30/07/2023

Outras respostas sobre o marxismo

Resposta I

Pergunta-se se há alguma influência do marxismo cultural na teologia evangélica? A resposta: sim, há uma grande influência do marxismo cultural na teologia evangélica.

A questão sobre o marxismo cultural tão presente nos dias atuais e tão falado, não somente afeta sociedade, mas também a igreja; são vários os livros que retratam a infiltração do comunismo na Igreja Católica; mas e a Igreja evangélica, será que houve alguma infiltração? Sim, houveram muitas tentativas de infiltração do marxismo-comunismo na Igreja evangélica; e sim, o marxismo é rejeitado por muitos líderes evangélicos de maneira muito incisiva, o que é extremamente correto, todavia, o marxismo cultural, um perigo mortal, adentrou não somente a cultura, mas também na Igreja; pois, o marxismo cultural é a implementação do marxismo na cultura sem que ninguém perceba, e assim, após anos a fio, a cultura da sociedade se torne marxista sem que ao menos as pessoas se apercebam; e em se tratando da Igreja também, pois, quando o marxismo cultural adentra aos arraiais cristãos, logo, todos se tornam marxistas sem que percebam.

Mas a mais mortal e a mais desconhecida influência, foi a tentativa de mudar os princípios fundamentais que guiam a teologia a afim de se estabelecer práticas de manipulação e/ou mantenimento de poder eclesiástico; algumas destas mudanças ocorreram paulatinamente. Para muitos isso pode parecer contraditório, mas a evidenciação é que o marxismo cultural tornou-se mote cultural de muitos arraiais teológicos sem que estes sequer saibam. Vejamos dois aspectos do marxismo cultural que infelizmente influenciou a teologia evangélica:

1. Primeiro, está no entendimento a respeito das novas vocações; o marxismo cultural na sociedade, contaminou as universidades, e dominou a sociedade e a cultura; em relação a Igreja também: primeiro, o marxismo domina os centros intelectuais de preparo, depois, as práticas são disseminadas; a infiltração do marxismo na Igreja Católica, foi a colocação de não-vocacionados no sacerdócio, e a rejeição dos verdadeiros vocacionados, e assim, não é de se surpreender que depois de tanta infiltração tenha-se havido tantos escândalos com padres pedófilos. Na Igreja evangélica, a situação se deu um pouco diferente, já que os pastores diferentemente dos padres não precisam do celibato obrigatório, mas então houve a perspectiva de infiltração através de prática e/ou teologias desfiguradas que aos poucos foram minando a consciência da teologia evangélica, tal como guiara, por exemplo, a Igreja Confessante na luta contra o nazismo; tal como Hitler e o nazismo colocaram a Igreja Alemã, tanto a católica quanto a evangélica, em estado de sonho, o marxismo cultural adentra a cultura dos arraiais cristãos, e coloca um sonífero intelectual na teologia e nas práticas destas instituições, a fim de que coisas em que eles antes eram contrários segundo as Escrituras, tornem-se aceitas como elementos de “progresso”. O que está contrário as Escrituras, não é “progresso” nem avanço para a Igreja, ainda que sejam milagrerias. O marxismo cultural é o mesmo engodo que o engano do pecado, e quando se infiltra na teologia evangélica o primeiro reflexo é a destruição do senso da autoridade bíblica que deve guiar a teologia evangélica; o segundo reflexo é a destruição e/ou manipulação das novas vocações, ou impedindo que as verdadeiras vocações sejam manifestas, ou manipulando-as para destruir o senso de propósito e conhecimento teológico que geralmente se vê nas novas vocações.

2. Segundo, o desprezo pela tradição e pela história das instituições religiosas; outra influência do marxismo cultural no âmbito tanto da teologia católica quanto da teologia evangélica, é a rejeição e/ou desprezo pela tradição e pela história teológica e eclesiástica de tais instituições; o marxismo cultural abole a memória teológica; alguém já dissera que um povo sem história é um povo sem futuro; a influência do marxismo cultural se tornou tão evidente na evidenciação da memória teológica, que se alguém mencionar algum nome de importância do passado de alguma instituição, mesmo entre os da própria instituição, devido a influência do marxismo torna-se motivo de ranger de dentes; outrossim, é que a rejeição a memória teológica, além de ser anti-bíblica, é também anti-racional. E em alguns casos a rejeição a memória teológica vem acoplada com uma espécie de “destruição” do senso de pertencimento e identidade, onde as práticas saudáveis e bíblicas de gerações anteriores, são substituídas apenas por serem tidas como anacrônicas e “antigas”, e são colocadas práticas “novas”, mas que são extremamente aporéticas em se tratando da teologia e das Escrituras; é conhecida a situação: o que é tido como “antigo” dá lugar ao que é tido como “novidade”, mas que não passa de prática anti-bíblica disfarçada de “progresso”.

 

Resposta II

Pergunta se há algum problema com a linguagem neutra? A resposta: sim, há problema com a linguagem neutra.

A atividade comunista para surrupiar a ordem social e a ordem das coisas criadas, também tem imbuída em si a destruição da linguagem; o que, recentemente no Brasil, se dá em termos da defesa quase que religiosa por parte dos comunistas daquilo que chamam de “linguagem neutra”; isto é, a mudança da linguagem e a redução da riqueza da língua portuguesa a partir do “catecismo” ideológico do comunismo, a ideologia de gênero; a expressão “linguagem neutra”, nada mais é do que um instrumento de domínio, que a partir da cartilha da ideologia de gênero, o comunismo se utiliza para destruir a linguagem.

E o comunismo procura destruir a linguagem para implantar a ditadura comunista sem que ninguém se aperceba o que é comunismo: primeiro, eles subvertem a linguagem, isto é, destroem a estrutura basilar pela qual se configura a linguagem; segundo, eles criam termos fora da linguagem para destituir de valor os termos com signo, significado e referente; terceiro, eles mudam a forma de pensar, pois, quem subverte a linguagem muda a forma de pensar; quarto, eles estimulam um emburrecimento programado. Isto tudo é fruto da “linguagem neutra”; que de “neutra” nada tem; a filosofia da “linguagem neutra”, é uma nova roupagem da velha heresia dos escritos de Marx e Engels, onde estes propõem a subversão e a revolução totalitária através da destruição da Igreja, da família e da verdade; Marx e Engels declaravam isso abertamente, já os novos comunistas o fazem velados pela filosofia da “linguagem neutra”, que procura destruir a verdade, pois, ao destruir a estrutura da linguagem eles destroem a referência com a realidade e a estrutura das coisas, e sem esta referência, não há verdade; e se não há verdade, tudo se torna permitido.

Deste modo, qualquer invectiva em favor da “linguagem neutra”, principalmente nos currículos de base da educação nacional, é a impregnação do novo catecismo comunista, a ideologia de gênero se tornando aos poucos aceita sem que ninguém faça nada ou possa fazer nada, e assim, a ideologia de gênero está catequizando para a implementação do comunismo.

Deste modo, qualquer invectiva em favor da “linguagem neutra”, principalmente nos currículos de base da educação nacional, é a impregnação do novo catecismo comunista, a ideologia de gênero, se impregnando e catequizando para a implementação do comunismo.

A “linguagem neutra”, além de irracional e imbecilizadora, é um desrespeito continental aos edificadores da língua portuguesa; pois, ao se tratar de linguagem, o que é permitido ou não, deve-se consultar e ir até os mestres da língua portuguesa; o que Camões, o que Gil Vicente, o que João de Barros, o que o Pe. Antônio Vieira, o que Camilo, o que Eça, o que Machado, etc., diriam a respeito desta vituperação da língua portuguesa que é a “linguagem neutra”; com certeza, e afirma-se isso a partir de seus escritos, seriam absolutamente contrários; a “linguagem neutra” é a tentativa de destruir o mais belo idioma do mundo, a língua portuguesa. E que Deus salve a língua portuguesa das barbáries linguísticas dos comunistas.

 

Resposta III

Pergunta-se se a crítica ao dólar tem algo a ver com o comunismo? A resposta: sim, a crítica ao dólar é novo pressuposto da dominação comunista.

A crescente crítica ao dólar (moeda norte-americana), traz uma questão de fundamental importância para o entendimento da nova tentativa global de dominação comunista; aonde a filosofia do comunismo chinês adentra - já que é o comunismo chinês o ponto forte do comunismo mundial, donde saem as estratégias e princípios para os comunistas ao redor do mundo -, tem-se a crítica ao dólar.

E a crítica a uma moeda chama a atenção; pois, no caso de uma moeda ser criticada, isto é, algo inanimado ser criticado por seres animados, das duas uma: ou quem faz a crítica é doente mental, porque não se crítica algo inanimado como se fosse algo animado; ou, então, a crítica é ao que representa tal algo inanimado; no caso da crítica ao dólar, é crítica ao que o dólar representa, com todos os valores da liberdade, da economia, do desenvolvimento, da cultura, da religião.

A crítica ao dólar, é ao mesmo tempo, crítica a liberdade, ao desenvolvimento, a cultura, a religião. A crítica ao dólar não é por conta de suposta vassalagem, ou algo do tipo; é uma crítica as bases pelas quais toda a cultura ocidental está disposta e pelas quais fora fundada e sob as quais está fundamentada. A crítica ao dólar, portanto, é crítica a religião cristã, a filosofia grega e ao direito romano, que são os pilares da sociedade ocidental. O dólar, conquanto seja uma moeda, é também e antes de tudo, o símbolo, desde a fundação dos EUA, daquilo que o desenvolvimento sóbrio sob a liberdade tem a oferecer. Uma moeda que representa economicamente e culturalmente a liberdade e os valores da religião, e, portanto, quem as critica, também critica a liberdade e os valores da religião.

Tanto o é, que nas notas do dólar se vê estampado os rostos de figuras históricas, de presidentes que foram gigantes como políticos, e que fizeram os valores ocidentais crescerem sob a liberdade, como por exemplo, com George Washington e Abraham Lincoln. Estes são figuras de suma importância, pois foram líderes que elevaram suas nações sob o cultivo da liberdade, da justiça e da religião.

Pensemos no seguinte: que líder comunista, ou dos que atualmente estão servindo como vassalos do comunismo ao criticar o dólar, e ao criticarem os valores culturais da liberdade, podem se igualar em importância, maestria, sabedoria, conhecimento e destreza como George Washington ou com Abraham Lincoln? Ou como qualquer outro dos grandes heróis da liberdade? A resposta é: nenhum. E porquê? Simples, porque os comunistas querem crescer sem a liberdade, sem a justiça, sem a religião e sem a filosofia verdadeira; sem estas, não existe crescimento, o que prova não somente a história, mas também a vida sociocultural dos países dominados pelo comunismo, onde, em nenhum destes houvera um desenvolvimento sociocultural significativo e produtivo.

O comunismo, como movimento de dominação mundial, tem tentado se infiltrar nos diversos países, a fim de derrotar o dólar como moeda comercial; mas o verdadeiro propósito não é derrotar uma moeda comercial, mas a partir do mote de “relações comerciais” com a China, destruir e desfigurar toda a cultura ocidental, a fim de facilitar a dominação e a implementação dos novos marxismos e do comunismo ao redor do mundo. É simples, onde chegam os líderes chineses, logo, as nações, e muitos dos líderes destas nações são enfeitiçados pelos grimórios do marxismo, e logo, passam a ser enganados e surrupiados intelectualmente pelos venenos mortíferos do comunismo. Eis a raiz da crítica do dólar, que nada mais é do que a crítica a toda a ordem e a todos os fundamentos da sociedade ocidental.

 

Resposta IV

Pergunta-se se o comunismo cometeu algum genocídio a história? A resposta: sim, o comunismo cometera genocídios, bem como influenciara todos os genocídios nos últimos 200 anos.

Os comunistas estão querendo afirmar que o cristianismo e o capitalismo foram responsáveis por milhões de mortes e das coisas ruins da humanidade; mas, o comunismo matou mais no século 20 do que todas as guerras religiosas medievais, tanto dos cristãos, quanto dos judeus e dos árabes, ou do que todos os excessos do capitalismo juntos, e mais do que todas as batalhas anteriormente catalogadas; e, mesmo diante destes fatos ainda querem defender o comunismo.

Aliás, tudo de ruim que aconteceu nos últimos duzentos anos foi por influência do comunismo; na verdade, tudo o que ruim aconteceu desde então provêm do comunismo. Além disso, os genocídios feitos pelos comunistas são piores e muito maiores do que o genocídio feito pelos nazistas.

Vejamos por fatos irrefutáveis: (OBS: muitos destes dados estão no Livro Negro do Comunismo).

- O genocídio armênio foi feito por um governo comunista que matou mais de 1 milhão de pessoas.

- A continuidade da primeira guerra, onde Lênin e Trotsky preparam e cultivaram a continuidade da grande guerra fornecendo dinheiro e armas para a Alemanha da época, e com isso, elaboravam o plano de uma guerra ainda maior; plano esse que seria levado adiante por Stálin com consequências nunca antes vistas.

- A preparação e o cultivo da segunda guerra, por Lênin e Trotsky inicialmente e estrategicamente por Stálin, em manipular o nazismo e Hitler a fim de que estes cometessem crimes horrendos e depois, o comunismo ficasse isento de erros após a grande catástrofe de uma guerra mundial. A preparação de uma guerra ainda maior e mais sanguinária que a Primeira Guerra, foi uma obra estratégica muito bem executada, e o comunismo manipulou tudo. Pois, fora o comunismo a mão invisível para manipular e levar o nazismo ao poder, ao mesmo tempo em que Stálin pretendia usar Hitler com um cão para morder a Europa, e depois, o próprio Stálin tirar Hitler de cena; o plano quase que totalmente deu certo; e nisto a Segunda Guerra matou mais de 50 milhões de pessoas; o estopim, a preparação e o cultivo da Segunda Guerra foi obra do comunismo. Portanto, a morte de 50 milhões de pessoas na Segunda Guerra é culpa do comunismo.

- O holodomor, que foi a fome causada por Stálin na Ucrânia nos anos de 1932 e 1933, matou cerca de 10 milhões de pessoas.

- As mortes causadas por Stálin, que no período que antecede e sucede a segunda guerra, matou mais de 20 milhões de pessoas, inclusive a própria família. E incluindo o período da guerra, acrescenta-se a morte de mais 20 milhões de pessoas; e mais os 10 milhões do Holodomor. Portanto, Stálin, no mínimo, matou mais de 50 milhões de pessoas; fora a culpa pelas mortes na Segunda Guerra, que foi preparada por Stálin; etc.

- O comunismo na Romênia matou mais cerca de 2 milhões de pessoas.

- O comunismo no Afeganistão matou mais de 1 milhão de pessoas.

- O comunismo no Camboja matou mais de 2 milhões de pessoas.

- O comunismo no Vietnã matou mais de 1 milhão de pessoas.

- O comunismo na China, com Mao Tsé-Tung, matou mais de 65 milhões de pessoas.

Tudo isso, e muito mais, são comprovados por fatos e registros históricos, em documentos e mais documentos, que dão apenas o indício da perversidade que o comunismo fizera ao longo do século 20. E ainda tem gente que defende o comunismo como se fosse algo benéfico. Apenas um pouco de inteligência e um pouco de conhecimento são suficientes para saber que tudo o que provêm do comunismo além de satanismo puro, embrutece e emburrece as pessoas, e principalmente cauterizam a inteligência e a consciência dos que apoiam o comunismo. Quem apoia o comunismo é digno de culpa tanto quanto quem cometera as atrocidades comunistas. Lembrando das sábias palavras de Winston Churchill: “A desvantagem do capitalismo é a desigual distribuição das riquezas; a vantagem do socialismo é a igual distribuição das misérias”. E que melhor maneira de demonstrar isso do que por estes fatos comprovados e irrefutáveis sobre a natureza sanguinária e genocida do comunismo.

 

Resposta V

Pergunta-se se o socialismo é uma mentira? A resposta: sim, o socialismo é uma mentira.

A perspectiva do socialismo, enquanto mentira reinante por parte dos comunistas, tem gerado confusões até mesmo entre os conservadores.

Mas a questão do socialismo, é que o mesmo é uma mentira, em todos os sentidos da palavra. Ou seja, tudo que os comunistas falam sobre o socialismo é uma mentira, o próprio socialismo é uma mentira, e a infiltração da mentira do socialismo no conservadorismo também tem feito com que os conservadores falem da mentira do socialismo.

1. O próprio socialismo é uma mentira. O socialismo, como todo mundo sabe, não funciona; por isso, que a escola filosófica e sociológica que ganhou este nome, o socialismo francês do séc. XIX, também é chamado de socialismo utópico; isto é, é uma utopia que não funciona; os próprios socialistas que assim se definiam no século XIX, e que seguiam esta doutrina, sabiam e confessaram que o mesmo não funcionava.

2. Tudo o que os comunistas falam sobre o socialismo é uma mentira. Os próprios comunistas não acreditam no socialismo; os antigos socialistas, do socialismo utópico, os representantes intelectuais do socialismo utópico no séc. XIX, escorraçavam os comunistas; os filósofos e pensadores que foram influenciados pelo socialismo francês do séc. XIX, demoliam as ideias de Marx e Engels. Isto só para se ter uma ideia da aversão que os socialistas utópicos tinham com o comunismo nascente, pois, percebiam já naquela época que o comunismo se utilizava do mote do socialismo para enganar as pessoas.

O exemplo mais clássico é da célebre e mortífera critica de Anton Menger a teoria econômica de Marx; Marx morrera sem poder responder, mas Engels se encarregou de uma resposta à crítica do jurista alemão, que foi tão pesada que o próprio Engels precisou de ajuda de Karl Kautsky para responder.

A crítica de Anton Menger, além de mortífera, também identificou o plágio de Marx das teorias de economistas socialistas ingleses da época. Ou seja, um socialista utópico, Anton Menger, conseguiu demolir os argumentos econômicos e sociais do comunismo, e conseguiu identificar os plágios de Marx dos economistas socialistas ingleses da escola ricardiana; e ainda hoje tem gente que acredita que os comunistas são socialistas.

3. A infiltração da mentira do socialismo no conservadorismo. O comunismo, em alguns casos, conseguiu emburrecer os conservadores, ao semear nestes para que falem da mentira do socialismo; e isto, através do uso que os conservadores fazem da palavra socialismo: chamam outros de socialistas; comunistas são comunistas, e não socialistas; e não adianta chamar comunistas de socialistas, é isso que os comunistas querem para que possam velar os verdadeiros propósitos do comunismo.

Isto se demonstra pelo fato de que, socialistas no sentido próprio do termo não existem mais desde o século XIX; ou seja, quem quer que se diga socialista desde então, mente descaradamente, ou quem quer que chame outro de socialista, também cai na mesma mentira; pois, não existem mais socialistas! Pois qual comunista vive categoricamente como um socialista? Nenhum; nenhum comunista vive como socialista; salvo a exceção do ex-presidente do Uruguai, Mujica, que é o único socialista em todo o mundo que vive realmente de acordo com a doutrina socialista.

Os comunistas criaram esta mentira em torno do socialismo para enfeitiçar as pessoas, de modo que, dizem-se socialistas, mas não o são, ao passo que ao enfeitiçarem as pessoas para implantarem a ditadura comunista com o pretexto dos feitiços do socialismo, e como o socialismo não funciona, logo, o motivo é clarividente: implantar a ditadura comunista, para que o povo sofra e seja colocado como gado e os chefes do comunismo enriqueçam.

 

Resposta VI

Pergunta-se o que é o socialismo?

Esta pergunta, novamente se coloca, depois, de tantas pessoas públicas afirmarem serem socialistas; o que em si mesmo, é uma grande mentira. E a esta pergunta uma série de respostas são necessárias; vejamos uma delas.

Uma resposta significativa é a de Sir Winston Churchill, primeiro-ministro britânico na época da Segunda Guerra e maior prosador de língua inglesa, que assevera: “o socialismo é a filosofia do fracasso, a crença na ignorância, a pregação da inveja”.

1. O socialismo é a filosofia do fracasso. O socialismo é sinônimo de fracasso; mas não daquele fracasso onde alguém empreende algo e por algum motivo não se dá certo; o socialismo é a filosofia do fracasso, pois, antes mesmo ser posto em pratica, o socialismo antevê o fracasso; as nações onde o socialismo, por meio do comunismo tentou ser implantado, são nações que fracassaram e ficaram na miséria. Portanto, é correto e deveras certeiro afirmar tal como Churchill que o socialismo é a filosofia do fracasso.

2. O socialismo é a crença na ignorância. O socialismo é a crença na ignorância; o socialismo, enquanto pressuposto sócio-filosófico, é ignorância, porque procura substituir a razão pela socialização; evidentemente que a socialização é importante para o ser humano; mas não a socialização em detrimento da razão; onde ocorre a socialização em detrimento da razão, cria-se um “experimento” social de emburrecimento; o que, o marxismo cultivara de maneira ainda mais aguda que o socialismo utópico. Portanto, é correto e deveras certeiro afirmar tal como Churchill, que o socialismo é a crença na ignorância, pois, se algo é provado anti-razão, como socialismo o é, e como o comunismo o é ainda mais, e mesmo assim, ainda tem pessoas que proclamam o socialismo e o comunismo, então, o socialismo bem como o comunismo transformam-se numa crença, e numa crença na ignorância.

3. O socialismo é a pregação da inveja. O socialismo é a pregação da inveja; o socialismo não procura melhorar a vida, ou criar uma sociedade mais justa, tal como afirmavam os socialistas utópicos do séc. XIX; mas o socialismo é a pregação da inveja, daqueles que, movidos pelo ódio a Deus e ao ser humano, querem surrupiar a ordem social e os salutares desenvolvimentos da civilização ocidental. O comunismo ao acoplar a inveja proveniente do socialismo, tornara-se esta inveja em ódio mortal contra Deus e contra o próximo, ao ponto de Marx afirmar ser como um deus; e não é para menos, que todos aqueles que apoiam o comunismo tornaram-se cultores do ódio e do rancor contra os pilares da sociedade ocidental. Portanto, é correto e deveras certeiro afirmar tal como Churchill, que o socialismo é a pregação da inveja; pois, tudo aquilo que provêm do socialismo é inveja, e depois, no comunismo, é inveja em grau máximo, tornando-se em ódio rancoroso e doentio.

 

Resposta VII

Pergunta-se se a linguagem neutra é elemento de manipulação psicológica? A resposta: sim, a linguagem neutra é elemento de manipulação psicológica.

Muda-se a linguagem, contamina-se o intelecto; perverte-se a linguagem, transtorna-se a alma; esse é o pressuposto psicológico por detrás da doutrinação da “linguagem neutra”.

A linguagem é expressão do estado de alma de uma sociedade; se a linguagem está destruída, a alma da sociedade está adoecida; se a linguagem está sóbria, a alma da sociedade está saudável.

A ideia de uma “linguagem neutra” é a perversão da estrutura da realidade que se manifesta aos seres humanos, e que os mesmos expressam através da linguagem; pois, quando um ser humano vê algo logo ele pensa no que aquele algo significa. A linguagem é a forma de expressar este algo que ele vê; e na expressão deste algo, expressa-se o que este algo significa na realidade, por conceitos, imagens e signos. Já Aristóteles dissera que existe um fragmento de gramática na alma. Portanto, na alma está o pressuposto gramatical, da linguagem que se expressa enquanto explicação da realidade; por isso, a “linguagem neutra” é a perversão da linguagem natural, presente intrinsecamente em todos os seres humanos.

E como o comunismo é a fonte da doutrinação da “linguagem neutra” o mesmo corrompe a natureza; pois, se a linguagem existe de maneira natural e intrínseca à natureza humana, logo, qualquer tentativa de surrupiar e destruir a linguagem é a tentativa de destruição da natureza humana.

Por isso, o comunismo quer mudar a linguagem, para destruir a natureza tal como criada por Deus - se algo não é definido tal como é, logo, passará a ser definido como alguém quer. Deste modo, se não se expressam mais as coisas tal como elas são, cria-se uma espécie de “matriz” onde o comunismo faz uma castificação social e cultural, a qual a partir da subversão dos valores e dos costumes, tenta criar uma nova realidade sob o domínio total do comunismo; esse é o verdadeiro propósito da “linguagem neutra”, assim como das outras propostas subversivas do comunismo.

Por isso, a “linguagem neutra” é a destruição da linguagem, mas não somente da linguagem, é também a destruição da percepção sensorial que está presente naturalmente nos seres humanos, e que os possibilita conhecer a realidade e se aperceber da mesma através dos sentidos e dos conhecimentos possuintes na alma, os quais, tendo sido experienciados, são expressos pela linguagem; e, se a linguagem não se expressa de tal forma, ou se fora destruída para expressar através de signos não-existentes aquilo que de fato existe, então, a esquizofrenização intelectual e cultural fora instaurada.

Um exemplo: isso se comprova pelo que estão tentando fazer, a saber, colocar o termo “todes” (signo não-existente) para expressar algo existente e apoditicamente definido; o “todes” jamais poderá expressar um algo existente, pois é um signo não-existente, e do mesmo modo como vida somente provêm de vida (lei da biogênese), então, algo que existe só pode ser expresso por um significado e um signo existente, e não por um signo não-existente; pois, todo signo não-existente corrompe o significado verdadeiro das coisas. Este é apenas um exemplo, mas em toda a estrutura do que estão tentando implementar por “linguagem neutra”, esta esquizofrenização da linguagem está manifesta, ou de um modo ou de outro. E tal perversão da linguagem, ocasiona confusão na alma das pessoas: confusão na linguagem é, após certo tempo, convulsão na alma e obnubilação da intelecção.

 

Resposta VIII

Pergunta-se: se o comunismo apodrece a alma de uma nação? A resposta: sim, o comunismo apodrece a alma de uma nação.

O comunismo é um estrume jogado no jardim da sociedade; tal como dissera Sir Winston Churchill: “O comunismo apodrece a alma de uma nação”; apodrece porque o comunismo é orgulho deificado em ideologia política; e o orgulho, a soberba, precede a ruína tal como diz a Escritura (cf. Pv 16.18).

E é de se estranhar que os comunistas queiram fazer algo de “bom”; até o que supostamente os comunistas querem fazer de “bom”, se torna em ruína e apodrecimento; o livro do Eclesiástico diz: “Para quem será bom aquele que é mau para si mesmo?” (Eclo. 14.5); portanto, se os comunistas ao serem comunistas não fazem nem sequer bem para si, como farão bem a outra pessoa. Os comunistas, por natureza, fazem mal para si e para os outros; principalmente, mal para os outros.

E isto, porque sendo o comunismo doutrina satânica e filosofia grimórica, tudo o que advêm do comunismo é destruição e miséria. Além do que, o comunismo apodrece a alma da sociedade, porque o comunismo quer destruir a família, o comunismo quer destruir a Igreja, o comunismo quer destruir a criação. E quem quer destruir a família, destruir a Igreja e destruir a criação está entranhado até o âmago da alma na doutrina de Satanás.

Logo, a afirmação de Churchill, feita nos estertores da Segunda Guerra é uma comprovação plena do que o comunismo é, a saber: doenças sociais e culturais; bem como do que o comunismo produz, a saber: apodrecimento na alma de uma sociedade.

 

Resposta IX

Pergunta-se: se a liberdade é um traço distintivo do cristão? A resposta: sim, a liberdade é um traço distintivo do que é ser cristão. 

Um traço distintivo do que é ser cristão é o respeito pela liberdade; liberdade nas coisas concernentes a vida humana, nas coisas concernentes a vida humana como um todo; ser cristão também é valorar a liberdade plena.

Pois, um falso cristão tentará ferir a liberdade de outrem; e inferir na liberdade de outrem é sinal evidente de apostasia; um cristão verdadeiro não infere a liberdade de outra pessoa, mas um cristão que apostatou da fé infere a liberdade de outra pessoa.

Por isso, os cristãos, tal como tem de orar e ler a bíblia diariamente, também tem de velar pela existência indivisível e inviolável da liberdade; não somente para si, mas para todos os seres humanos; a mais bela virtude da vida em sociedade é a liberdade; pois, sem a liberdade, a vida em sociedade é desfigurada.

Com isso, se estabelece que a liberdade é pressuposto singular da vida humana; tal como diz Leão XIII, a liberdade é um apanágio exclusivo dos seres dotados de inteligência[1]. E um dos caracteres principais da dignidade do ser humano é a liberdade; pois, esta, como exclusivo apanágio dos seres humanos dotados de razão e inteligência, demonstra a dignidade do ser humano bem como demonstra que o ser humano é o único animal racional, e por isso, é o mordomo da criação. 

Deste modo, é de fundamental importância que todo aquele que se diz cristão compreenda que sob hipótese nenhuma se deve inferir a liberdade do outro; mesmo em casos onde se há a acusação de um pecado grave; pois, se alguém se arrola o direito de inferir a liberdade de outra pessoa por suposto pecado, então, esta pessoa que infere a liberdade de outra pessoa, mesmo que seja de uma pessoa com pecado grave, se torna em estado de pecado pior do que o pecador que teve a liberdade inferida.

Assim, que a liberdade seja também um vocábulo pelo qual os cristãos também são conhecidos; não a libertinagem ou coisa similar; mas a liberdade plena e total naquilo que Melanchthon chama de “liberdade para viver exteriormente”, a qual, sendo expressão da imagem de Deus nos seres humanos, é imprescindível para a vida humana.

 

Resposta X

Pergunta-se: se os comunistas sabem o que é fascismo? A resposta: não, os comunistas não sabem o que é fascismo.

Os comunistas novamente tem chamado o grupo conservador (a direita) de fascistas; e é de se assustar como que políticos, e até mesmo estudiosos, padres, bispos, pastores, falem de fascismo sem saberem o que significa.

O fascismo foi uma doutrina e ideologia sócio-filosófica que surgiu em meados dos anos 1910 na Itália, como fruto do pensamento comunista circundante, que procurava meios de ação para a implementação da ditadura comunista só que de maneira diferente das tentativas até então falhas do comunismo russo de implementar uma ditadura; destes meios de ações diversos, surgiu o fascismo, que basicamente é a mesma coisa que o comunismo, pois até hoje os comunistas se utilizam das ideias fascistas; e após o estabelecimento da Revolução Russa, o fascismo foi constantemente apoiado por Lênin e Trotsky; na verdade, o fascismo, assim como o nazismo, só ganhou força, incentivo, apoio intelectual e financeiro, pela ação dos comunistas. Por exemplo, Mussolini só subiu ao poder em 1922 pelo apoio e ajuda dos comunistas.

E, quando Stálin mapeou a situação da Europa nos anos iniciais em que assumiu o poder na U. R. S. S., para dar continuidade ao plano de Lênin de uma Guerra Mundial ainda mais terrível e sanguinária que a Primeira Guerra, Stálin preparou uma série de mentiras a serem divulgadas pela propaganda comunista para utilizar-se tanto do fascismo quanto do nazismo para velarem o verdadeiro propósito do comunismo, a saber, dominar toda a Europa.

Para isso, Stálin mandou que mentissem sobre o fascismo, fazendo com que os comunistas acusassem de fascista quem quer que fosse de direita ou contra o comunismo; vejam bem esta mentira fora cunhada por Stálin em meados dos anos de 1930, e permanece quase que intocada até os dias atuais; os comunistas chamam os conservadores de fascistas e todo mundo acredita. O mesmo acontecera com o nazismo, que Stálin usara para poder esconder as atrocidades ainda maiores que cometera sob a sombra do Holocausto feito pelos nazistas.

Mas em se tratando do fascismo os comunistas desde então tem acusado todos aqueles que criticam e se opõem ao comunismo de fascistas; mas comunismo e fascismo são de esquerda, ao contrário do que quase todos acham; pois o comunismo é luta da classe operária (proletariado) contra classe burguesa (burguesia), enquanto que o fascismo é luta de nações operárias contra nações burguesas; a diferença básica entre comunismo e fascismo é essa, a qual é estabelecida a partir dos escritos dos fundadores do fascismo e das manipulações feitas por Stálin, e seguida pela Internacional Comunista desde então como base de ação e de propaganda comunista para caluniar os conservadores; qualquer comunista que chama outro de fascista, esta tentando manipular e esconder os verdadeiros propósitos do comunismo. E veja-se bem como que os comunistas são mestres da mentira, pois uma mentira contada e propagada a quase 100 anos atrás, permanece até os dias atuais, enganando muitas pessoas desavisadas. E que todos saibam, fascismo não é de direita, fascismo é de esquerda; o que se comprova de maneira indubitável nos escritos dos pensadores fundadores da ideologia fascista.


Resposta XI 

Pergunta-se: se há atividade maligna na não-liberdade? A resposta: sim, há atividade maligna na não-liberdade. 

A Bíblia Sagrada afirma reiteradas vezes sobre a obra maligna, e um dos textos bíblicos mais pungentes sobre a obra maligna é o texto petrino: “o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1Pe 5.8).

E este texto demonstra a atividade maligna em perseguir, do Diabo andar em derredor para destruir, para tragar as vidas humanas; evidentemente, o destruir não é somente com a morte direta e virulenta; na verdade, para compreender bem o que quer dizer este texto sagrado, é necessário fazer uma interpretação correta do termo.

O termo para designar o “andar em derredor” é περιπατεῖ (peripatei); e este termo também se encontra Aristófanes, em Platão, em Xenofonte e em outros escritores antigos; e entender este termo nos escritores antigos, é a forma mais eficaz de se entender o porquê o apóstolo Pedro emprega este termo inspirado pelo Espírito Santo para explicar a obra maligna.

Vejamos apenas um exemplo; Aristófanes utiliza este termo para falar sobre as obras e as ações das mulheres más, que andam em derredor procurando devorar e retirar a liberdade de outra pessoa (cf. Lisístrata, 709); evidentemente, o contexto de Aristófanes no “Lisístrata" é um e do apóstolo Pedro é outro[2]; mas a significação do termo já em Aristófanes demonstra qual é o significado do peripatei, já que o “andar em derredor” para designar a obra maligna é imbuído de muitos aspectos; mas um destes aspectos na interpretação do περιπατεῖ (peripatei, andar em derredor), é sobre o Diabo agir para retirar a liberdade dos seres humanos. 

Logo, qualquer forma de não-liberdade, ou qualquer tentativa de se retirar a liberdade de outra pessoa, é sinal evidente de obra maligna; qualquer tentativa de se inferir a liberdade de outra pessoa é sinal de obra diabólica, seja proveniente de “regulamentação”, “censura”, ou outros tipos de perseguição pessoal e privação de liberdade (cf. Art. 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos). E este é apenas um dos aspectos circunscritos na teologia petrina sobre a obra maligna. Portanto, é axioma bíblico da teologia petrina, onde há não-liberdade há obra maligna, há o Diabo agindo totalmente nos agentes da não-liberdade.

 

Resposta XII

Pergunta-se: se o socialismo instiga nos mais pobres o ódio? A resposta: sim, o socialismo instiga nos mais pobres o ódio.

O socialismo que promete riquezas, traz miséria; o socialismo que proclama a sociedade ideal, ocasiona a destruição da própria sociedade; o socialismo que diz amar os mais pobres, despreza e trabalha contra os pobres; o socialismo que diz promover o bem dos pobres, instiga o ódio nos pobres para os destruir.

Leão XIII, sábio papa do passado, dissera com imorredouras palavras: “Os socialistas..., instigam nos pobres o ódio[3]. Os socialistas, instigam o ódio nos pobres para que estes sejam facilmente manipulados e se tornem contra aqueles que realmente os ajuda; e o ódio instigado pelos socialistas nos pobres obnubila a inteligência dos pobres para os enganos do próprio socialismo.

Deste modo, ao enganar os mais pobres dizendo-se favoráveis a eles, os socialistas acusam os “ricos” de coisas inimagináveis, e manipulam o povo dizendo “neste não se vota porque é rico”, “naquele não se volta porque só governa para os ricos”, ou coisas similares; mas, os socialistas enganam o povo mais pobre com estas assertivas para poder coibir o verdadeiro crescimento dos mais pobres a partir daqueles que realmente buscam crescimento e desenvolvimento para todos; é a velha mentira do socialismo, deixar os pobres mais pobres enquanto os ricos ficam menos ricos, ou deixar os ricos menos ricos para com isso deixar os pobres mais pobres; é uma verdade peremptória, os socialistas, os comunistas odeiam os mais pobres e trabalham para destruí-los.

Os socialistas, os comunistas, em toda a história, foram os que mais fizeram maldades e crueldades para com as pessoas mais pobres; mas, aqueles que buscam conservar os valores e princípios da sociedade, sempre foram os que mais bem fizeram àqueles que eram mais pobres (e alguns casos, também fizeram mal!); e neste interim, a Igreja, como Mãe da Caridade, sempre foi a que mais buscou melhorias e proclamou a justiça social; não foram os socialistas ou os comunistas que criaram a doutrina da justiça social, foi a Igreja; na Igreja Católica com Leão XIII, o pai da doutrina social católica; e no protestantismo, ainda que de forma embrionária, com a atividade de Abraham Kuyper como cientista político e como político, formando uma consciência cristã de justiça social na contextura da teologia calvinista holandesa. 

 

Resposta XIII

O que é nazismo?

Depois das imbecilidades afirmadas por alguns comunistas, e das desinformações propagadas por alguns políticos e pessoas públicas sobre o nazismo, entre os quais, inclusive alguns políticos de direita, é necessário reafirmar os fatos simples sobre o nazismo; não se vai nem adentrar em profundidade a respeito do que significa o nazismo, mas apenas clarificá-lo a partir de fatos conhecidos e de obviedades conhecidas por aqueles que pelo menos sabem realmente algo a respeito do assunto.

1- O financiamento para a formação do partido nazista veio dos comunistas (é um fato que basta ler os textos de Lênin, Trotsky, Stálin e outros comunistas da época, na Rússia e na Alemanha, que se verificará este fato); o comunismo investiu muito dinheiro no partido NAZIS, até que este subisse ao poder, e então, foi grandemente apoiado por Stálin, sendo Stálin e o comunismo considerado o modelo para o partido nazista e para Hitler.

O nazismo foi apenas uma outra forma de aplicar o comunismo na Alemanha, devido as confusões geradas pelos bolcheviques que tornaram o comunismo pouco aceito na Alemanha (bem como na Itália da época); o bolchevismo, termo para designar o comunismo liderado por Lênin, não era bem aceito nem mesmo por Stálin, e era odiado por Hitler e pelos nazistas.

O nazismo foi uma forma de comunismo, só que acoplada com um nacionalismo doentio. Assim como o leninismo, o stalinismo, o maoísmo, o gramscismo, o castrismo, o chavismo, o lulismo, etc., são formas do comunismo com suas peculiaridades específicas no todo da doutrina comunista; mas nazismo e estas outras doutrinas são de esquerda; isso é uma obviedade. 

2- Hitler nunca foi de direita; aliás, o grande objetivo de Hitler sempre foi copiar Stálin; isso todos os grandes biógrafos autorizados de Hitler afirmam categoricamente; se estes lessem apenas a biografia de Hitler escrita por Iam Kershaw saberiam disso. Como o próprio Kershaw afirma: “Hitler foi a cópia, Stálin era o original”. 

3- O nazismo foi uma forma virulenta de socialismo; nunca existiu ninguém de direita que fosse socialista (o que por si é óbvio); só isso já é suficiente para demonstrar que o nazismo foi de esquerda. O lema do nazismo era implementar o “nacional-socialismo” (aliás, este é o próprio nome do partido nazista), isto é, um nacionalismo socialista.  A única diferença do nazismo para o comunismo da época é o nacionalismo doentio que era comum na Alemanha antes da Segunda Guerra; mas o propósito do nazismo sempre foi o mesmo do comunismo; na verdade, o nazismo é uma cópia do comunismo; o nazismo é filho direto do comunismo. Tudo aquilo que Stálin fizera de crueldade, foi copiado pelos nazistas.

4- O holocausto que Hitler e o partido nazista promoveram, na verdade foi uma cópia do Holodomor causado por Stálin na Ucrânia na década de 1930; o pressuposto central do holocausto provêm da atitude do comunismo que já tinham feito outras formas de genocídio em massa, como o genocídio Armênio, o próprio Holodomor, etc.

5- Um dos propósitos de Hitler ao iniciar uma Guerra Mundial, foi conquistar nações para o Terceiro Reich; mas Hitler tinha uma preocupação em não conseguir vencer a Guerra; por isso, certa feita Hitler houvera dito que se houvesse uma Guerra que ele não pudesse vencer, Stálin venceria; por isso, o ato inicial de Guerra de Hitler, o genocídio em massa, foi sempre apoiado pelos comunistas; na verdade, a Segunda Guerra foi preparada e estabelecida pelos comunistas. O nazismo foi apenas o instrumento do comunismo para tal Guerra, para que pudessem conquistar toda a Europa, e como realmente ocorreu após a Segunda Guerra com Stálin dominando metade da Europa.

6- Todo o plano de guerra de Hitler foi apoiado e incentivado por Stálin; na verdade, grande parte dos tratados iniciais assinados por Hitler e por Stálin entregavam metade dos territórios conquistados por Hitler para a Stálin (foi Hitler quem ajudou a armar a U. R. S. S., pois, antes fora a U. R. S. S. quem fornecera o financiamento para Hitler remilitarizar a Alemanha); e como a Internacional Comunista da época era comandada por Stálin, logo, todo o comunismo da época era formativo na mesma intenção de Stálin: fornecer a Hitler o que ele precisava para levar a cabo as loucuras do nazismo, que eram obviamente, provenientes das loucuras do comunismo.

Estes são apenas alguns aspectos, entre as dezenas e dezenas de obviedades sobre o fato de que o nazismo é de esquerda; portanto, nem se precisa adentrar nos textos esquecidos do partido nazista e nem nos relatos desconhecidos das testemunhas oculares que viram o surgimento, desenvolvimento e queda do nazismo para se chegar a esta compreensão. Todos aqueles que vivenciaram o período do nazismo, sejam militares ou políticos, e que depois escreveram sobre, sabem de uma coisa: o nazismo é de esquerda. Como fora dito, basta ler a biografia autorizada de Hitler por Ian Kershaw para compreender este fato.

 

Resposta XIV

Pergunta-se: se os comunistas violam a liberdade? A resposta: sim, os comunistas violam a liberdade. 

Os comunistas, que tanto dizem “defender” os direitos humanos, inferem descaradamente a liberdade; os comunistas, colocam pessoas para desrespeitar a liberdade e inferir contra a dignidade dos direitos humanos indistintos a todos os seres humanos. A própria Constituição afirma categoricamente: “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas” (Art. 5, inciso XII); além do que, o art. 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma: “Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a proteção da lei”.

Portanto, qualquer forma de violação de privacidade, seja até mesmo do sigilo de correspondência, de uma simples carta, é proibido e vetado pela Constituição e pela Declaração dos Direitos Humanos; logo, se alguém tem sua privacidade violada, seja em seu domicilio (cf. Constituição Federal, art. 5, inciso XI), seja em sua correspondência, é crime contra a Constituição, crime contra a liberdade e crime contra os direitos humanos; se alguém sofre este tipo de atentado contra a liberdade e contra a privacidade, procure a justiça, ou vão até os Tribunais Internacionais, porque entre os crimes mais graves contra os direitos humanos e contra a liberdade, está o desrespeito e a violação da privacidade, que vai desde a violação de correspondência, até a violação de propriedade privada, e outras formas de não-liberdade. 

Antigamente, a pena para a violação dos Direitos Humanos, a violação da privacidade, era a prisão perpétua ou em casos mais graves, a instituição da pena capital.

E hoje em dia, será que o que acontecerá contra estas pessoas que violam a privacidade e a liberdade? Provavelmente, no país da impunidade, nada acontecerá; mas, diante da violação da liberdade, a justiça de Deus não falha.

Aqueles que inferem a liberdade, que violam privacidade, estão sob o justo juízo de Deus, pois a violação da privacidade despreza e vitupera a Lei Moral de Deus (os dez mandamentos) e infere contra a dádiva máxima de Deus para o desenvolvimento da vida humana, a liberdade; por isso, aqueles que violam a privacidade e inferem contra a liberdade, estão sob o justo juízo de Deus; e como diz a Escritura, “horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31).



[1] cf. Leão XIII, Libertas Praestantissimum, n. 1.

[2] Existem inúmeras outras aplicações e referenciações a este respeito, que serão analisadas de maneira mais detalhada em outro escrito.

[3] Leão XIII, Rerum Novarum, n. 3.


20/07/2023

Sob a Proteção de Deus*

1. Exmos. Srs. do Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo, escrevo-lhes, porque por esses dias, mais precisamente a dois dias atrás, um fato foi divulgado por um canal de notícias, que demonstrara que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo proibiu a leitura bíblica e a utilização da expressão “sob a proteção de Deus” nas atividades legislativas de uma cidade do interior paulista.

2. Conquanto seja apenas em relação a uma cidade, tal atitude muito me preocupou; principalmente porque, como teólogo protestante, e como estudioso da filosofia e da ciência jurídica, tenho por certo que não há, em toda a história da razão pensante algo mais democrático e que abalizasse mais a vivência em democracia do que a Bíblia Sagrada, uma das bases da sociedade ocidental ao lado dos livros de Platão, de Aristóteles, e das obras dos autorizados mestres do Direito Romano. Que seria da sociedade e da cultura ocidental sem a filosofia grega, a teologia cristã e o direito romano.

3. A civilização, a civilidade, a jurisprudência, o saber, a ciência, os salutíferos desenvolvimentos que a sociedade ocidental vivenciou e experimentou nestes dois milênios, foram graças ao diálogo entre as três bases da sociedade. Com o saber haurido dos grandes filósofos gregos, com a ética e a doutrina haurida da religião cristã, e com a praticidade dos jurisconsultos romanos, a sociedade ocidental fora construída e edificada.

4. Deste modo, ao se coibir e proibir a leitura bíblica nas atividades legislativas, não somente se atenta contra os fundamentos da sociedade, mas se atenta contra a própria história da Democracia; quem foram aqueles que mais lutaram pelos direitos humanos, e pela democracia livre e estabelecida, senão os cristãos? Isso se prova pela história: a inigualável Declaração da Independência dos EUA, fora escrita por Thomas Jefferson, estadista cristão, totalmente embasado na ética judaico-cristã; a defesa da liberdade, da liberdade religiosa e da justiça contra Hitler e contra o nazismo fora feita por Karl Barth, lendário teólogo suíço; a defesa da liberdade e da dignidade humana diante das discriminações raciais fora feita por Martin Luther King Jr., pastor batista; etc.

5. A Bíblia Sagrada, é o pilar primeiro da democracia; e não somente por isso a Sagrada Escritura é digna de louvor; Leão XIII afirmara: “Entre as razões pelas quais a Sagrada Escritura é tão digna de louvor - além de sua própria excelência e da homenagem que devemos à Palavra de Deus - a principal de todas é, os inúmeros benefícios de que é a fonte[1]. Da Sagrada Escritura que provêm inúmeros benefícios, um dos quais, indistinto para todos os homens, em todos os tempos, a saber, a democracia, a vida em liberdade, o dom maior que Deus outorgara aos homens para a vida em sociedade.

6. A Sagrada Escritura, não somente é a fonte de inúmeros benefícios, mas também é prova do amor paterno de Deus para com o gênero humano; Pio XII asseverara: “Inspirados pelo Espírito Divino, escreveram os sagrados autores aqueles livros que Deus, no seu paterno amor para com o gênero humano, se dignou dar-nos[2]. O Deus Todo-Poderoso, em seu insigne amor, dignou-se a dar aos homens a Sagrada Escritura, e isso, com o singular propósito de que todas as gentes fossem educadas. O Apóstolo afirma: “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (2Tm 3.16); estes são os singulares benefícios dos quais a Sagrada Escritura é a fonte.

7. A Sagrada Escritura é proveitosa para ensinar; é a Bíblia o livro fonte para os maiores educadores da história; que foram Alcuíno de York, Alberto Magno e Jan Comenius, senão pedagogos que ensinavam a partir dos ensinos das Escrituras; por isso, a Sagrada Escritura é proveitosa para ensinar, principalmente para ensinar a como viver. A Sagrada Escritura é proveitosa para redarguir; é a Bíblia o livro moral por excelência; todos os preceitos da Sagrada Escritura servem para redarguir, para argumentar contra os sofismas existenciais que tomam conta do espírito de época. A Sagrada Escritura é proveitosa para corrigir; é a Bíblia o livro que corrige a conduta e a ação humana, para que estas sejam orientadas no caminho das virtudes, tanto das virtudes cardeais quanto das virtudes teologais; a Sagrada Escritura corrige dos descaminhos do erro e das veredas da injustiça. A Sagrada Escritura é proveitosa para instruir em justiça; é a Bíblia o livro da sabedoria da educação na justiça; da prática e da vivência na justiça; pois, a Bíblia é o livro que fala do Deus justo e que chama os homens a viverem em retidão e justiça perante Ele e diante dos homens.

8. Deste modo, a leitura bíblica, a leitura da Sagrada Escritura, principalmente em relação as atividades legislativas contribui muito para o ensino e para a instrução na justiça; além do que, a leitura da Sagrada Escritura, honra e dignifica a constitucionalidade do Estado brasileiro, pois, a leitura da Sagrada Escritura, educa, ensina, instrui e ensina os virtuosos caminhos da justiça, a mãe das virtudes comuns; por isso, revolve-se a mente as singulares palavras de Agostinho: “Possa eu inebriar-me de ti e contemplar as maravilhas de tua lei, desde o princípio, em que criaste o céu e a terra, até o reino eterno contigo na tua cidade santa[3].

9. E esta expressão de Agostinho, confirma a eticidade das Sagradas Escrituras, já que a prece “que eu possa contemplar as maravilhas de tua lei”, é para que possa viver dignamente; a contemplação da Lei de Deus, conduz as almas dos cristãos para a vivência até a Cidade Santa, e no intermeio para a que a Cidade de Deus influencie a Cidade dos Homens; e por isso, a Sagrada Escritura, confirma sua existência singularíssima diante do desenvolvimento da cultura e da vida em sociedade; as inesquecíveis palavras de Ulysses S. Grant, revolvem-se novamente a mente como um precioso conselho: “Agarre-se à Bíblia como a âncora de suas liberdades; escreva seus preceitos em seu coração e pratique-os em suas vidas. Somos gratos por todo o progresso feito na verdadeira civilização devido a influência deste livro, e para este livro devemos olhar como nosso guia no futuro[4]. O verdadeiro progresso, o verdadeiro humanismo, tem sua face esculpida sob os preceitos da Lei de Deus; por isso, é a Bíblia o guia mais seguro para o futuro das gentes, como já bem dissera Machado de Assis na poesia “”:

No turvo mar da vida,

Onde aos parcéis do crime a alma naufraga,

A derradeira bússola nos seja,

Senhor, tua palavra[5].

10. Ah! O princípio machadiano da fé, onde o joalheiro do verso talha em imorredouras palavras que a verdadeira bússola no turvo mar da vida é a Bíblia, a palavra do Senhor; não somente é uma poesia, é uma prece; uma prece machadiana, certamente, um dos sustentáculos da magnífica obra de Machado, e também uma das pedras fundamentais de toda a obra de Machado que o consagraram como o maior nome da literatura brasileira; este que, nas palavras de Rui Barbosa, é sem rival no aticismo e na singeleza no conceber e no dizer, ele mesmo concebera que a bússola seja a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.

11. Deste modo, nada mais importante para a ciência jurídica do que a sabedoria imorredoura da Sagrada Escritura; não que o direito se tornará direito religioso, pois não há nada mais contra o cristianismo do que qualquer forma de direito religioso; os primeiros teólogos cristãos ajudaram a abalizar a existência do direito na sociedade, apelando para a reta razão, tal como afirmara Bento XVI: “Ao contrário doutras grandes religiões, o cristianismo nunca impôs ao Estado e à sociedade um direito revelado, nunca impôs um ordenamento jurídico derivado duma revelação. Mas apelou para a natureza e a razão como verdadeiras fontes do direito; apelou para a harmonia entre razão objetiva e subjetiva, mas uma harmonia que pressupõe serem as duas esferas fundadas na Razão criadora de Deus[6]. A existência da ciência jurídica fora dignificada por aqueles que se dedicavam totalmente à Palavra de Deus, como se demonstra nos primeiros dois séculos da era cristã.

12. Mas a importância da Sagrada Escritura para a vida comum de um Estado Democrático de Direito, não somente é demonstrada pelos escritos dos teólogos do passado, mas também fora demonstrada por grandes estadistas; por exemplo, John Quincy Adams, o 6° presidente dos EUA, confessara: “... tão grande é minha veneração pela Bíblia, e tão forte minha crença de que, quando devidamente lida e meditada, é de todos os livros do mundo o que mais contribui para tornar os homens bons, sábios e felizes, que quanto mais cedo meus filhos começarem a lê-la, e quanto mais firmemente praticarem sua leitura ao longo de suas vidas, mais vivas e confiantes serão minhas esperanças de que eles serão cidadãos úteis para seu país, membros respeitáveis da sociedade e uma verdadeira bênção para seus pais[7]. Que bela expressão do John Quincy Adams, pois, evocara, por sua própria experiência, que a leitura da Bíblia, produz cidadãos uteis para seu país, membros respeitáveis da sociedade e se tornam uma verdadeira benção para seu país.

13. O salmista afirmara: “Bem-aventurado é o povo cujo Deus é o SENHOR!” (Sl 144.15); mas feliz também é a nação cuja Bíblia é lida e praticada; por isso, os comunistas tanto querem destruir e retirar a Bíblia de cena; sem a Bíblia, não há retidão moral na alma da sociedade; sem a religião, não há o freio moral para a violência do pecado no coração humano; portanto, qualquer forma de inferência contra a Bíblia, seja na cultura, seja na política, seja na magistratura, sempre é sinal de comunismo latente e patente no seio das instituições públicas e no Estado. Leão XIII já alertara que o socialismo vicia as funções do Estado[8]; e como ninguém menos que o pai da justiça social e dos direitos dos trabalhadores, aquele que pela sua doutrina influenciou a existência jurídica do Estado brasileiro, constatara algo desta natureza sobre o socialismo; a CLT, em sua existência jurídica, é fruto da doutrina social de Leão XIII; portanto, se Leão XIII, afirmara algo desta natureza, de que o socialismo vicia as funções do Estado, é algo para ser observado por todas as pessoas de bem. E sem a Bíblia, sem a leitura da Bíblia, a própria dignidade da CLT, da Constituição, do ordenamento jurídico do Estado brasileiro perde sua beleza e efusiva concretude diante da sociedade e da própria consciência de dever que deve guiar os magistrados.

14. O testemunho de John Adams, o 2° presidente dos EUA, certamente também se revolve a memória como um dos mais precisos testemunhos sobre a importância da Bíblia e da leitura da Sagrada Escritura: “Eu examinei tudo, assim como minha esfera estreita, meus meios limitados e minha vida ocupada me permitiam; e o resultado é que a Bíblia é o melhor livro do mundo[9]. O melhor livro do mundo! Que declaração, de um dos pais fundadores da maior democracia do mundo; portanto, quanto mais leitura bíblica, quanto mais incentivo da Bíblia entre o povo e nas entranhas do Estado brasileiro, mais democracia, mais liberdade, mais desenvolvimento o país há de ter; a democracia só é fortalecida sob os ditames básicos da Bíblia, o melhor livro do mundo.

15. Nisto também se relembra as singulares e incomparáveis palavras de Abraham Lincoln, 16° presidente dos EUA, ao asseverar que, “em relação a este Grande Livro, só tenho a dizer que é o melhor presente que Deus deu ao homem. Todo o bem que o Salvador deu ao mundo foi comunicado por meio desse livro. Se não fosse por ela, não poderíamos distinguir o certo do errado. Todas as coisas mais desejáveis para o bem-estar do homem, aqui e no além, podem ser encontradas retratadas nele[10]. O melhor presente que Deus deu ao homem! Definição singular que açambarca todo o múnus da importância da Bíblia para a vida humana.

16. Mas não somente fora proibida a leitura bíblica, como também fora vetado o uso da expressão “sob a proteção de Deus”; a Bíblia é o melhor livro do mundo, e prece “sob a proteção de Deus” é a base da Constituição. A proibição de se utilizar nas atividades legislativas esta expressão, é um atentado contra a própria Constituição; pois, uma proibição que informe ser um Ato Direito de Inconstitucionalidade, é algo que tem de estar desveladamente e comprovadamente contrário a Constituição; mas a utilização da expressão “sob a proteção de Deus”, é a aureola da existência legislativa e da concreção plena da Constituição; logo, utilizar-se da expressão “sob a proteção de Deus” é estar sendo constitucional plenamente.

17. O preâmbulo da Constituição afirma: “Nós, representantes do povo brasileiro, [...], promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil”. A Constituição fora promulgada sob esta base, “sob a proteção de Deus”; e interessante é o termo “sob”, que indica base, fundamento, a estrutura sob a qual se edifica e/ou promulga algo; se a Constituição fora promulgada “sob a proteção de Deus”, então, toda a Constituição só é válida, “sob a proteção de Deus”; na verdade, este sob, evoca a base singular pela qual o Estado brasileiro existe e se desenvolve, a saber, “sob a proteção de Deus”; evidentemente, o Estado é laico, mas a sociedade não; a sociedade é cristã; a base da história brasileira é totalmente cristã, desde a educação até os maiores nomes de nossa literatura.

18. Portanto, quando a Constituição de 1988 evoca o “sob a proteção de Deus”, apenas está confirmando nossa história pátria, bem como a própria história constitucional de nosso país, desde a época do Império até os dias atuais; a evocação do “sob a proteção de Deus”, delineia a estrutura da influência do cristianismo sobre a nossa Constituição, bem como como coluna imovível de nossa sociedade; pois, desde os primórdios de nossa história, o cristianismo tem-se feito presente e tem atuado para o bem da sociedade.

19. E um exemplo tirado da própria Constituição comprova este fato. A pedra angular da Constituição, em seu primeiro artigo afirma: “Todo o poder emana do povo[11]. E que é a doutrina da soberania popular, senão o princípio da existência do Estado Democrático de Direito; e donde provêm a doutrina da soberania popular: será de algum filósofo? Será de algum político? Será de algum magistrado? Será de algum pensador? A doutrina da soberania popular provêm de Francisco Suárez, teólogo jesuíta; muitos pensam que a doutrina da soberania popular provêm dos filósofos iluministas ou da revolução francesa; mas a doutrina da soberania popular provêm de Suárez; os filósofos iluministas e a revolução francesa procuraram lutar contra a monarquia absolutista, e em muitos aspectos estavam certos; mas a existência da monarquia constitucional, na qual também existe a doutrina da soberania popular, somente de modo diverso do que numa República, contradiz os filósofos iluministas e a própria revolução francesa neste quesito.

20. Mas, falemos sobre Francisco Suárez. O teólogo granadino, um dos maiores nomes da escolástica espanhola, elaborara a doutrina da soberania popular nos seguintes termos: “Por outro lado, a democracia poderia ocorrer sem uma instituição positiva - por instituição ou resultado natural apenas - se faltasse uma instituição nova ou positiva; porque a mesma razão natural dita que a soberania política é uma consequência natural de toda comunidade humana perfeita, e que, por força da própria razão, pertence a toda a comunidade, a menos que, por uma nova instituição, seja transferido para outra, uma vez que, por exigência da razão, nem outra determinação ocorre, nem outra é exigida[12]. A assertiva da soberania política que Suárez apresenta, é fundamentada na própria natureza, pois, a comunidade humana perfeita, tem ela mesma, toda a soberania, que não pertence especificamente a ninguém, mas a toda a comunidade conjuntamente, que elege representantes, para que possam exercer a autoridade derivada do poder, a saber, a partir da vontade do povo (o verdadeiro detentor do poder).

21. E a soberania política da comunidade só é exercida com a liberdade, e a partir da liberdade; sem liberdade não há soberania do povo; por isso, sem liberdade, a própria Constituição é denegrida e rebaixada; pois, a liberdade é pressuposto indissolúvel da dignidade humana; tal como Leão XIII dissera: “A liberdade, excelente bem da natureza e exclusivo apanágio dos seres dotados de inteligência ou de razão, confere ao homem uma dignidade em virtude da qual ele é posto entre as mãos do seu conselho e se torna senhor de seus atos[13]. A liberdade é a prova de que os seres humanos são criados por Deus, a imagem de Deus, e assim, foram criados para viver em liberdade, diante de Deus e diante de seus semelhantes; Karl Barth asseverara: “Que o homem é livre não pode ser dito em nenhum outro sentido senão pelo fato de que Deus lhe outorgara o ser livre[14]. E este outorgar divino ao ser humano, é pelo fato de que Deus criara o ser humano para ser livre e para viver em liberdade.

22. O próprio Suárez também evoca a liberdade para dar testemunho da existência da democracia; na verdade, onde a liberdade não existe de forma plena e abundante não existe democracia; e onde há o perigo da não-liberdade, sempre há prejuízo indizível para a própria democracia; liberdade antecede e protege a democracia; sem liberdade, sem democracia; pois, uma democracia forte e salutar, só é efetiva com a liberdade existindo de maneira plena e total. Suárez assevera: “Que sirva de exemplo a liberdade do homem, que se opõe à servidão porque é de direito natural, pois só em virtude do direito natural o homem nasce livre e não pode ser reduzido à servidão sem algum título legítimo, não ordena que o homem permaneça sempre livre, ou - o que dá no mesmo - não proíbe simplesmente que um homem seja reduzido à servidão, mas apenas que isso não seja feito sem seu livre consentimento ou sem um título e poder justos. Da mesma forma, a comunidade civil perfeita, por direito natural, é livre e não está sujeita a nenhum homem fora dela; e toda ela tem poder dentro de si e, se não mudasse, seria democrática; no entanto, ou porque ela quer, ou pelo trabalho de outro que tenha poder e apenas título para fazê-lo, esse poder pode ser retirado e transferido para uma pessoa ou grupo[15].

23. A liberdade garante e protege a democracia; a liberdade, por assim dizer, é o “poder moderador” da democracia; pois, a única dádiva indissolvível da democracia é a liberdade, sem a qual não existe o respeito, a tolerância e nem a própria dignidade humana; e a pedra angular da nossa Constituição confirma isso ao asseverar a soberania do povo: “todo poder emana do povo”; que é a doutrina da soberania popular senão a asseveração da dádiva máxima da democracia; portanto, quando a Constituição evoca a doutrina da soberania do povo como base do Estado brasileiro, está retomando o princípio estabelecido por Suárez, o qual demonstra a forma como se edifica verdadeiramente uma democracia, a saber, a partir da liberdade.

24. E a doutrina da soberania é antevista na Constituição já no preâmbulo; quando os representantes do povo brasileiro se reuniram em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, o fazem para assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, entre os quais, paira primeiro, a liberdade; etc. E o fazem, instituem um Estado Democrático “sob a proteção de Deus”; quando no preâmbulo da Constituição se afirma que é objetivo fundar um Estado Democrático sob “os valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social”, e, então a evocação da proteção de Deus para a promulgação da Constituição deste Estado, logo, se observa que só se pode existir uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, “sob a proteção de Deus”; é este o ideal que guiara a construção das grandes nações e das grandes democracias.

25. Rui Barbosa constatara isso, e asseverara com precisas e preciosas palavras: “Até hoje, os celeiros do gênero humano, as terras onde loirejam as messes, onde florescem os linhos, onde se tecem as lãs, onde os rebanhos se renovam como a erva dos prados, são os que se fertilizam com o suor dos povos crentes. Esbulhá-los do seu ideal era mais difícil que bani-los das suas pradarias, dos seus armentos, das suas searas, dos seus linhares, das suas manufaturas. Porque, nesses povos, a consciência domina todas as instituições e todos os interesses. A religião os fez livres, fortes e poderosos. Pela religião fizeram as suas maiores revoluções. À sombra da religião fundaram os seus direitos. Tirassem a esses Estados o seu ideal, que restaria? Grandes construções morais, sem o cimento que as soldava. Tremendas forças sociais, sem o freio que as continha. Massas enormes, sem coesão que as detivesse, como os rochedos erráticos nas eras diluvianas, ou as aludes soltas pelos despenhadeiros dos Alpes. Quando o fratricídio separatista, nos Estados Unidos, abalou com uma guerra sem exemplo os eixos do mundo, lutava um interesse com um ideal. O ideal, que era a liberdade, esmagou para sempre o interesse, que era o cativeiro[16]. Que expressão! O ideal, a liberdade, é o que guia os celeiros do gênero humano, amparados pela força da religião e da crença: é da religião que provêm a força para o caminho do ideal, para fazer os homens fortes, e em consequência, fazer uma nação forte.

26. E a evocação do “sob a proteção de Deus”, é ainda mais confirmada pelo Art. 1 da Constituição quando fala sobre a soberania do povo; somente sob a doutrina da soberania do povo é que se pode constituir uma “sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos”; e o elo fundamental para que esta sociedade não seja apenas um grande rochedo da era diluviana, é a evocação da prece “sob a proteção de Deus”, pois, é a religião o elo fundamental para os ditames do direito sejam respeitados, principalmente em relação as diferenças; no respeito as diferenças, não na falta de crítica e/ou debates sobre as diferenças; por isso, quando se estabelece a Constituição “sob a proteção de Deus”, é porque toda a edificação racional do Estado brasileiro, é feita somente a partir deste pressuposto básico; e tudo o que é constitucional necessariamente é instituído, mantido e preservado somente “sob a proteção de Deus”.

27. E nisto reponta a sublimidade de nossa Constituição; na história do direito constitucional do séc. XX, a Constituição da República Federativa do Brasil, é um das maiores perolas jurídicas; verdadeiramente o que a Constituição do Estado brasileiro vela sob princípios e doutrinas em seu preâmbulo e em seu Art. 1, é o que está, por exemplo, desveladamente descrito no preâmbulo da Constituição Alemã, quando os constituintes da República Federativa Alemã após a Segunda Guerra e os horrores do nazismo, decidiram reconstruir a Alemanha sob princípios inalienáveis, e por isso, ao promulgarem sua carta magna, afirmaram: “Consciente da sua responsabilidade perante Deus e os homens, movido pela vontade de servir à paz do mundo, como membro com igualdade de direitos de uma Europa unida, o povo alemão, em virtude do seu poder constituinte, outorgou-se a presente Lei Fundamental[17]. Os constituintes alemães estavam “conscientes de sua responsabilidade perante Deus e os homens”.

28. Mas será que os constituintes brasileiros não estavam? De igual modo aos constituintes alemães, os constituintes brasileiros também estavam conscientes de sua responsabilidade perante Deus e os homens; tanto que, no preâmbulo da Constituição brasileira, tem-se uma “prece”; que outra Constituição no mundo contém uma prece que solidifica e abaliza a existência e a promulgação da própria Constituição; a nossa Constituição é promulgada “sob a proteção de Deus”, e, por isso, os constituintes estavam conscientes de suas responsabilidades perante Deus e os homens; na verdade, os representantes do povo, em todos os três poderes, só podem estar verdadeiramente conscientes de suas responsabilidade diante do povo, se estiverem conscientes de suas responsabilidades diante de Deus; e os nossos constituintes estavam conscientes disso, que puderam em nome do povo, afirmar o que realmente é a vontade do povo, a saber, a soberania do povo, o fundamento da atividade política, legislativa e jurisdicional do Estado brasileiro.

29. Por isso, Exmos. Srs., peço-lhes encarecidamente que os senhores mantenham isso em vossas consciências, do respeito pleno para com a Constituição, bem como para com os ditames básicos que influíram em nossa história constitucional, a saber, os ditames da influência da religião cristã; a Bíblia, e a expressão “sob a expressão de Deus”, são mais do que apenas dois signos que representam algo religioso, mas são sinais basilares da alma da sociedade, que representam os valores supremos da sociedade brasileira, uma sociedade majoritariamente cristã; a Bíblia e a prece “sob a proteção de Deus” não somente abalizam nosso direito constitucional, mas dá a este o humus necessário na aplicação da Constituição ao mesmo tempo em que estimula a sobriedade da consciência no dever dos magistrados, bem como no dever dos políticos, isto é, de todos aqueles que representam o povo nas atividades estatais e governamentais.

30. Concluo por aqui esta breve missiva, escrita não com o intuito de repreender ou ensinar, mas de aclarar os fatos e as proposições necessárias, para que uma decisão como a que foi tomada pelo TJ-SP, não seja de novo efetivada; pois, a proibição da leitura bíblica e da utilização da expressão “sob a proteção de Deus”, nada mais é do que uma violação da Constituição e uma vileza para com a história do Brasil; deste modo, creio que a nossa Constituição, por evocar em sua promulgação o “sob a proteção de Deus”, na verdade, incentiva, dir-se-ia quase que ordena, a utilização do “sob a proteção de Deus” em todas as atividades jurisdicionais e jurisconsultivas do Estado brasileiro, bem como em todas as atividades legislativas e para a própria harmonia necessária aos três poderes.

Certo de vossa compreensão, escrevo-lhe com aequitas e com simplicidade de coração e sinceridade de propósito, lembrando sempre da máxima do Doutor Angélico: “a vontade humana, a partir de um consentimento comum, pode fazer algo justamente naquelas que por si mesma não têm qualquer oposição à justiça natural[18].

Mas o Senhor está assentado perpetuamente; já preparou o seu tribunal para julgar. Ele mesmo julgará o mundo com justiça; julgará os povos com retidão” (Sl 9.7-8).



Este texto é uma carta que fora enviada ao presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. 

[1] Leão XIII, Providentissimus Deus, n. 3.

[2] Pio XII, Divino Afflante Spiritu, n. 1.

[3] Agostinho, Confissões [Coleção Clássicos de Bolso. São Paulo: Paulus, 2002], livro XI.2.3, pág. 331.

[4] In: The New York Times, June 15, 1876.

[5] Machado de Assis, Chrysalidas [1° edição. Rio de Janeiro: B. L. Garnier, 1864], pág. 39.

[6] Bento XVI, Liberar a Liberdade: Fé e Política no Terceiro Milênio [São Paulo: Paulus, 2019], pág. 134.

[7] Worthington Chauncey Ford (ed.), Writings of John Quincy Adams Vol. 4 [New York: The Macmillan Co., 1914], pág. 212.

[8] cf. Leão XIII, Rerum Novarum, n. 3.

[9] Charles Francis Adams (ed.), The Works of John Adams Vol. 10 [Boston: Little, Brown and Co., 1856], pág. 85.

[10] Roy P. Basler (ed.), Collected Works of Abraham Lincoln Vol. 7 [New Brunswick/New Jersey: Rutgers University Press, 1953], pág. 542.

[11] Constituição da República Federativa do Brasil, Art. 1, § un.

[12] Francisco Suárez, Defensio Fidei, livro III, cap. 2, n. 8.

[13] Leão XIII, Libertas Praestantissimum, n. 1.

[14] Karl Barth, Das Geschenk der Freiheit, In: Theologische Studien Heft 39 [Zollikon-Zürich: EVZ, 1953], pág. 8.

[15] Suárez, Op. Cit., livro III, cap. 2, n. 9.

[16] Rui Barbosa, Obras Completas de Rui Barbosa Vol. XXX: 1903 Tomo 1 - Discursos Parlamentares [Rio de Janeiro: Ministério da Educação e da Cultura, 1956], pág. 366-367.

[17] Lei Fundamental da República Federal da Alemanha, preâmbulo. 

[18] Tomás de Aquino, Summa Theologiae, IIa IIae, q. 57, a. 2, ad. 2. 


Explicação do “Epigrama sobre Hegel” de Karl Marx

Proêmio   O “ Epigrama II ” ou “ Epigrama sobre Hegel ” (1837) [1] é um texto fundamental da filosofia marxiana, e é um dos textos mais...