13/11/2022

Atas da Breve Controvérsia sobre a Liberdade contra os Comunistas

De uma breve resposta sobre a liberdade, surgiram uma série de controvérsias, as quais são transcritas abaixo; mantém-se em oculto a identidade do outro interlocutor por motivos óbvios, e no diálogo as minhas asseverações vem designadas com a letra J, e as asseverações do outro interlocutor que questionou a proposição sobre a liberdade, vem designadas com a letra H. Portanto, a partir do referido escrito, fora feito as seguintes controvérsias, que se iniciaram com a seguinte “observação” do outro interlocutor.

 

1. H: Liberdade de expressão termina no momento que você fere o direito do próximo.

J: Ferir o “direito” do próximo com liberdade de expressão? Isto é contradição de termos; não existe ferir direito do próximo com liberdade de expressão. O direito é o mesmo para todos; se ferir o “direito” do próximo é confrontar ideias e concepções antirracionais, e por isso prejudiciais, então não existe nem liberdade de expressão e nem “direito” para ninguém. Se não há a Razão, não há “direito” de ninguém; agora, a confrontação racional, é ferrenha para os que se baseiam em mentiras e princípios anti-racionais, como os que ferem e tiram a liberdade de expressão sob o mote de “ferir o direito do próximo”.

2. H: no momento que você com sua liberdade de expressão faz apologia a tortura ou só máximo ou ameaça mesmo que verbalmente a vida de uma pessoa ou de seu filho você está ferindo o direito do outro e não é contraditório punir essa pessoa. Ser Homofóbico ou Racista em uma fala ou discurso é ferir o direito do outro e deve ser punido sim vivemos em sociedade e temos leis, temos liberdade para pensar mas expressar todas as opiniões temos que tomar cuidado pois não vivemos em uma bolha as leis surgem justamente para impor limites ao homem não somos totalmente livres para praticar qualquer ato então não é contraditório punir quem passa dos limites.

J: Primeiro, este “você com sua liberdade” é sofisma; só existe liberdade no sentido pleno, não liberdade “minha” ou “tua”; porque, esta expressão que o senhor utiliza, torna-se culposa daquilo que o senhor critica em sua expressão; porque falar “você com sua liberdade de expressão faz apologia a tortura”, pressupõe, que eu fiz esta apologia, o que, é inverdade e calúnia, e se fosse levada a sério, seria crime, o qual o senhor acusa que outros fazem; e querendo ou não, também acabou de cometer. Além disso, uma coisa é liberdade de expressão, outra é calúnia (difamar a honra ou a moral de alguém sem que este tenha cometido erro moral), e ainda outra coisa é “fake-news” (elucidações que não são baseadas em fatos e argumentos racionais); todavia, a liberdade de expressão não é medida pelo desrespeito e a infâmia com ninguém; liberdade de expressão é poder falar, e se expressar sem cometer calúnia ou “fake-news”. E ainda outro problema, porque o “ser homofóbico”, é bater e/ou maltratar fisicamente alguém por conta da orientação sexual - isto é crime; todavia, “ser homofóbico” não é criticar e a apontar a homossexualidade como pecado, o que, o artigo 5 da constituição permite absolutamente. Outra questão é que, todos os homens, indistintamente, são livres para fazer o que quiserem, inclusive se for errado; não existe lei para ferir a liberdade, existe leis para manter a ordem. Agora, se alguns, imbuídos de alguma ideologia nefasta, como o marxismo-comunismo, vivem em uma bolha, porque tudo o que advêm do marxismo-comunismo faz com que os marxistas não possam reclamar de nada, nem de desrespeito ou de “ferir o direito do próximo”, pois, é o próprio marxismo quem tira o direito primeiro e inalienável do ser humano, a saber, a inteligência.

As leis existem para proteger a verdade na esfera jurídica da vida humana; não existem leis para punir aqueles que se expressam, até mesmo porque, se a expressão por calúnia ou “fake-news” já não é expressão, mas sim, submissão cega a alguma ideologia. Aliás, o primeiro princípio dos “direitos humanos” é que somos totalmente livres para tudo, independente do que for. Novamente, questiono totalmente qualquer elucidação marxista sobre o “fazer apologia a tortura”; o que os marxistas acusam de fulano ou ciclano de “fazer apologia a tortura”, na verdade, são motes desfiguradores para designar o que os próprios marxistas-comunistas mais fizeram fisicamente ao longo da história, com Lenin, Stalin, Mao e cia., além do que, na última geração, na “apologia” a destruição da família e da Igreja; como quem apoia o marxismo quer criticar quem quer que seja que defenda ou não “apologia a tortura”, se o próprio marxismo é quem mais tortura a existência humana nos últimos 200 anos; ora para os senhores querer destruir a família e a Igreja é viável, agora criticar as práticas marxistas e comunistas tem de ser punido com prisão e coisas similares? A hipocrisia está aonde? Está nos marxistas, que são donos das expressões odiosas e depois, se ressentem como se fossem isentos; mas o marxismo não é isento dos males da sociedade; na verdade, o marxismo-comunismo, é insuperável na catalogação de torturas e crimes horrendos; o senhor é professor de história e sabe muito bem disso; o comunismo supera muito o nazismo e o fascismo juntos em relação a crimes horrendos.

E por isso, a crítica ao marxismo-comunismo é mais do que válida, até é necessária; porque, se uma pessoa adora alguma filosofia, por exemplo, a filosofia de Kant, se torna um “kantiano”, ou se adota a filosofia de Platão, torna-se um “platônico”, ou se adota uma religião, por exemplo, o Islã, torna-se “islâmico”, etc., e quando alguém adota esta filosofia ou religião, logo, torna-se participante de tudo de bom e tudo de ruim que esta filosofia ou religião oferece; quem se torna marxista-comunista é culpado de todos os erros imbuídos no comunismo; e nisto, digo novamente, o marxismo-comunismo é insuperável; no longo catálogo das maldades humanas, o comunismo é o primeiro colocado de maneira unívoca. Por isso, é de se estranhar que haja tanta “defesa” e/ou “protecionismo” para com críticas ao marxismo-comunismo, quando estas não são caluniosas e “desinformadoras”; e a maior parte das críticas para com o marxismo-comunismo não são calúnias e/ou desinformação, e são punidas como crimes hediondos; o problema está na crítica ou na atitude ditatorial daqueles que vergonhosamente defendem o marxismo-comunismo; como dizia o filósofo Olavo de Carvalho, se algum comunista realmente lesse os autores comunistas, sem dúvida nenhuma, deixaria de ser comunista.

3. H: em nenhum momento citei marxismo ou defendi só fiz uma crítica a liberdade de expressão a qualquer custo que encobre todos os preconceitos só ser humano e citei esses exemplos pois está acontecendo no Brasil atual, como intolerância religiosa partindo de algumas igrejas, homofobia, racismo, machismo, sexismo entre outras coisas esquece o marxismo um pouco você está obcecado vamos para ótica prática qualquer opinião ofensiva não é liberdade de expressão e sim uma tentativa de oprimir as maiorias.

J: Mas nem precisa citar o marxismo; só existe “critica” a liberdade sob o pano de fundo do marxismo; quem tem por cosmovisão o marxismo e é dominado culturalmente pelo marxismo é quem critica a liberdade; isto é fato incontestável; na história das ideias na modernidade, a crítica a liberdade se funda na revolução francesa ou na revolução marxista-comunista somente; em nenhum outro ramo do saber na modernidade, existe critica a liberdade; então, se houve critica a liberdade, por consequência lógica, há o marxismo. Outra questão, é que concordo plenamente com a questão de que a liberdade de expressão a qualquer custo, não se torna liberdade, mas “intolerância”; mas, lembro-lhe que “intolerância” não é expressar a crítica e a condenação de heresias; a Igreja, no caso, que é muito criticada na questão da intolerância religiosa; não somos “intolerantes”, apenas não aceito, em hipótese nenhuma, e diante de quem quer que seja, afirmarem valores que são contrários a razão e a revelação (a Bíblia), e afirmarem que estes princípios desvirtuados coadunam-se com o “ser cristão”, ou por aqueles que aceitando práticas e doutrinas errôneas, quererem afirmarem-se sem serem criticados e condenados como hereges (isto é, que estão contra a Revelação) e/ou “imbecis” (isto é, que estão contra a Razão). O fanatismo é fruto de uma crença religiosa ou ideológica que não é fundada na razão e em alguma revelação; agora, nenhuma das críticas que teço ao marxismo, e são centenas, é fundada em fanatismo, porque todas são fundamentadas, primeiro na Revelação, na história e na tradição, e segundo são fundamentadas na Razão. Portanto, apoiado pela razão e pela Revelação, não há nada de fanatismo em condenar e demonstrar o desvario de tais doutrinas e/ou práticas. O que só não se pode fazer é violentar fisicamente, ou obrigar fulano ou ciclano a fazer alguma coisa, o que não significa que, por parte dos cristãos, que tenham de aceitar práticas erradas em nome da “tolerância”.

4. H: o cristianismo ao dizer que as práticas são erradas estão justamente acabando com a liberdade quem na verdade quer controlar a liberdade é a própria religião pois o que é errado para religião não necessariamente é errado juridicamente. Repito não estou discutindo marxismo e sim a Liberdade de expressão sobre a ótica das ideias Iluministas.

J: Dizer que práticas são erradas não é acabar com a liberdade; acabar com a liberdade é obrigar ou não a praticar alguma coisa; se todos são livres para praticar o que quer que seja, logo, todos são livres para criticar; que liberdade é essa que os senhores marxistas defendem que existe para praticar o erro, mas não existe para criticar o erro. Em relação a questão do que é “errado” para a religião não ser errado juridicamente, é questão de distorção do fundamento racional do Direito; o Direito não propugna matéria em questões religiosas, mas o Direito é fundamentado na Razão e na Natureza; e nisto a ciência jurídica se coaduna com o cristianismo; o Direito tem de preservar a ordem da Natureza e seguir a linha da Razão, pois, do contrário, não se saberá o que produz juridicamente, e precisará de que a religião, no caso o cristianismo, intervenha e demonstre os desvarios do Direito, não religiosamente, mas racionalmente; a fonte do Direito é a lei moral natural e a razão, e não a Revelação; e as críticas que teci a ordenações jurídicas, não provêm da Revelação, conquanto sejam sempre a luz desta, mas sim críticas racionais; e nisto, estou apoditicamente correto.

E ainda, o senhor dizer que está discutindo liberdade por ideias iluministas, é dizer que está discutindo ideias a partir da descrença e da revolução ateísta; a revolução francesa, e o iluminismo, são o pregão da descrença, e sobre isso, o historiador holandês, Groen van Prinsterer, como um dos fundadores mais notáveis da ciência histórica moderna, atestou de maneira inconfundível; aliás, tudo o que o iluminismo produziu, o marxismo acoplou e sublimou; portanto, após o marxismo, não existe iluminismo em si, mas o iluminismo a partir da leitura marxista; e tanto um quanto o outro, estão totalmente errados. O iluminismo é a destruição do pensamento racional, o que se observa em Rousseau, Voltaire e Kant, e nos teóricos iluministas (e faço exposição de qualquer um dos filósofos iluministas ou idealistas demonstrando isso); além disso, apesar do lema da revolução francesa ser “liberdade, igualdade e fraternidade”, nada do que o iluminismo proporcionou tem isso; não existe liberdade sem a verdade, e não estou falando de verdade revelada, mas sim de verdade racional; e no iluminismo e nem no marxismo, não existe liberdade; portanto, qualquer defesa da verdade sob ótica iluminista é errônea e inepta.

Além disso, é claro que o cristianismo está correto; é a única religião revelada por Deus, o que se comprova por milagres confirmados e atestados pela ciência; nenhuma outra religião tem milagres confirmados pela ciência. Agora, primeiro, o cristianismo não é “intolerante”; se quem quer que seja se preocupa com o cristianismo e os cristãos “condenarem” moralmente práticas que estão contrárias a Bíblia, isto não é ser intolerante; ser intolerante é não tolerar os cristãos criticarem os erros contrários as Escrituras. E dizer que uma “forma de amor” é errada, não é intolerância; as pessoas não tem liberdade para dizer que existem “formas de amor”, e exercem esta liberdade; se os cristãos são taxados de intolerantes por criticarem estas “formas de amor”, então, quem, as pratica também são intolerantes, porque desrespeitam a moral cristã. Que “tolerância” é esta que aceita tudo menos ser criticado. Outra coisa, quando digo que o iluminismo é ateísta em sua gênese e frutos, estou, evidentemente, afirmando um princípio cristão; todavia, ao afirmá-lo não cometo “fideísmo” que é fé por fé, mas afirmo tal assertiva partindo do pressuposto da fé, mas comprovo com argumentos racionais e históricos o que afirmo a partir de minha fé. E estabelecer um debate não é difícil, pois, todo pensamento humano, goste ou não, tem um fundamento religioso, seja até mesmo o pensamento anti-religioso; não existe neutralidade religiosa no pensamento e na intelecção humana; por isso, partir de fundamento religioso não é o problema; o problema é a sustentação do argumento racional, e isto, já apontei pelo simples fato de mencionar Groen Van Prinsterer, e poderia citar outros tantos com argumentos racionais, sejam filosóficos sejam históricos.

Portanto, qualquer discussão que o senhor queira fazer, estou as ordens, pois, apesar de sempre citar e mencionar textos bíblicos e textos teológicos, não troco o argumento teológico pelo racional ou vice-versa; primeiro está a proposição teológica, o iluminismo é ateísta, depois, está a proposição racional, confirmando tal assertiva, que esta revolução é descrença e descrença não somente no sentido “cristão”, mas descrença no sentido racional, de negação a tudo o que existe, e da destruição da inteligência; como alguma ideia do iluminismo pode trazer algum benefício se tais ideias destroem e obnubilam a inteligência; a irracionalidade não é dos cristãos, mas sim dos iluministas, cegos pela deificação da razão. Portanto, se não se aceita os argumentos teológicos, que se combata os argumentos racionais, pois, apresentei, apresento e apresentarei, tanto argumentos teológicos quanto argumentos filosóficos. E a “condenação” cristã, diz respeito a práticas imorais e contrárias ao Livro Sagrado; agora, com respeito a Razão humana, o que dificulta o debate não é a condenação ao erro moral ou mesmo a completa depravação, mas sim a falta de argumentos racionais.

O senhor diz que ao me utilizar da ótica cristã, dificulto o debate; mas, o senhor não desautorizou nenhum argumento racional que utilizei, e foram argumentos breves e simples, que se estivessem errados, seria a coisa mais fácil de se fazer; quem dificultou o debate foi o senhor, que ao me criticar por me basear no fundamento de minha fé - aliás, o fundamento do Ocidente -, disse que dificulto o debate; mas, digo novamente, não me utilizei de nenhum argumento anti-científico e anti-racional; agora, os que, sob os enganos do iluminismo e do marxismo-comunismo, criticam e taxam de intolerantes aqueles que criticam as “loucuras” do iluminismo ou as loucuras do marxismo, são os que dificultam os debates; outrossim, é que, ao afirmar que “sob a ótica cristã” condene qualquer um que pense diferente, dificulta um debate científico, na verdade é outro sofisma; pois, conquanto o cristianismo condene práticas errôneas, as condena não somente por causa da revelação, mas também por causa da razão; e aqueles, que ainda cegos não acreditam na revelação, podem apelar a Razão; mas os que estão errados na Razão, ainda que taxem os cristãos de intolerantes, são ainda mais intolerantes, porque não toleram os cristãos por condenarem erros, mas aceitam estarem sobre a anti-razão; aliás, é um axioma da vida humana: tudo o que está contra a Revelação, seja no sentido moral, seja no sentido intelectual, está contra a Razão.

Portanto, a dificuldade do debate não está do meu lado, mas do lado do senhor, que ao afirmar as ideias iluministas as defende, sem delas prescindir algum erro ou a possibilidade de crítica. Se o senhor não aceite os princípios teológicos e bíblicos que me utilizo, o respeito por isso; mas, se não demonstrar algum erro racional naquilo que disse, o senhor só atesta o que afirmei, pois, ao falar que dificulto o debate por condenar práticas errôneas, o senhor está fugindo do debate racional, seja histórico, seja filosófico, seja jurídico, porque, apesar de afirmar proposições teológicas, também afirmei, e foram as que mais afirmei, proposições filosóficas, históricas e jurídicas. E como corolário, uma frase para meditação: o cristianismo é religião racional por excelência; todas as outras religiões e crenças são irracionais, a única religião racional e totalmente explicável e demonstrável é o cristianismo.

5. H: rapaz o iluminismo prega a liberdade de expressão e opinião e o uso da razão para resolver os problemas da sociedade e em nenhum momento ele quer o fim da religião ele faz críticas; agora você com certeza veio com alguns filósofos e historiadores que criticam o Iluminismo mas isso não desqualifica as ideias iluministas; eu repito o cristianismo é dogmático e essa questão de certo ou errado é muito mais ampla que uma religião que perseguiu por anos aquele que pensa diferente; por isso que acho difícil debater com ideias racionais as críticas que o cristianismo faz a sociedade, eu poderia dizer também as “loucuras” do cristianismo durante a História que matou em nome de Deus. O Iluminismo é exatamente o contrário do que você disse em seus comentários enfim prefiro debater pessoalmente um dia vamos tomar um café ali na padaria.  

J: O iluminismo “prega” liberdade de expressão, todavia, sem a verdade; e isto se prova nos escritos de todos os filósofos iluministas, seja os pseudo-cristãos iluministas ou seja nos “não-religiosos” iluministas; o iluminismo fala de liberdade, mas trouxe aprisionamento; e agora, o senhor falar em “loucuras” do cristianismo está errado; o cristianismo errou sim, foi imperfeito e pecador em muitas épocas; mas tudo aquilo que errado que o cristianismo fez, perseguir pessoas, como o caso de Galileu, todavia, não se compara a nem 10% do que o iluminismo e depois o marxismo trouxeram de calamidade e destruição ao mundo; a inquisição, ainda que criticada, e em alguns aspectos com razão, isso não nego, é bem menos perigosa para a vida humana do que as revoluções que se criaram sob os princípios iluministas. Todavia, é bom lembrar, que os iluministas, que se dizem iluminados, fizeram mais coisas erradas do que o que criticam nos cristãos; lembre-se de um fato histórico: o cristianismo esteve basicamente com a hegemonia do poder temporal, por volta de mil anos, do século VI d.C., até o século XVI d.C.; o iluminismo surgiu no século XVIII; e nós estamos no século XXI; portanto, a hegemonia cristã, que tantos falam mal e criticam trouxe menos destruição e problemas em mil anos do que o iluminismo em trezentos anos. Olhe os frutos do iluminismo: kantismo, hegelianismo, positivismo, marxismo-comunismo, existencialismo; só filosofia tropega e desfiguradora; agora observe os frutos do cristianismo: a ciência, a educação, a teologia como maior monumento do saber humano, a filosofia interpretada de maneira correta e isto nenhum “iluminado” iluminista jamais fez.

As atrocidades provenientes do iluminismo, que como o senhor diz afirmar que resolve as questões por meio da Razão, é outro sofisma; pois, se o iluminismo diz que procura resolver as coisas pela Razão, porque nenhum filósofo iluminista, seja qualquer um deles, possui uma grande obra de valor e com unidade sistêmica que quase não contenha erros racionais; nem Voltaire, que muito escreveu, nem Rousseau, que também foi escritor prolífico, ou mesmo Kant, que era protestante, possuem em suas filosofias um sistema racional que não tenha defeitos racionais; que Razão é esta que possui deficiências racionais; se comparar qualquer filósofo iluminista com Aristóteles, perdem de maneira continental; o iluminismo engana as pessoas com o mote da Razão, como se a Razão tivesse sido desprezada anteriormente; a escolástica medieval tem muito mais pensamento racional do que o iluminismo inteiro; por exemplo, Alberto Magno, e que fora bispo e teólogo, é muito mais filósofo do que Voltaire, Kant e cia.; e isto se comprova pelos argumentos racionais tecidos a partir da substância dos escritos de cada um destes filósofos em comparação com substância dos escritos de Alberto Magno. Isto apenas para citar um exemplo. Após o iluminismo veja bem, o único filósofo badalado e conhecido que realmente construiu um sistema filosófico e um saber digno do nome, sem que seja aporético e prejudicial a Razão humana, foi Edmund Husserl; que Razão é esta que o iluminismo defende.

O iluminismo não é o contrário do que afirmei anteriormente; o senhor está cego intelectualmente pelas loucuras do iluminismo, e ao contrário do que afirmei, que conheço os erros do cristianismo, o senhor sequer analisou as monstruosidades racionais e intelectuais do iluminismo; pois, o iluminismo diz que é racional, mas destrói a Razão; é como se alguém se dissesse cristão e afirmasse que não acredita em Deus; é contradição de termos. Agora, observe os frutos do iluminismo enquanto saber racional: o que Rousseau produziu de bom num todo? Nada; apenas considerações soltas. O que Voltaire produziu de bom num todo? Nada; apenas obras de valor literário, mas filosoficamente, nada de que merecesse o título de filósofo. O que Kant produziu de bom? Apesar de ser um gênio, a filosofia de Kant é aporética, e torna tudo aquilo que o iluminismo diz ser o contrário daquilo que afirma. E isso afirmo a partir de uma pura análise racional. Portanto, quem defende o iluminismo é tão “imbecil” (isto é, são anti-racionais) como qualquer dos filósofos iluministas.

6. H: quando você começa com o cristianismo está correto...

J: O cristianismo está correto tanto no sentido do pensamento religioso quanto do pensamento racional; e até agora, ninguém provou o contrário, nem em relação ao pensamento religioso nem em relação ao pensamento racional; nem os iluministas, nem Kant, nem Hegel, nem Marx ou Lenin, ou qualquer outro filósofo marxista-comunista, conseguiu desautorizar o cristianismo como religião e como saber racional. Portanto, o cristianismo está correto; a não ser que o senhor consiga provar que o mesmo está errado tanto no pensamento religioso quanto no pensamento racional.

7. H: Você cismou com o Iluminismo. E eu com o Cristianismo.

J: Cismar não; eu tenho argumentos suficientes para dizer que o iluminismo está errado e que corrompe a Razão; isto não é cismar, mas sim demonstrar que o iluminismo está errado. Agora cismar com o cristianismo é mais por questão de fé destoada do que com argumentos racionais. Todos têm o direito de discordar, mas dizer que o cristianismo é irracional, até podem, mas somente por fé, porque não existem argumentos racionais para tal; então desacreditar o cristianismo é ter mais fé do que os cristãos, porque é desacreditar aquilo que é racionalmente estabelecido, demonstrado e confirmado por testemunhos infalíveis e científicos.

E cismar, é opinar; eu não opinei; mas demonstrei, em resumo é claro, que o iluminismo é um dos males da modernidade; senão for o mal maior; enquanto o cristianismo, é um dos pilares da sociedade, sem o qual, a mesma se desintegra.

E os pilares são a filosofia grega, o direito romano e a religião cristã.

8. H: Com certeza não o Iluminismo vem abrir os olhos do obscurantismo do cristianismo e do islamismo.

J: Não, o iluminismo não abriu os olhos de ninguém; e nem o cristianismo está no obscurantismo nem mesmo o islamismo; quem mais contribuiu com a Razão humana foram cristãos e muçulmanos. Me responde uma coisa, porque nenhum filósofo iluminista é maior do que os filósofos árabes medievais, como Al-Farabi, Avicena ou Averróis? E porque nenhum filósofo iluminista é maior do que os teólogos-filósofos medievais, como Alberto, Tomás ou Scotus? Que luz é essa, que é inferior ao “obscurantismo” que dizem provir do cristianismo ou do islamismo. Contra isso, não existem argumentos. Se os filósofos iluministas não conseguem sequer serem maiores filósofos dos que os teólogos, então no que o iluminismo pode contribuir com a Razão? Simples, em nada; tanto que, ao se fazer uma breve análise, uma breve análise, das ideias surgidas filosóficas surgidas do iluminismo, um simples opúsculo de quarenta páginas de São Tomás, como “O Ente e a Essência” é suficiente para desmontar toda a panaceia iluminista.

Ou para falar no islamismo, o opúsculo de Averróis, o “Discurso Decisivo”, também é suficiente para desmontar o iluminismo inteiro como tentativa de ser saber racional. E, só lembrando o opúsculo de São Tomás foi escrito em 1252-1256 e o opúsculo de Averróis no séc. XII.

Qual dos iluministas tinha algum conhecimento da filosofia como os mulçumanos e os cristãos tinham? Nenhum; ninguém que se dissera iluminista e que estivera influenciado por este movimento dominou tão grandemente a filosofia como árabes e cristãos.

9. H: Todos ignorantes? Voltaire, Rousseau, Montesquieu, Diderot? Esses caras não tinham conhecimento? Rapaz?

J: Não, e provo isso, pelos escritos dos mesmos; não pelo que opino, mas por aquilo que eles escreveram. Uma coisa é ter talento literário, outra é o domínio da técnica filosófica e outra ainda é a edificação de uma filosofia; e a edificação de uma filosofia plena, pelos escritos destes que o senhor mencionou, salvo alguns aspectos em Montesquieu, nenhum destes tinham. Um que tinha talento literário é Voltaire, e tinha algum conhecimento filosófico, mas não tinha domínio da técnica filosófica, não como os escolásticos medievais cristãos ou árabes. Rousseau, tinha algum talento literário e aguda percepção filosófica, mas não tinha o domínio pleno da técnica filosófico, e nem edificou uma filosofia plena. Diderot, tinha o talento enciclopédico, mas de organização de informação, não de edificação de uma filosofia. Portanto, comparado estes com os escolásticos medievais cristãos ou árabes, não chegam nem perto.

E se quiser comparação real e total, estes que o senhor mencionou, são “imbecis” perto de Averróis; e isso para não citar os escolásticos medievais cristãos, para não humilhar os iluministas.

Vou fazer uma breve comparação; a enciclopédia de Diderot não chega nem perto da enciclopédia de Alsted, e este é bem mais antigo do que Diderot. A obra filosófica de Voltaire e Rousseau, não chega nem perto da obra filosófica de Averróis ou da de Santo Alberto Magno ou da de Santo Tomás. 

Deo Gratias


05/11/2022

Por Que o Cristão Não Pode Ser Marxista?

Preâmbulo

A questão põe-se assim: por que o cristão não pode ser marxista? Ao que se responde evidentemente que o cristão não pode ser marxista; e as razões para tal afirmação são apresentadas com vinte e sete proposições.

Então, pergunta-se: por que o cristão não pode ser marxista? Ao que se responde:

Em primeiro lugar, responde-se porque o marxismo é uma filosofia ateísta.

Em segundo lugar, porque o marxismo é uma filosofia da revolução contra Deus.

Em terceiro lugar, porque o marxismo tem bases religiosas satânicas.

Em quarto lugar, porque o marxismo quer destruir a família e a Igreja.

Em quinto lugar, porque o marxismo tem uma teoria econômica defasada e inútil.

Em sexto lugar, porque o marxismo torna a vida sócio-cultural esquizofrênica.

Em sétimo lugar, porque o marxismo contamina e destrói a inteligência humana.

Em oitavo lugar, porque quem é marxista não é cristão; e quem é cristão não é marxista.

Em nono lugar, porque o marxismo possui um falso ideal.

Em décimo lugar, porque o marxismo tira a liberdade natural inerente ao ser humano.

Em décimo-primeiro lugar, porque o marxismo resseca o vigor do desenvolvimento científico.

Em décimo-segundo lugar, porque quem apoia o marxismo não tem honra moral para falar da Igreja e da religião.

Em décimo-terceiro lugar, porque quem apoia o marxismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja e da Religião.

Em décimo-quarto lugar, porque quem apoia o marxismo não tem princípios teológicos para falar da Igreja e da Religião.

Em décimo-quinto lugar, porque o marxismo muda a verdade em mentira e a mentira em verdade.

Em décimo-sexto lugar, porque o marxismo destrói o múnus da verdadeira arte.

Em décimo-sétimo lugar, porque o marxismo embrutece e emburrece as pessoas para perceberem a verdadeira face das atrocidades que provêm do marxismo.

Em décimo-oitavo lugar, porque o marxismo aniquila a lógica.

Em décimo-nono lugar, porque o marxismo devasta a linguagem.

Em vigésimo lugar, porque o marxismo mata a metafísica.

Em vigésimo-primeiro lugar, porque o marxismo corrompe a lei moral natural.

Em vigésimo-segundo lugar, porque o marxismo contamina o direito natural.

Em vigésimo-terceiro lugar, porque o marxismo desvirtua o direito positivo.

Em vigésimo-quarto lugar, porque o marxismo abole a filosofia do direito.

Em vigésimo-quinto lugar, porque o marxismo desfigura o verdadeiro propósito do Estado laico.

Em vigésimo-sexto lugar, porque o marxismo estabelece leis que corrompem a dignidade humana.

Em vigésimo-sétimo lugar, porque o marxismo denigre a honra que convém a potestade política.


Resposta I

Por que o cristão não pode ser marxista? 

Em primeiro lugar, porque o marxismo é uma filosofia ateísta.

Nenhuma filosofia ateísta contribui para a construção da vida humana; o ateísmo é uma filosofia desfigurada, porque coloca a fé em algo que não seja em Deus; ainda que o “ateísmo” defina-se como a crença que Deus não existe, todavia, esta pressuposição ateísta é uma crença; e o ateísmo não tem força de construção moral, intelectual, social e cultural, tal como a religião, o cristianismo tem; na verdade, o ateísmo é uma tentativa frustrada da negação da existência de Deus. Mas como dissera Anselmo: “Existe, portanto, um ser acima do qual não podemos erigir outro, e de tal sorte que nem sequer pode ser pensado como não-existente” (Prosl., 3). Se existe a possibilidade de se pensar um ser acima de todos (Deus), e este ser é pensado por todos os homens, inclusive por aqueles que o negam, então, se existe a possibilidade de se pensar tal ser, não existe a possibilidade de negá-lo, salvo por única e exclusivamente atitude de fé.

Por isso, o cristão não pode ser marxista; porque o marxismo é uma filosofia ateísta, que tira Deus de cena, na negação da existência de Deus, para então colocar outro Deus, o deus de Marx, o deus a qual Marx adorara; e só existe um outro que quer a adoração de Deus, que quer usurpar a glória que pertence somente a Deus, o qual é Satanás (cf. Is 14.12-15; Ez 28.11-17); se Marx nega a Deus, então o deus que Marx adora, ou é algo ao qual ele põe a fé, o que é idolatria, ou então, o deus de Marx é Satanás, o que é satanismo. Em ambas as hipóteses, o marxismo é totalmente inepto e tolo.

Com isso, o cristão jamais pode ser marxista sem incorrer na completa negação da fé cristã; marxismo e cristianismo são incompatíveis, pois, o marxismo é ateísmo que nega a Deus, e é impossível logicamente se negar o algo maior a respeito do qual se pode pensar, portanto, se se pensar na inexistência de Deus, a ordenação lógica da linguagem, da cultura, da sociedade, da economia, da educação, é totalmente corrompida, o que gera desgraça em todas as esferas da vida humana; já o cristianismo é fé em Deus, o que é logicamente aceitável e plausível, pois, se existe algo maior a respeito do qual se pode pensar, então, este é o único digno de adoração e reverência, e é o fundamento lógico a partir do qual se constrói a linguagem, a cultura, a sociedade, a economia, a educação, etc. Por isso, como o cristão não pode ser ateísta, logo, o cristão não pode ser marxista.

Além disso, prova-se também que o cristão não pode ser marxista, com o fato de que, nenhum ateu, por mais capacidade e habilidades intelectivas que tenha tido, conseguira construir algo de valor duradouro na esfera moral-intelectual-social-cultural; tudo o que o ateísmo, o marxismo, produzira foi destruição e corrupção. Por isso, de maneira inconcussa afirma-se: o cristão não pode ser marxista.

 

Resposta II

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em segundo lugar, porque o marxismo é uma filosofia da revolução contra Deus.

O marxismo abole as verdades eternas; tal como declaram Marx e Engels no cap. 2 do “Manifesto do Partido Comunista” (1848): “o comunismo abole as verdades eternas, abole a religião e a moral[1]. Se Marx pretende abolir as verdades eternas, então, ele está em guerra contra Deus; pois, a abolição do que é eterno, como não é possível, forma uma “luta” contra Aquele que é eterno; na Escritura diz que Satanás lutara contra Deus, e fora precipitado no mais profundo abismo (cf. Is 14.14-15).

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo é uma filosofia da revolução contra Deus. E tudo aquilo que se revolta contra Deus acaba em destruição. Nos passos daqueles que se revoltam contra Deus sempre há destruição e morte.

Ainda, Marx, na conhecida poesia sobre Hegel diz: “Desde que encontrei o mais alto das coisas e as profundezas delas também, Rude sou eu como um Deus, envolto pela escuridão como um Deus[2].

Esta expressão de Marx demonstra duas coisas: primeiro, Marx se coloca (juntamente com Hegel) como conhecedor do bem (o mais alto das coisas) e do mal (as profundezas delas também); isto, a partir de um breve olhar sobre o texto de Gn 1-2, relembra aquilo que está descrito como a árvore do conhecimento do bem e do mal, a qual Deus proibira Adão de comer o fruto, sob a pena da morte e da maldição; por isso, quando Marx diz que encontrou o mais alto das coisas e as profundezas delas também, a estrutura da poesia (o jogo de palavras de Marx) remete ao significado daquilo que o próprio Deus proibira sob a pena da morte e da maldição. É como se Marx dissesse que é conhecedor do bem e do mal tal como somente Deus é.

Segundo, Marx, por se colocar como conhecedor do bem e do mal, torna-se então um “deus”; a tentação de Satanás para com Eva foi que se ela comesse o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, seria como “deus” (cf. Gn 3.4-5); é o desejo maligno implantado no coração dos homens soberbos, dizendo que estes podem se tornar deuses. O próprio Marx diz que é “rude” como um “deus”, e está envolto pela “escuridão” como um “deus”; se Marx se diz “deus” então ele deveria habitar em luz, tal como o Deus verdadeiro; mas, o “deus” a que Marx se refere, o qual ele mesmo diz que se tornara, é o deus deste século (cf. 2Co 4.4), o qual, é aquele que engana os homens dizendo-lhes que podem ser “deus”, a saber: o próprio Satanás.

Deste modo, se Marx se coloca como um “deus” e procura destruir a verdade eterna de Deus, então, a revolução comunista é uma revolução contra Deus, porque Marx se coloca como deus; e todo aquele que tenta ser Deus é precipitado ao mais profundo abismo. Já que toda revolução que abole Deus e abole as verdades eternas é uma revolução ateística, e esta sempre é a proclamação da incredulidade, então, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo é uma filosofia que está em revolução contra Deus; e o marxismo sendo uma revolução contra Deus, é uma revolução satânica; pois, a guerra contra Deus, a deificação da incredulidade, é obra maligna, como já atesta a Escritura que Satanás acusa os servos de Deus e a Igreja de dia e de noite, procurando destruí-los (cf. Ap 12.10).

 

Resposta III

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em terceiro lugar, porque o marxismo tem bases religiosas satânicas.

Quando um pensamento, ou uma ideologia, se coloca como possibilidade de diretriz para a vida humana, a primeira coisa a se fazer é identificar o motivo-base de tal pensamento; ou seja, identificar o motivo religioso de tal pensamento, para saber se o mesmo se enquadra a partir dos ensinamentos bíblicos ou não.

O marxismo tem por motivo religioso o satanismo; Karl Marx era satanista. E, antes que alguma pessoa possa dizer que isto é invenção, loucura ou julgamento sem fundamentos, mostrar-vos-ei, pelo menos três aspectos (entre as centenas de aspectos presentes em toda a obra de Marx), que demonstram que Marx era satanista e por isso, o marxismo tem bases religiosas satânicas. E por isso, tudo o que provêm do marxismo deve ser veementemente rejeitado. Vejamos estes três aspectos que dão um norte geral do satanismo em Karl Marx:

1- Na conhecida poesia “Invocação de um Desesperado”, Marx diz: 

Nada além de vingança me resta!...

Construirei meu trono no alto,

Frio, tremendo será seu cume.

Por seu baluarte - pavor supersticioso,

Por seu marechal - a mais negra agonia[3].

Novamente, Marx, tal qual Satanás, querendo subir acima de Deus e construir o trono no alto. A Escritura afirma o que Satanás dissera: “Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14.13-14).

Se Marx, pronuncia-se assim, do mesmo modo como Satanás, então, fica clarividente que Marx quer se tornar igual a quem ele adora. É um princípio fundamental da vida humana: o ser humano se torna parecido com aquilo que adora; se Marx diz querer construir um trono, que terá por baluarte o pavor supersticioso, e por seu marechal a mais negra agonia, então Marx não adora a Deus, que tem Seu trono firmado em justiça, luz e verdade, mas Marx adora a Satanás, aquele que pelo medo e pavor, prende as almas dos homens a fim de levá-los ao inferno.

2- E na poesia “Orgulho Humano”, Marx diz:

Como a um Deus eu me atrevo

Por aquele reino arruinado em triunfo triunfante.

Cada palavra é Ação e Fogo,

E meu peito como o do próprio Criador[4].

É o mesmo caso da poesia “Invocação de um Desesperado”: Marx dizendo ser deus; é a mesma questão, na qual, fica clarividente o satanismo patente de Marx e, por consequência, do satanismo latente do marxismo. Marx apresenta-se como o Criador; como aquele que tem em seu peito, isto é, em seu coração, mente e vontade, a mesma qualificação do Criador: “E meu peito como o do próprio Criador”; é como se Marx dissesse que ele tem a mesma autoridade e o mesmo obrar do Criador, se colocando então, como o Criador de uma nova realidade.

Ou Marx é louco, ou então é satanista; somente a loucura é que proporciona um ser humano se colocar como o Criador, ou então, o satanismo que quer entronizar a Satanás como “deus”; especificamente no caso de Marx, é o satanismo latente que procura deificar e entronizar Marx como o Criador de uma nova realidade, a realidade paralela comunista. Além, evidentemente, das doenças da alma que provêm do satanismo e do marxismo; sobre o que o psicólogo polonês Andrew Lobaczewski, e outros estudiosos, já tão bem descreveram, as doenças na personalidade dos líderes comunistas e daqueles que apoiam o comunismo.

3- E um fato entre os mais contundentes provêm de uma peça de teatro, de uma tragédia escrita por Marx; aliás, tragédia escrita no melhor estilo das tragédias gregas; todavia, as tragédias gregas eram baseadas na mitologia grega; a tragédia de Marx é baseada no satanismo; tanto, que o título da tragédia é: “Oulanem[5]; o interessante é que esta obra, “Oulanem”, além de ser um texto escrito quando Marx era jovem, também representa o ideal de toda uma vida; ninguém que escreve uma tragédia neste estilo apenas a escreve por escrever, mas transcreve através da mesma os valores religiosos mais profundos que estão entranhados na alma de quem escreve.

O pastor Richard Wumbrandt em “Marx e Satã” fala que “Oulanem” é “uma inversão de um santo nome. É um anagrama de Emanuel”; na magia negra, a inversão de nome, serve para inverter o significado do nome original, e com isso blasfemar do nome original; se Emanuel significa Deus conosco, então “Oulanem”, por se tratar de magia negra, significa o contrário de Emanuel; Oulanem é aquele que quer ser “deus”, a saber, Satanás; portanto, no satanismo, Oulanem significa Satanás com aqueles que o adoram; Oulanem é a declaração da presença de Satanás nos círculos que o adoram.

Por isso, em dado momento da tragédia, Marx coloca os personagens principais na seguinte conversa: “Isso é excelente! Agora vou trocar minha consciência; / Ele será daqui em diante, sim, ele, Oulanem. / Então, consciência, agora pode ir bem com você [...] / Eles são Oulanem também, também Oulanem! Há anéis de morte com esse nome [...] / Seu juramento se ergue em braços diante dos meus olhos / Eu encontrei, e vou fazer com que ele encontre também! / Meu plano está feito - você é sua própria alma, / Sim, você, Oulanem, é sua própria vida. / Você trabalharia em Destiny como se fosse uma marionete? / Fazer do céu um brinquedo para seus cálculos? / Fabricar deuses de seus velhos lombos gastos? / Agora, desempenhe sua parte, meu pequeno Deus[6].

A confissão do personagem Pertini é em relação a Oulanem, e uma confissão de entregar a consciência, de entregar a alma a Oulanem, tal como as nuances da parte da tragédia de Marx demonstram logo na primeira cena; é magia negra, é um ritual de consagração; é satanismo; somente no satanismo, na magia negra, há o ritual de entrega da alma a Satanás.

Estes três aspectos, são apenas alguns entre tantos textos escritos e confessados pelo próprio Marx e por aqueles que estavam próximos a ele, que demonstram que o marxismo tem bases religiosas satânicas; deste modo, o cristão não pode ser marxista, pois, quem apoia práticas marxistas torna-se também conveniente com aquilo que o marxismo adora e tem por práxis; até mesmo porque muitos cristãos sabem os frutos do marxismo ao longo da história, e ainda continuam apoiando o marxismo; a respeito de apoiar práticas contrárias a Deus, o texto bíblico adverte: “os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem” (Rm 1.32). *

 * Apêndice (resposta em 30/09/2022).

Esta resposta se deve a uma crítica feita por uma senhora a respeito de uma resposta na série de perguntas “Por que o cristão não pode ser marxista?”, mais precisamente de quando da resposta n. 3, a partir da qual uma senhora (omite-se aqui o nome verdadeiro), questionou-me e tentou me confutar na rede social, ao passo que a respondi. Eis o questionamento desta senhora (identificada pela letra S), e a minha respectiva resposta (identificada pela letra J).

S:  Vocês são muito sem noção... raízes satânicas são o machismo, o nazismo, o racismo, a escravidão, a eugenia, a tortura, a morte de mulheres, e nenhuma dessas coisas é promovido pelo marxismo. Você já leu mesmo Marx? Ou leu esse bando de glorificador do capitalismo escravista? É muita pretensão... herege inculto... [.]

J: Prezada sra. S, claro que já li Marx, e quase a obra completa que está publicada; agora, todos que leem realmente Marx sabem o que estou falando, os que são partidários do marxismo e não leem Marx e os autores comunistas é que falam estas baboseiras que a senhora disse; agora, me chamar de herege porque critico o marxismo, é tornar o marxismo uma religião; só existe heresia em relação a pensamento religioso (uma procura básica num dicionário simples informaria isso a senhora); além disso, na contextura do pensamento cristão, da Igreja Cristã, heresia é a doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja em matéria de fé.

Se a senhora me chama de “herege” por demonstrar algo que está visivelmente latente em Marx, no marxismo, no nazismo que a senhora menciona - aliás, o nazismo, é filho do comunismo! -, então a senhora apenas comprova e atesta aquilo que descrevi: que o marxismo tem bases religiosas satânicas. Pois, tanto a doutrina da Igreja Católica quanto a doutrina da Igreja Protestante rejeitam completamente o marxismo e o comunismo, afirmando que o marxismo-comunismo é heresia diabólica.

E ainda, a senhora me chama de “sem noção” e “inculto; estou demonstrando a partir do Marx escreveu nas obras completas dele; se tem alguém inculto é a resposta da senhora, pois, critiquei e demonstrei o que estou falando; a senhora apenas respondeu como que uma “religiosa” do marxismo, mas não desautorizou nada do que falei brevemente num pequeno post, o que se estivesse errado, seria fácil de fazer.

E outra coisa: a palavra pretensão, é usada para designar alguém que almeja algo sem ter condições; não estou almejando nada, ao contrário, diferentemente daqueles que se dizem marxista, eu pelo menos li a obra de Marx, o que, posso afirmar com certeza absoluta que a senhora não fez, porque quem realmente estuda, critica o posicionamento com argumentos, e não “esperneando” e “acusando”; os argumentos estão postos, e existem dezenas de outros, se a senhora quiser debater contra estes argumentos por escrito, estou a disposição, se não, a expressão da senhora apenas corrobora de maneira inconcussa aquilo que disse.

Além disso, após descrever estes fatos posso chamar a senhora de imbecil e analfabeta.


Resposta IV

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em quarto lugar, porque o marxismo quer destruir toda a ordem da realidade.

O marxismo não somente tem bases religiosas satânicas, e por isso, é totalmente contrário ao cristianismo, mas o marxismo é a filosofia da revolução contra Deus e contra a Criação de Deus; o marxismo quer destruir toda a ordem da realidade; não somente abolir a religião, as verdades eternas e a moral, tal como Marx e Engels dizem no Manifesto do Partido Comunista; mas o marxismo quer destruir toda a ordem da Criação tal como estabelecida por Deus. O marxismo na revolução contra Deus, procura destruir tudo aquilo que Deus estabeleceu. Marx assevera no 18° Brumário de Luís Bonaparte: “O sufrágio universal parece ter sobrevivido apenas por um momento, para que com sua própria mão possa fazer sua última vontade e testamento diante dos olhos de todo o mundo e declarar em nome do próprio povo: tudo o que existe deve ser destruído[7].

Estas palavras que Marx anuncia: “tudo o que existe deve ser destruído”, ele a estabelece a partir daquilo que dissera Mefistófeles: “O espírito sou que sempre nega! Em com razão: pois tudo quanto nasce De extermínio total somente é digno[8].

A expressão de Mefistófeles, e a de Marx por retomar esta expressão, é uma declaração de guerra contra tudo o que existe: é uma declaração de guerra contra a própria realidade.

Por isso, os cristãos não podem ser marxistas, pois, o marxismo quer destruir toda a realidade, toda a Criação. E como é responsabilidade dos cristãos também velarem pela realidade, pela Criação, pois, é a Igreja Coluna e Firmeza da Verdade (cf. 1Tm 3.15), então, os cristãos tem de rejeitar tudo aquilo que provêm do marxismo. Se houver a destruição da realidade, haverá por consequência a destruição da inteligência; sem a realidade não existe a possibilidade de pensamento racional, sem pensamento racional a vida humana enfraquece e passa a ser governada por princípios destruidores. Pois, como Marx disse, o sufrágio universal, iniciado pela revolução francesa, e propagado pelo marxismo, é declarar em nome do povo (aqueles que falam isso em nome do povo, se colocam como representantes das ideias do povo não o sendo): “tudo quanto nasce, de extermínio total é digno”. Então, quem apoia o marxismo está na marcha pela destruição de todas as coisas. Logo, é evidente o porque o cristão não pode ser marxista.

 

Resposta V

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em quinto lugar, porque o marxismo tem uma teoria econômica defasada e inútil.

O marxismo, transforma-se em comunismo; na verdade, marxismo e comunismo são a mesma coisa: o marxismo é a teoria filosófica, enquanto o comunismo é aplicação do marxismo a vida sociocultural; e as duas, no marxismo-comunismo são indissolúveis, onde há marxismo há comunismo, e onde há o comunismo está o marxismo; embora possa haver dissonância entre o pensamento marxiano e o pensamento marxista-comunista.

Deste modo, assim como qualquer outro sistema, o marxismo-comunismo possui uma teoria econômica; e tal teoria, é desenvolvida de dois modos: primeiro, o marxismo amalgama elementos da economia clássica; segundo, o marxismo acopla o socialismo utópico; o que parece a primeira vista contraditório; só que o problema da teoria econômica do marxismo está justamente neste quesito.

O comunismo usa a teoria do socialismo para enganar aqueles que estão com a inteligência dopada pelos grimórios do próprio marxismo ou do hegelianismo, ou do positivismo, etc.; pois, se existe uma coisa que é “atraente” economicamente e socialmente é o socialismo; mas tal como o conceito diz, socialismo é utopia; o socialismo nunca funcionou e nem nunca funcionará; pois, o socialismo conquanto apresente-se como um sonho lindo, não consegue levar adiante o que é necessário para o desenvolvimento da vida econômica; o socialismo critica os excessos do capitalismo, mas o socialismo nunca apresenta a solução para estes excessos; pois, o socialismo é a destruição do senso econômico inerente ao ser humano.

O socialismo é a teoria econômica do desastre; o que se comprova pelo exemplo histórico: nenhuma das nações que deixaram se enfeitiçar pelo socialismo cresceram e se desenvolveram, pelo contrário, todas elas minguaram e ficaram miseráveis.

Uma das estratégias básicas do comunismo é enganar as massas com o socialismo e se utilizar do capital privado para financiar seus esquemas, a fim de sustentar as crueldades e ditaduras ateísticas ao redor do mundo.

A teoria econômica do marxismo é baseada principalmente a partir do livro “O Capital” de Marx; e uma teoria econômica que segue a linha do raciocínio econômico de Marx torna-se defasada e inútil. “O Capital” de Marx mais do que apenas um livro de teoria econômica, é um grimório que procura pelo pensamento mágico dominar a economia com os tentáculos da destruição. “O Capital” de Marx é uma teoria econômica elaborada a partir do materialismo (a deificação da matéria), bem como pela dialética hegeliana (o endeusamento do pensamento daquele que usa desta dialética circular ou dialética triangular); por isso, “O Capital”, não se estabelece como um livro de princípios para o desenvolvimento econômico, mas como um livro de magia que procura desestruturar a economia e torná-la vassala do marxismo.

A luta marxista, da classe proletária contra a classe burguesa, é evidenciada na teoria econômica elaborada por Marx, e por isso, o marxismo torna-se a destruição da economia. Conquanto Marx tente dizer que procura elaborar um capital a partir do proletariado, na verdade, destrói a possibilidade de renda digna do próprio proletariado; assim, o marxismo incorre no mesmo erro que critica, a saber: não proporciona dignidade aos trabalhadores assalariados, e pior, o marxismo causa terrores piores aos trabalhadores do que os “excessos” do capitalismo. Enquanto o marxismo evoca que os trabalhadores devem ser unir contra a classe burguesa, os líderes do marxismo, tomam destes trabalhadores a própria liberdade, e depois, tira-lhes a dignidade, destruindo-os e tirando a fonte de renda destes através do trabalho.

E, tem uma verdade que o cristão sempre deve ter em mente: nenhum político, por melhor que seja, luta pelos “pobres”; a política não é meio de lutar por esta ou aquela classe: nem por pobres nem por ricos. A política é a administração e a busca pelo bem comum num Estado Democrático de Direito, bem como a conversação e a preservação dos valores fundamentais da vida humana.

O bom político, o político digno de confiança para governar, deve ser aquele que busca melhorar as condições de emprego, de sustentabilidade, de desenvolvimento, para que a economia cresça, se fortifique e se estabeleça, e, com isto haja oportunidades de emprego e de qualidade de vida para todos - o bom político também é aquele que preserva os valores fundamentais da vida humana; e isto, o marxismo-comunismo nunca fez, e nem nunca vai fazer; pois, não existe um político marxista que entenda de desenvolvimento econômico - até mesmo porque os marxistas querem é destruir a economia; por isso, o marxismo-comunismo deve ser rejeitado, pois, o marxismo além de procurar destruir a ordem da realidade, também quer destruir os meios de subsistência e desenvolvimento que o Criador concedeu aos homens, e, pior, o marxismo faz isso dizendo que protege os pobres e os oprimidos. O marxismo diz lutar por estes, quando na verdade, são estes que o comunismo quer realmente destruir.

Marx diz que quer destruir tudo o que existe (cf. 18° Brumário de Luís Bonaparte); se Marx quer destruir tudo o que existe, então o marxismo também segue o mesmo caminho. Quem quer destruir tudo a todo custo, não pode construir nada nem desenvolver nada. Rejeitamos, portanto, o marxismo, pois além de possuir bases religiosas no satanismo, tem uma filosofia econômica defasada, inútil, inepta, grimórica e que impossibilita o crescimento: o que se demonstra não apenas por estas simples colocações, mas também a história e a própria economia. Portanto, o cristão não pode ser marxista porque senão acaba por apoiar uma teoria econômica que impede e destrói o desenvolvimento necessário à vida humana.

 

Resposta VI

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em sexto lugar, porque o marxismo torna a vida sócio-cultural esquizofrênica.

O marxismo é uma filosofia dualista; toda filosofia dualista torna a vida cultural esquizofrênica; a esquizofrenia é uma doença psíquica; mas também existe esquizofrenia cultural; pois, quando uma cultura que tem valores cristãos e conservadores, e a maior parte desta se coloca favorável a valores que contradizem os valores naturais da vida humana, então isto significa que esta cultura fora esquizofrenizada.

O problema do marxismo é que distorce o propósito de Deus ao criar o homem como um ser cultural: um ser que produz cultura na cultura; o marxismo destrói isso e as pessoas não percebem.

Mas, eis um exemplo apodítico que demonstra que o marxismo torna a vida sociocultural esquizofrênica: a questão sobre classes.

O marxismo germina a semente errada de que existe uma luta de classes, e deifica esta luta; mas o que o marxismo gera é uma estrutura de castas; e não há nada mais perigoso para a vida cultural de um país que preza pela liberdade do que a filosofia das castas.

Os marxistas estabelecem padrões de comportamento pré-definidos, pois, estabelecem partidos e políticos que representam esta ou aquela classe de maneira absoluta e inoculam estas mentiras na sociedade; a função dos partidos e dos políticos não é representar esta ou aquela classe mas sim o bem comum em função do crescimento do Estado Democrático de Direito; quando um político ou partido coloca-se como representantes de classes, eles dividem a sociedade em dois grupos; e é isto que o marxismo faz, pois, ao deificar a luta de classes, tornam as pessoas sujeitas a partidos ou esquemas que supostamente representam esta ou aquela classe; e isto também se evidencia que muitos que estão coligados com esta filosofia das classes sequer investigam se o marxismo realmente luta de modo digno pela classe que diz representar; na verdade, o marxismo destrói a classe pela qual diz lutar, pois, dá com uma mão, e depois, toma como duas mãos e com “juros” altíssimos e impagáveis; a Venezuela é um exemplo disso: os pais que votaram em Hugo Chávez e nos políticos marxistas, hoje veem seus filhos comerem lixo nas ruas.

Mas o interessante é que o próprio Marx, ainda que tenha falado desta luta no “Manifesto do Partido Comunista”, jamais definiu o que que queria dizer por classes; em nenhum de seus numerosos escritos Marx definira o que realmente é classe; então, é de assustar que o marxismo-comunismo se fixe tanto em uma coisa que o próprio Marx não definira mas apenas estabeleceu como mote para engano e obnubilação das inteligências das pessoas.

Deste modo, esta deificação da luta de classes, é um símbolo da esquizofrenização cultural operada pelo marxismo; ademais, esta questão, torna as pessoas das próprias classes sujeitas ao marxismo como uma casta; como então os marxistas dizem lutar pelos pobres, se colocam estes debaixo de jugo de castas; os partidos políticos, e a própria política, que proclamam-se como defensores desta ou daquela classe colocam-se no lugar da religião; e quem se coloca no lugar da religião, das duas uma: ou quer substituir a religião predominante, ou então, quer ser a nova religião; nos dois casos o perigo é gravíssimo; e se observa que o marxismo ou outra ideologia, quando isso ocorre, buscar se apresentar como uma religião.

Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque o marxismo esquizofreniza a esfera cultural da vida humana, e uma vez que esta está esquizofrenizada, a vida moral-intelectual-social do ser humano é afetada, gerando inúmeras doenças morais e intelectuais no seio da sociedade; e isto torna o marxismo totalmente contrário ao cristianismo; e tudo o que mina a dignidade humana, tal como o marxismo, deve ser totalmente rejeitado pelos cristãos.

 

 

Resposta VII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em sétimo lugar, porque o marxismo contamina e destrói a inteligência humana.

O marxismo, por ser uma filosofia que abole Deus, e as verdades eternas, contamina e destrói a inteligência humana. A inteligência, foi dada aos homens, com a função de captar a verdade (a expressão é de Tutea!); como o marxismo abole a verdade primeira, como o marxismo abole o primeiro princípio, o princípio fundamental para toda e qualquer intelecção, então, tudo aquilo que o marxismo produz serve para obnubilar a inteligência e torná-la escrava da doutrina marxista. A inteligência que se rende ao marxismo torna-se trôpega, inepta e no mais das vezes, seca o múnus intelectivo, isto é, no marxismo a inteligência humana não flui como a mesma foi criada por Deus para se desenvolver.

Por exemplo, em todos os países que foram dominados pelo marxismo cultural, a educação sempre é a mais afetada; a educação não se dá bem com ateísmo; o ateísmo é a destruição da educação; porque a educação, é formar os seres humanos para que exerçam sua inteligência no desenvolvimento de suas vidas; e, como o marxismo contamina a inteligência, então destrói a possibilidade de desenvolvimento; aliás, onde há marxismo o propósito singular da educação torna-se obnubilado; o que se confirma pela constatação de que as pessoas não tem mais o interesse genuíno pelo estudo, fato esse somado a falta de valorização dos professores, aqueles que tem a responsabilidade de ensinar; e no marxismo isto sempre é evidente. A destruição da educação é fruto do marxismo.

Quando a inteligência é destruída, os principais valores da vida humana são escarnecidos e deixados de lado; no marxismo, palavras como piedade, esperança, justiça, verdade, liberdade, tornam-se obsoletas; e não é para menos, que nos países dominados pelo marxismo, as pessoas tornam-se mais doentes emocionalmente; se a inteligência está contaminada, toda a alma também será contaminada; os valores principais da vida humana são o que dão base e sustentação para a vida humana natural; sem piedade, sem esperança, sem justiça, sem a verdade, sem liberdade, a vida humana não prospera e não há desenvolvimento.

Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque o marxismo destrói a inteligência, este dom singular que Deus deu aos seres humanos; e sem inteligência não há conhecimento flóreo, nem o desenvolvimento das faculdades inerentes ao ser humano; sem inteligência não há desenvolvimento das virtudes cardeais; sem a inteligência a dignidade do ser humano é jogada no lixo, e a coroa da criação de Deus é subjugada por uma filosofia da destruição e da morte; o marxismo nunca contribuiu nem nunca contribuirá para o desenvolvimento da inteligência humana; por isso, o marxismo deve ser rejeitado veemente, pelo menos, se os homens quiserem ter um desenvolvimento adequado e frutuoso para a vida humana.

 

Resposta VIII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em oitavo lugar, porque quem é marxista não é cristão; e quem é cristão não é marxista. 

O marxismo e o cristianismo são auto-excludentes (a expressão é de Herman Bavinck!); onde há marxismo não há cristianismo, e onde há cristianismo não há marxismo; e, tanto a doutrina da Igreja Católica, quanto a doutrina da Igreja Protestante, em suas principais confissões e catecismos, condenam veementemente o marxismo-comunismo.

Em relação a doutrina Católica, o papa Pio XII promulgou um decreto em 1949, apoiado por toda a Igreja, e depois reafirmado com louvor por João XXIII no Dubium (documento do Santo Ofício) em 1959, que todo católico que apoia o comunismo está automaticamente excomungado; se há excomunhão, não há comunhão com a Igreja e na doutrina Católica já que “extra ecclesia nullis salis” (fora da Igreja não há salvação). Então, quem é católico e apoia o marxismo está excomungado, e se há excomunhão não há cristianismo; portanto, quem for marxista não é cristão.

Em relação a doutrina Protestante, além de inúmeros documentos e críticas, há a conhecida declaração de Barmen, que se promulga não só contra o nazismo, mas também contra o marxismo-comunismo; a declaração de Barmen conquanto tenha sido feita no contexto do nazismo na Alemanha, todavia, é válida diante de qualquer movimento totalitário, seja o nazismo, seja o fascismo ou seja o marxismo-comunismo. Além disso, o mais importante teólogo reformado holandês dos últimos 200 anos, o Dr. Herman Bavinck, num breve opúsculo manuscrito de 1903, intitulado “Het marxisme” (O marxismo), dissera que marxismo e cristianismo são incompatíveis e auto-excludentes.

Por isso, vale relembrar o “Decreto contra o Comunismo” (1949), mencionando apenas a primeira pergunta: “Pergunta 1: Se é permitido [ao cristão] aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira? Resposta: Não; o comunismo é de facto materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de facto, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo”.

 

Resposta IX

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em nono lugar, porque o marxismo possui um falso ideal.

O cristão não pode ser marxista porque o marxismo apresenta um falso ideal; e um falso ideal é usado para enganar e manipular muitas pessoas. E o marxismo possui um falso ideal devido as máscaras que possui. Vejamos duas delas:

A primeira máscara do marxismo-comunismo é a “redenção” dos humildes; quando o marxismo se diz do lado dos pobres, o marxismo-comunismo se coloca como uma religião; é função da religião cuidar dos pobres, não do marxismo-comunismo; por isso, não existe “redenção” dos humildes ou “redenção” dos pobres no marxismo; nunca o marxismo-comunismo produziu algum benefício durável aos menos favorecidos, aos pobres; sempre que o marxismo-comunismo “deu” alguma coisa para os pobres, foi para tirar destes a dignidade da liberdade inerente ao ser humano; no marxismo-comunismo os pobres ficam cada vez mais pobres, enquanto os líderes e figurões do partido comunista ficam cada vez mais ricos a fim de financiarem as loucuras comunistas ao redor do mundo; o marxismo-comunismo não é a “redenção” dos humildes, mas sim a força motriz para impedir que os pobres cresçam na vida e se desenvolvam com trabalhos dignos e honrados, e, respectivamente, com salários adequados a cada trabalho.

A segunda máscara do marxismo-comunismo é o pseudo-ideal de justiça, de igualdade e de fraternidade universal; o pseudo-ideal do marxismo-comunismo é aproveitar-se da ânsia de justiça dos homens, e torná-los presos dentro do grimório de que o marxismo-comunismo é que apregoa a justiça, a igualdade e a fraternidade; com isso, o marxismo proclama de forma feroz que o progresso econômico é proveniente do pseudo-ideal de justiça, igualdade e de fraternidade universal proveniente do comunismo. Mas, é evidente que o marxismo-comunismo não contribui com o progresso de nada, já que, onde há pseudo-ideal não pode haver desenvolvimento.

Mas, na verdade, o comunismo agrava enormemente os excessos do capitalismo, pois, onde o comunismo promete riquezas igualitárias e progresso econômico, mas traz apenas imensos lucros para os grandes capitais privados, aqueles capitais que financiam as ditaduras comunistas, sem o respeito a dignidade humana, e colocando os trabalhadores que lutaram no pseudo-ideal comunista para cada vez mais serem chicoteados com trabalhos pesados e desumanos; quem mais agrava os excessos do capitalismo não são os capitalistas, mas sim o comunismo com o pseudo-ideal de justiça.

E todo falso ideal conduz a manipulação e a destruição dos verdadeiros ideais da vida humana; onde o marxismo-comunismo se apresenta com seu pseudo-ideal, os valores fundamentais da vida humana, expressos pelos vocábulos, piedade, esperança, justiça, verdade, honra, liberdade, são destruídos e a sociedade fica desencantada e desesperançada. Onde há pseudo-ideal, há sempre desencanto e desesperança; portanto, onde há marxismo-comunismo há sempre desencanto e desesperança.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo possui um falso ideal.

 

Resposta X

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo lugar, porque o marxismo tira a liberdade natural inerente ao ser humano.

O ser humano é por natureza livre; livre em sua consciência e inteligência para o exercício das coisas que são humanas; as ideologias culturais tentam minar e roubar esta liberdade.

O marxismo-comunismo rouba, aprisiona e destrói a liberdade humana; pois, já que o marxismo-comunismo abole a religião, abole as verdades eternas e a moral, e tira a liberdade dos seres humanos; só existe liberdade com a religião, com a verdade e com a moral natural sendo comuns e indispensáveis a todos os homens; qualquer ideologia que tente tirar esta liberdade, deve ser rejeitada; pois, a religião, a verdade e a moral estabelecem propriamente aquilo que chama-se de a dignidade do ser humano, dignidade esta que é evidenciada pela liberdade; sem estas, a dignidade humana é retirada e deixada de lado, quando não, destruída totalmente.

Na verdade, o marxismo-comunismo é a filosofia da anti-liberdade, onde os meios de comunicação, as artes, e a sociedade, tornam-se presas pela asfixia da falta de liberdade; onde há tentativa de minar a liberdade, de tentar enquadrar a liberdade seja por coerção, seja pela falta de espaço público para o exercício da liberdade, sempre há o marxismo-comunismo por detrás; o marxismo-comunismo é o pregão da anti-liberdade. E toda filosofia de anti-liberdade, é uma filosofia aprisionadora, é uma filosofia grimórica; quando não aprisiona os inimigos políticos em prisões físicas, para torturas e coisas similares (como acontecera em todos os países dominados pelo marxismo-comunismo), os aprisionam pela destruição da inteligência.

Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque o marxismo-comunismo é uma filosofia que procura destruir a liberdade dos seres humanos; onde há falta de liberdade, há a doença do “igualitarismo”; igualitarismo é um neologismo para designar aquilo que as ideologias prometem em relação aos homens, mas que na verdade, fazem o inverso: onde o marxismo-comunismo fala de igualitarismo, traz é intervencionismo, ditadura do relativismo e revolução ateística; o marxismo-comunismo apregoa o “igualitarismo” que ao invés de demonstrar a igualdade dos homens, na verdade, acentua a desigualdade onde esta não deve existir. 

Os seres humanos são diferentes uns dos outros; isso é evidente; todavia, todos os seres humanos partilham de algo em comum, a liberdade; o marxismo-comunismo ao proclamar o “igualitarismo”, apregoa que todos os homens são iguais e tiram aquilo que os faz diferentes - que é a beleza singular da vida humana, a diversidade; e enquanto isso, o marxismo-comunismo tira aquilo que os seres humanos tem em comum, a liberdade - que é o fundamento principal da vida humana em sociedade; assim sendo, o marxismo-comunismo proclama “igualitarismo” e traz destruição, e proclama o pseudo-ideal de justiça, e tira a liberdade; o marxismo-comunismo acusa a suposta “desigualdade”, mas é o que mais traz desigualdade; o marxismo-comunismo corrompe o verdadeiro sentido e o verdadeiro entendimento do valor das diferenças entre os seres humanos; o marxismo-comunismo corrompe e destrói aquilo que os seres humanos tem em comum, a liberdade.

Portanto, o marxismo-comunismo se utiliza do jargão do “igualitarismo” para tirar a liberdade dos seres humanos: tirar a liberdade religiosa, e tirar a liberdade “da” e “na” verdade. Deste modo, o marxismo-comunismo tira a liberdade natural inerente a todos os homens; sem a Verdade - a verdade revelada (religião) e a verdade natural (razão) -, não há liberdade. Só há liberdade na Verdade; só há amor na Verdade; só há esperança na verdade; só há desenvolvimento “na” e “a partir” da Verdade.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo tira a liberdade do ser humano.

 

Resposta XI

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-primeiro lugar, porque o marxismo resseca o vigor do desenvolvimento científico.

O marxismo-comunismo resseca o vigor do desenvolvimento científico; conquanto o marxismo-comunismo procure cientistas e a ciência para desenvolver armas e coisas similares para ajudar na implementação e mantenimento da ditadura comunista, a ciência propriamente se resseca sob o comunismo; os cientistas que conseguem se desenvolver sob o marxismo-comunismo o fazem sob muita dificuldade e com uma ousadia heroica. Pois, se o marxismo-comunismo procura destruir a verdade e abolir a religião, então, não há possibilidade de desenvolvimento científico; a ciência só floresce sobre o temor do Senhor; o marxismo-comunismo abomina o temor do Senhor, ao ponto de Marx, em várias de suas poesias, ter se declarado contra Deus e blasfemado contra Deus. 

A destruição da verdade e a abolição da religião, tornam o marxismo-comunismo uma filosofia anti-científica; e toda filosofia anti-científica atrapalha o verdadeiro desenvolvimento científico; para a ciência se desenvolver há necessidade de se ter liberdade; se o marxismo-comunismo tira a liberdade, logo, sufoca a ciência; e ciência sem liberdade é como um pássaro engaiolado que não pode voar.

Deste modo, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo-comunismo resseca o vigor do desenvolvimento científico, seja procurando enquadrar a ciência sob alguma utilidade política ou propagandística do comunismo, seja procurando dissolver a ciência em ideologia, ou a ciência em instrumento da ideologia, tornando assim a ciência uma caricatura de si mesma, pois, quando a ciência se rende aos propósitos da ideologia torna-se caricata e burlesca; ou ainda, quando o marxismo-comunismo tenta dissolver as descobertas científicas que “supostamente” atrapalham o pseudo-ideal marxista ou que se sobrelevam aos desvarios do comunismo.

Por isso, o cristão deve rejeitar veementemente o marxismo-comunismo, já que o temor do Senhor é um pressuposto apodítico do desenvolvimento científico; “o temor do Senhor é a flor da ciência” (a expressão é de Abraham Kuyper!); portanto, qualquer ideologia que tente negar o temor do Senhor ou que procure tirar Deus de cena tem de ser rejeitada, já que o princípio fundamental para o desenvolvimento científico, parte do mandato cultural singular e necessário para a vida humana, é o temor do Senhor. No marxismo-comunismo não há temor do Senhor; e onde não há temor do Senhor não há liberdade, não há paz, não há desenvolvimento científico, não há sabedoria.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo resseca o vigor do desenvolvimento científico.

 

Resposta XII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-segundo lugar, porque quem apoia o marxismo não tem honra moral, intelectual e teológica para falar da Igreja e da religião.

O marxismo-comunismo não tem honra moral para falar da Igreja e da religião; pois, como Marx e Engels disseram no “Manifesto do Partido Comunista” que procuram destruir a religião, abolir a verdade e a moral, quem apoia o marxismo-comunismo não tem hombridade moral para falar da Igreja; pois, se Marx quer destruir a religião e a verdade, não há motivo para nenhum marxista-comunista falar ou mencionar a Igreja ou a religião.

A Igreja é coluna e firmeza da verdade (cf. 1Tm 3.15), e quem tenta destruí-la e destruir a Verdade, coloca-se contra Deus; pois, a destruição da verdade é a destruição da inteligência, a destruição da esperança, a destruição da vida e a destruição da ordem. Ninguém que queira destruir tudo o que existe, como Marx diz no “18° Brumário de Luís Bonaparte”, pode falar da Igreja, que é coluna e firmeza da verdade.

Na verdade, toda moral e todo senso de justiça se tornam nulas em quem apoia o marxismo-comunismo já que quem quer destruir a Igreja quer destruir a própria mãe, só que a mãe que cuida e ordena a vida cultural; a Igreja é “mater et magistra” (mãe e mestra); se o marxismo-comunismo quer destruir a Igreja e a verdade, então os marxistas não tem honra moral, porque quem quer destruir a própria mãe tem alguma honra? É evidente que não.

E, sendo a Igreja a mãe e mestra dos povos, que serve de coluna, de sustentáculo à verdade para que o templo da sociedade não venha a ruir, não pode jamais ser destruída; e aqueles que querem destruí-la, de forma apodítica, sobre estes pode-se afirmar: estes não têm honra nem hombridade moral para falar em Igreja e em religião.

Pois, querer abolir a verdade, é querer abolir o fundamento da ordem social; e ao abolir a verdade, também se abole o bom e o belo; e sem a verdade, sem o bom e sem o belo não há fundamentação para construção da vida humana; e ainda, o marxismo-comunismo quer destruir a Igreja, que serve de sustentáculo da verdade na sociedade; e já que não há moral sem a verdade, não pode haver moral no marxismo-comunismo; e uma filosofia sem uma moral fundada na verdade, sempre é uma filosofia da destruição e da desordem na sociedade.

Não é para menos que quando o marxismo-comunismo toma conta de uma sociedade, os valores morais tornam obnubilados e por fim acabam por deixar de existir; uma sociedade comunista é uma sociedade sem valores morais, e uma sociedade sem valores morais é uma sociedade sem Deus, e como já dizia Dostoiévski, “se Deus não existe tudo é permitido”. Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque o marxismo-comunismo não tem honra moral para falar da Igreja e da religião; e aqueles que seguem o marxismo-comunismo também não tem honra moral para falar da Igreja e da religião, já que, quem apoia o erro se faz tanto errado como quem pratica o erro (cf. Rm 1.32): quem apoia o marxismo-comunismo se faz digno de culpa dos erros do marxismo-comunismo.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque quem apoia o marxismo não tem honra moral, intelectual e teológica para falar da Igreja e da religião.

 

Resposta XIII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-terceiro lugar, porque quem apoia o marxismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja e da Religião.

O marxismo-comunismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja e da religião; pois, como o marxismo-comunismo abole a verdade, o próprio marxismo se estabelece como verdade; e quem se estabelece como verdade, arrola para si o caminho da religião; por isso o marxismo-comunismo quer se tornar uma nova religião; e não é se de estranhar que os que seguem o marxismo-comunismo queiram criticar alguma coisa da Igreja e da religião; mas a questão é que, quem apoia o marxismo-comunismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja e da religião.

A autoridade intelectual, é princípio que, para se falar de algo há de se ter o mínimo de conhecimento necessário sobre este algo; e não somente o conhecimento necessário, mas também o entendimento de como este algo é e existe, isto é, a essência e a existência deste algo; para se falar da Igreja e da religião, há de se ter o conhecimento sobre a mesma, da razão de ser da mesma; por isso, quando o marxismo-comunismo fala da Igreja e da religião, distorce o verdadeiro significado desta; pois, o marxismo-comunismo julga heresia quando se fala contra o mesmo; e é interessante, pois, só há heresia em pensamento religioso; e heresia é o que contradiz o pensamento doutrinário e teológico da Igreja; deste modo, a heresia quem sanciona e demonstra são a Palavra de Deus e a doutrina, não o marxismo-comunismo; por isso, quando aqueles influenciados pelo marxismo-comunismo falam ou desprezam quem critica os erros grimóricos do marxismo estão incorrendo em “falácias” e heresias hediondas; pois, o marxismo-comunismo não apenas é contrário ao cristianismo, e por isso, deve ser rejeitado, mas o marxismo-comunismo é contrário a tudo o que existe.

Assim, a autoridade intelectual do marxismo-comunismo é nula ao se falar da Igreja e da religião; até mesmo porque, ao se analisar questões introdutórias e necessárias ao entendimento do pensamento religioso o marxismo-comunismo é pego em contradição fatal.

Quando se pergunta ao marxismo-comunismo se a religião é necessária? O próprio Marx responde; na análise da filosofia do direito de Hegel, Marx diz que a religião (o cristianismo) é o ópio do povo; quem considera o cristianismo o ópio do povo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja.

Quando se pergunta ao marxismo-comunismo se a religião deve ser edificada? O próprio Marx responde; no manifesto do partido comunista Marx diz que a religião (o cristianismo) tem de ser abolida; quem quer abolir o cristianismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja.

Quando se pergunta ao marxismo-comunismo qual é o fim da vida humana? O próprio Marx responde; numa de suas poesias, Marx diz que é destruir e arruinar tudo o que Deus criou, e como um “deus” nas trevas, ele se assentará no trono para governar; quem quer destruir tudo o que Deus criou, e pior, que quer se colocar como “deus”, para no final destruir tudo, não tem autoridade intelectual para falar da Igreja, pois, o fim da vida humana é a vida feliz, e onde há o marxismo-comunismo querendo destruir tudo não pode haver vida feliz.

Portanto, quem apoia o marxismo-comunismo se coloca nos mesmos princípios de Marx; pois, se querem criticar a Igreja sem autoridade intelectual para tal empreitada, então, quem se coloca em tal critica apoia os grimórios do marxismo; e quem apoia estes grimórios incorre nas mesmas consequências e pensamentos de Marx; um sistema filosófico é uma forma de ver o mundo e a vida; por isso, quem apoia o marxismo-comunismo se torna marxista e comunista, e isso, coloca-os contra a Igreja, o que por sua vez, coloca o marxismo como religião destes; se o marxismo-comunismo é a religião destes, então, estes não podem falar da Igreja, a não ser quem tenham a hombridade intelectual de falar como marxistas que abertamente querem destruir a Igreja; isso nenhum marxista faz abertamente; por isso, quem apoia o marxismo-comunismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja e da religião, pois, falta ao marxismo-comunismo sinceridade, verdade, justiça e honra; coisas essas, aliás, que o marxismo-comunismo nunca terá já que é filosofia da destruição e do emburrecimento.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque quem apoia o marxismo não tem autoridade intelectual para falar da Igreja e da Religião.

 

Resposta XIV

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-quarto lugar, porque quem apoia o marxismo não tem princípios teológicos para falar da Igreja e da Religião.

O marxismo-comunismo quer abolir o cristianismo; portanto, o marxismo-comunismo não tem princípios teológicos; e princípios teológicos, são aqueles que permitem alguém a entender alguma coisa a respeito dos assuntos eclesiais; deste modo, quem apoia o marxismo-comunismo não tem princípios teológicos para falar da Igreja e da religião; até mesmo porque, como o marxismo é uma filosofia ateística, não pode haver teologia; não há teologia onde há ateísmo; portanto, onde há marxismo-comunismo não há cristianismo, nem teologia cristã.

A noção básica de qualquer crítica e/ou elucidação a respeito da Igreja e da religião, requer um mínimo de participação teológica, isto é, uma conduta e disciplina que se adeque aos padrões eclesiais estabelecidos pela Escritura Sagrada, e que a Igreja ensina aos cristãos; no marxismo-comunismo não há respeito a Escritura Sagrada, e nem a Deus, e nem a Igreja; por esta razão evidente, quem apoia o marxismo-comunismo não tem princípios teológicos para falar da Igreja e da religião. Pois, sendo o marxismo-comunismo uma filosofia contrária a Deus e a Igreja, o mesmo se estabelece como um substituto a Igreja, de modo que, o marxismo-comunismo e o cristianismo são auto-excludentes: onde há o marxismo-comunismo não há cristianismo; e onde há o cristianismo não há marxismo-comunismo.

O marxismo-comunismo é uma filosofia com cosmovisão anti-teologia cristã; por isso, o marxismo-comunismo quando se infiltra na sociedade, e então, procura destruir a Igreja, a primeira coisa que o marxismo-comunismo procura minar é a existência teológica da Igreja; pois, onde há a teologia da Igreja de forma sólida e forte, o marxismo-comunismo não consegue vencer esta barreira; mas onde há uma teologia fraca e imprecisa, o marxismo-comunismo consegue se infiltrar para destruir a Igreja em suas bases.

Deste modo, se o marxismo-comunismo quer destruir a teologia e a Igreja, logo, o marxismo-comunismo tem uma filosofia anti-teológica e anti-eclesial. Se a teologia, a rainha das ciências, é desfigurada, logo, todas as ciências, que participam no banquete da verdadeira sabedoria, também o são; quando o marxismo-comunismo procura destruir a teologia, na verdade, o marxismo-comunismo está procurando destruir não somente a Igreja, mas também a toda a ciência.

E quem apoia o marxismo-comunismo também incorre neste mesmo erro, o de querer destruir a Igreja e a religião; e quem quer destruir o lugar da teologia, como pode falar da Igreja e da religião? É impossível para quem apoia o marxismo-comunismo querer falar algo qualquer da Igreja, pois, ao apoiar uma filosofia anti-eclesial e anti-teológica, não há possibilidade qualquer de qualquer afirmação teológica; só pode haver afirmação teológica onde não há o marxismo-comunismo.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque quem apoia o marxismo não tem princípios teológicos para falar da Igreja e da Religião.

 

Resposta XV

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-quinto lugar, porque o marxismo muda a verdade em mentira e a mentira em verdade.

O marxismo-comunismo muda a verdade em mentira e a mentira em verdade; se o marxismo-comunismo abole a verdade, como Marx e Engels dizem no “Manifesto do Partido Comunista”, então, só pode haver mentira no marxismo-comunismo; onde não há a verdade, só há a mentira.

Isto se demonstra assim: o marxismo-comunismo acusa de mentira e “fake-news” tudo aquilo que acusa e demonstra os erros e desvarios conceituais, filosóficos e morais do marxismo-comunismo; aliás, isso é exatamente as “fake-news” que esses alegam; todas as acusações contra o marxismo-comunismo são feitas com base nas próprias obras dos filósofos e teóricos do comunismo; se são baseadas nas próprias declarações destes, então não há “fake-news”, mas se afirmar que é “fake-news” o que não é, então, o que há é a inteligência obnubilada daqueles que se colocam a defender as práticas do marxismo-comunismo sem conhecer as obras de Marx, Engels, Lênin, Stalin e cia.

Na verdade, a máquina de propaganda comunista, em meados de 1920, que criou o mecanismo de transformar a mentira em verdade, através das propagandas e do jornalismo partidário; o que, por sua vez, foi utilizado grandemente pelo ministério da propagada do nazismo, na figura sombria de Joseph Goebbels.

Na verdade, só existe “fake-news” quando algum argumento não se comprova por fatos ou por argumentos fundamentados; se os argumentos são fundamentados, e principalmente os argumentos contrários ao marxismo-comunismo, pelos motivos estabelecidos pelas próprias fontes do marxismo-comunismo, então, as “fake-news” provêm do próprio comunismo e não de quem os critica. Aliás, qualquer crítica ao marxismo-comunismo, ainda que seja sensacionalista, é pouco pelas maldades e crueldades feitas pelo comunismo ao longo da história; o que, evidentemente é comprovado por fatos históricos bem estabelecidos e que só não percebe quem não quer; o discurso de ódio, da mentira, provém, única e simplesmente do marxismo-comunismo, que são os mestres do ódio, da mentira e das “fake-news”.

Além disso, o marxismo-comunismo é propagador de “desinformação”; é um termo correlato a “fake-news”; “desinformação” é aquilo que é o contrário de informação, isto é, ou tirar a informação ou dar informação errada; o marxismo-comunismo se apropriou plenamente deste termo; na verdade, se uma informação é dada com bases e fundamentação, é uma informação válida; o problema é que, toda informação válida e conhecida contra o marxismo-comunismo é taxada ou de “fake-news” ou de “desinformação”; por isso, o marxismo-comunismo muda a verdade em mentira, porque procura destruir a verdade, e torna a mentira em verdade, procurando destruir o senso das proporções entre o que é verdadeira informação da que não é; por isso, todo marxista-comunista é “mentiroso”, e ainda que afirmem que não vão fazer nada contra a religião ou a Igreja, ou contra os valores tradicionais, sempre é mentira, o que atesta não somente a verdade mas também a própria história.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque senão torna-se culpado de mudar a verdade em mentira e a mentira em verdade.

 

Resposta XVI

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-sexto lugar, porque o marxismo destrói o múnus da verdadeira arte.

O marxismo-comunismo destrói o múnus da verdadeira arte; há alguns desenvolvimentos dito artísticos sob o marxismo-comunismo, mas de “artistas” propriamente dito, de gênios da arte, sejam músicos, escritores, etc., o marxismo nunca produziu nenhum que tenha sido plenamente comunista; pois, o múnus, o encargo, a razão de ser da arte, torna-se obscurecida sob o marxismo-comunismo; e mesmo entre aqueles que foram marxistas, ao desenvolverem a arte, não militaram ideologicamente, isto é, foram meio que “esquizofrênicos” naquilo que produziam porque não militaram pelo comunismo. Como dizia a escritora Raquel de Queiroz, a arte que milita ideologicamente se abastarda.

O marxismo-comunismo nunca produziu um Bach, ou um Mozart, ou um Beethoven, ou um Dante, ou um Camões, ou um Aristóteles, ou um Husserl; ou mesmo aqueles que herculeamente produziram arte sob o domínio marxista-comunista, como Shostakovitch, e outros, nunca foram marxistas-comunistas enquanto produziam obras de arte; pois, quando aqueles que produzem “arte” se rendem ao marxismo-comunismo, então, a própria arte deixa de ser arte e torna-se “anti-arte”, isto é, a pseudo-arte que se volta contra a verdadeira arte.

Mas porque o marxismo não produz arte? Porque o marxismo-comunismo abole a verdade, e sem a verdade, não há beleza; e sem beleza, não há arte; o múnus da arte, é expressar a beleza, através de expressões artísticas, e expressá-las sob liberdade; no marxismo-comunismo não há liberdade, e toda expressão artística que por natureza é livre, torna-se “neutralizada” ou por coerção ou por manipulação ideológica. A arte quando se torna “ideologizada”, torna-se arte sem múnus, sem força, sem seiva.

E, ao destruir o múnus da verdadeira arte, o marxismo-comunismo destrói uma das principais características da vida humana, a liberdade por meio da expressão artística; sem a liberdade por meio da expressão artística, o ser humano torna-se imbecilizado, além do que, toda geração que não tem liberdade por meio da expressão artística perde a noção do lugar e da posição do ser humano na sociedade e na época em que vive. Por isso, quando o marxismo-comunismo domina, entre os que apoiam o marxismo-comunismo, nunca há expressão de conhecimento ou de entendimento da própria situação causada pelo marxismo. O marxismo-comunismo cega o entendimento, e sem entendimento, não há conhecimento da beleza, e sem este, não há arte.

Entre os marxistas, muitos dizem-se que não são marxistas, enquanto têm a liberdade destruída pelo próprio marxismo. Isto gera casta cultural e social; mas uma casta que funciona como destruidora da liberdade e da inteligência humana. Onde há marxismo-comunismo não há expressão de inteligência perceptiva - a percepção de fenômenos simples -, e por isso, os males do próprio marxismo tornam-se imperceptíveis. Isso tudo é ocasionado pela falta de liberdade, e pela destruição do múnus da verdadeira arte.

O cristão não pode ser marxista-comunista, porque o cristão é chamado a adorar somente a Deus; agora, se a arte está presa pelos tentáculos do marxismo-comunismo, como que o cristão através da arte vai adorar a Deus; no marxismo-comunismo, toda expressão de adoração torna-se anti-bíblica e herética; não existe a possibilidade de adoração cristã no marxismo-comunismo, pois, o marxismo-comunismo além de destruir o múnus da arte, também corrompe o senso artístico dos cristãos.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo destrói o múnus da verdadeira arte.

 

Resposta XVII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-sétimo lugar, porque o marxismo embrutece e emburrece as pessoas para perceberem a verdadeira face das atrocidades que provêm do marxismo.

O marxismo-comunismo, como é uma filosofia grimórica, embrutece e emburrece as pessoas; um grimório na magia antiga, é um feitiço feito como vista a obscurecer alguém para destruir esse alguém; e um grimório na filosofia, é enquadrar as pessoas para que sigam esta ou aquela filosofia de modo que estas não percebam o que fazem, ou que pelo menos entendam os perigos e as consequências de tal filosofia.

O marxismo-comunismo possui um grimório dialético, que torna as pessoas presas no sistema da dialética hegeliana somado ao materialismo; e assim, o sistema filosófico do marxismo-comunismo cria um grimório de pensamento dialético circular enfeitiçador, pois, quando instaurado o marxismo-comunismo, logo, o mesmo torna-se o padrão de pensamento absoluto e a base das ações, o que gera uma impregnação passiva de hábitos; e nenhum sistema filosófico que atribui-se para si um padrão absoluto é somente um sistema filosófico, mas quer se tornar uma religião, donde, o pressuposto de que o marxismo é um grimório ser um pressuposto apodítico.

Mas, a consequência de todo e qualquer sistema filosófico que procure ser absoluto, é que causa catástrofes na vida humana; por isso, o marxismo-comunismo só produz catástrofes na vida humana, desgraças, vícios, maledicências excessivas, a destruição da inteligência, o enfeitiçamento e a castração da criatividade, etc. Mas o marxismo-comunismo, não somente faz isso em relação a algumas coisas, mas embrutece e emburrece as pessoas para entenderem as próprias atrocidades do comunismo.

Quem, por dádiva divina, ou por algum outro motivo, consegue escapar do círculo infernal da dialética circular hegeliana-marxiana, do sistema dialético-hegeliano-marxiano-materialista, consegue perceber e entender o quão devastador e destruidor o marxismo-comunismo é para vida humana. E não apenas no sentido da religião, mas para o desenvolvimento da vida humana como um todo.

Oxalá, todos percebessem quão ruim é o marxismo-comunismo, que ninguém jamais apoiaria o marxismo-comunismo; não para tornar a sociedade padronizada, ou “direitista” como alguns dizem; mas para livrar a sociedade do pior dos males da modernidade, a saber, o marxismo-comunismo, a heresia infernal que assola a Igreja, a ideologia do mal que quer destruir a família, o sistema filosófico de Satanás que deixa os seres humanos embrutecidos e emburrecidos. E tais afirmações não são provenientes de algum sensacionalista religioso, mas a partir dos próprios escritos de Marx, e dos escritos de outros teóricos comunistas, os quais, são a fonte do pensamento fundante de toda a esquerda.

Deste modo, o cristão não pode ser marxista, porque senão torna-se conivente com uma filosofia que embrutece e emburrece os seres humanos; e com a inteligência embrutecida e emburrecida, logo, qualquer mal que sobrevier aos homens, não será sequer percebido, como acontece na maioria dos países marxistas-comunistas; isto é exemplificado pela grande gama de pessoas que chama de “louco” ou de “maluco” qualquer um que pelo menos fale das atrocidades do marxismo-comunismo; loucura existe em apoiar o marxismo-comunismo, pois, apoiar a filosofia da destruição, da desordem e da mentira, é que realmente pode ser definido como loucura teórica e social.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo embrutece e emburrece as pessoas para perceberem a verdadeira face das atrocidades que provêm do marxismo.

 

Resposta XVIII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-oitavo lugar, porque o marxismo aniquila a lógica.

O marxismo-comunismo aniquila a lógica; e sem a lógica não há regras para o pensamento correto ou para o entendimento da verdade; e a aniquilação da lógica pelo marxismo é feita de modo tal que impossibilite que as pessoas cheguem ao conhecimento correto, ou ao conhecimento válido. Por isso, quando o marxismo-comunismo domina as pessoas, estas discutem opiniões (razão provável) como se fossem argumentos válidos (razão estabelecida), e já que todos os argumentos do marxismo-comunismo são argumentos não-válidos, o mesmo se baseia numa filosofia aporética que destrói a lógica e o senso da realidade.

A destruição da lógica tem consequência não somente para o pensamento correto e bem estabelecido, mas para a própria ordem necessária a vida humana; sem ordenação do pensamento, não há ordenação da vida; sem ordenação dos argumentos, não há ordenação da inteligência; sem ordenação da inteligência não há ordenação social; sem ordenação social, não há ordenação política; etc.

Deste modo, o marxismo-comunismo não apenas destrói a lógica formal, mas estabelece com isso a lógica hegeliana-marxiana, a fim de estabelecer o pensamento do materialismo dialético como norma da sociedade; e toda sociedade que se torna subserviente ao materialismo dialético, é uma sociedade que se torna sem ordem e sem ordenação; é próprio do materialismo dialético gerar desordem, e como consequência desta, o desencanto e a desesperança.

Ademais, o marxismo-comunismo aniquila a lógica para que as mentiras do comunismo possam circular livremente sem que a maior parte das pessoas se apercebam; por exemplo, quando um marxista-comunista é perguntado sobre a liberdade, dizem que são favoráveis a liberdade, mas é uma mentira, pois, a própria constituição do marxismo-comunismo como tal, é ser uma filosofia de anti-liberdade; ou quando algum marxista-comunista é perguntado sobre o desenvolvimento, dizem que são a favor do desenvolvimento, mas também é uma mentira, pois, comprova-se pelo fato histórico indissolúvel que nenhum país onde o marxismo-comunismo reinou se tornou desenvolvido, pelo contrário, todos os países onde o marxismo-comunismo reinou, tornaram-se países miseráveis.

Deste modo, o cristão não pode ser marxista, porque o marxismo-comunismo aniquila a lógica, e ao aniquilar a lógica eles blasfemam deste dom singular de Deus aos homens; lógica provêm do termo grego logos (Palavra, Verbo); e Logos, na Escritura é como Jesus Cristo é apresentado no evangelho de João (cf. Jo 1.1-3); se o marxismo-comunismo quer aniquilar a lógica, o marxismo-comunismo quer entrar em guerra contra o Logos divino, fundamento de toda a ordem da realidade e fundamento da existência da lógica como estrutura do pensamento racional.

Rejeitamos, portanto, todo o marxismo-comunismo, porque senão ficamos sem ordenação e sem ordem para pode viver e pensar livremente; pois, quando o marxismo-comunismo impera, e aniquila a lógica, então, o próprio marxismo-comunismo se coloca como substituto da lógica; e ao fazer isso o marxismo-comunismo tira a liberdade das consciências de pensar livremente, criando uma casta teorética que aprisiona a criatividade e mata a possibilidade da inteligência estabelecer livremente questões e argumentos bem ordenados e válidos.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo aniquila a lógica.

 

Resposta XIX

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em décimo-nono lugar, porque o marxismo devasta a linguagem.

O marxismo-comunismo não somente aniquila a lógica, mas, por conta disso, também devasta a linguagem. A devastação da linguagem é o segundo passo na implementação da ditadura cultural; a mudança de pronomes, a desvalorização dos clássicos fundadores da língua portuguesa, o desprezo pelos nossos grandes autores, tornam a devastação da linguagem algo comum e que é feito sem que quase ninguém se importe. 

A devastação da linguagem começa com a mudança de foco no aprendizado pleno da língua portuguesa, para o aprendizado de apenas formas ocas da língua; a mudança nos termos corretos, para neologismos criados para destruir a linguagem; o problema não são neologismos, pois, se houver algum gênio, evidentemente os poderá criar; todavia, não há nenhum gênio criando neologismos para alguma filosofia ou literatura, mas sim, o marxismo-comunismo se infiltrando para dominar e distorcer a linguagem; e a devastação da linguagem, é devastação da identidade de uma nação.

A linguagem é o que identifica uma nação, tanto culturalmente, quanto geograficamente, quanto historicamente; e por isso, a linguagem é edificada e elevada por aqueles que a ensinam como ela é, e principalmente pelos grandes escritores; todavia, quando surge alguém que procura mudar a linguagem, das duas uma: ou é a genialidade que procura elevar ainda mais a linguagem, ou é a ideologia devastando a linguagem para emburrecer as pessoas; no caso do marxismo-comunismo é com vista a emburrecer as pessoas; pois, sem a linguagem ensinada de forma plena, não há ordenação na fala e nem ordenação de ideias; pelo marxismo-comunismo aniquilar a lógica, logo, prepara o caminho a largos passos para a devastação da linguagem.

Sem linguagem não há literatura; sem linguagem não há desenvolvimento; sem linguagem não há história; sem linguagem não há identidade; sem linguagem não há criatividade; sem linguagem não há distinção entre este ou esta; sem linguagem não há posicionamento racional; pois, a devastação da linguagem gera uma neutralidade que não pode existir em se tratando da língua portuguesa; o mais rico idioma do mundo, está sofrendo ataques do marxismo-comunismo; urge, levantarmos a voz para falarmos contra esta devastação e assim, preservar a língua de Camões e a língua do Pe. Vieira, de toda corrupção marxista-comunista.

Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque o marxismo devasta a linguagem; e como cristãos, enquanto cidadãos do céu, temos nossa pátria junto de Deus; mas como cidadãos da terra, temos nossa pátria brasileira, com tão rica história e cultura; e preservar a nossa linguagem é também responsabilidade nossa como cristãos em solo brasileiro; pois, a língua portuguesa é um dos mais belos tesouros da humanidade, e uma glória singular de nossa pátria, e por isso, deve ser respeitada, honrada, preservada e ensinada tal como ela é, não com neutralidade de pronomes ou com redução ideológica da linguagem, ocasionadas pela manipulação marxista-comunista.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo devasta a linguagem.

 

Resposta XX

Por que o cristão não pode ser marxista? 

Em vigésimo lugar, porque o marxismo mata a metafísica.

O marxismo-comunismo mata a metafísica; sem a metafísica, não há fundamentação para o conhecimento; pois, não existe pressuposição de conhecimento sem a filosofia primeira. O marxismo-comunismo, ao abolir a metafísica, destrói qualquer possibilidade de pensamento e de intelecção racional sobre a realidade, principalmente naqueles que seguem o marxismo-comunismo; por isso, não é de se admirar que, aqueles que são adeptos de tais práticas defendam o marxismo-comunismo sem realmente terem lido ou conhecerem o que é o marxismo e o comunismo.

A morte da metafísica conduz os homens a pensarem sobre coisas erradas e aporéticas; pois, sem a filosofia primeira (ou metafísica), ninguém pode falar de nenhuma coisa referente a razão, a verdade, a intelecção e a inteligência; e muitos marxistas-comunistas querem falar de inteligência, de saber, de conhecimento, mas não conhecem que, sob o marxismo-comunismo, não existe filosofia primeira; então do que estes falam? Simples, eles falam daquilo que o marxismo-comunismo os engana para falar; o engano teorético do marxismo-comunismo torna as pessoas de esquerda “emburrecidas” para entenderem os verdadeiros e sorrateiros propósitos do marxismo-comunismo. 

Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque a filosofia primeira do cristão está orientada pela Sagrada Escritura, enquanto o marxismo-comunismo despreza a Bíblia, mata a metafísica, e edifica para si uma “filosofia primeira”, que modo abole as verdades eternas; como quem abole as verdades eternas pode ter honra e moral para que falar de pensamento e de verdade? Os esquerdistas devem saber que, ao matar a metafísica, o marxismo-comunismo tira a possibilidade de pensamento racional sóbrio; além disso, ao matar a metafísica, o marxismo-comunismo tira qualquer possibilidade de reflexão racional sobre Deus; e também, ao matar a metafísica, o marxismo-comunismo elimina qualquer possibilidade dos esquerdistas de quererem pensar racionalmente. Por esta razão, não existe esquerdista com condição racional para falar sobre conhecimento. 

Deste modo, o marxismo-comunismo cria sofismas quase que insolúveis, e que são “adorados” qual religião pelos marxistas-comunistas; o marxismo-comunismo é a religião dos sofismas. Isto também demonstra a completa desfuncionalidade das “pautas” marxistas-comunistas; dizem que defendem a vida, mas secretamente querem implantar o aborto; dizem que defendem os pobres, mas em todos os países marxistas-comunistas, os pobres ficam cada vez mais pobres; dizem que são favoráveis a liberdade, mas não suportam ouvir as próprias loucuras teoréticas que o marxismo possui imbuído em si, e querem, seja por que meios for, tirar a liberdade das outras pessoas; isso demonstra que o marxismo-comunismo cega o entendimento, e para que tal cegueira seja implantada, eles começam aniquilando a lógica, para não haver ordenação de pensamento, e depois devastando a linguagem, para não haver herança, identidade e tradição cultural; e, por fim matando a metafísica, para não haver fundamentação para o conhecimento. Sem ordem, sem identidade cultural e sem fundamentação para o conhecimento, o marxismo-comunismo implanta a ditadura ateística sem que quase ninguém perceba e sem que ninguém tenha conscientização para a compreensão de tais fenômenos.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo mata a metafísica.

 

Resposta XXI

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em vigésimo-primeiro lugar, porque o marxismo corrompe a lei moral natural.

O marxismo-comunismo corrompe a lei moral natural; no marxismo-comunismo a lei moral natural não tem expressão, porque o homem não tem liberdade; sem liberdade, não há lei; sem liberdade, a lei moral natural - intrínseca a todo ser humano -, torna-se obnubilada.

A lei moral natural é a consciência que se tem do que é certo ou errado, pela simples razão natural; quando o marxismo-comunismo toma conta de uma cultura, esta lei natural é corrompida; e o exemplo que confirma esta asseveração é que, muitos apoiam o marxismo-comunismo sem conhecer os fundamentos e as bases do comunismo; pois, qualquer pingo de lei moral natural presente no ser humano, já é suficiente para a percepção e consciência dos erros e desvarios do marxismo-comunismo; mas, o que se observa é que aqueles que advogam as causas nefandas do marxismo-comunismo, não conhecem o pensamento marxiano nem a doutrina comunista; isto se deve devido a corrupção da lei natural no ser humano, do senso de certo e errado, da cauterização da consciência.

O marxismo é a filosofia da destruição da consciência; no comunismo, a filosofia marxista tenta tornar-se a “senhora” das consciências; e sempre que uma filosofia ou ideologia toma conta dos princípios e pressupostos da cultura e tentam dominar as consciências, a própria lei moral natural é corrompida, e a pessoas adoecem na consciência, e em muitos casos, como consequência óbvia, adoecem psiquicamente. Tudo isso, porque o marxismo-comunismo corrompe a lei moral natural; a corrupção da lei natural é a corrupção da natureza humana tal como criada por Deus, para a transmutação da mesma de acordo com os diabólicos parâmetros marxistas. Por isso, onde há marxismo-comunismo não há respeito a propriedade privada, não há respeito a família, não há dignidade do matrimônio; onde há o marxismo-comunismo não há homem e mulher, mas qualquer outra coisa. Isto ocorre por causa da corrupção da lei moral natural, efetuada engenhosamente pela filosofia marxista-comunista.

Nada ou ninguém que queira dominar as consciências deve ser aceito pelos cristãos; o marxismo-comunismo é a cultura de dominação das consciências, e para isso, estes efetuam a destruição da lei moral natural, a fim de implementar a ditadura cultural marxista; os cristãos, pelo contrário, tem suas consciências sujeitas a verdade, a Deus e a lei de Deus, como expressas na Sagrada Escritura, a Bíblia; pelos cristãos estarem diante de Deus, e por terem esta consciência, e assim viverem de acordo com a Lei de Deus, os cristãos não podem ser marxistas. Ou se é marxista, ou se é cristão; sendo marxista-comunista, há a abolição da lei moral natural, e por isso o cristão jamais pode ser marxista, pois, o cristão, luta pela preservação da lei moral natural e da Criação tal como estabelecida por Deus; e o marxismo, procura surrupiar a lei moral natural e destruir a Criação.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo corrompe a lei moral natural.

 

Resposta XXII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em vigésimo-segundo lugar, porque o marxismo contamina o direito natural.

O marxismo-comunismo não somente corrompe a lei moral natural, mas também contamina o direito natural; e a contaminação do direito natural, é a máxima que o marxismo-comunismo desenvolve para que possa implantar culturalmente o marxismo sem que haja possibilidade de alguma intervenção jusnaturalista; onde não há o verdadeiro senso do direito natural, não há ordenamento jurídico tal como estabelecido nas fundações da sociedade Ocidental, tal como se demonstra no Direito Grego e no Direito Romano, e que foi confirmado pela influência do cristianismo ao longo da história.

A contaminação do direito natural, é a transformação e a subversão deste ao direito do mais forte; não se deve jamais ter numa sociedade democrática o direito do mais forte, mas sim a força do direito; “o que deve prevalecer não é o direito do mais forte, mas a força do direito[9]; a contaminação do direito natural desfigura o mesmo, e estabelece no lugar deste um direito positivo como fonte e norma absoluta para qualquer elucubração racional na esfera jurídica; esta é a maior das catástrofes em se tratando da ciência jurídica, pois, desfigura este tão nobre fundamento da sociedade, e torna a ciência jurídica caricatura de alguma ideologia.

Além disso, a contaminação do direito natural, como efetuada sorrateiramente pelo marxismo-comunismo fere com golpe mortal a liberdade de expressão e de consciência dos seres humanos; e isto também contradiz veementemente a carta magna dos direitos humanos; mas, quando ocorre a corrupção da lei moral natural, e por consequência, a contaminação do direito natural, tudo aquilo que é chamado de “direitos humanos” é surrupiado em nome de alguma ideologia nefasta. Pois, quando o direito natural é contaminado pelo veneno jurídico do marxismo-comunismo, logo, toda a ciência jurídica torna-se contaminada; e uma ciência jurídica que se torna contaminada deixa de exercer aquilo para o qual a mesma existe, isto é, para manter intacto e sempre ordenado o direito natural, comum a todos os homens, anterior a qualquer ordenação e manifestação humana.

O cristão, portanto, não pode ser marxista, porque senão estaria enfileirando-se a uma cosmovisão que corrompe o direito natural; e toda contaminação e corrupção do direito natural é algo totalmente contrário a razão humana, a revelação de Deus e ao pensamento teológico; o direito natural existe como expressão da racionalidade humana, da pura razão natural; e qualquer tentativa de contaminar este, deve ser rejeitada com firmeza e resolução por parte dos cristãos. Não há possibilidade de pensamento racional ou de reflexão sobre a verdade na esfera jurídica onde se tem infiltrado os tentáculos do marxismo-comunismo; porque o marxismo é a filosofia da contaminação do direito natural; onde não há verdade, não há direito natural; e como o marxismo-comunismo procura destruir a verdade, então, em qualquer ordenação ou invectiva marxista-comunista, não há discernimento e nem possibilidade de direito natural. Por isso, não ao marxismo, e sim ao direito natural.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo contamina o direito natural.

 

Resposta XXIII

Por que o cristão não pode ser marxista? 

Em vigésimo-terceiro lugar, porque o marxismo desvirtua o direito positivo.

O marxismo-comunismo não somente contamina o direito natural, mas por contaminar este, também desvirtua o direito positivo; o marxismo-comunismo desvirtua o direito positivo para poder implementar práticas e costumes destruidores a partir de leis e resoluções que sirvam para destoar o verdadeiro propósito e lugar do direito positivo como princípio para o Estado, fundamentado a partir do direito natural.

Por isso, o marxismo-comunismo não aceita o direito natural; e o marxismo-comunismo desvirtua com isso o direito positivo, para formar um estamento jurídico que possa ser subserviente aos desvarios teóricos do marxismo; um estamento jurídico dominado pelo marxismo-comunismo, se tornará não expressão da magistratura ordenada e vocacionada por Deus (cf. Rm 13.3-4), mas sim uma magistratura caricata e burlesca, servindo aos diabólicos propósitos do marxismo-comunismo; pois, o desvirtuamento do direito positivo é o pregão da obnubilação do direito natural. E quando o direito natural é deixado de lado e substituído por qualquer outra norma, logo, todo o vigor e beleza da ciência jurídica são jogados no lixo.

O desvirtuamento do direito positivo, é tornar o ornamento do direito no Estado, aquilo que serve para criar leis e manter a ordem, em legalização da desordem a partir de alguma ideologia nefasta; o desvirtuamento do direito positivo é feito sorrateiramente, de modo que, implementado sem que ninguém perceba; além disso, o desvirtuamento do direito positivo ocasiona uma mudança na função dos magistrados, onde estes, ao invés de procurarem velar pelo direito natural no desenvolvimento do direito positivo, estabelecem o direito positivo em detrimento do direito natural e, por consequência, acabam por burlar e inferir a liberdade inviolável de cada ser humano.

O cristão não pode ser marxista porque o marxismo-comunismo destrói o direito natural, torce o direito positivo e causa desordem no propósito estabelecido por Deus para os magistrados; a magistratologia, a parte da teologia que analisa segundo a Revelação o propósito dos magistrados (potestade política e magistrados), condena veementemente o marxismo-comunismo; deste modo, os cristãos não podem jamais ser marxistas, porque o marxismo-comunismo destrói a esfera jurídica da ordem da realidade.

Ou se é cristão, ou se é marxista; se se é cristão, então há a valorização do direito natural e da preservação da esfera jurídica da ordem da realidade tal como estabelecida por Deus; se se é marxista, há a destruição do direito natural, e a destruição da ordem da realidade tal como estabelecida por Deus. O marxismo é a filosofia do desvirtuamento do direito positivo a partir da destruição do direito natural; por isso, o marxismo-comunismo deve ser rejeitado veementemente.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo desvirtua o direito positivo.

 

Resposta XXIV

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em vigésimo-quarto lugar, porque o marxismo abole a filosofia do direito.

O marxismo-comunismo abole a filosofia do direito; e a abolição da filosofia do direito tal como o mesmo é, ocasiona uma impossibilidade de se refletir filosoficamente sobre os fundamentos do direito, principalmente da reflexão filosófica sobre o direito positivo; pois, sem a filosofia do direito, não se tem um freio intelectual para o desvirtuamento do direito positivo.

Karl Marx, na “Critica a Filosofia do Direito de Hegel”, estabelece qual o motivo básico do pensamento jusfilosófico do marxismo-comunismo, isto é, não ter uma filosofia do direito que impeça a implementação da ditadura marxista-comunista; apesar da filosofia do direito de Hegel também ser trôpega, todavia, as formas que Hegel estabelece são de uma genialidade única, e quebrantar estas formas, tal como Marx fez, é abolir a estrutura racional e o múnus da própria filosofia do direito. Além disso, é na crítica que faz a filosofia do direito de Hegel que Marx fala que o “cristianismo é o ópio do povo”; outra questão é que Marx ao elaborar esta critica a filosofia do direito de Hegel, também elabora as linhas mestras da filosofia do direito marxista; e a filosofia do direito marxista-comunista é a abolição da filosofia do direito racional e fundamentada na análise do direito a partir da filosofia.

A crítica de Marx não é simplesmente uma crítica, mas a transmutação da filosofia do direito em ponte para a implementação do comunismo; pois, com a contaminação e destruição do direito natural, e por consequência, o desvirtuamento do direito positivo, logo, para que o direito positivo desvirtuado - que se torna burlesco e caricato -, não seja criticado e/ou colocado nos eixos, o marxismo-comunismo, de antemão, abole a filosofia do direito, para que não haja reflexão possível para a condenação teórica e prática do desvirtuamento do direito positivo pela filosofia. Isto se comprova pelo fato de que, quando o direito positivo está desvirtuado ou os magistrados estão engendrados por alguma filosofia marxista, não se coloca em debate filosófico as pautas do pensamento jurídico estabelecido; isto, é a abolição da filosofia do direito e desrespeito a liberdade; logo, quando isso ocorre, o pensamento jurídico estabelecido e em voga tem de ser colocado em pauta para debate filosófico.

O cristão não pode ser marxista, porque senão, não terá racionalidade para entender e compreender o desvirtuamento do direito positivo; aliás, a própria abolição da filosofia do direito é uma forma de não se ter possibilidade de análise jusfilosófica dos desvarios do direito positivo sob a manipulação marxista; deste modo, ou se é cristão ou se é marxista; o cristão coloca-se contrário ao marxismo-comunismo em prol da racionalidade, em prol da filosofia do direito e da análise racional dos fundamentos e dos caminhos do pensamento jurídico do Estado em determinada época; agora, os marxistas-comunistas, escondem e manipulam a ciência jurídica para fins escusos e diabólicos, a fim de desvirtuar todo o direito para manipulação ideológica comunista.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo abole a filosofia do direito.

 

Resposta XXV

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em vigésimo-quinto lugar, porque o marxismo desfigura o verdadeiro propósito do Estado laico.

O marxismo-comunismo não somente destrói o direito natural, e desvirtua o direito positivo, e abole a filosofia do direito; o marxismo-comunismo desfigura o verdadeiro propósito do Estado laico. Pois, se há a destruição do direito natural, então há a deificação do direito positivo; e se a há a deificação do direito positivo, é porque houve a abolição da filosofia do direito; se não há o direito natural, o direito positivo torna-se o direito do mais forte, ao invés de velar pela força do direito; se não há direito não há Estado; pois, se o direito está corrompido, o verdadeiro propósito da existência do Estado é desfigurado. Agostinho certa vez indagou: “Se o direito é colocado de lado, em que se distingue então o Estado de uma grande quadrilha de ladrões?” (De Civ. Dei, IV, 4, 1). Deste modo, se o direito é posto de lado pela destruição do direito natural e o desvirtuamento do direito positivo, a existência do Estado, não mais apresentará ordem, mas sim será uma grande quadrilha de ladrões, tal como diz Agostinho.

E o Estado no marxismo-comunismo torna-se como uma grande quadrilha de ladrões; pois, o marxismo-comunismo ao colocar o verdadeiro direito de lado, torna o Estado laico num Estado total; isto é, torna o Estado que tem liberdade, num Estado asfixiado pelo marxismo-comunismo, num Estado deificado. O Estado laico não possui uma religião oficial, ou obriga pessoas a crerem em determinada religião, mas dá liberdade de expressão, de crença e de consciência a todas as pessoas, indistintamente.

Conquanto o Estado seja laico, a sociedade não é laica; a sociedade é cristã; e sendo a sociedade cristã, o marxismo-comunismo sempre é contrário a esta sociedade, pois, o objetivo do marxismo-comunismo é destruir o cristianismo. Por isso, o marxismo desfigura o verdadeiro propósito do Estado laico, da laicidade, tornando em laicismo, para poder mudar, pela força do Estado total, a sociedade que é cristã; é isto que acontece quando o Estado se torna subserviente ao comunismo, e então, torna-se uma quadrilha de salteadores.

Por isso que, quando o marxismo-comunismo domina uma cultura, aqueles que estão sob os grimórios do comunismo, acusam de “intolerantes” aqueles que criticam outra religião e/ou alguma prática desordenada; a intolerância está naqueles que criticam, ou naqueles que querem implantar o erro sem que ninguém fale nada? É evidente que a intolerância está naqueles que querem implementar o erro sem que ninguém fale nada, já que os esquerdistas fundamentam-se em opiniões, e não em razão estabelecida e argumentativa, tanto que, nenhum marxista tem argumentos a partir dos fundamentos do conhecimento racional. Um princípio fundamental do Estado laico é fundamentar as liberdades que cada um exerce não sob a razão provável (opinião), mas na razão estabelecida, com argumentos racionais e baseados nalguma autoridade do conhecimento a que se refere.

Deste modo, o cristão não pode ser marxista, porque assim estaria apoiando a desfiguração do verdadeiro propósito do Estado laico, matando a laicidade e cultivando o laicismo; o marxismo-comunismo desfigura o Estado laico, para neste implantar a ditadura comunista, e para ter nesta, apenas aqueles que sob o pretexto de alguma “opressão”, tornam-se subservientes a ditadura comunista; o cristão, pelo contrário, defende a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, a liberdade do vínculo de ideias, só que com fundamentação; os marxistas-comunistas não possuem fundamentação racional para nada do que alegam nos escritos que são a base do comunismo.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo desfigura o verdadeiro propósito do Estado laico.

 

 

Resposta XXVI

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em vigésimo-sexto lugar, porque o marxismo estabelece leis que corrompem a dignidade humana.

O marxismo-comunismo ao mudar o aparato jurídico, ao contaminar o direito natural e desvirtuar o direito positivo, se estabelece sobre a cultura política a mudança nas leis, e nesta mudança, estabelece leis que corrompem a dignidade humana; leis a favor do aborto, leis a favor da ideologia de gênero, leis que corroem e destroem os princípios mais sagrados da razão (filosofia) e da revelação (teologia); a dignidade humana é inviolável por quem quer que seja; e tal dignidade tem de ser respeitada; o marxismo-comunismo, como filosofia aporética e satânica, não respeita a dignidade da vida humana, o que se demonstra de forma irrefutável, quando os esquerdistas lutam para destruir a realidade e mudar a ordem da Natureza, na criação de leis e manobras jurídicas para favorecerem o aborto, a ideologia de gênero, etc. 

A estrutura do próprio marxismo-comunismo é desalmada; os esquerdistas dizem-se humanistas, mas respeitam mais um animal do que um ser humano; dizem-se defensores da justiça social, mas violam a dignidade humana; dizem-se arautos da paz, quando só trazem miséria e destruição; o marxismo-comunismo nunca respeitou nem nunca respeitará a dignidade humana, pois, é uma filosofia formada, cunhada e estabelecida, tanto no sentido teórico quanto no sentido prático para destruir a Criação e destruir a dignidade do ser humano criado a imagem de Deus.

Deste modo, o cristão, o verdadeiro cristão, não pode ser marxista, porque senão estaria colaborando com violação da dignidade humana; o cristianismo é contrário ao marxismo-comunismo porque vela pela dignidade humana, não pelos parâmetros de uma filosofia destruidora, mas pela própria Palavra de Deus, Jesus Cristo, onde está o verdadeiro humanismo. O humanismo cristão é autêntico e vigoroso, o humanismo marxista-comunista é materialista e destruidor. 

As sábias palavras de Pio XI são válidas e atestam esta questão: “... o comunismo despoja o homem da sua liberdade na qual consiste a norma da sua vida espiritual; e ao mesmo tempo priva a pessoa humana da sua dignidade, e de todo o freio na ordem moral, com que possa resistir aos assaltos do instinto cego. E, como a pessoa humana, segundo os devaneios comunistas, não é mais do que, para assim dizermos, uma roda de toda a engrenagem, segue-se que os direitos naturais, que dela procedem, são negados ao homem indivíduo, para serem atribuídos à coletividade... Além disto, como esta doutrina rejeita e repudia todo o caráter sagrado da vida humana, segue-se por natural consequência que para ela o matrimônio e a família é apenas uma instituição civil e artificial, fruto de um determinado sistema econômico: por conseguinte, assim como repudia os contratos matrimoniais formados por vínculos de natureza jurídico-moral, que não dependam da vontade dos indivíduos ou da coletividade, assim rejeita a sua indissolúvel perpetuidade. Em particular, para o comunismo não existe laço algum da mulher com a família e com o lar. De fato, proclamando o princípio da emancipação completa da mulher, de tal modo a retira da vida doméstica e do cuidado dos filhos que a atira para a agitação da vida pública e da produção coletiva, na mesma medida que o homem. Mais ainda: os cuidados do lar e dos filhos devolve-os à coletividade. Rouba-se enfim aos pais o direito que lhes compete de educar os filhos, o qual se considera como direito exclusivo da comunidade, e por conseguinte só em nome e por delegação dela se pode exercer[10].

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo estabelece leis que corrompem a dignidade humana.

 

Resposta XXVII

Por que o cristão não pode ser marxista?

Em vigésimo-sétimo lugar, porque o marxismo denigre a honra que convém a potestade política.

O marxismo-comunismo denigre a honra que convém a potestade política; a potestade política deve ser honrada e integra para exercer o poder como o mesmo tem de ser exercido, para o bem comum; o marxismo-comunismo corrói isso; tanto que, sob o marxismo-comunismo, a honra que convém, a honra que é necessária para todo aquele que se torna político é deixada de lado.

O marxismo-comunismo ao denigrir a honra que convém a potestade política, não somente corrompe esta honra, mas também o senso comum de dever, de justiça, de esperança e de integridade, que devem guiar todos os homens no exercício de suas atividades; ao denigrir a honra que convém a potestade política, o marxismo-comunismo, na verdade, está desestruturando toda a estrutura comum e necessária a vida humana; e quando isso ocorre, todos os homens chegam a rir da honra, da decência, da piedade e da vida correta; Rui Barbosa dissera: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

O marxismo-comunismo é a filosofia, a ideologia e a religião da destruição da honra da potestade política; o que se confirma e atesta, pelo fato de que, quando o marxismo-comunismo domina a classe política, torna esta como que uma casta, onde o verdadeiro propósito da política é deixado de lado, e onde os verdadeiros vocacionados para o dever público como políticos são deixados de lado e apenas oportunistas e surrupiadores da política são aceitos e bem vistos, enquanto aqueles que honrados e capacitados para administrar são rechaçados e deixados de lado como se fossem as piores pessoas do mundo.

Por isso, o cristão não pode ser marxista, porque senão corrobora e colabora com a corrupção do senso de honra e de dever dos homens; a ética protestante é a ética voltada ao trabalho e ao testemunho com vida piedosa e frutífera; a ética católica é a ética voltada ao trabalho e ao testemunho pela Igreja e com a Igreja, no cuidado e amor para com os pobres e na conservação dos valores; por isso, não existe um protestante verdadeiro que seja marxista e nem um católico verdadeiro que seja marxista; pois, o marxismo-comunismo denigre a honra e o senso de dever tão importantes para o protestante como sinônimo da vida em gratidão a Deus, em serviço a Deus, e tão importantes para o católico como sinônimo do testemunho da existência sacramental da vida cristã.

Portanto, o cristão não pode ser marxista porque o marxismo denigre a honra que convém a potestade política.



[1] Karl Marx, Friedrich Engels, O Manifesto do Partido Comunista [Porto Alegre, RS: L&PM, 2001], pág. 58.

[2] Karl Marx e Friedrich Engels, Marx-Engels Collected Works Vol. 1: Karl Marx 1835-1843 [Lawrence & Wishart, 1975], pág. 576.

[3] Ibidem. Pág. 563-564.

[4] Ibidem. Pág. 586.

[5] Ibidem. Pág. 588-607.

[6] Ibidem. Pág. 589.

[7] Karl Marx e Friedrich Engels, Marx-Engels Collected Works Vol. 11: Marx and Engels 1851-1853 [Lawrence & Wishart, 1979], pág. 108.

[8] Goethe, Fausto, Parte 1, § 1420.

[9] Bento XVI, Liberar a Liberdade: Fé e Política no Terceiro Milênio [São Paulo: Paulus, 2019], pág. 153.

[10] Pio XI, Divini Redemptoris, § 10-11.


Explicação do “Epigrama sobre Hegel” de Karl Marx

Proêmio   O “ Epigrama II ” ou “ Epigrama sobre Hegel ” (1837) [1] é um texto fundamental da filosofia marxiana, e é um dos textos mais...