Nos últimos decênios, se tem tornado algo mais
abrupto, principalmente nos últimos anos, a acusação de que a Igreja e os
verdadeiros cristãos são “machistas”; ora, pressupor que a cristandade é “machista”,
significa conhecer tanto o que é o machismo quanto os dogmas da cristandade; e,
assim, surge o questionamento: se a cristandade realmente é machista? E a
resposta é não; em sua parte esmagadora a cristandade não é machista, muito
embora existam aqueles que sendo parte da cristandade são machistas, não por
causa da fé, mas por causa da corrupção ideológica; mas isso é outra questão.
No entanto, cumpre analisar de donde provêm a acusação
de que a cristandade é machista? Será que da Bíblia? Será que dos dogmas? Será
por causa de alguma prática da cristandade? Ou será que provém do feminismo?
Se sabe pela experiência histórico-cultural que a
acusação de qualquer “ismo” sempre provem de outro “ismo”; e isso é um preceito
inegável da vida humana; portanto, a acusação de machismo provêm de outro “ismo”,
a saber, o feminismo; ora, se alguém se arrola o “direito” de acusar
alguma coisa, ou alguém, ou uma instituição, de machismo, sendo influenciado
pelo feminismo, na verdade, ou está engendrado pela hipocrisia ou por qualquer
desvio mental proveniente da ideologização inerente ao feminismo.
Pois, o que se chama de “machismo” sob a influência do
feminismo, na verdade é apenas o mantenimento da ordem da natureza; não existe
machismo em manter-se a ordem da natureza, prescrita em toda a Bíblia,
reafirmada em ecos cósmicos pelo Senhor Jesus Cristo, ao se afirmar as funções
estabelecidas pelo Criador, confirmadas e atestadas na Reconciliação em Jesus
Cristo pelo Espírito Santo, tanto para o homem quanto a mulher; as quais,
também são atestadas de maneira incólume pela reta razão.
E é de se espantar que que existam pessoas que se
afirmem “cristãos” e “cristãs”, que também se enveredam pela transmutação da
ordem da natureza em nome da graça; e o pior é justamente que o fazem em nome
do “evangelho”; todavia, o Evangelho de Jesus Cristo, as boas-novas de
salvação, a graça, reafirma de maneira contundente e eficaz a ordem da
natureza; tanto o é que Tomás de Aquino conseguira formular isso em uma
sentença bem simples: “a graça não tolhe, mas aperfeiçoa a natureza”
(STh Ia, q. 1, a. 8, ad. 2); assim, tudo que se afirma sobre a graça e sobre o
evangelho da graça, se for realmente de acordo com o evangelho não tolhe a
natureza, e não transmuta a ordem da natureza; pois, a graça é outorgada
justamente para o mantenimento e preservação da natureza e de sua ordem, e isto
principalmente no que concerne a natureza humana e as ordenações criacionais
para o homem e para a mulher, ordenações essas que são imutáveis.
Deste modo, qualquer afirmação de machismo que
engendre nas Igrejas e na teologia sempre é fruto da tentativa de transmogrifar
a ordem da natureza em nome de direitos ou para as mulheres ou para os homens;
e é estranho em se afirmar nos arraiais eclesiais direitos para as mulheres ou
para os homens, em função da tentativa de transmutar a natureza; ora, a Igreja,
a cristandade, ao se basear na Palavra de Deus, e ao ser coluna e firmeza da
verdade (cf. 1Tm 3.16), busca manter e preservar a ordem da natureza, principalmente
no que concerne as funções específicas delegadas pelo Criador ao homem e a
mulher, tanto no que concerne as coisas naturais quanto no que concerne as
coisas espirituais.
Por isso, a perversão da ordem da natureza em nome de “direitos”
para homens ou mulheres é evidência de apostasia da fé (cf. Rm 1.20-32).
E o feminismo busca fazer isso constantemente; pois, a
nova onda do feminismo buscar esquizofrenizar a ordem das coisas divinas em
nome de uma suposta melhoria na condição da vida e das relações; ora, se se
observar a história, se constata que sempre que houve a tentativa de transmutar
a ordem da natureza, mesmo nas questões sociais, a sociedade se desintegrou e
os principais direitos do ser humano foram solapados em nome da sempre
palatável, mas sempre terrível e hedionda defesa dos “direitos iguais”
que de igualdade nada traz.
Evidentemente, em ordem a dignidade do indivíduo,
tanto homem quanto mulher são dotados de direitos invioláveis; no entanto, em
ordem as funções estabelecidas pelo Criador, no que concerne a natureza humana,
tanto homem quanto mulher são permeados pelo mandamento de Deus, o qual, por
sua vez, prescreve as funções específicas e inalteráveis do homem e da mulher,
e isto tanto em relação as coisas naturais quanto em relação as coisas
espirituais; a tentativa de modificar este mandamento criacional, é ao mesmo
tempo perversão da natureza humana, vilipêndio para com a graça e luta contra
Deus.
Portanto, se em relação as coisas da fé há afirmação
de “machismo” quanto a firmeza bíblica da cristandade nos dogmas revelacionais
fundamentais, então, se constata que tal afirmação é influência nefasta do
feminismo.
Não existe machismo quanto o assunto é o mantenimento
da ordem da natureza de acordo com os preceitos bíblicos; na verdade, se há
acusação de “machismo” em relação ao que fora afirmado, então o que há é
esquizofrenização da percepção real quanto a ordem da natureza por parte
daqueles que engendram nas fileiras ideológicas da acusação de machismo. A
acusação de machismo, neste sentido descrito, é evidência de ideologização nas
coisas concernentes a fé; onde há ideologização em relação a fé, duas coisas
ocorrem: primeiro, se perverte a fé; segundo, se obscurece o entendimento.
Assim sendo, a acusação de machismo nos arraiais
eclesiais, as mais das vezes, é evidência da terrível influência do feminismo,
do feminismo inconsciente que infelizmente se infiltrou na Igreja e na
teologia.
E que se saiba que a acusação de machismo contra a cristandade, contra os cristãos e contra os preceitos teológicos, na verdade é uma cortina de fumaça para velar o axioma comunista por detrás desta acusação, a saber, destruir a firmeza sacramental e a base bíblica da cristandade, para tornar a cristandade trôpega e enfraquecida, tal como Marx propugnara como ideal inviolável para os comunistas; e o feminismo é uma das ferramentas do comunismo para esta empreitada hedionda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário