é a máxima que o marxismo-comunismo desenvolve para que possa implantar culturalmente o marxismo sem que haja possibilidade de alguma intervenção jusnaturalista; onde não há o verdadeiro senso do direito natural, não há ordenamento jurídico tal como estabelecido nas fundações da sociedade Ocidental, tal como se demonstra no Direito Grego e no Direito Romano, e que foi confirmado pela influência do cristianismo ao longo da história.

A contaminação do direito natural, é a transformação e a subversão deste ao direito do mais forte; não se deve jamais ter numa sociedade democrática o direito do mais forte, mas sim a força do direito; “o que deve prevalecer não é o direito do mais forte, mas a força do direito[9]; a contaminação do direito natural desfigura o mesmo, e estabelece no lugar deste um direito positivo como fonte e norma absoluta para qualquer elucubração racional na esfera jurídica; esta é a maior das catástrofes em se tratando da ciência jurídica, pois, desfigura este tão nobre fundamento da sociedade, e torna a ciência jurídica caricatura de alguma ideologia.

Além disso, a contaminação do direito natural, como efetuada sorrateiramente pelo marxismo-comunismo fere com golpe mortal a liberdade de expressão e de consciência dos seres humanos; e isto também contradiz veementemente a carta magna dos direitos humanos; mas, quando ocorre a corrupção da lei moral natural, e por consequência, a contaminação do direito natural, tudo aquilo que é chamado de “direitos humanos” é surrupiado em nome de alguma ideologia nefasta. Pois, quando o direito natural é contaminado pelo veneno jurídico do marxismo-comunismo, logo, toda a ciência jurídica torna-se contaminada; e uma ciência jurídica que se torna contaminada deixa de exercer aquilo para o qual a mesma existe, isto é, para manter intacto e sempre ordenado o direito natural, comum a todos os homens, anterior a qualquer ordenação e manifestação humana.

O cristão, portanto, não pode ser marxista, porque senão estaria enfileirando-se a uma cosmovisão que corrompe o direito natural; e toda contaminação e corrupção do direito natural é algo totalmente contrário a razão humana, a revelação de Deus e ao pensamento teológico; o direito natural existe como expressão da racionalidade humana, da pura razão natural; e qualquer tentativa de contaminar este, deve ser rejeitada com firmeza e resolução por parte dos cristãos. Não há possibilidade de pensamento racional ou de reflexão sobre a verdade na esfera jurídica onde se tem infiltrado os tentáculos do marxismo-comunismo; porque o marxismo é a filosofia da contaminação do direito natural; onde não há verdade, não há direito natural; e como o marxismo-comunismo procura destruir a verdade, então, em qualquer ordenação ou invectiva marxista-comunista, não há discernimento e nem possibilidade de direito natural. Por isso, não ao marxismo, e sim ao direito natural.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo contamina o direito natural.

 

Resposta XXIII

Por que o cristão não pode ser marxista? 

Em vigésimo-terceiro lugar, porque o marxismo desvirtua o direito positivo.

O marxismo-comunismo não somente contamina o direito natural, mas por contaminar este, também desvirtua o direito positivo; o marxismo-comunismo desvirtua o direito positivo para poder implementar práticas e costumes destruidores a partir de leis e resoluções que sirvam para destoar o verdadeiro propósito e lugar do direito positivo como princípio para o Estado, fundamentado a partir do direito natural.

Por isso, o marxismo-comunismo não aceita o direito natural; e o marxismo-comunismo desvirtua com isso o direito positivo, para formar um estamento jurídico que possa ser subserviente aos desvarios teóricos do marxismo; um estamento jurídico dominado pelo marxismo-comunismo, se tornará não expressão da magistratura ordenada e vocacionada por Deus (cf. Rm 13.3-4), mas sim uma magistratura caricata e burlesca, servindo aos diabólicos propósitos do marxismo-comunismo; pois, o desvirtuamento do direito positivo é o pregão da obnubilação do direito natural. E quando o direito natural é deixado de lado e substituído por qualquer outra norma, logo, todo o vigor e beleza da ciência jurídica são jogados no lixo.

O desvirtuamento do direito positivo, é tornar o ornamento do direito no Estado, aquilo que serve para criar leis e manter a ordem, em legalização da desordem a partir de alguma ideologia nefasta; o desvirtuamento do direito positivo é feito sorrateiramente, de modo que, implementado sem que ninguém perceba; além disso, o desvirtuamento do direito positivo ocasiona uma mudança na função dos magistrados, onde estes, ao invés de procurarem velar pelo direito natural no desenvolvimento do direito positivo, estabelecem o direito positivo em detrimento do direito natural e, por consequência, acabam por burlar e inferir a liberdade inviolável de cada ser humano.

O cristão não pode ser marxista porque o marxismo-comunismo destrói o direito natural, torce o direito positivo e causa desordem no propósito estabelecido por Deus para os magistrados; a magistratologia, a parte da teologia que analisa segundo a Revelação o propósito dos magistrados (potestade política e magistrados), condena veementemente o marxismo-comunismo; deste modo, os cristãos não podem jamais ser marxistas, porque o marxismo-comunismo destrói a esfera jurídica da ordem da realidade.

Ou se é cristão, ou se é marxista; se se é cristão, então há a valorização do direito natural e da preservação da esfera jurídica da ordem da realidade tal como estabelecida por Deus; se se é marxista, há a destruição do direito natural, e a destruição da ordem da realidade tal como estabelecida por Deus. O marxismo é a filosofia do desvirtuamento do direito positivo a partir da destruição do direito natural; por isso, o marxismo-comunismo deve ser rejeitado veementemente.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo desvirtua o direito positivo.

 

Resposta XXIV

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em vigésimo-quarto lugar, porque o marxismo abole a filosofia do direito.

O marxismo-comunismo abole a filosofia do direito; e a abolição da filosofia do direito tal como o mesmo é, ocasiona uma impossibilidade de se refletir filosoficamente sobre os fundamentos do direito, principalmente da reflexão filosófica sobre o direito positivo; pois, sem a filosofia do direito, não se tem um freio intelectual para o desvirtuamento do direito positivo.

Karl Marx, na “Critica a Filosofia do Direito de Hegel”, estabelece qual o motivo básico do pensamento jusfilosófico do marxismo-comunismo, isto é, não ter uma filosofia do direito que impeça a implementação da ditadura marxista-comunista; apesar da filosofia do direito de Hegel também ser trôpega, todavia, as formas que Hegel estabelece são de uma genialidade única, e quebrantar estas formas, tal como Marx fez, é abolir a estrutura racional e o múnus da própria filosofia do direito. Além disso, é na crítica que faz a filosofia do direito de Hegel que Marx fala que o “cristianismo é o ópio do povo”; outra questão é que Marx ao elaborar esta critica a filosofia do direito de Hegel, também elabora as linhas mestras da filosofia do direito marxista; e a filosofia do direito marxista-comunista é a abolição da filosofia do direito racional e fundamentada na análise do direito a partir da filosofia.

A crítica de Marx não é simplesmente uma crítica, mas a transmutação da filosofia do direito em ponte para a implementação do comunismo; pois, com a contaminação e destruição do direito natural, e por consequência, o desvirtuamento do direito positivo, logo, para que o direito positivo desvirtuado - que se torna burlesco e caricato -, não seja criticado e/ou colocado nos eixos, o marxismo-comunismo, de antemão, abole a filosofia do direito, para que não haja reflexão possível para a condenação teórica e prática do desvirtuamento do direito positivo pela filosofia. Isto se comprova pelo fato de que, quando o direito positivo está desvirtuado ou os magistrados estão engendrados por alguma filosofia marxista, não se coloca em debate filosófico as pautas do pensamento jurídico estabelecido; isto, é a abolição da filosofia do direito e desrespeito a liberdade; logo, quando isso ocorre, o pensamento jurídico estabelecido e em voga tem de ser colocado em pauta para debate filosófico.

O cristão não pode ser marxista, porque senão, não terá racionalidade para entender e compreender o desvirtuamento do direito positivo; aliás, a própria abolição da filosofia do direito é uma forma de não se ter possibilidade de análise jusfilosófica dos desvarios do direito positivo sob a manipulação marxista; deste modo, ou se é cristão ou se é marxista; o cristão coloca-se contrário ao marxismo-comunismo em prol da racionalidade, em prol da filosofia do direito e da análise racional dos fundamentos e dos caminhos do pensamento jurídico do Estado em determinada época; agora, os marxistas-comunistas, escondem e manipulam a ciência jurídica para fins escusos e diabólicos, a fim de desvirtuar todo o direito para manipulação ideológica comunista.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo abole a filosofia do direito.

 

Resposta XXV

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em vigésimo-quinto lugar, porque o marxismo desfigura o verdadeiro propósito do Estado laico.

O marxismo-comunismo não somente destrói o direito natural, e desvirtua o direito positivo, e abole a filosofia do direito; o marxismo-comunismo desfigura o verdadeiro propósito do Estado laico. Pois, se há a destruição do direito natural, então há a deificação do direito positivo; e se a há a deificação do direito positivo, é porque houve a abolição da filosofia do direito; se não há o direito natural, o direito positivo torna-se o direito do mais forte, ao invés de velar pela força do direito; se não há direito não há Estado; pois, se o direito está corrompido, o verdadeiro propósito da existência do Estado é desfigurado. Agostinho certa vez indagou: “Se o direito é colocado de lado, em que se distingue então o Estado de uma grande quadrilha de ladrões?” (De Civ. Dei, IV, 4, 1). Deste modo, se o direito é posto de lado pela destruição do direito natural e o desvirtuamento do direito positivo, a existência do Estado, não mais apresentará ordem, mas sim será uma grande quadrilha de ladrões, tal como diz Agostinho.

E o Estado no marxismo-comunismo torna-se como uma grande quadrilha de ladrões; pois, o marxismo-comunismo ao colocar o verdadeiro direito de lado, torna o Estado laico num Estado total; isto é, torna o Estado que tem liberdade, num Estado asfixiado pelo marxismo-comunismo, num Estado deificado. O Estado laico não possui uma religião oficial, ou obriga pessoas a crerem em determinada religião, mas dá liberdade de expressão, de crença e de consciência a todas as pessoas, indistintamente.

Conquanto o Estado seja laico, a sociedade não é laica; a sociedade é cristã; e sendo a sociedade cristã, o marxismo-comunismo sempre é contrário a esta sociedade, pois, o objetivo do marxismo-comunismo é destruir o cristianismo. Por isso, o marxismo desfigura o verdadeiro propósito do Estado laico, da laicidade, tornando em laicismo, para poder mudar, pela força do Estado total, a sociedade que é cristã; é isto que acontece quando o Estado se torna subserviente ao comunismo, e então, torna-se uma quadrilha de salteadores.

Por isso que, quando o marxismo-comunismo domina uma cultura, aqueles que estão sob os grimórios do comunismo, acusam de “intolerantes” aqueles que criticam outra religião e/ou alguma prática desordenada; a intolerância está naqueles que criticam, ou naqueles que querem implantar o erro sem que ninguém fale nada? É evidente que a intolerância está naqueles que querem implementar o erro sem que ninguém fale nada, já que os esquerdistas fundamentam-se em opiniões, e não em razão estabelecida e argumentativa, tanto que, nenhum marxista tem argumentos a partir dos fundamentos do conhecimento racional. Um princípio fundamental do Estado laico é fundamentar as liberdades que cada um exerce não sob a razão provável (opinião), mas na razão estabelecida, com argumentos racionais e baseados nalguma autoridade do conhecimento a que se refere.

Deste modo, o cristão não pode ser marxista, porque assim estaria apoiando a desfiguração do verdadeiro propósito do Estado laico, matando a laicidade e cultivando o laicismo; o marxismo-comunismo desfigura o Estado laico, para neste implantar a ditadura comunista, e para ter nesta, apenas aqueles que sob o pretexto de alguma “opressão”, tornam-se subservientes a ditadura comunista; o cristão, pelo contrário, defende a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, a liberdade do vínculo de ideias, só que com fundamentação; os marxistas-comunistas não possuem fundamentação racional para nada do que alegam nos escritos que são a base do comunismo.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo desfigura o verdadeiro propósito do Estado laico.

 

 

Resposta XXVI

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em vigésimo-sexto lugar, porque o marxismo estabelece leis que corrompem a dignidade humana.

O marxismo-comunismo ao mudar o aparato jurídico, ao contaminar o direito natural e desvirtuar o direito positivo, se estabelece sobre a cultura política a mudança nas leis, e nesta mudança, estabelece leis que corrompem a dignidade humana; leis a favor do aborto, leis a favor da ideologia de gênero, leis que corroem e destroem os princípios mais sagrados da razão (filosofia) e da revelação (teologia); a dignidade humana é inviolável por quem quer que seja; e tal dignidade tem de ser respeitada; o marxismo-comunismo, como filosofia aporética e satânica, não respeita a dignidade da vida humana, o que se demonstra de forma irrefutável, quando os esquerdistas lutam para destruir a realidade e mudar a ordem da Natureza, na criação de leis e manobras jurídicas para favorecerem o aborto, a ideologia de gênero, etc. 

A estrutura do próprio marxismo-comunismo é desalmada; os esquerdistas dizem-se humanistas, mas respeitam mais um animal do que um ser humano; dizem-se defensores da justiça social, mas violam a dignidade humana; dizem-se arautos da paz, quando só trazem miséria e destruição; o marxismo-comunismo nunca respeitou nem nunca respeitará a dignidade humana, pois, é uma filosofia formada, cunhada e estabelecida, tanto no sentido teórico quanto no sentido prático para destruir a Criação e destruir a dignidade do ser humano criado a imagem de Deus.

Deste modo, o cristão, o verdadeiro cristão, não pode ser marxista, porque senão estaria colaborando com violação da dignidade humana; o cristianismo é contrário ao marxismo-comunismo porque vela pela dignidade humana, não pelos parâmetros de uma filosofia destruidora, mas pela própria Palavra de Deus, Jesus Cristo, onde está o verdadeiro humanismo. O humanismo cristão é autêntico e vigoroso, o humanismo marxista-comunista é materialista e destruidor. 

As sábias palavras de Pio XI são válidas e atestam esta questão: “... o comunismo despoja o homem da sua liberdade na qual consiste a norma da sua vida espiritual; e ao mesmo tempo priva a pessoa humana da sua dignidade, e de todo o freio na ordem moral, com que possa resistir aos assaltos do instinto cego. E, como a pessoa humana, segundo os devaneios comunistas, não é mais do que, para assim dizermos, uma roda de toda a engrenagem, segue-se que os direitos naturais, que dela procedem, são negados ao homem indivíduo, para serem atribuídos à coletividade... Além disto, como esta doutrina rejeita e repudia todo o caráter sagrado da vida humana, segue-se por natural consequência que para ela o matrimônio e a família é apenas uma instituição civil e artificial, fruto de um determinado sistema econômico: por conseguinte, assim como repudia os contratos matrimoniais formados por vínculos de natureza jurídico-moral, que não dependam da vontade dos indivíduos ou da coletividade, assim rejeita a sua indissolúvel perpetuidade. Em particular, para o comunismo não existe laço algum da mulher com a família e com o lar. De fato, proclamando o princípio da emancipação completa da mulher, de tal modo a retira da vida doméstica e do cuidado dos filhos que a atira para a agitação da vida pública e da produção coletiva, na mesma medida que o homem. Mais ainda: os cuidados do lar e dos filhos devolve-os à coletividade. Rouba-se enfim aos pais o direito que lhes compete de educar os filhos, o qual se considera como direito exclusivo da comunidade, e por conseguinte só em nome e por delegação dela se pode exercer[10].

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo estabelece leis que corrompem a dignidade humana.

 

Resposta XXVII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em vigésimo-sétimo lugar, porque o marxismo denigre a honra que convém a potestade política.

O marxismo-comunismo denigre a honra que convém a potestade política; a potestade política deve ser honrada e integra para exercer o poder como o mesmo tem de ser exercido, para o bem comum; o marxismo-comunismo corrói isso; tanto que, sob o marxismo-comunismo, a honra que convém, a honra que é necessária para todo aquele que se torna político é deixada de lado.

O marxismo-comunismo ao denigrir a honra que convém a potestade política, não somente corrompe esta honra, mas também o senso comum de dever, de justiça, de esperança e de integridade, que devem guiar todos os homens no exercício de suas atividades; ao denigrir a honra que convém a potestade política, o marxismo-comunismo, na verdade, está desestruturando toda a estrutura comum e necessária a vida humana; e quando isso ocorre, todos os homens chegam a rir da honra, da decência, da piedade e da vida correta; Rui Barbosa dissera: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

O marxismo-comunismo é a filosofia, a ideologia e a religião da destruição da honra da potestade política; o que se confirma e atesta, pelo fato de que, quando o marxismo-comunismo domina a classe política, torna esta como que uma casta, onde o verdadeiro propósito da política é deixado de lado, e onde os verdadeiros vocacionados para o dever público como políticos são deixados de lado e apenas oportunistas e surrupiadores da política são aceitos e bem vistos, enquanto aqueles que honrados e capacitados para administrar são rechaçados e deixados de lado como se fossem as piores pessoas do mundo.

Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque senão corrobora e colabora com a corrupção do senso de honra e de dever dos homens; a ética protestante é a ética voltada ao trabalho e ao testemunho com vida piedosa e frutífera; a ética católica é a ética voltada ao trabalho e ao testemunho pela Igreja e com a Igreja, no cuidado e amor para com os pobres e na conservação dos valores; por isso, não existe um protestante verdadeiro que seja marxista e nem um católico verdadeiro que seja marxista; pois, o marxismo-comunismo denigre a honra e o senso de dever tão importantes para o protestante como sinônimo da vida em gratidão a Deus, em serviço a Deus, e tão importantes para o católico como sinônimo do testemunho da existência sacramental da vida cristã.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo denigre a honra que convém a potestade política.



[1] Karl Marx, Friedrich Engels, O Manifesto do Partido Comunista [Porto Alegre, RS: L&PM, 2001], pág. 58.

[2] Karl Marx e Friedrich Engels, Marx-Engels Collected Works Vol. 1: Karl Marx 1835-1843 [Lawrence & Wishart, 1975], pág. 576.

[3] Ibidem. Pág. 563-564.

[4] Ibidem. Pág. 586.

[5] Ibidem. Pág. 588-607.

[6] Ibidem. Pág. 589.

[7] Karl Marx e Friedrich Engels, Marx-Engels Collected Works Vol. 11: Marx and Engels 1851-1853 [Lawrence & Wishart, 1979], pág. 108.

[8] Goethe, Fausto, Parte 1, § 1420.

[9] Bento XVI, Liberar a Liberdade: Fé e Política no Terceiro Milênio [São Paulo: Paulus, 2019], pág. 153.

[10] Pio XI, Divini Redemptoris, § 10-11.


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